Fail better

Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better.

~ SAMUEL BECKETT ~

Trad.: Sempre tenta. Sempre fracassa. Não importa. Tenta outra vez. Fracassa de novo. Fracassa melhor.
Stanislas Wawrinka

Esta citação de Samuel Beckett está tatuada no braço de Stanislas Wawrinka, que venceu a Djokovic e Nadal no Aberto da Austrália. Ele tinha 14 jogos contra Nadal e nenhuma vitória. Aliás, não ganhara nenhum set do espanhol. Contra Nole os números eram quase iguais. Este é o novo campeão e novo tenista nº 1 da Suíça. Um cara que cita Beckett no braço.

Stanislas Wawrinka ganhou
Stanislas Wawrinka: fracassando cada vez melhor

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  1. Esse é o quote de Beckett preferido do Zizek. Está em In Defense of Lost Causes e em outros lugares. Fail Better serve de inspiração para seguir tentando Marx, apesar dos constantes fail again and again and again and again.

      1. Charlles, li esse texto do Safatle no domingo, 26/01. O artigo expõe complexas questões que o Boaventura, por exemplo, com seu metafísico discurso labiríntico, ao invés de esclarecer, obscurece. Por outro lado, a temática tratada por Safatle, infelizmente, está muito distante do conteúdo da agenda atual desse capitalismo hegemônico que, a trancos e barrancos, tenta a qualquer custo sobreviver sob a mórbida concentração de renda global (semana passada, soube que a canalha que comanda o partido comunista chinês desviou bilhões de dólares para paraísos fiscais no Caribe). Enquanto isso, parafraseando o Mino, a miserável imprensa nativa, o PIG, está preocupada em criar factoides, por exemplo, sobre a suposta “bacalhoada” que a Dilma resolveu comer em Lisboa durante a viagem entre Suíça e Cuba. Todavia diante de tanta merda, soube, por fim, duma notícia alvissareira: xuxa, definitivamente, foi banida da televisão brasileira!… Pois a audiência à sua excrescência era inferior aos desenhos do Pica-Pau, no mesmo horário, na rede do Macedo, que continua pendurado no saco, sem pelos, de Deus…

        1. REI DAS TRAMAS
          by Ramiro Conceição
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          Tenho um criadouro de fantasmas,
          de cadáveres… a gerar miasmas.
          Sou um vencedor que respeita muito
          a lei: aquela destinada a mim mesmo!
          Contrabandeio passarinhos, sementes,
          crianças e putas. Tenho vasta experiência
          no tráfico de influências. Sou da academia
          dos professores, dos padres, dos pastores,
          dos advogados, dos jornalistas,
          dos publicitários e dos artistas.
          Estou acima de qualquer suspeita porque choro
          em público; abraço criancinhas; doo cheques
          à caridade; vou às quermesses e às passeatas.
          Já comprei governadores, prefeitos, deputados
          e senadores; quase me tornei dono da República.
          Sou o rei das tramas, o meu negócio…: é grana!
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          ORELHA
          by Ramiro Conceição
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          É… o moribundo não quer morrer:
          se vale de todo tipo de chantagem
          à putaria… à qualquer sacanagem.

          Ultimamente o dito sujo jura que
          a partir de agora – será bonzinho,
          que dividirá com justa isonomia
          os bens, a ciência e a tecnologia,
          que combaterá a fome financeira,
          que é o único capaz de equacionar
          e resolver essa puta disputa entre
          nós…e esse tal de meio-ambiente.

          Porém em crise globalizou-se,
          a buscar…a melhor vantagem;
          e papéis tornaram-se uma papelada imunda
          que não serve nem pra limpar a… ORELHA.

          1. Finalmente, mais uma vez, me desculpem pela insistência!… Mas gostaria de lembrá-los – queridos leitores do Milton Ribeiro – que Cacilda Becker viveu seu último ato de amor no palco…: sob os abraços desesperados de Flávio Rangel e de Walmor Chagas, respectivamente, o diretor e o seu marido durante… “Esperando Godot ”…
            Mas, então, por que estou a escrever isso, nesse post que trata de uma simples tatuagem sobre o braço dum tenista vencedor? Ora, porque acredito que estamos a vivenciar novamente, novamente, novamente… a passagem do colossal rinoceronte… de Ionesco.

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