Governador Cabral, só uma coisinha

Sempre achei que nossos defeitos eram apenas aquilo que consideramos nossas qualidades, só que levado a extremos. Chamar o autor no massacre e ontem no Rio de “animal”, além de outras ofensas, é bastante tolo. Este Wellington Menezes de Oliveira cometeu um crime absurdo, brutal e inaceitável, mas é um produto de nossa sociedade. Ele fez um perfil falso de Bolsonaro no twitter e talvez pensasse em defender a família brasileira. E por que matou tantas meninas? Certamente pelos mesmos motivos de purificação religiosa que o fizeram escrever aquelas cartas alucinadas que lemos ontem. E este Wellington sofria bullying na escola, governador. Coisa normal por aqui. E conseguiu armas pesadas. Ou seja, Wellington está bem próximo e tinha acesso às mesmas coisas que nós.

Só que era louco e levou o que temos aí ao paroxismo. Muita religião, fácil acesso à armamento, violência escolar, super-exposição de Bolsonaros… Convivemos com tudo isso, tudo é permitido, até incentivado. Acho que o debate é se teremos uma sociedade tão doente quanto a americana — aquela mistura de deus, culpa, pólvora e irreflexão — e por quê.

27 comments / Add your comment below

  1. Anota aí e depois me cobra. A única ação prática que será tomada pelas “otoridades” será fazer uma grande licitação para comprar portas detectoras de metais a serem instaladas em todas as escolas públicas. A primeira será no Rio de Janeiro e depois em todas as escolas públicas do Brasil.

    Seguramente nossa classe política irá lucrar uma barbaridade com essa tragédia. Alguém já deve estar pensando em como tirar proveito financeiro disso.

    Pode me cobrar !

    1. É. O policial disse que o tal deus dele praticamente o levou pela mão até lá; o tal deus continua muito seletivo: deixou, antes, que seu profeta baleasse dezenas de pessoas. Quando é que as pessoas vão parar com essa bobagem?

  2. O Cabral é mestre em declarações infelizes; é destemperado, arrogante e insensível. Fora isso, ele também tem alguns defeitos, entre eles o de ser corrupto. Um empresário do ramo de construção fez para ele um deck à beira do mar, próximo á mansão do governador em Angra dos Reis. Recebeu o pagamento à vista, um pacote com uma grana respeitável, que qualquer pessoa pagaria com cheque, através de um bloqueto ou depósito bancário. Pagar à vista é coisa de caixa 2.

    Sempre tivemos loucos no Brasil, e em qualquer parte do mundo, mas louco com padrão USA é quase uma novidade, se não fosse a tão explorada exceção do cara que metralhou pessoas em um cinema.

    Alguns fazem restrições à Segurança, outros à Saúde, outros à Educação; estão todos certos porque a carência em qualquer desses campos é muita (como, aliás, em muitos outros). Este caso, porém, em sua raiz, é um subproduto de relações sociais complexas, e uma das suas causas era o distúrbio mental do rapaz otimizado pelo reacionarismo político mais fé religiosa; somemos a isso a solidão em que vivia, e também o fato de ser socialmente marginalizado por causa de sua doença, certamente responsável pelos maus tratos que recebeu anteriormente dos colegas e funcionários da escola, e particularmente das meninas em geral, deu nisso, como poderia não dar em nada, em apenas mais um sujeito louco porém pacato, intimidado, autista, paralisado diante de um mundo desconhecido e hostil. Pobre infeliz, e pobres infelizes de suas vítimas.

    1. Marcos,
      há umas 4 semanas um cara atropelo trocentos ciclistas aqui em POA.
      De efeito prático, qual a diferença? Locuco nós temos e com o msmo efeito. E se puxar um pouquinho, talvez seja até mais.

      “Pobre infeliz, e pobres infelizes de suas vítimas.”

      É isso aí. Tudo é causa e nada é causa

        1. Marcos,
          concordo contigo que neste formato acontece mais lá. Ao menos acho.
          No entanto, isto lembra um pouco a minha mãe, uma senhora de 80 anos. Ela gasta seu tempo em TV e acaba assistindo, sei lá, datenas da vida e fica apavorada com o mundo hoje, com tanta morte e violência pois no tempo dela de criança não era assim. Aí eu pergunto (sempre) em que época ela viveu dos 8 aos 14 anos. 1939-1945. É não tinha violência…

          O que eu quis dizer, sobretudo, é que não faz diferença se uma criança é morta por um maluco com uma arma ou com automóvel (opa, outra arma). No ano passado aqui em POA houve 2 casos em que o cara quiemou literalmente a família, agora mesmo, a irmã do nosso zelador foi morta numa chacina numa vila (parafraseando Chico, não saiu no jornal..) enão por criminosos tradicionais.

          Eu acredito no que ouvi de psiquiatras ontem: isto não tem a ver com sociedade. Claro que é um problema de relação com a sociedade, mas haveria em qualquer uma. Não é genético. Não é falha de governo em qualquer esfera. Simplesmente acontece. É terrível, mas atribuir a alguém ou a um modo de vida é um erro. Isto faz parte da espécie humana, infelizmente

        2. Oi Marcos,
          gostaria de acrescentar este raciocínio e se puderes responder agradeço,a discussão pode ser interessante.
          A tua frase:
          Este caso, porém, em sua raiz, é um subproduto de relações sociais complexas, e uma das suas causas era o distúrbio mental do rapaz
          otimizado pelo” vou comentar aqui o que gostaria de ressaltar:
          1. reacionarismo político: como “independente” eu pergunto se o reacionarismo messiânico não é um sintoma
          2. fé religiosa: desconheço o grau dele no caso, mas, como agnóstico, embora respeite o direito das pessoas, pergunto se já não há algo errado com o fanatismo?
          3. somemos a isso a solidão em que vivia, – ele vivia assim por que?
          4. ser socialmente marginalizado por causa de sua doença – qual doença, psiquiatras nêm possuem certeza de ele tinha uma
          5. certamente responsável pelos maus tratos que recebeu anteriormente dos colegas e funcionários da escola, e particularmente das meninas em geral,
          6. deu nisso, como poderia não dar em nada, em apenas mais um sujeito louco porém pacato, intimidado, autista, paralisado diante de um mundo desconhecido e hostil. —> foste preciso aqui, na minha opinião. Os homens-bomba (jargão técnico para o caso dele) são pessoas com pesados conflitos internos, incapazes de solucionar. Vêem como alternativa para terminar este conflito a sua morte e tudo o que eles acham que causou isso. A escola no caso dele, cristãos no caso islâmico, a família no caso que citei abaixo. Algumas pessoas possuem os meios de resolverem seus conflitos, as maioria os administram e uns poucos (espero) afundam-se. Quais eram os seus conflitos? culpa, sexo ou talvez nada disto. tens razão.

  3. Milton, tens tod a razão sobre as efusões deste governador. Eu não tinha nada a dizer.
    Discordo contigo quando referes ao Wellington como produto da nossa sociedade. Eu e tu também somo produtos, e não saímos matando por aí.

    Ontem mesmo ouvi uma entrevista com o Contardo Caligaris e um outro psiquiatra forense donde conseguiram esparar dos lugares-comuns e non sequitur (não sei o plural, aviso) cometidos pela Monica Waldvogel.

    A situação é Muito mais complexa, e não há causas e efeitos, mas gatilhos. Religião, abandono parental. escolas, armas, sexo. Tudo isto pode ser, ou nada disto. Os gatilhos são acionados pela spciedade em que ele vive, mas noutra seriam de outro tipo. Na psiquiatria forense são chamados de “homems-bomba”. em aluusão aos terroristas.

    Isto poderia ocorrer em qualquer lugar (já ocorreu na Rep. Checa, Noruega, Suécia – alguns desses países proíbem armas) e, infelizmente, não há como escapar. Sei que não vais fazer isto, o maior erro seria politizar uma situação anormal, nenhum governo impediria isto, de nenhuma maneira.

    Há cerca de uam semana conversando com um psicanalista comentei que jamais teria armas em casa, por principios e pragmatismo: poderia um dia ficar louco e sair atirando, dado ser isto imprevisivel. Ele respondeu que neste caso eu sairia por ai atropelando ciclistas…

    Quanto à sociedade americana, mata-se aqui mais de 20 vezes que lá em números per habitante. Vivi lá mais de dois meses trabalhando, e vou te dizer, não é o meu ideal, digamos assim, mas perto do desrespeito, violência e outr0s percalços que recebemos aqui a vida lá é mais sadia. Afinal, copiamos de lá os defeitos, mas não as as virtudes.

  4. Não falei com o meu filho sobre o assunto, mas ele comentou, porque ouviu na escola. Eu disse que foi a primeira vez que essa tragédia ocorre no Brasil, que já ocorreram em outros lugares como nos EUA e na Finlândia. Na Finlândia, pai? Ele perguntou. Sim, lá no fim do mundo.

  5. Por fim,
    to chato, hein!
    Gostaria de levantar uma questão lendo este e cometários de outro post:
    Por que as pessoas procuram causa e feito em tudo? principalmente, por que procuram respostas simples?
    Um dos motivos é a necessidade de enfrentrar a natureza e a própria humanidade. Nós não admitimos um mundo onde não temos controle sobre nossas vidas. Não entendemos a complexidade. Daí queremos ter explicações simples para um caso que, no fundo, nos aterroriza. Daí culparmos governos, culpa, EUA, mãe ausente, fanatismoe e o escambau.
    Antigamente, muito antigamente, o Homem inventou uma maneira de se proteger desta angústia: a religião.
    O que isto leva. Tentar tirar a religião de alguém significa coloca-lo num mundo onde ele não mais controla (afinal não foi deus que criou ele, mas ele que criou deus, e suas regras). Ninguém aceita isto fácil, daí o preconceito contra ateus (principalmente) e agnósticos.

    1. Branco,

      Qualquer raciocínio parte de premissas, válidas ou não ou, mesmo se válidas, não abarcam a realidade completa das coisas, por impossível, mas a espécie humana, por sua capacidade inerente, quando se vê diante de qualquer coisa a racionaliza, dialoga, etc.; mesmo que não cheguemos a nenhuma verdade ou conclusão 100%, não podemos escapar disso, senão ficamos em silêncio diante de tudo, abstendo-nos mesmo a olhar para o mundo, com medo de, em razão dos olhos abertos, começar o maldito processo de pensamento…

      Mas a impressão mesmo é que, quando você faz suas perguntas, já tem respostas ou imagina a réplica doido para soltar sua tréplica e voltar à tábua rasa do desentendimento humano com relação às coisas e fenômenos comportamentais, sociais ou mesmo atômicos, a merda toda, enfim.

      Então se conversa para que mesmo?

      Ok, não fazemos mais que forjar explicações que, bem buscadas, estarão ali, palmo a palmo com os preconceitos que visamos combater. Como ateu, por exemplo, toda vez que vejo uma grande merda e acho um deus de bosta no meio da coisa, penso de imediato, tai, sempre o caralho da imaginação humana que, depois de criar uma besteira dessa, esquece que ela só é uma representação para aplacar seus medos, seu desespero, e logo deixa-se tomar por uma lógica sem pé nem cabeça para qualquer um, mas que, na cabeça do pirado, é uma lógica evidente, inatacável.

      Bem, entre as várias formas de tentar compreender o problema desse rapaz, há a analogia, uma vez que ele está morto e sua “carta-testamento” só nos oferece uma expressão de sua conturbada mentalidade, entre fixações religiosas e de pureza física, uma tendo relação com a outra e com o sexo, e por aí vamos.

      Que eu saiba, a mãe dele tinha distúrbios mentais, ele é um rapaz adotado que sempre foi muito difícil mas, como vivia no meio da classe média muito baixa ou classe baixa muito alta, ninguém se importava muito ou tinha recursos para tratá-lo. Por isso não tinha dignóstico médico, mas isso não é muita coisa: conheço gente que tem quadros clínicos pesados e não parecem, outros que não tem e parecem muito…

      Se ele era solitário? Há vários depoimentos que afirmam isso.

      Não acho necessário tirar deus nenhum de ninguém, mas muito muito necessário não presentear deus nenhum a alguém. Sempre teremos carências científicas e, ademais, o sujeito humano parece ser incapaz de processar um número infinito de informações (grande parte delas inifinitamente contraditórias) em seu sofisticado, porém limitado, aparelho mental. Isso, porém, não nos impede de tentar, aliás não há como impedir isso; dizer “somos limitados demais para compreender esse problema” tá na raiz da invenção mística; melhor, então, ser racional e conviver com limitações que, existentes, não interditam o pensamento, e não nos colocam no colo de uma invenção que, portadora de verdades absolutas de todo inexistentes, nos põe diretamente no círculo de fanatismo intelectualmente produzido para nos confortar em nossas impotências, ou nos presentear com uma potência divina que, de regra, põe tudo a perder, com seus justiçamentos malucos.

  6. Marcos,
    sempre partimos de premissas e preconceitos. Senão não seriam nem premissas e preconceitos. O raciocínio nosso é baseado em preconceitos, afinal achar que uma maça vá cair por que a soltamos é um preconceito. Muito útil. O problema é o que fazemos dele.

    pergunta interessante a tua: Então se conversa para que mesmo?

    No fundo, fundo por diversão. O Milton, um quinquilhão de anos atrás disse-me que às vezes eu tinha uma opinião contrária só pelo prazer de discutir. Buenas, sou meio socrático….

    em relação a: Não acho necessário tirar deus nenhum de ninguém, mas muito muito necessário não presentear deus nenhum a alguém.
    Concordo, embora ache deus nescessário, não tenho o direito de tirá-lo de ninguém. A minha digressão sobre religião e o preconceito sobre não religiosos, a principio, não tem nada a ver com o caso em questão, mas deriva da observação das explicações oriundas dele.
    Eu não procurei justificar o raciocínio religioso, digamos, nem defini-lo como moralmente certo ou errado. Apenas constata-lo, entende-lo e fazer-lhe uma crítica no sentido alemão da palavra.
    Por fim não acho que não há nenhuma explicaçãopara comportamentos humanos, a própria idéia de religião como “salvadora de aparência” como diria Bertrand Russel é uma explicação.
    Eu escrevi dobre dois pontos:
    – diversas explicações sobre o caso são , em minha opuinião, consequências do problema e não causa
    – toda exta discussão vei-me a pensar sobre a relação da religião com as pessoas

    Por fim, todos temos perguntas e imaginamos respostas, tréplicase assim por diante. Espero não convencer ninguém, mas passar o tempo digredindo; Se isto não vale a pena ou agride sentidos, azar….

  7. Eu estava vendo Datena ontem, e uma das muitas besteiras que ele disse foi de que um grande problema é que a escola não tinha porteiro. Isso, porteiro. Porque se um porteiro visse um sujeito entrando alterado poderia ter evitado que ele entrasse e nada disso aconteceria. Fico pensando se a escola tivesse o tal porteiro, se colocariam sobre esse cidadão a culpa pela morte de 11 crianças. Ainda na linha das análises pueris, vi mais gente ressaltar o fato do assassino ser adotado do que a carta religiosa totalmente maluca que ele escreveu. Ou que ele ficava muito tempo na internet, não fazia a barba e tinha poucos amigos. Eu também fico muito tempo na internet – tenho perfil de assassina e nem estava sabendo.

    Como se não bastasse a tragédia em si, temos que ouvir essas análises (?) simplistas.

  8. Cabral é um animal, concordo. Algumas observações:

    1) “Ele fez um perfil falso de Bolsonaro no twitter e talvez pensasse em defender a família brasileira”. Esta afirmação pode não proceder. Segundo notícia da Folhaonline de hoje (8), “A foto de Bolsonaro já foi tirada da página no Orkut e substituída por outra, agora com o nome de Layne Staley”. Há a hipótese de Wellington dividir senha do perfil falso com outra pessoa. Como mudar a foto depois de morto? “O Google informou que não tem como identificar quando a foto foi trocada, apenas com uma ordem judicial, e que o usuário não consegue mudar a data da postagem, ou seja, a mensagem foi escrita realmente sete dias antes da chacina”.

    2) Fiquei especialmente intrigado com o fato de serem 10 meninas e 2 meninos mortos. Outra notícia dá conta de que Wellington, introvertido nos tempos de estudante, era chamado de “bundão” e “viadinho” na escola. “Ele aceitava as brincadeiras vindas dos meninos, pelo menos parecia. Mas as das meninas o deixavam muito abalado”, afirma Thiago da Cruz, 23, que fez uma parte do ensino fundamental com Wellington. “Elas, além de zoarem muito o jeito de andar dele e o modo como se vestia, ficavam fingindo ‘dar mole’ e, depois, o ridicularizavam” (UOL).

    “Ele matava as meninas com tiros na cabeça. Nas meninas, ele atirava para matar. Nos meninos, os tiros eram só para machucar, nos braços ou nas pernas”, contou o estudante Mateus Moraes, de 13 anos, que chegou a conversar com Wellington. “Estava no meio da aula de português quando ele apareceu. Só pedi a Deus para ele não me matar. E ele falou para eu ficar tranquilo que eu não ia morrer”, disse o aluno do 7º ano (Diário SP).

  9. Não há como ficar indiferente à tragédia, à absurda e inevitável cobertura, aos comentários e ‘análises’ apressadas, etc.
    Costuma-se distinguir comportamentos neuróticos de comportamentos psicóticos dizendo que aqueles são ‘compreensíveis’, enquanto os psicóticos não podem ser compreendidos, mas “explicados”…
    Como o assassino me parece ser psicótico, esquizo-paranóide (comportamento anterior esquizóide, etc), seu delírio o levou ao paroxismo, confusamente calcado em certezas místicas, até que elaborou um plano para existir para além de seu restrito mundo. Tudo foi adrede preparado até o dia D.
    Psiquiatras pensam psiquiatricamente (ou deveriam) mas isso não significa que sejam fanáticos pelas suas teorias. É bom desconfiar, mas também não podemos atirar para todos os lados, mesmo sabendo que são muitas as vertendes e infindáveis as “explicações”. Certezas? Nenhuma.
    Os fatos horríveis e esporádicos da passagem ao ato colocam-nos, todos, nas bordas de um enorme desconhecimento.
    O resto é palavrório histérico.

    1. Claudio,
      sou um leigo, portanto, de pouco vale a minha concordância, mas de que outra maneira eu poderia dizer isto.
      Imagino também, que como deve ser terrível para um psiquiatra/psicanalista diante de um situação destas ontem as pessoas procuram certezas e não as há.

  10. Concordo com todas as causas que vc apontou, Milton, ainda que vc saiba melhor do que eu que declaração de político não é para ser analisado.

    Eu me calo diante esse acontecido. Estou chocado e tristíssimo. Chorei junto à Dilma e, a única atitude digna e possível foi protagonizado por ela. Não há o que dizer sobre o assunto. Está além de qualquer palavra. A imprensa, contudo, já está arrebanhando os faladores, sem medir as consequências de “mitificar” o assassino. Deveriam esquecer esse assassino, não citarem o nome, não cavarem seu passado, não mostrarem fotos da infância. Ele não passa de um reles covarde. Não há pano para mitificações. Matar crianças indefesas, de “cima para baixo”, e sair correndo quando aparece um adulto armado. Não é um animal nem um mostro, mas…um covarde. Já imagino o roteiro de um filme passando pela cabeça dos milhares de cineastas da vitimização social.

    Mas o bullying deve ser discutido a fundo, sem desconcentrarmos por esse lado de combater a religião.

  11. Chacinas como estas acontecem desde o começo dos tempos. Todos nós, seres humanos, temos crueldade e um pouco de loucura dentro de nós, infelizmente. Aliás, só espero que saia uma coisa boa disso tudo: que lancem um mod de GTA no qual você pode invadir uma escola e matar montão de crianças e professores. Sempre quis fazer isso na vida real como muitas pessoas também(porque todos nós temos um lado negro dentro de nós), mas não faço isso no mundo real porque não quero destruir minha vida indo pra cadeia. Mas queria fazer isso num mundo de faz-de-conta para desestressar! Com certeza muita gente também!

    Eu sou adepto da Eagoisdedausfecatiaceilditdo!

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