Rádio

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Eu gosto de rádio. Muito. Mas hoje a quase totalidade das emissoras tem péssima programação musical, apresentadores muito limitados com opiniões irrelevantes ou casuístas, certamente ditadas pelos donos ou anunciantes. Rimou.

Só me sobraram duas: a briosa e querida Rádio da Ufrgs (AM, mas que pode ser ouvida na Internet) e a FM 107,7.

O futebol? Ele passa por uma agonizante fuga de cérebros. Há poucas exceções. Para ouvir um Sala de Redação ou outro programa de rádio, só com muita compaixão pela humanidade.

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Spica, a entrevista

Spica, a entrevista

Talvez alguns de vocês lembrem daquele post sobre o rádio Spica, meu amuleto futebolístico. Bem, eu colocarei o link como primeiro comentário. Ninguém é obrigado a ler todas as minhas bobagens, é óbvio.

Pois hoje fui entrevistado pelo SBT a respeito do rádio e das histórias que cercam o pequeno aparelho de 56 anos. Passamos desde a Samritzu, a fabricante japonesa que vendeu um milhão destes radinhos nos anos 60, pelas superstições de minha mãe — são incríveis –, pelos motivos que levaram minha família a ser toda colorada, pela final de 75 contra o Cruzeiro, pelas Libertadores e o Mundial e o conserto do rádio e seu “retorno triunfal” contra o Boca. Ufa!

Eu achei uma boa e divertida entrevista sobre um assunto bobinho. Vai ao ar num “Bom dia, Rio Grande” da semana que vem. Claro que a maior parte será cortada, mas foi um bom momento em que pude me distrair do mundo real.

Agradeço ao repórter Jeremias Wernek por ser tão leve e por ter feito voltar à tona partes boas de minha modesta biografia.

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A história resumida do glorioso rádio Spica

A história resumida do glorioso rádio Spica

O famoso rádio Spica é o brontossauro dos dispositivos de áudio portáteis de hoje e foi a ponta de lança da revolução dos transistores. O primeiro rádio portátil comercial foi o Regency TR-1 (1954), desenvolvido pela Texas Instruments. Este foi o primeiro dispositivo para o consumidor a usar transistores em vez das válvulas. Ao se tornar portátil, o rádio foi democratizado, causando uma virada na história das comunicações. Foi um grande avanço.

Originalmente, a fábrica que criou o Spica este rádio foi fundada em 1939, com o nome de JAPAN TRANSFORMER WORKS Co. Ltd., dedicada, como o próprio nome sugere, à fabricação de transformadores elétricos. Somente em 1945 mudou seu nome para SANRITSU ELECTRIC Co. Ltd.

A fabricação em série de rádios transistores da Sanritsu começou em 1955. A partir de dezembro de 1964, a fábrica produziu mais de um milhão desses receptores, sendo que o maior percentual de produção correspondeu ao modelo ST600 (fotos), que era exportado para todo o mundo.

O significado de seu logotipo, dois triângulos em vermelho estampados no mostrador cromado, correspondem às frequências de 640 Khz e 1.240 Khz, frequências atribuídas pelo governo norte-americano na década de 50 para transmissões especiais (ativação de alarme) em caso de guerra nuclear ou radiação perigosa neste campo. Em outras palavras, essas frequências não poderiam ser utilizadas ou interferidas por nenhuma estação e seriam utilizadas apenas em caso de ameaça nuclear para informar a população da eventualidade de uma ameaça atômica, tão preocupante e comum na época.

Esse sistema recebeu o nome de CONELRAD Controle de Radiação Eletromagnética -ou Eletrônica, (Controle Eletromagnético ou Eletrônico de Radiação) e foi instituído em 26 de março de 1951 pelo então presidente dos Estados Unidos, Harry Truman. Ficaria sem efeito em 5 de agosto de 1963, sendo substituído por outros sistemas mais sofisticados até o final de 1994.

Este rádio foi originalmente projetado e fabricado pela Sanritsu Electronic Co do Japão. Recebia estações AM (moduladas em amplitude), ou o que na época se chamava de onda longa.

Por ser portátil, era muito utilizado, podia ser carregado para qualquer lugar e era muito comum ver torcedores nos campos de futebol com um “ouvidinho” (o antecessor dos fones de ouvido) preso na orelha.

Utilizava 4 pilhas AA e cobria a faixa de 535 a 1605 Khz. O equipamento era um produto de excelente qualidade, a recepção era muito boa e o som nítido. À noite, você podia ouvir emissoras do interior, além de várias do Uruguai e da Argentina.

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O segredo das vitórias consecutivas do Inter

O segredo das vitórias consecutivas do Inter

Vou contar um segredo pra vocês.

Sabem por que o Inter ganha? Por causa do Spica. Sim, eu mandei arrumar o velho rádio de pilha de meu pai — fabricado lá em 1965. Esse rádio sempre deu sorte e vocês imaginam a data na qual o Daniel Morales da Silveira me devolveu o rádio em perfeito funcionamento?

Pois é, no dia do jogo contra o Boca. Depois daquele dia, foram 6 jogos e 6 vitórias. Todas ouvidas no Spica.

Não é o Abelão. É ele.

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