50 anos de Blue, de Joni Mitchell

50 anos de Blue, de Joni Mitchell

Ontem, muita gente estava comemorando os 50 anos do disco Blue, de Joni Mitchell. O Robson Pereira até me mandou um link do Guardian onde uma série de artistas que foram inspirados pelo trabalho de Joni escolhiam sua canção preferida do álbum. Mais de 6 delas foram citadas. Blue tem 10.

Eu fiz questão de reouvir o disco para escolher a minha. Fiquei entre a comovente River e as harmonias de A Case of You. Eu não posso escolher só uma delas.

Conheci Blue lá por 1975 e acho que o ouço a cada dois ou três anos — o que é muito pra mim — e ele só melhora. Sou meio desligado da música popular, mas há coisas que vêm e ficam. Joni é uma grande compositora, letrista e contadora de histórias.

Aliás, que ano foi 1971! Construção (Chico), London London (Caetano), Who`s Next (The Who), Led Zeppelin IV, Fa-Tal (Gal), Ela (Elis Regina), Tapestry (Carole King), Ram (Paul McCartney), Imagine (John Lennon), Aqualung (Jethro Tull), All things must pass (George Harrison), o que mais?

(Aqui, o álbum completo).

Blue, uma das obras-primas de Joni

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A canção de Goffin e King Will You Love Me Tomorrow — Still? Tomorrow?

A canção de Goffin e King Will You Love Me Tomorrow — Still? Tomorrow?

Amy WinehouseOntem estava ouvindo a versão de Amy Winehouse para o megaclássico de Gerry Goffin e Carole King Will You Love Me Tomorrow ou Will You Still Love Me Tomorrow ou ainda com interrogação atrás das duas formas. (Pouca gente sabe, mas Lennon e McCartney, lá no início, queriam apenas ser os Goffin & King da Inglaterra). A canção foi multigravada desde 1960, quando apareceu como Tomorrow num single das Shirelles. Coloco várias versões abaixo, inclusive duas da autora Carole King. Foi com Roberta Flack que a música ganhou insuspeitada grandiosidade. Agora, não deixa de ser curioso notar que Winehouse fez o clássico mudar de patamar novamente. Acompanhem a evolução.

Lá nos anos 60, com as pioneiras Shirelles, a coisa ia assim:

A autora Carole King mostrava que a coisa tinha mais potencial em 1971:

Roberta Flack dá um banho numa versão de palpável tristeza:

Ou quase um cantochão com Lykke Li:

No que é corrigida por uma Carole King veterana e sem voz em 2010 (atenção para a barba Tolstói-like do baixista):

Mas, antes, Amy Winehouse voltara a colocar a canção onde deixara Roberta Flack, ou seja, nas brumas do desespero:

E a pós-moderna Norah Jones:

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1971, o melhor ano do Rock

1971, o melhor ano do Rock

Who`s NextHoje, minha praia são os eruditos, mas em 1971 tinha de 13 para 14 anos e estava atento a tudo o que acontecia na música que ouvia — a MPB e o rock. Dando uma olhada nos lançamentos daquele ano, vejo muito daquilo que é ouvido e reverenciado até hoje, mesmo que tenham passado 45 anos. A lista reduzida que deixo para vocês logo após a imagem da capa do Led Zeppelin IV é impressionante. É complicado vencer 1971, um ano acachapante em que — reduzindo ainda mais a lista — foram produzidas coisas como Led Zeppelin IV, Who`s Next?, Aqualung, Tapestry, L. A. Woman, American Pie e Fragile. Talvez Baba O’Reilly tenha sido a melhor gravação do melhor ano da história das gravações, não? Este post foi suscitado pelo lançamento de Never a Dull Moment: Rock’s Golden Year (Nenhum Momento Chato: o Ano de Ouro do Rock) do crítico inglês David Hepworth.

Abaixo, a lista reduzida, repito.

Led Zeppelin IVParanoid — Black Sabbath
Pearl — Janis Joplin
Tapestry — Carole King
Aqualung — Jethro Tull
Sticky Fingers — Rolling Stones
L.A. Woman — The Doors
Blue — Joni Mitchell
American Pie — Don McLean
Ram — Paul McCartney
Who’s Next — The Who
Tarkus — Emerson, Lake & Palmer
Meddle — Pink Floyd
At Fillmore East — The Allman Brothers
Nursery Crime, Genesis
Electric Warrior — T. Rex
Fireball — Deep Purple
Imagine — John Lennon
Led Zeppelin IV — Led Zeppelin
The Concert for Bangladesh — George Harrison, Eric Clapton e outros
Killer — Alice Cooper
Fragile — Yes
Hunky Dory — David Bowie

tapestry

 

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