O dia de ontem, 2 de fevereiro, um domingo, marcou a morte de dois grandes artistas do cinema: o diretor brasileiro Eduardo Coutinho e o ator norte-americano Philip Seymour Hoffman. Coutinho, 81, foi morto a facadas pelo filho Daniel, que sofre de esquizofrenia e que também tentou matar a mãe, que está internada em estado grave, e matar-se. É o cineasta de documentários fundamentais como Cabra marcado para morrer e Edifício Master, além da obra-prima Jogo de Cena, onde utilizou-se de mulheres anônimas e atrizes como Marília Pera e Andréa Beltrão. Chamá-lo o cineasta do humano não é nenhum exagero. Coutinho tinha carinho e compaixão por seus retratados. Foi também um intenso e interessado entrevistador.
Enquanto isso, em Nova Iorque, morria Philip Seymour Hoffman, 46. Ruivo, gordinho e imenso ator, ele era o preferido de P.T. Anderson. Realizou trabalhos incríveis em Boogie Nights (1997), Magnólia (1998), O Mestre (2012), sem esquecer de filmes que fez com outros diretores, casos de Dúvida (2008), Capote (2005) e Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto (2007). Segundo o Wall Street Journal, o ator tinha uma agulha de seringa no braço e envelopes com heroína ao seu redor.
Não cuidaram do cinema ontem.
RIP P.S.H
Não sei a opinião de vocês, mas eu gostava do Maximillian Schell, falecido na véspera…