Ontem, tarde da noite, eu enchi o saco de ver o Inter C enfrentar o terrível Porto Alegre — investimento da família Assis Moreira. O Inter já fizera seu gol e o Porto Alegre não atacava. Não atacava porque é ruim e não há uma torcida que lhe cobre uma postura mais competitiva. Levava o jogo como quem leva um pagode até o fim, apenas isso. O Onyxzão 2010 é uma dessas coisas lamentáveis que nossa política mantém apenas para satisfazer alguns caciques locais (presidentes de federações e agregados) que, por sua vez, sistematicamente votam e mantêm o cacicão Ricardo Teixeira.
Ana mostra o tamanho do seu jogo
Muito mais interessante estava o Aberto da Austrália. Na ESPN, a musa Ana Ivanovic (acima), ex-número 1 do mundo, via desmancharem-se seus planos de um grande 2010. A argentina Gisela Dulko inequivocamente reagia a um set perdido de forma quase casual e só um milagre salvaria a bela sérvia. Porém, os grandes jogadores tiram forças sabe-se lá de onde e eu, enquanto conversava com minha filha, esperava uma virada firme de Ana sobre uma adversária comum. E aqui volto a tocar no assunto de minha admiração pelas mulheres. As expressões, os rostos. A derrota de Ana estava em sua cara quase uma hora antes de ocorrer. Ela não conseguia deixar de expressar seu desespero, de comunicar ao estádio, à adversária e aos milhões que assistiam pela TV que, desde a metade do segundo set, estava perdida e impotente frente à argentina. O jogo acabou em 6/7 (6/8), 7/5 e 6/4 em favor de Dulko.
Toda vez que Ana ia pegar as bolas para um novo saque, estampava-se em seu rosto coisas como: “todos esperam, até eu, que a ex-número 1 reaja e massacre esta ridícula”, “estou decadente aos 22 anos”, “por que erro tanto?”, “por que não consigo jogar como dois anos atrás?”, “que vergonha ser eliminada na segunda rodada”, “como tudo é injusto!”, etc. O desalento e os erros de Ana eram tamanhos que Dulko também começou a errar lastimavelmente e o jogo tornou-se uma tour de force psicológica para averiguar quem poderia ser pior. Dulko errava por estar eliminando uma das favoritas ao torneio, Ana errava por estar quase chorando de impossibilidade e vergonha.
Sem Sharapova e Ivanovic,
o torneio feminino vira apenas uma série de jogos de tênis. Nhé.
O jogo do Inter terminou 1 x 0, né? Não devo ter perdido nada.
Ou seja, agora temos de pensar um apelido pro torneio feminino do Aberto da Austrália!
“Sem Sharapova e Ivanovic, o torneio feminino vira apenas uma série de jogos de tênis.”
Discordo.
Daniela Hantuchova continua lá. Ela e as duas citadas são a minha Santíssima Trindade do tênis feminino.
Além dela, continuam a Caroline Wozniacki e a Maria Kirilenko, coisa fina.
Dementieva também dá um caldo…
Comparar o Aberto da Austrália com o Gauchão é covardia.
Em um canal. Sharapova e Ivanovic. No outro, o Adão e o Sandro Sotilli (que está cada vez mais parecido com o Ted Boy Marino)…
Não é covardia comparar ambos campeonatos.
Qualquer campeonato de tênis com Serena e/ou Venus Willians lembra um gauchão.
Um jogo de dupla delas lembra uma dupla de zaga do Guarani de Bagé.
Agora a “polêmica” é o shortinho da Vênus… naquelas coxas nada é inho.
Milton,
Hantuchova e Kirilenko foram o que sobrou. Nada contra as feias, mas só pensar que a amiga grandalhona da Olívia Palito ainda tem chances de ser campeã me dá arrepios… 😛
O tênis feminino é chato: muito lento, via de regra quase todas sacam muito mal e a modalidade trocou a técnica pela pancada. Irmãs Williams, Dinara Safina e Kuznetsova são as mais vitoriosas porém as menos empolgantes da atualidade.
Nesse sentido, a volta das belgas Henin e Clijsters é um alento. A Dementieva é “yummy!” e joga muito, mas o saque dela é dos mais lastimáveis do circuito.
No mais:
a)Uma revelação tenebrosa do Fininho sobre a Serena Williams:
http://blogdofininho.blog.uol.com.br/arch2009-05-24_2009-05-30.html#2009_05-29_11_26_22-11920379-0
b) Ou um Photoshop muito bem feito, ou uma grata surpresa a respeito da mesma. Dependendo do humor e do gosto, até valeria um “porque hoje é sábado”:
http://sports.espn.go.com/espn/news/story?id=4526351
Acho que a anula b… 😛
[]’s,
Hélio
Agora não sobrou nada…
O norte da Sibéria no meio do inverno com certeza tem mais beleza…