Inter é hexa e Sasha dança a valsa dos 15 anos com a bandeira de escanteio

Inter é hexa e Sasha dança a valsa dos 15 anos com a bandeira de escanteio
Alisson, uma doce despedida. Volte sempre.
Alisson, uma doce despedida. Volte sempre.

A Elena disse que eu vibrei mais com os gols do Rosario Central do que com os do Inter ontem. Deve ter razão. O gol de Sasha foi um alívio, foi a obrigação cumprida, a certeza de que não passaríamos por um fiasco. Já os do RC foram puro divertimento.

Ainda considero o Gauchão uma espécie de antepasto. Só que o jantar, meus amigos, não vem há décadas. Então gostaria de projetar o Brasileiro e a Copa do Brasil.

O Inter não joga bonito. É um time realista, pragmático. Marca bem,  tem uma defesa que foi se consolidando durante o campeonato e que hoje é complicada de suplantar. Paulão e Ernando acertaram-se, apesar de não terem bons reservas. Fernando Bob e Fabinho são excelentes (e temos Dourado voltando). E, quando a coisa aperta, temos-tínhamos Alisson, um goleiraço. Os laterais William e Artur passaram a jogar e, se fossem todos acompanhados por atacantes de bom nível, teríamos um time bem perigoso.

E a tendência é esta: a de termos um time difícil de ser vencido e que explora o contra-ataque e a bola aérea para chegar aos gols. (Detesto hexas equipes duras de matar, principalmente quando estão do outro lado…) Neste sentido, a contratação de Ariel não é uma esquisitice, mas uma declaração de princípios. Não vamos jogar bonito. Ponto.

Acho que a contratação de Danilo Fernandes para o lugar de Alisson foi perfeita. Era a melhor opção dentro do Brasil. Nilton deve retornar e espero que não tome mais remédios para emagrecer. Mike talvez se una a um grupo de atacantes que deve ter seus destaques em Vitinho, Valdívia e Andrigo. A contratação de Anselmo preocupa, pois talvez signifique a venda de Dourado. Seijas é um excelente armador para alternar com Anderson.

Há que ter grupo para levantar as taças do segundo semestre. Grupo bom e grande. O Brasileiro não é nosso há 37 anos, a Copa do Brasil há 24. Já entramos como favoritos diversas vezes e quase sempre ficamos em nossa posição natural e desconfortável de oitavo clube do país. Talvez seja bom entrar como coadjuvante esforçado este ano.

A gozação de Sasha ao dançar uma valsa pelos 15 anos sem títulos do Grêmio foi muito engraçada, mas lembremos que o Gaúcho não faz parte da contabilidade gremista sem títulos. Então não pode fazer da nossa e estamos há 5 anos sem nenhum título…

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Na hora de decidir, o Grêmio… :)

Na hora de decidir, o Grêmio… :)

arenaÉ claro que o Grêmio é nossa diversão. Ainda mais que sabemos que eles tinham o melhor time do Picanhão 2016. Só que desaprenderam o caminho das taças. A única coisa de imortal no Grêmio são as piadas (*). Ontem, eu dava risadas assistindo o jogo. Quando o Roger tirou o Douglas, o Grêmio começou a minguar e logo vi que ia mesmo ficar faltando um gol. Lembrei-me de jogos de tênis nos quais tenistas menores batem e batem em Djokovic, Federer e Nadal, mas perdem o jogo. Mantém brilhantemente seus saques e estão sempre quase quebrando o do adversário. Mas, na hora da decisão, ficam nervosos e encolhem o braço, deixando a vitória para… quem está acostumado a vencer. O Grêmio também é assim. Na hora de dar o golpe fatal, encolhe o braço. É a psicologia da Arena e há que respeitá-la.

E o Campeonato Gaúcho será decidido por dois times bem vagabundinhos. Ver o Inter jogar é um suplício. Um pega a bola e ninguém se desmarca para receber. Dois bons jogadores, como Sacha e Andrigo, não conseguem jogar pela falta absoluta de esquema. Nosso técnico — além de de ignorar os plurais e a concordância na entrevistas — não consegue aplicar nenhuma tática. Ênio Andrade também falava muito mal, mas era um baita treinador de boleiros.

E vamos para uma decisão imprevisível. Hoje, o Inter é realmente o quarto melhor time do RS, porém tem camiseta e naturalidade na hora de levantar e guardar taças, mesmo uma pequenininha como essa. A gurizada do Ju é boa e até seria simpático vê-los dar a volta olímpica. Mas são o Juventude. O primeiro jogo, no Jaconi, será domingo que vem. O Inter decide em casa e, sabemos, é só ver um time retrancado que paramos. Não há dinâmica de jogo para abrir uma retranca. Temos só Paulão.

A semana terá Grêmio x Rosario Central quarta-feira. Não vi o RC jogar, mas espero que seja melhor do que a LDU e aquele ridículo time do Papa. O presidente Bolzan disse uma frase verdadeiramente notável após a desclassificação de ontem: Se for como hoje podemos fazer cinco no Rosario Central, como fizemos 4 a 0 na LDU. Ou seja, ele acha que perder gols é uma categoria à parte do jogar bem.

Vou poupar vocês dos melhores lances de Inter 1 x 0 São José, pois quase não houve isso. Fiquem com Grêmio 3 x 1 Juventude. Teve futebol na Arena.

https://youtu.be/24SrNzAo–A
(*) Frase roubada do twitter de Sandro Sotilli (@sandrosotigol).

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Boa noite, Argel Fucks (com os melhores lances de um péssimo jogo)

Boa noite, Argel Fucks (com os melhores lances de um péssimo jogo)
Argel: duro de aguentar
Argel: duro de aguentar

Não vi os últimos 4 jogos do Inter. Por isso, não comentei as goleadas sobre Novo Hamburgo, Brasil (Pel), Glória e São Paulo (RG). Ao todo foram 15 x 3. Mas conversei  com amigos confiáveis e eles me disseram que as goleadas ocorreram mais pela ruindade e falta de preparo físico dos adversários do que por atuações avassaladoras. Hoje, voltei a ver um jogo. Alguns dirão que é pé frio, pois o que vi foi uma considerável exposição de passes errados e incapacidade ofensiva. Mais: o Inter poderia muito bem ter perdido a partida nos contra-ataques do São José, um time de nível de terceira divisão brasileira. Acabou em 0 x 0.

Não sei como venceremos em casa no Brasileiro.

Pois o que o Zequinha fez foi fechar-se. E bastou. Assisti a partida com um grupo de amigos colombianos e fiquei sabendo que o jogador o qual o Inter desistiu. Juan Quintero, é excepcional, e que Seijas, contratado, é um bom organizador. Completaram dizendo que Quintero entraria como uma luva no nosso time. Olha, e como precisamos de reforços. De técnico e de reforços. A gurizada é boa, mas falta ao grupo uma liderança técnica. Não faço coro às críticas contumazes feitas à Anderson, mas não chego ao ponto de dizer que ele possa ocupar o posto.

A boa notícia da semana foi para os sócios. Não gosto de pagar um clube do qual desconfio e tenho feito isto por anos. Na segunda-feira (11), as contas da Gestão 2015 do Inter foram apresentadas e aprovadas sem ressalvas. Trata-se de um caso raro, se considerarmos os últimos anos. Lá estavam 233 conselheiros, que puderam comprovar os números detalhados da gestão. E o superávit final foi de R$ 27,5 milhões, com um faturamento bruto de R$ 366.849 milhões, o maior da história do Clube, tal como foi apresentado por Sandro Farias, responsável pela Controladoria e Transparência.

Pelo visto, ninguém sairá da direção do clube MUITO MAIS RICO do que entrou.

É a única boa notícia da semana. De resto, contratem bem e #foraargel.

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Boa noite, Argel Fucks (com os melhores lances, se podemos dizer tal absurdo)

Boa noite, Argel Fucks (com os melhores lances, se podemos dizer tal absurdo)
Tu pareces que só treinas um jogador, Argel: Paulão
Tu pareces que só treinas um jogador, Argel: Paulão

Querido Argel, o Inter está há quatro jogos sem vencer e joga o Campeonato Gaúcho. O diagnóstico pode ser feito por qualquer um que acompanhe o time: o grupo de jogadores é fraco, tu és um treinador digno deles e a diretoria observa tudo com uma passividade que beira a indiferença. Não sei o que passa pela cabeça do presidente Piffero, mas deve ser um marasmo ou uma confusão pré-Alzheimer. 2016 é um ano para assustar. O torcedor colorado sabe o que esperar do Brasileiro: mais um ano na fila. Os menos fantasiosos, como eu, aspiram apenas a discrição. Não queremos ser notados. Se me oferecessem agora um 12º ou 13º lugar, eu fechava AGORA com a certeza de ter feito um bom negócio. Mas tenho muito medo da queda. Estamos fazendo tudo para isso.

Vi boa parte do 0 x 0 entre Lajeadense e Inter. Foi um jogo de baixíssimo nível técnico e o único elogio que posso te fazer, Argel, é tu és o melhor treinador de Paulão que já passou pelo Beira-Rio. É muito pouco, mas eu te parabenizo. Hoje estou a fim de ver o lado positivo das coisas. Artur também jogou bem. O resto sucumbiu bem sucumbido e nem vou comentar.

Se tivéssemos contratado quatro ou cinco destaques na Segunda Divisão brasileira para o lugar da legião dispensada — merecidamente dispensada, diga-se — e mais um técnico de futebol que nem precisaria ser um figurão, estaríamos flanando na liderança deste fraquíssimo Charmosão 2016.

E não vou perder meu tempo escrevendo novamente o que todos sabem.

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Bom dia, Argel Fucks (com os melhores lances do Gre-Nal de ontem)

Bom dia, Argel Fucks (com os melhores lances do Gre-Nal de ontem)

E os empates ultrapassaram o Grêmio. Agora são 154 vitórias do Inter, 128 empates e 127 vitórias do tricolor. O Gre-Pate está renhido, com vantagem para o segundo. Torço por eles!

Maicon prepara-se para pisar a tíbia de Dourado. Quase quebrou-lhe a perna | Foto: Ricardo Duarte
Maicon prepara-se para pisar a tíbia de Dourado. Quase quebrou-lhe a perna | Foto: Ricardo Duarte

Assisti o jogo no querido Pastel com Borda da Fernandes Vieira e me diverti muito com a reação das torcidas. Os gremistas vibraram com as agressões de Maicon em Dourado por cima da bola, Geromel em Aylon sem bola e Marcelo Oliveira irritado com William. Vibraram muito mesmo. A torcida em campo também. Mas, agora, ouço o presidente do Grêmio reclamar que Miller Bolaños sofreu uma lesão grave num lance de falta clara de William.

William é meio louco mesmo, mas foi um lance violento de um jogo violentíssimo de parte a parte. Anderson Daronco não conseguiu controlar o jogo do ponto de vista disciplinar. Talvez, se tivesse expulsado logo na primeira agressão — a de Wesley em Artur –, tudo fosse diferente. Bolaños levou a pior, claro, mas Maicon também merecia o cartão preto após falta em Dourado. Até agora não sei como o colorado não fraturou a tíbia. Vejam o dantesco lance abaixo (o vídeo também inclui a falta de William em Bolaños).

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Infelizmente, acho até que o Grêmio terá vantagem sem Bolaños. É um jogador escalado erradamente como centroavante — conheço-o bem do Emelec — e Henrique Almeida é superior a ele na posição. Para Bolaños jogar, haveria que retirar Giuliano, Douglas ou Luan. Difícil, pois o trio titular é quase cativo.

Mas vamos ao que interessa, Argel. E o que interessa, é nosso time.

O primeiro tempo teve superioridade gremista. Era compreensível. A Arena tinha 48 mil pessoas, batendo seu recorde de público, com esmagadora maioria azul. Nosso time é jovem, mas aguentou a pressão. Nós não somos grande coisa, eles também não. No segundo tempo, passamos a dominar as ações, mas o empate foi merecido. Giuliano, Luan, Dourado e Vitinho perderam gols incríveis e ainda teve aquela jogada do Sasha no final do jogo em que o chute não saiu.

Gostei do que vi. Aylon e Fabinho estão surpreendendo. Andrigo não jogou bem, mas não estava acadelado. A criação não funcionou, só que era impossível jogar, pois a partida teve um número altíssimo de faltas: 20 faltas do Grêmio contra 17 do Inter. Isto é, além do Daronco, ninguém teve liberdade. Com um pouco de sorte, poderíamos ter vencido, mas não lamentei o empate, pois adoro estatísticas e achava uma injustiça o Grêmio estar à frente deles.

Teu time está adquirindo uma cara, Argel. Ainda não sei bem qual. O importante é que a defesa melhorou e, com uma boa defesa, haverá tranquilidade para a montagem do resto do time. Voltamos a campo domingo contra o São Paulo de Rio Grande. Acho que está na hora de sairmos daquele eterno quinto lugar, não?

Um resumo do ano pra ti, Argel: Alisson, Dourado, Ernando e Sasha estão confirmando. Andrigo e Aylon — o último fez um belo Gre-Nal — aproveitam bem as chances. Bob e Fabinho são realmente excelentes. Anderson, Paulão e Artur vêm crescendo. Réver e Alex estão pedindo aposentadoria. Marquinhos e Alisson Farias são decepções. Jackson é esquisito. William é um doido varrido, mas fez bom Gre-Nal. Vitinho quase estreou em 2016. Bruno Baio, coitado, é um braço roubado à agricultura.

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Bom dia, Argel Fucks (com os melhores lances de Inter 1 x 2 Veranópolis)

Bom dia, Argel Fucks (com os melhores lances de Inter 1 x 2 Veranópolis)
Infelizmante, o fotógrafo deu foco em ti, Argel | Divulgação / Internacional
Infelizmente, o fotógrafo fez foco em ti, Argel | Divulgação / Internacional

Fui e voltei do jogo deboas. Eu e meu filho rimos muito da ruindade do Inter e dos dois gols casuais que deram a vitória ao time do Veranópolis, ainda pior que o nosso. Os dois gols vieram de falhas individuais de um bom e de outro excelente jogador. Como disse meu colega Luís Eduardo Gomes, o Veranópolis venceu sem criar chances de gol. Curioso. Ambos, Jackson e Alisson, parecem ter pago com parte de suas reputações a ineficiência dos restantes, à exceção de Anderson, novamente o melhor em campo, e de Dourado.

No primeiro tempo, o jogo vinha morno e com apagões causados pela parca infraestrutura estadual. Cada vez que Anderson — uma ilha lúcida num mar de estupidez — ou os laterais pegavam a bola, ninguém se aproximava. Aliás, os circunstantes se afastavam, esperando lançamentos longos. Ora, contra um time retrancado isso não funciona. Força os menos habilidosos a darem balões. E foi o que se viu: balões na noite quente e únida de Poro Alegre. Realmente o Inter tem muitos problemas e o maior deles é tu mesmo, Argélico. Cada vez que o time armava um ataque, os atacantes corriam para se esconder entre os zagueiros adversários até que Aylon, que parece ser o mais esperto deles, começou a desobedecer e voltar para trocar passes, numa das atitudes mais civilizadas que se viram ontem no Beira-Rio.

E quando a bola caía com os laterais era uma desgraça. Basta tirar um pouco de espaço para que William passe a errar passes. O outro, Artur, não precisa ser muito marcado, pois erra 90% de seus cruzamentos. Incrivelmente, ele acertou um só: o do gol de Sacha. Os outros foram todos erros não forçados, como diria um comentarista de tênis.

Fizemos 1 x 0 com Sacha naquele primeiro tempo com 13 minutos de descontos.

No segundo tempo, o jogo seguia morno quando, em dois lances casuais, o Veranópolis virou o jogo. No primeiro gol, um cruzamento da esquerda foi desviado pela canela de Jackson para as redes. Alisson nada pode fazer. Já no segundo gol, ocorreu algo inédito: a culpa foi inteiramente de Alisson. Nosso goleiro saiu numa bola que não era dele — o atacante corria fora da área em direção à lateral do campo, mas Alisson foi lá feito um Viamão e, driblado, viu Zambi marcar de longe, perdendo o ângulo.

Eu gostei, pois poderíamos finalmente ver o Inter jogando pressionado. E como jogamos mal! Houve uma bola no poste, mas o resto foi uma demonstração inequívoca de nossa fraqueza. Argel não parece capaz de mudar o panorama de uma partida nem de dar um padrão de jogo ao time. Torço para que haja uma crise neste início de ano. É difícil, pois o Gauchão é muito fácil. Mas talvez uma bela crise seja a única forma de entrarmos no Brasileiro sem pensar no perigo gremista de uma Segundona.

Fomos embora antes do jogo terminar a fim de pegar o ônibus vazio. Muitos foram embora antes do fim do primeiro tempo em razão das quedas de luz. E o jogo era para ser festivo, com promoção especial de visita ao campo após o partida. Deu tudo errado.

Espero que a derrota do Grêmio não nos sirva de consolo. Afinal, vem ano, vai ano e o grêmio sempre entra pelo cano. É normal.

https://youtu.be/fq5myAEoyXY

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Bom dia, Argel Fucks (com os gols de Inter 2 x 1 Passo Fundo)

Bom dia, Argel Fucks (com os gols de Inter 2 x 1 Passo Fundo)
Argel Fucks fazendo cara de "Eu não vendi ninguém!".
Argel Fucks fazendo cara de “Eu não vendi ninguém!”.

Os três patetas, versão 2016. Se abstrairmos a influência dos atos de cada um, tenho dúvidas sobre quem é mais inadequado para o cargo: se Sartori como governador, se Lasier como senador ou se Argel como técnico de futebol. Mas talvez os mais estúpidos mesmo sejam o povo gaúcho e os sócios colorados, que elegeram os dois primeiros e o presidente Piffero, o qual escolheu Argel como “técnico”.

O jogo de ontem foi constrangedor. Tivemos extremas dificuldades contra o mau time do Passo Fundo, que veio apenas bem organizado pelo técnico Paulo Porto. Os três articuladores, Alex, Marquinhos e Sasha, estiveram lentos e perdidos, Vitinho abandonado, William foi o doido varrido de sempre. E não há como aparecer individualidades no barco furado de Argel. Não há mecânica de jogo, a coisa é lenta e atrapalhada desde a saída de bola. Até Pelé, Cruyff e Maradona — separadamente, é claro — se deprimiriam.

A vertiginosa decadência do time do seu Argélico não se deve apenas à ausência de D`Alessandro, tem a inestimável contribuição do vendedor Vitorio Piffero. O homem que vendeu 3 vezes Nilmar, e mais Fernandão, Iarley e D`Alessandro uma vez cada, livrou-se de vários problemas em 2016. Saíram Dida, D`Alessandro, Juan, Nico Freitas, Lisandro López, Rafael Moura, Leo e Wellington Martins. Só que que tal alívio na folha de pagamento do clube não recebeu nenhum contrapeso. A única contratação do clube foi a de Paulo Cezar Magalhães, que Argel nem teve coragem de fazer estrear. Se é reserva do William louquinho, imaginem como joga.

Esperava que, se a folha foi aliviada em quase três milhões mensais, o Inter contrataria ao menos 1,5 milhão em novos jogadores, mas a inércia pifferiana é algo de fazer inveja ao governador Sartori. Ele quer uma bela contabilidade e nada em campo. O planejamento do futebol colorado é mais ou menos como o Plano de Contigência de Fortunati para os vendavais. Não existe. Dizem que vão lançar os jovens. Sim, mas com o arcabouço atual, será o mesmo que lançá-los ao fogo. Depois, eles se tornarão outros Lucas Lima e Ricardo Goulart fora daqui. Já conheço esta história.

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