Campeonato Gaúcho de Literatura

Hoje, está sendo lançado o Campeonato Gaúcho de Literatura. O primeiro jogo já foi jogado. Trabalharei como árbitro numa das partidas: Cris, A Fera x O Girassol na Ventania. Como hoje estou misterioso (vide post abaixo), não vou divulgar o placar de minha peleja. Cada árbitro trabalhará em apenas um jogo. O legal neste Gauchão é que os livros jogam entre si em triangulares, o que significa dizer que nenhum será eliminado por apenas um juiz, quem sabe especialmente hostil ou desatento. Além disso, os árbitros declararam quais os livros que não podiam julgar devido à problemas de consciência, amizade, inimizade, etc. Segundo Lu Thomé, uma das organizadoras do torneio, as regras serão as seguintes:

Dos 27 iniciais, tira-se 15 livros seguindo a fórmula: os nove campeões de cada grupo e os seis melhores segundos colocados. Como cada jurado foi instado a elaborar um “placar” para cada jogo, se necessário haverá desempate no confronto direto e no “saldo de gols”.

A fase seguinte funciona parecido: dos 15 classificados, formam-se outros cinco grupos com três livros cada. Desses cinco grupos, classificam-se seis competidores: os cinco campeões e o melhor segundo colocado.

A fase semifinal também será triangular: os seis grupos serão divididos em dois triangulares. Os campeões de cada grupo fazem a final. A ideia é equilibrar o poder de um único jurado oferecendo a cada fase duas chances de avaliação para cada livro.

Os grupos:

GRUPO 1:
Atalhos
, de Luís Dill (WS Editor)
Mar Quente, de Enio Roberto (Dublinense)
No Limite dos Sentidos, de Jacira Fagundes (Movimento)

GRUPO 2:
Cris, a Fera, de David Coimbra (L&PM)
Minicontando, de Ana Mello (Casa Verde)
O Girassol na Ventania, de Marco de Curtis (Dublinense)

GRUPO 3:
A Raiz dos Louros, de Faustino Machado (7Letras)
Play, de Ricardo Silvestrin (Record)
Pó de Parede, de Carol Bensimon (Não Editora)

GRUPO 4:
Aroma Hortelã, de Joselma Noal (Movimento)
As Grades do Céu, de Susana Vernieri (Libretos)
O Silêncio dos Amantes, de Lya Luft (Record)

GRUPO 5:
O Batedor de Faltas, de Cláudio Lovato Filho (Record)
O Ideograma Impronunciável, de João Kowacs Castro (Dublinense)
Flores da Cor da Terra, de Lívia Petry (Nova Prova)

GRUPO 6:
Entre Facas, de Liziane Guazina (Nova Prova)
Fora do Lugar, de Rodrigo Rosp (Não Editora)
Os Limites do Impossível, de Aldyr García Schlee (Edições Ardotempo)

GRUPO 7:
Guerrilha e Solidão, de Valdomiro Martins (Literalis)
Raiva nos Raios de Sol, de Fernando Mantell (Não Editora)
Trocando em Miúdos, de Luís Paulo Faccioli (Record)

GRUPO 8
Das Travessias I, de Sérgio Napp (WS Editor)
Sinfonia às Avessas, de Waldomiro Manfroi (Letra & Vida)
Veja se Você Responde Essa Pergunta, de Alexandre Rodrigues (Não Editora)

GRUPO 9:
Escuro, Claro, de Luís Augusto Fischer (L&PM)
O Homem Perplexo, de Edgar Aristimunho (Dom Quixote)
Um Guarda-Sol na Noite, de Luís Filipe Varella (Dublinense)

Nunca esqueçam que futebol é bola na rede. O vencedor receberá 1 milhão de dólares em precatórios da Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul e um delicioso saco de pipocas doces da Redenção.

8 comments / Add your comment below

    1. Tenho a impressão de que esses concursos nunca são vencidos pelos favoritos. Eu disse claramente que não queria participar de jogos com CB porque a conhecia — encontramo-nos três vezes — e eu a faria sempre vencedora…

  1. A Copa de Literatura escalou apenas autores de livros de contos, gaúchos ou aqui radicados, publicados nos anos de 2008 e 2009, Mario. Por isso Carol Bensimon não está concorrendo com o livro finalista do Portugal Telecom, Sinuca Embaixo D’Água, e sim com o Pó de Parede. E as outras duas gaúchas são autoras de romances, também.

    Por que só contos? BOm, o Rodrigo Rosp, que teve a ideia, me disse que seria porque o Estado era forte na produção desse gênero e para diferenciar um pouco da Copa original, que só analisa romances.

    Abraço.

  2. Quando do lançamento do Campeonato Gaúcho de Literatura, vibrei com a ideia. Aí estava algo inovador e que podia preencher uma lacuna no nosso Estado: a falta absoluta de uma crítica literária. Como sou um entusiasta pelo novo, fiquei duplamente feliz. Agora que a iniciativa foi selecionada para Fato Literário do Ano, tornou-se uma das referências culturais do RS. Então, parabéns aos semeadores de ideias novas.
    Waldomiro Manfroi

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