Celso Juarez Roth volta a esculachar e Inter apenas empata contra o lanterna

Se eu não fosse colorado estaria dando gargalhadas em razão da total falta de sentido das coisas que são feitas no Inter. Desde o Gre-Nal, Celso voltou a mostrar sua face Juarez escalando William, um dos melhores laterais do país, no meio-de-campo — como se ele fosse um craque como Júnior, Marinho Chagas ou Leonardo. Na nova posição, William afundou nos três jogos que fez, nossos três últimos. Empatamos dois e perdemos um.

Antes, com William e Ceará nas laterais, o time vinha crescendo. Mas Roth é Roth, é Juarez e inventor. Só interesses desconhecidos podem explicar os motivos que fazem nossa diretoria bancar este retardado, com sua notória incompetência e seus péssimos trabalhos recentes em vários clubes. Por algum motivo, o Inter de 2016 cheira a sacanagem, ou interesse. Dentro do estádio, os torcedores falam em mau caratismo no trato com Seijas, cuja não escalação ninguém compreende. A incompreensão geral faz com que as ofensas tornem-se pessoais.

O notável é que preservamos os titulares no meio da semana. Preservamos para fazer este fiasco, um 1 x 1 em que estivemos muito próximos da derrota. Pouparam um monte de jogadores contra o Atlético-MG pra empatar com o Santa Cruz no Beira-Rio, sendo que o Santa Cruz vinha de sete derrotas consecutivas.

O gol do Santa Cruz foi de um completo ridículo. Uma falta no meio-de-campo. A cobrança foi demorada, mas deixaram o lateral do SC — que estava no ataque — completamente livre. O jogador mais próximo do Inter estava a uns dez metros. Ele recebe a bola e cruza para um outro jogador que está entre cinco defensores nossos. Ninguém o incomoda. Ele cabeceia com os dois pés no chão, livre, dentro da pequena área, com uma plateia de zagueiros colorados.

Desorientados | Foto: Ricardo Duarte
Desorientados | Foto: Ricardo Duarte

Sobre quarta-feira, o Blog Vermelho acertou ao dizer que hoje o Inter é um clube que não quer ganhar, um clube que desiste de um campeonato importante na semifinal, escalando reservas para preservar seu time titular. Hoje, os “preservados” entraram desorganizados, mal escalados, e seguiram assim até o fim. Como entender? E não venham me dizer que a coisa piorou muito com a expulsão de Eduardo Henrique. Não, ela já estava péssima antes da ação destrambelhada do jogador.

Deixar Seijas, Valdívia e Anderson no banco para escalar Alex, Sasha e William — este fora de posição, repito — só pode ser explicado pelos interesses da empresa de Fernando Carvalho e de seu parceiro Juarez. Será que nossa queda pode dar lucro a alguém? Só isso explicaria a teimosia em escalar Alex, um cara que deixa o time lento. Será que vão vendê-lo para a China ou para o mundo árabe no fim do ano e precisam que ele esteja em atividade? Sei lá. E Sasha, será que vai finalmente para a Europa e precisa de vitrine?

O que sei é que quero ver Piffero e seu grupo, Carvalho e seus amigos empresários de futebol, Juarez e sua incompetência sejam varridos do Beira-Rio em 2017. É um grupo de pessoas ultrapassadas e que está cagando para a situação do clube.

Bem, empatamos com o Santa Cruz e agora a situação é a seguinte: com 38 pontos, somos o 16º lugar e o primeiro time fora do Z-4. Faltam 5 partidas, todas mais complicadas do que o Santa Cruz no Beira-Rio. Já no Z-4, o Vitória é o 17º com 36 pontos, apenas dois a menos que nós.

Jogos em casa: Ponte Preta (2), Cruzeiro (4).

Jogos fora: Palmeiras (1), Corinthians (3), Fluminense (5).

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  1. Tenho a impressão que atuar em casa não significa muita coisa para nós. Há muito tempo, apesar da torcida, jogar no Beira-Rio deixou de ter alguma vantagem para o Inter.

  2. Como sempre, Milton, falaste com a mesma indignação de todos os colorados. Custo a acreditar que sejam interesses comerciais que estejam por trás da calamidade em que vive o Inter. Prefiro achar que é mesmo incompetência do seu técnico e dos dirigentes que aceitam a prepotência dele ao se arrogar dono do time. A escalação do Willian no meio é mais uma dessas coisas sem explicação. O pouco de organização que houve contra o Atlético, desapareceu ontem. Ao fazer um gol no início, o time resolveu “administrar” o jogo e levou o empate num lance incrível em que o Santa Cruz tinha apenas 2 jogadores contra uma meia dúzia de vermelhos. Descontada a forçada de barra daquele Juizeco (como diria o Renan) ao expulsar Eduardo Henrique (o cara está sempre distraído durante o jogo) numa falta comum, mesmo com 10 era um jogo para ganhar. Era a hora de botar um cara dentro da área (qualquer um) para bater contra os incompetentes zagueiros do Santa e não jogar com dois atacantes abertos, o Vitinho (pouco inspirado) e o Sacha com sua medíocre normalidade. O Aylon só foi entrar no final. Quanto ao Alex, não vou falar mais nisso. É tipo aquela situação quando se tem um retardado na família e os parentes fazem de conta que isso não existe.

  3. Só tem uma explicação:
    Fernando Carvalho é gremista!
    Aquele choro, que até então reputava como teatro,
    era de felicidade…
    agora entendi tudo!

  4. Aqui no Rio Grande esqueceram como se joga futebol. Ficou uma conversa apenas de esquemas táticos, mas a prática do futebol em si foi deixada de lado, a coisa ficou tosca. O passe, aquela bola enfiada à feição para o atacante, a forma como o defensor desarma um atacante sem precisar se acavalar nele, tudo isso, entre outras coisas, desapareceu do futebol daqui, e em especial do nosso Inter. O nosso jogador, é preparado para ser “atleta” e não bom jogador de futebol, que é o que se quer. O passe, então, é muito ruim. Não dá pra entender que um sujeito com a bola no pé, a entregue para o adversário e que ninguém na nossa mídia perceba que isso não pode acontecer. Dizem “forçou o passe”. Pode parar. Errou de ruim, por falta de treino, por má noção de futebol e por aí vai. Ficamos presos a essas escolinhas ridículas que ensinam a desaprender a jogar futebol e ficar num papai-mamãe esquemático. Um horror.

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