Bom dia, gremistas (com os melhores lances de Grêmio 1 x 2 River Plate)

Bom dia, gremistas (com os melhores lances de Grêmio 1 x 2 River Plate)

Guaraní-Par, Iquique, Zamora, Godoy Cruz, Botafogo, Barcelona de Guayaquil, Lanús, Monagas, Cerro Porteño, Defensor, Estudiantes, Atlético Tucumán…

Foi só pegar um time grande como o River para fazer os planetas se alinharem. Antes era muita sorte junta. Acabou.

Foi um River que passou em minha vida.

D`Alessandro em seus tempos de River | Foto: River Plate – Sitio Oficial

O Grêmio fez excelente partida em Buenos Aires, mas jamais deveria tê-la tentado repetir ipsis litteris em casa. Jogar fechadinho fora de casa é uma coisa, fazer o mesmo em casa é um equívoco — põe uma pulga atrás da orelha do adversário, que pensa: “Por que eles estão com medo?”. Renato errou e errou feio. Ele não cometeu um pênalti por azar como Bressan, ele entrou com a estratégia errada. Jogou com medo, recuado, como se o jogo fosse contra o Real Madrid de Abu Dhabi.

Apostavam, na arena lotada, num contra-ataque.

Mas teve enorme sorte ao fazer o primeiro gol na única chance que teve no primeiro tempo. Foi um escanteio mal cobrado por Alisson que acabou em gol do lateral direito Leonardo (Costa?), o time que jogava por um gol saía na frente e, ao final do primeiro tempo, vencia por 2 x 0 no placar agregado. Mas em campo só dava River. O Grêmio seguia com sua proverbial sorte.

No segundo tempo, o River pressionava sem resultados como fizera no Monumental de Nuñez, só que… Quem deixa a bola rondando sua área e desiste de jogar, quem faz cera a fu como fez Marcelo Grohe… Às vezes toma.

Lágrimas na chuva

E aconteceu. Aos 25 minutos eu tinha ido tomar banho porque era inútil ver aquela coisa e o Grêmio ia se classificar sem merecer… Paciência. Então, Paulo Miranda sentiu câimbras e entrou em seu lugar o sujeito mais azarado do mundo: Bressan. O River empatou num lance que lembrou os dois gols do Grêmio. Bola na área e gol. Nada de jogadas trabalhadas.

E veio a justiça, pois o River sempre demonstrara mais desejo de ganhar do que o tricolor. Mas foi uma tremenda injustiça com o cara mais azarado do mundo.

Scocco chutou, Bressan chegou à bala e saltou na sua frente. Impossível pular sem abrir os braços, é uma questão de equilíbrio. E a bola bateu na sua mão. A regra diz que, se o braço não está grudado no corpo e a bola bate nele ou na mão, deve ser marcada a falta. Então o pênalti aconteceu, só que a regra é muito injusta e acho que esta deveria voltar a examinar a questão da intenção.

A cobrança foi perfeita e o River venceu. Por ter dois gols marcados fora de casa, levou a vaga. Foi cruel, mas justo.

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Bom dia, Renato (com os melhores lances de Grêmio 2 (5) x 1 (3) Estudiantes)

Bom dia, Renato (com os melhores lances de Grêmio 2 (5) x 1 (3) Estudiantes)

Por Samuel Sganzerla

Bom dia para todos aqueles que têm o coração forte para sobreviver às provações que o Grêmio nos traz, que carregam o azul, o preto e o branco na alma. Renato, 28 de agosto de 2018 será um desses dias para se guardar na memória da imortalidade Tricolor.

A derrota por 2 a 1 para o Estudiantes na Argentina, no jogo de ida, acabou não sendo dos piores resultados, graças ao gol qualificado. Entramos ontem à noite em campo sabendo que uma vitória mínima bastaria, que nos colocaria nas quartas e manteria vivo o sonho do Tetra.

Foto: gremio.net
Foto: gremio.net

E o Grêmio começou com todo ímpeto e gana de quem queira buscar o resultado. Porque, te confesso, Renato, eu não vi os primeiros cinco minutos do jogo. Ainda estava entrando na Arena, quando só ouvia os gritos da gurizada nas arquibancadas.

A sagrada cerveja pré-jogo ignorou a possibilidade de haver fila, assim como eu negligenciei o efeito diurético do álcool. No que finalmente ingressamos no estádio, fui reto atender às minhas necessidades fisiológicas.

Estava lavando as mãos quando ouvi a explosão da nação Tricolor, naquele início envolvente que me deixou mais uma marca na data de ontem: foi o primeiro gol que comemorei num banheiro da Arena. E quer saber? Pouco importa!

Importou, na verdade, que, quando finalmente tomamos nossos lugares, no lance seguinte, o primeiro que acompanhamos visualmente, veio o empate deles. Falha rara do Geromito, depois de Jaílson (que, registre-se, jogou muito bem ontem) ter perdido a bola.

“Bom, temos mais de 80 minutos”, pensei eu. E, Renato, foi um verdadeiro massacre Tricolor ontem. O Estudiantes não viu mais a bola depois do empate. E o Grêmio, que tem tido dificuldades para ser efetivo e errado batente na definição dos lances, ontem criou bastante e foi impecável.

Os números me impressionaram, Renato. 82% de posse de bola, 90% de acerto nos passes, 25 finalizações. O problema era aquele: 8 chutes a gol contra 1 único deles. E estava tudo empatado. Mesmo reconhecendo que o Grêmio estava jogando muita bola, a filha da mãe teimava em não entrar. E o tempo passava. Aqueles 80 minutos foram se esvaindo.

Sei lá, Renato! Teve um momento em que tudo era nervosismo. Um filme se passou na minha cabeça: um mês de agosto que ia se desenhando trágico; talvez o fim dessa boa fase do Grêmio; a maldição das oitavas da Libertadores; a corneta de que não ganhávamos de um campeão no mata-mata continental desde 2007 buzinando nos meus ouvidos. Olha, tanta coisa se passou ali…

Só que, com o perdão devido, às vezes essa fase de time que ganha jogando um futebol envolvente e tal nos faz esquecer por um breve momento do que é feita a essência de ser gremista. Como se eu ter encontrado o Galatto antes do jogo não fosse para me lembrar de qual a forma em que se forja a alma azul celeste.

Já estávamos nos acréscimos, quando Cebolinha sofreu a falta na lateral da área. Luan, que ontem jogou demais, colocou a bola lá no meio da confusão – o chuveirinho, a JOGADA SUPREMA do futebol. E Alisson, esse menino maravilhoso, desviou com a cabeça, fazendo com que a pelota caprichosamente batesse no travessão antes de entrar.

Cacete, que explosão, que loucura, que sentimento! O CORAÇÃO TEM QUE SER FORTE DEMAIS, RENATO! Porque todos comemoramos aquele gol como se fosse o último de nossas vidas. Como se não houvesse amanhã! Só que ainda restavam os pênaltis, né?! Eu achei que iria ter algum troço que a medicina ainda não denominou, mas fiquei firme.

Firme atrás do gol onde foram cobradas as penalidades. E, Renato, obrigado por ter colocado a gurizada treinar pênaltis! Deu certo ontem! O Grêmio converteu todas as suas cobranças. E eu, atrás do gol, fiz meu papel de xingar, vaiar, sinalizar e tudo o mais que pudesse tentar atrapalhar os jogadores argentinos.

A verdade é que não deram certo as minhas MANDINGAS. Porque o único jogador deles que eu não xinguei até a oitava geração da família foi o que parei para comentar com o desconhecido ao meu lado: “Zagueiro, canhoto e tomou pouca distância: vai bater um tiro de meta na torcida”. Como eu estar certo nessas horas, Renato!

Agora, eu queria destacar a última cobrança. Quando Lugüercio foi bater a quarta penalidade dos argentinos, o erro nos classificaria. Mas ele bateu muito bem. E comemorou muito, saiu em direção ao meio campo olhando para a torcida deles e vibrando. Quando passou pelo André, que já caminhava em direção às área, deu dois tapinhas na cabeça dele, provocando. Fez de tudo para reverter a pressão.

Confesso, Renato, que fiquei com uma raiva desgraçada daquele gringo; mas com receio de que a má fase do André pesasse na perna. Quando nosso centroavante foi ajeitar a bola, o goleiro argentino fez o mesmo gesto: se aproximou dele, provocou, deu dois tapinhas na sua cabeça.

E o André, frio, sem expressar nenhum medo, foi para a bola… E bateu com EXTREMA categoria, esperando o goleiro definir o canto no último centésimo, rolando a bola suavemente para o outro lado da goleira! Gol da classificação! E que mostrou que o André tem bola! Ainda pode jogar o que sabe no Tricolor!

Grêmio nas quartas de final da Libertadores da América 2018. Milhões de corações Tricolores testados ao seu limite. A redenção de um mês muito ruim para as pretensões que criamos com esse baita time. Que venha setembro! Que venha o Tucumán! Que venha o Tetra!

Saudações Tricolores, Renato!

E segue o baile…

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Bom dia, Renato (com o melhor de Estudiantes 2 x 1 Grêmio)

Bom dia, Renato (com o melhor de Estudiantes 2 x 1 Grêmio)

Por Samuel Sganzerla

Renato, na bacia das almas que se encontra na foz do Rio da Prata, repousam alguns dos espíritos mais fortes do COPEIRISMO continental. Tu, que já cruzaste tanto estes pagos, fardando os mantos tupiniquins que se atreveram a desbravar América a dentro, deverias saber bem disso.

Maicon em ação: com Cícero ao lado, pouca mobilidade para marcar | Foto: gremio.net
Maicon em ação: com Cícero ao lado, pouca mobilidade para marcar | Foto: gremio.net

Porque, Renato, não se encara o Estudiantes de La Plata, mesmo quando condenado pela imprensa desportiva por “não viver seu melhor momento”, sem considerar que o time dará o sangue e a alma para tentar buscar a vitória. Assim como na semana passada, vimos os jogadores jovens fazerem os nossos “velhos” sofrerem, coisa típica destes tempos em que não se respeita mais nada.

A noite fria em Quilmes – e infelizmente não falamos daquela loira gelada que importamos dos hermanos – viu, num primeiro tempo, um adversário que compensava suas deficiências técnicas com muita vitaliciedade e entrega. Quando parecia que o Estudiantes não teria muito mais recursos do que o “vamo que vamo, que se puede”, o jovem Apaolaza emplaca um chute de raríssima felicidade, abrindo o placar para os donos da casa logo no início da partida.

O primeiro gol deles, Renato, saiu de uma bola retomada da nossa defesa, na marcação pressão que eles aplicavam sobre nós. Mesmo tendo muito mais posse de bola já naquele momento, o Grêmio não raro se via apertado na saída, precisando dar chutões para a frente. E, sem o Jael, fica muito difícil ganhar a segunda bola. Pouco conseguíamos criar (a ausência do Everton foi gritante, especialmente porque Pepê pareceu sentir um pouco a pressão do jogo). De outro lado, víamos os contra-ataques impetuosos daquela voraz juventude platense.

Se a coisa já não ia bem, ficou ainda pior, quando, na cobrança de escanteio, Campi cabeceou no canto oposto de Marcelo Grohe, aos 38 do 1º tempo. Gol de manual, mas que contou com a falha da marcação na bola aérea – era daquelas noites em que até os problemas que pareciam estar resolvidos voltam a nos assombrar. O momento seguinte foi horrível: com dois gols à frente no placar, o Estudiantes encaixava contra-ataques perigosos. Parecia que o que era ruim iria piorar. Eu temi pelo pior por alguns instantes, Renato.

Entretanto, eis que a copeira bola aérea que pune também salva, liberta e dá esperanças. No apagar das luzes da primeira etapa, Luan bateu escanteio com precisão, André desviou de cabeça, Andújar fez grande defesa, mas Kannemann, nosso melhor jogador em campo, estava lá para completar para o fundo das redes, também de cabeça. 2 a 1, o alívio e a certeza de que dava para reverter a desvantagem ainda no jogo de ida.

No segundo tempo, contudo, o Grêmio até foi melhor, mas pouco efetivo. Perdemos boas chances e não soubemos aproveitar o fato de ter jogado os 15 minutos finais com um homem a mais, depois que Zuqui levou o segundo amarelo, numa falta infantil que mostrou que, para boa parte da equipe deles, ainda falta maturidade. O jogo terminou com o mesmo placar do primeiro tempo, o gol qualificado faz com que a vantagem deles não seja tão grande; mas ficamos com a sensação de que o Tricolor ficou devendo em campo, Renato.

O que eu gostaria de te dizer é que espero que não seja preciso uma eliminação precoce para que tu aceites que algumas mudanças precisam ser feitas no time. Cícero e Maicon são uma boa dupla de volantes, os dois têm qualidade, claro; porém, não está dando mais para jogarem juntos, porque são veteranos, não têm pernas para correr atrás na marcação (especialmente quando a velocidade do adversário no contra-ataque é uma arma). Mesmo que perca em qualidade técnica na armação, o time ganharia com Jaílson na marcação.

Da mesma forma, Leo Moura é um baita lateral. Mesmo quase beirando os 40 anos, ainda tem muita qualidade. Ontem deu conta de jogar toda a partida e foi bem. Mas sabemos que não será sempre assim, Renato. E, por falar em qualidade, não duvido da capacidade técnica do André, porém já não há mais justificativa para que Jael fique no banco. Toda vez que ele entra, o time ganha em movimentação, bola aérea, e segunda bola. E eu espero que o Bruno Cortês retome logo a posição do Marcelo Oliveira, que ontem foi MUITO mal.

Enfim, não precisamos apelar para clichês como “não tá morto quem peleia” ou discursos motivacionais que invocam a garra do gremismo. A desvantagem no confronto é totalmente reversível, sabendo que precisamos da vitória mínima aqui na Arena, quando tenho certeza que nossa torcida a lotará mais uma vez, para fazer com a bola entre nem que seja pela força do ALENTO. Mas eu gostaria, Renato, que tu abrisses mão de certas convicções – e PARA COM ESSA COISA DE ESCANTEIO CURTO, por favor (nosso único gol ontem saiu de uma bola cruzada, Renato!).

E vamos que vamos, que a busca pelo Tetra da Libertadores começou neste mata-mata com o pé esquerdo, mas a gente nunca para de acreditar. Vamos adiante, agora pensando no jogo em casa que termos contra o Vitória, no domingo. Aliás, como só voltarei a falar contigo na segunda-feira, já deixo aqui meu parabéns pra ti, pelo dia dos pais vindouro. Manda um beijo pra Carolzinha!

Saudações Tricolores!

E segue o baile…

https://youtu.be/OiADkFKyMMo

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Bom dia, Renato! (com os gols de Monagas 1 x 2 Grêmio)

Bom dia, Renato! (com os gols de Monagas 1 x 2 Grêmio)

Por Samuel Sganzerla

Olha, Renato, ganhar no sufoco é algo a que não estávamos mais acostumados! Obviamente, ninguém imaginou que o time misto do Grêmio, em meio a uma maratona de jogos e a uma viagem de mais de seis mil quilômetros, repetiria as atuações anteriores.

Foto: gremio.net
Foto: gremio.net

O que importa, claro, foi trazer da Venezuela os três pontos, a liderança do grupo e a vaga para a próxima fase da Copa Libertadores. Mas não pensamos que o jogo teria tantas reviravoltas e dificuldades como encontramos ontem em Maturín.

Com quase todo o time reserva do meio para a frente, à exceção de Ramiro, a criação e o volume de jogo naturalmente não se deram com a mesma intensidade da equipe titular. Para piorar um pouco, com nem dez minutos de jogo, Alisson, nosso décimo segundo jogador, sentiu a coxa e teve que ser substituído (esperamos que não seja nada grave).

No primeiro tempo, o Grêmio até criou chances, mas não encontrou o caminho do gol. O Monagas, a despeito de suas fragilidades, esforçou-se bastante, dando-nos dificuldade na articulação. Aliás, Renato, o Thonny Anderson é bom jogador, mas não vem conseguindo exercer a função de Falso 9 em que tu o escalas.

Quando voltamos do intervalo, o jogo seguiu naqueles ares protocolares, apesar de mantermos o total controle da partida. Se antes parecia que o Grêmio, como de costume, viria construir a vitória no cansaço da segunda etapa, ontem chegou a aparentar que um morno 0 a 0 seria o nosso destino.

Foi aí que Ramiro, nosso PEQUENO GIGANTE, apareceu mais uma vez. Não apenas sendo fundamental à equipe, como se mostra cada vez mais, mas desta vez aparecendo para (quase) resolver a partida. Chute cruzado da intermediária, que morreu no canto do goleiro Baroja. Está certo que o arqueiro pulou atrasado, mas mérito de que arrisca.

E assim parecia que o Tricolor já encaminhava mais uma vitória na Copa e que voltaríamos tranquilos com a liderança para casa. Principalmente depois de Grohe fazer uma excelente defesa, na única chance clara dos adversários até aqueles 80 minutos de partida. Mas deixamos de matar o jogo, de aproveitar as chances para ampliar o placar. E, num descuido, demos chance para o azar. Aí o crime (quase) aconteceu.

Não pode aos 47 do segundo tempo, Renato, o ponta venezuelano ficar no mano a mano com o marcador, na entrada da lateral da área. Ramiro poderia ter matado a jogada antes, mas aí precisou ter o cuidado de não cometer pênalti. Isso acabou permitindo o cruzamento na nossa área, e Kannemann, desequilibrado, tentou afastar quase debaixo das traves, mas empurrou para o fundo do gol do Marcelo.

Como o argentino tem muito crédito, isso passa batido. Mas sofríamos o empate que nos custaria muito caro. Com a vitória do Cerro sobre o Defensor, dificilmente teríamos chance de classificar em primeiro do grupo (os paraguaios só precisariam de uma vitória sobre os venezuelanos em casa para se garantir na liderança). Péssimo! Um balde de água fria!

No entanto, Renato, é nessas horas que a gente precisa invocar o espírito aguerrido de que tanto nos orgulhamos. Foi sensacional ver nosso time não se abater e ir para cima já no lance seguinte. Cícero, em mais uma boa atuação no meio campo, dominou na área para marcar após bom cruzamente, quando sofreu cristalina penalidade.

Após certo tumulto, ocorrido enquanto assistíamos no replay a infantilidade do zagueiro venezuelano no lance, Jailson chamou a responsabilidade. Confesso que fiquei surpreso, Renato, mas se tu o deixaste ou mandaste bater, é porque ele vem bem nos treinos, tive certeza. E daí o nosso Will Smith correu para bola e anotou, com muita categoria.

Fim de jogo, Renato, e voltamos ao Brasil com o que precisávamos. Com mais emoção do que o necessário, mas o susto também ensina. Agora é pensar no Brasileirão e no Defensor semana que vem, para garantirmos a vantagem na próxima fase, depois da parada da Copa do Mundo (quando espero também que nossos jogadores já estejam em plenas condições físicas).

Ao final, gostaria de agradecer a ti e a todos jogadores e membros da comissão técnica pela atitude de auxiliar e se solidarizar com o povo venezuelano. A situação no vizinho do Norte, todos sabemos, não está na da fácil.

Faço das tuas palavras as minhas e espero que o mundo olhe para a Venezuela com mais atenção. E torço para que o povo local consiga vencer os governos que os condenam à miséria e à opressão (algo infelizmente nada raro por estas bandas, independentemente de espectro ideológico).

De toda forma, parabéns por serem campeões dentro e fora de campo, Renato!

Saudações Tricolores!

E segue o baile…

https://youtu.be/SyIkshYj264

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Bom dia, Renato! (com os melhores lances de Grêmio 4 x 0 Monagas)

Bom dia, Renato! (com os melhores lances de Grêmio 4 x 0 Monagas)

Por Samuel Sganzerla

Grêmio
Grêmio: o Rei, o Cumpridor, o Cebolinha

Que dia maluco ontem, hein?! A começar por esse horário em que a CONMEBOL marcou TODOS os nossos jogos em casa. Eu, assim como tantos gremistas, não me livrei dos compromissos para estar às 19h15 na Arena. Nem para ver o primeiro tempo, na verdade. Mas, pelo que ouvi e vi no VT, parece que o time inteiro demorou a entrar em campo. Acho que estavam preocupados com o voto da Ministra Rosa Weber.

O importante é que deu para chegar em casa e ver um belo segundo tempo. Mais uma goleada para a conta. Está certo que o outro time era fraquinho, Renato, mas não tira o nosso mérito. Jael abrindo o placar de cabeça mostra bem o papel que vem exercendo: centroavante de atitude, agita o ataque, bagunça a defesa adversária e cria chance de gols. Eventualmente, deixa o seu também, como hoje.

O show à parte ficou por conta de Everton Cebolinha. O guri está jogando muita bola, Renato! É muito bom ver esse crescimento dele, que já era um bom jogador e contribuía bastante com o time quando entrava, e agora vem se mostrando titular absoluto e uma peça fundamental da equipe. Se continuar nesse ritmo, esperamos que ele possa ficar para além de alguma famigerada janela de transferências.

Falando em peças fundamentais, coisa boa ver Arthur e Maicon se entrosando no meio campo. O Rei, que nos deixará ano que vem para conquistar o Velho Mundo com a camisa Blaugrana, deu uma belíssima assistência para o outro Rei, o da América. Luan, mesmo quando não é protagonista, mostra sua qualidade e sua importância. E até Cícero, que vinha devendo – principalmente pela tua aposta em escalá-lo como titular em alguns jogos –, deixou o seu gol hoje.

Quatro a zero e torcida feliz, apesar do horário ruim, da chuva, da Voz do Brasil, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal que levam mais tempo para proferir um voto do que o coirmão para sair da crise. Pelo menos até a tua entrevista na coletiva, né, Renato?! Esperávamos que tu fosses colocar um ponto final nessa boataria de que tu poderias ir para o Flamengo. E tu preferiste deixar no ar.

Olha só, eu sei que a orla do Guaíba não é Ipanema, que o Morro Santa Teresa pode não ser tão bonito quanto o Corcovado, que a Cidade Baixa fique devendo um pouco à Lapa, mas as coisas estão bem por aqui, não?! Não Porto Alegre em si, claro! Essa tem seus vários problemas (e eu não estou a fim de escrever um “Bom dia, Marchezan!” para conversar sobre todos eles). Eu falo do Grêmio! Tudo bem, não temos a Barra da Tijuca, mas Xangri-Lá é logo ali também. O que tem de bom por aqui é o nosso Imortal!

Sei o quanto tu amas o Rio (bom, e não és só tu que achas uma boa ideia morar na Zona Sul carioca, sejamos francos), mas tu vais ter que ajeitar a casa lá no Flamengo, né?! E tu sabes como é a torcida deles. É “Deixou chegar, fudeu! Entreguem as taças! Rumo a Tóquio!” na primeira vitória suada no Campeonato Carioca; e revolta, terra arrasada e “Muda tudo! Que rolem cabeças!” na primeira eliminação. Aqui nós estamos em lua de mel, Renato! Por que trocar?

Agora, se a tua ideia é só fazer um pouco de joguinho midiático, querer se valorizar um pouco mais, ouvir o torcedor clamar por ti, então deixa eu ser bem claro contigo: FICA, MEU QUERIDO! O GRÊMIO É TUA CASA, TEU CLUBE, TEU LAR! NÓS TE AMAMOS E TE REVERENCIAMOS! Está bem, também não vou ser hipócrita de dizer que, a depender do número preenchido no cheque que me apresentassem, eu não cogitaria em trabalhar até trabalhar até vestindo a camisa do coirmão – OK, exagerei , mas só quis dizer que também entendo o lado financeiro-profissional.

Salvo os mais altruístas (que nas redes sociais tem aos montes, mas nas ruas é difícil de encontrá-los), todo mundo gostaria de garantir uma rica aposentadoria. Eu apenas espero que a proposta do time carioca, se realmente existir, não seja boa a ponto de te convencer a se mudar com tudo que já foi conquistado e construído por aqui neste último ano e meio. Sim, sou metade coração de torcedor apaixonado, metade cérebro burocrático. Só a cerveja para unir isso tudo.

Que na segunda-feira, quando eu voltar a conversar contigo aqui (e falar um pouco sobre o Gauchão, o que eu não fiz DELIBERADAMENTE até agora), a decisão tenha sido por Porto Alegre. Que venha a taça que tu queres no teu currículo de técnico lá de Pelotas, junto com o nosso Dia do Fico. De qualquer forma, Renato, continue não te esquecendo: tu vais ser sempre o cara!

Saudações Tricolores!

Segue o baile…

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Bom dia, Renato (Defensor 1×1 Grêmio – Libertadores 2018)

Bom dia, Renato (Defensor 1×1 Grêmio – Libertadores 2018)

Por Samuel Sganzerla

Ontem foi o dia de nossa estreia na Copa Libertadores da América de 2018. Sob as bênçãos do pôr-do-sol no Rio da Prata, adentramos o campo do simpático estádio Luis Franzini em busca pela glória continental – pela quarta vez. Mais do que um candidato, somos os defensores do título. E foi contra o Defensor o nosso primeiro desafio, Renato – com o perdão do trocadilho besta.

Como tu sabes melhor do que eu, Renato, na partida inicial da Copa sempre rola aquele misto de despretensão com a ansiedade da expectativa. Geralmente, o time chega em meio a um período de formação e testes, visto que o calendário da temporada recém começa a ser percorrido.

gremio.net
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Confesso, Renato, que acabei dividindo a atenção do jogo com minha família. Como tinha um compromisso profissional em Caxias do Sul, aproveitei a viagem para visitar meu povo e jantar com eles, enquanto a bola rolava no atraente Parque Rodó, Montevideo, na imagem projetada na televisão da sala. Mas isso não impediu que meu PARCO conhecimento sobre o LUDOPÉDIO pudesse analisar (ou sentir) um pouco o time.

De pontos positivos, pudemos ver um Grêmio que busca manter o trabalho de bola conquistado nos últimos anos, que tanta alegria nos deu. Sem dúvidas o time entrou com muita vontade de vencer, não pensando em se contentar com um empate fora de casa. Claro que a aparente limitação dos uruguaios não é parâmetro para medir forças, mas ver Everton Cebolinha ENDIABRADO e ávido por penetrar a retranca adversária foi um belo símbolo da postura Tricolor.

Por outro lado, parece que ainda não encontramos o esquema ideal, denotando certa bagunça no time. Como eu não assisto os treinos (somente por falta de tempo, juro!), o futebol jogado nas partidas ainda não me permitiu entender a insistência de Ciro como titular – inicialmente como falso-nove, para depois ser recuado na armação. Edilson faz muita falta na lateral direita, porque Madson ainda não provou ser o jogador que precisamos e queremos para disputar títulos. Mas demos-lhe tempo para provar que estamos errados.

O fato é que não foi uma atuação ruim, embora também não tenha chegado a empolgar. O que é sempre bom, né, Renato?! Digo desde que pintei por essas bandas que a euforia não combina conosco. Mesmo assim, somos gremistas de corpo e alma, queremos vencer sempre. E parece que os bons ventos nos brindariam com uma boa vitória logo na estreia da Libertadores, construída do jeito que gostamos – na base da persistência, do bom e velho ABAFA, uma boa jogada construída lá pelo final da segunda etapa.

Luan e Maicon, de boas atuações, apareceram bem no lance que seria fundamental, coordenando a orquestrada troca de passes do Tricolor. No lançamento de nosso capitão para Jael, nosso centroavante com mais títulos do que gols meio que foi empurrado, meio que tentou cavar um pênalti. A bola sobrou para o faminto Cebolinha, que faria um belo e inteligente gol, não fosse a precisão do zagueiro para tirar quase em cima da linha. Foi quando o próprio Maicon, que havia começado a jogada, chegou para concluir bem, pelo alto, e marcar o tento que parecia definir o nosso triunfo. Parecia.

Eis que os uruguaios, que haviam passado aqueles 80 minutos amarrando o jogo, numa aula da boa e velha CATIMBA SUDACA, passaram a correr atrás do prejuízo. A pressão que tentaram nos impor até estava bem controlada. Mas, quatro minutos depois de abrirmos o placar, numa cobrança de escanteio pelo lado direito, os uruguaios chegaram ao empate.

A nossa marcação falhou, deixando Matías Maulella SOLITO para cabecear sem tirar os pés do chão, numa bola que pareceu ter tanto veneno que desviou em 18 jogadores antes de entrar. Renato, a bola aérea é algo que precisa ser corrigido, pois já apresentou falhas nesses primeiros jogos do ano. Um jogador não pode cabecear uma bola completamente sozinho aos 40 do segundo tempo e ponto.

O setor defensivo é justamente nosso ponto mais forte, o que tem dado solidez ao time, não podendo ter esse tipo de brecha. Ainda que nenhum dos dois zagueiros tenha falhado, claro, vale sempre esse registro – mesmo que o Grêmio venha a levar uns 9 gols nos próximos cinco jogos por culpa exclusiva de Kannemann e Geromel, ainda assim não teremos direito de reclamar deles, e a ovação é OBRIGATÓRIA.

De toda maneira, voltamos a buscar a vitória no pouco tempo que nos restava. Mesmo sendo visível a necessidade de ajustes, é muito ver uma equipe que quer vencer e se impor sempre, visto que um ponto trazido do Uruguai sempre seria visto como bom resultado (não que tenha sido ruim também). Infelizmente, não conseguimos furar novamente a meta montevideana, terminando a partida em 1 a 1.

A vitória era para ter sido azul, preta e branca. Dois dos três pontos escaparam entre os dedos exclusivamente por nossa culpa. Mesmo assim, também não é motivo para lamentos. É até bom para o time ficar ligado, para não entrar de salto-alto – como eu já disse, não combina conosco. Ao final, foi o primeiro de seis confrontos da fase de grupos. Agora voltaremos a campo pela Copa somente no início de abril, quando espero que o time já esteja num ritmo mais competitivo.

Enfim, caiu a noite sobre a hermosa Playa Ramirez. O pequeno toque de decepção que pairou sobre nós certamente não foi maior do que a motivação que bateu nos jogadores para encarar os próximos confrontos. E menos ainda do que os românticos ares da noite montevideana, onde as parrillas de Punta Carretas e o Casino Parque Hotel aguardam para que lá nossos jogadores degustem um suculento entrecot, acompanhado de um bom Tannat, umas fichas na roleta e algumas companhias agradáveis.

Tu sabes melhor do que ninguém, Renato, do que os nossos atletas precisam para seguir na trilha das glórias. Eles merecem! Como merecem um bom vinho. Porque é importante que, mesmo após um insólito empate copeiro, ergam algumas taças. Como bons campeões que são!

Saudações Tricolores!

E segue o baile…

https://youtu.be/y4hcuSNHDLM

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