Direto de Paris: Hitler e minha modelo

A história da foto abaixo, quero dizer, de segunda foto, é curiosa. Eu estava descendo as escadas em direção à Torre Eiffel quando vi a modelo. Na sua frente, havia uma equipe de fotógrafos cheios de máquinas, etc. Eram umas 10 pessoas. Então, eu parei ao lado deles e tirei a foto. A modelo caiu na risada, dizendo para eles algo assim em francês: “Viram? Ele recém chegou e já tirou a foto, vocês estão aí se enrolando!”. Ganhei um belo sorriso, fiquei todo bobo, fiz umas gracinhas pra ela e fui embora. Hoje, navegando na blogosfera, vi Hitler mais ou menos na mesma posição …

Foto: Milton Ribeiro

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  1. Tenho que ser cheio de dedos, nos meus “pitacos”, porque, intruso que sou, o Blog está me olhando de rabo de olho.

    Assim, com discrição, digo que a donzela, acima, está ELEGANTÍSSIMA …, mas, devido o abundante paramento, me é impossível tecer loas mais generosas.

    Prefiro, portanto, me mirar em Hitler, O Invasor … (pelas costas, furtivamente!).

    Mas ainda que o embate fosse de frente, seria O Invasor. É que os franceses não estavam a fim de briga (ninguém estava, só os nazis!). Também pudera! Vinham brigando com vizinhos próximos e nem tanto próximos, desde Carlos Magno. Estavam de saco cheio! E o carinha aí – oportunista, traiçoeiro e megalomaníaco como ele só – deu o bote, pois queria sair na foto. E saiu! Depois, paranóia prá ele é pouco, quis deletar tudo. Ainda bem que, na tropa, o bom gosto gerou a controvérsia! E Paris foi salva!

    Agora, cá prá nós, não entendo esses franceses! Parece que nunca estão a fim de nada! Na guerra, por razões motivacionais, não estão mais a fim de luta. Suas cores “bombam”, aqui e alí, e eles, nem aí! Cito, apenas a título de ilustração dessa esquisitice gálica, três exemplos.

    Vejam o caso da Renault: duas vezes CAMPEÃ DO MUNDO DE FÓRMULA 1, com Fernando Alonzo (título importante, tanto que escrevo em máiúsculas), e ouví apenas uma breve e discreto informação sussurrada na TV5! Se fosse a Ferrari, a Itália entrava em festa. A MacLaren, a Inglaterra exultava. Mas a França, não.

    Luc Montaignier isolou o virus da AIDS – fato marcante da Ciência – descoberta essa que Robert Gallo, norte-americano (sempre eles!) tentou “atravessar”. E os franceses, Luc à frente, levou numa boa, aceitando dividir o mérito. Sem briga, sem sequer controvérsias.

    Guillaume, Le Conquereur, partiu da Normandia, Norte da França, em 1066, invadindo a Grã-Bretanha, e lá ficando por 150 anos, através de seus herdeiros. Unificadas, alí, as várias tribos selvagens. finalmente, aquilo se transformou, de fato, num País, com Magna Carta e tudo. De rebarba, 40% de palavras francesas em seu idioma, que é prá torná-lo mais bonito e bem sonante. E os franceses, nada! Ouve aqui e alí ironias dos anglo-saxões e simpatizantes, depreciações várias, desfeitas mil, e nenhuma réplica, total indiferença! Ce sont bien bizarre les Français! Muito estranhos!

    Acho que é porque as grandes coisas alí, em França, aconteceram e acontecem com uma insistência tal, que não carecem de maiores júbilos ou manifestações extemporâneas. “À quoi ça sert?!”. Preferem deixar que outros, alhures, mundo afora, como eu, se lembrem dos fatos … e prestem, agradecidos, as mais que merecidas reverências.

    Esses franceses sont bien bizarres, quoi!!!

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