Bom dia, gremistas (com os melhores lances de Grêmio 1 x 2 River Plate)

Bom dia, gremistas (com os melhores lances de Grêmio 1 x 2 River Plate)

Guaraní-Par, Iquique, Zamora, Godoy Cruz, Botafogo, Barcelona de Guayaquil, Lanús, Monagas, Cerro Porteño, Defensor, Estudiantes, Atlético Tucumán…

Foi só pegar um time grande como o River para fazer os planetas se alinharem. Antes era muita sorte junta. Acabou.

Foi um River que passou em minha vida.

D`Alessandro em seus tempos de River | Foto: River Plate – Sitio Oficial

O Grêmio fez excelente partida em Buenos Aires, mas jamais deveria tê-la tentado repetir ipsis litteris em casa. Jogar fechadinho fora de casa é uma coisa, fazer o mesmo em casa é um equívoco — põe uma pulga atrás da orelha do adversário, que pensa: “Por que eles estão com medo?”. Renato errou e errou feio. Ele não cometeu um pênalti por azar como Bressan, ele entrou com a estratégia errada. Jogou com medo, recuado, como se o jogo fosse contra o Real Madrid de Abu Dhabi.

Apostavam, na arena lotada, num contra-ataque.

Mas teve enorme sorte ao fazer o primeiro gol na única chance que teve no primeiro tempo. Foi um escanteio mal cobrado por Alisson que acabou em gol do lateral direito Leonardo (Costa?), o time que jogava por um gol saía na frente e, ao final do primeiro tempo, vencia por 2 x 0 no placar agregado. Mas em campo só dava River. O Grêmio seguia com sua proverbial sorte.

No segundo tempo, o River pressionava sem resultados como fizera no Monumental de Nuñez, só que… Quem deixa a bola rondando sua área e desiste de jogar, quem faz cera a fu como fez Marcelo Grohe… Às vezes toma.

Lágrimas na chuva

E aconteceu. Aos 25 minutos eu tinha ido tomar banho porque era inútil ver aquela coisa e o Grêmio ia se classificar sem merecer… Paciência. Então, Paulo Miranda sentiu câimbras e entrou em seu lugar o sujeito mais azarado do mundo: Bressan. O River empatou num lance que lembrou os dois gols do Grêmio. Bola na área e gol. Nada de jogadas trabalhadas.

E veio a justiça, pois o River sempre demonstrara mais desejo de ganhar do que o tricolor. Mas foi uma tremenda injustiça com o cara mais azarado do mundo.

Scocco chutou, Bressan chegou à bala e saltou na sua frente. Impossível pular sem abrir os braços, é uma questão de equilíbrio. E a bola bateu na sua mão. A regra diz que, se o braço não está grudado no corpo e a bola bate nele ou na mão, deve ser marcada a falta. Então o pênalti aconteceu, só que a regra é muito injusta e acho que esta deveria voltar a examinar a questão da intenção.

A cobrança foi perfeita e o River venceu. Por ter dois gols marcados fora de casa, levou a vaga. Foi cruel, mas justo.

Bom dia, Renato! (com os gols de Monagas 1 x 2 Grêmio)

Bom dia, Renato! (com os gols de Monagas 1 x 2 Grêmio)

Por Samuel Sganzerla

Olha, Renato, ganhar no sufoco é algo a que não estávamos mais acostumados! Obviamente, ninguém imaginou que o time misto do Grêmio, em meio a uma maratona de jogos e a uma viagem de mais de seis mil quilômetros, repetiria as atuações anteriores.

Foto: gremio.net
Foto: gremio.net

O que importa, claro, foi trazer da Venezuela os três pontos, a liderança do grupo e a vaga para a próxima fase da Copa Libertadores. Mas não pensamos que o jogo teria tantas reviravoltas e dificuldades como encontramos ontem em Maturín.

Com quase todo o time reserva do meio para a frente, à exceção de Ramiro, a criação e o volume de jogo naturalmente não se deram com a mesma intensidade da equipe titular. Para piorar um pouco, com nem dez minutos de jogo, Alisson, nosso décimo segundo jogador, sentiu a coxa e teve que ser substituído (esperamos que não seja nada grave).

No primeiro tempo, o Grêmio até criou chances, mas não encontrou o caminho do gol. O Monagas, a despeito de suas fragilidades, esforçou-se bastante, dando-nos dificuldade na articulação. Aliás, Renato, o Thonny Anderson é bom jogador, mas não vem conseguindo exercer a função de Falso 9 em que tu o escalas.

Quando voltamos do intervalo, o jogo seguiu naqueles ares protocolares, apesar de mantermos o total controle da partida. Se antes parecia que o Grêmio, como de costume, viria construir a vitória no cansaço da segunda etapa, ontem chegou a aparentar que um morno 0 a 0 seria o nosso destino.

Foi aí que Ramiro, nosso PEQUENO GIGANTE, apareceu mais uma vez. Não apenas sendo fundamental à equipe, como se mostra cada vez mais, mas desta vez aparecendo para (quase) resolver a partida. Chute cruzado da intermediária, que morreu no canto do goleiro Baroja. Está certo que o arqueiro pulou atrasado, mas mérito de que arrisca.

E assim parecia que o Tricolor já encaminhava mais uma vitória na Copa e que voltaríamos tranquilos com a liderança para casa. Principalmente depois de Grohe fazer uma excelente defesa, na única chance clara dos adversários até aqueles 80 minutos de partida. Mas deixamos de matar o jogo, de aproveitar as chances para ampliar o placar. E, num descuido, demos chance para o azar. Aí o crime (quase) aconteceu.

Não pode aos 47 do segundo tempo, Renato, o ponta venezuelano ficar no mano a mano com o marcador, na entrada da lateral da área. Ramiro poderia ter matado a jogada antes, mas aí precisou ter o cuidado de não cometer pênalti. Isso acabou permitindo o cruzamento na nossa área, e Kannemann, desequilibrado, tentou afastar quase debaixo das traves, mas empurrou para o fundo do gol do Marcelo.

Como o argentino tem muito crédito, isso passa batido. Mas sofríamos o empate que nos custaria muito caro. Com a vitória do Cerro sobre o Defensor, dificilmente teríamos chance de classificar em primeiro do grupo (os paraguaios só precisariam de uma vitória sobre os venezuelanos em casa para se garantir na liderança). Péssimo! Um balde de água fria!

No entanto, Renato, é nessas horas que a gente precisa invocar o espírito aguerrido de que tanto nos orgulhamos. Foi sensacional ver nosso time não se abater e ir para cima já no lance seguinte. Cícero, em mais uma boa atuação no meio campo, dominou na área para marcar após bom cruzamente, quando sofreu cristalina penalidade.

Após certo tumulto, ocorrido enquanto assistíamos no replay a infantilidade do zagueiro venezuelano no lance, Jailson chamou a responsabilidade. Confesso que fiquei surpreso, Renato, mas se tu o deixaste ou mandaste bater, é porque ele vem bem nos treinos, tive certeza. E daí o nosso Will Smith correu para bola e anotou, com muita categoria.

Fim de jogo, Renato, e voltamos ao Brasil com o que precisávamos. Com mais emoção do que o necessário, mas o susto também ensina. Agora é pensar no Brasileirão e no Defensor semana que vem, para garantirmos a vantagem na próxima fase, depois da parada da Copa do Mundo (quando espero também que nossos jogadores já estejam em plenas condições físicas).

Ao final, gostaria de agradecer a ti e a todos jogadores e membros da comissão técnica pela atitude de auxiliar e se solidarizar com o povo venezuelano. A situação no vizinho do Norte, todos sabemos, não está na da fácil.

Faço das tuas palavras as minhas e espero que o mundo olhe para a Venezuela com mais atenção. E torço para que o povo local consiga vencer os governos que os condenam à miséria e à opressão (algo infelizmente nada raro por estas bandas, independentemente de espectro ideológico).

De toda forma, parabéns por serem campeões dentro e fora de campo, Renato!

Saudações Tricolores!

E segue o baile…

https://youtu.be/SyIkshYj264

Bom dia, Renato! (com os melhores lances de Grêmio 4 x 0 Monagas)

Bom dia, Renato! (com os melhores lances de Grêmio 4 x 0 Monagas)

Por Samuel Sganzerla

Grêmio
Grêmio: o Rei, o Cumpridor, o Cebolinha

Que dia maluco ontem, hein?! A começar por esse horário em que a CONMEBOL marcou TODOS os nossos jogos em casa. Eu, assim como tantos gremistas, não me livrei dos compromissos para estar às 19h15 na Arena. Nem para ver o primeiro tempo, na verdade. Mas, pelo que ouvi e vi no VT, parece que o time inteiro demorou a entrar em campo. Acho que estavam preocupados com o voto da Ministra Rosa Weber.

O importante é que deu para chegar em casa e ver um belo segundo tempo. Mais uma goleada para a conta. Está certo que o outro time era fraquinho, Renato, mas não tira o nosso mérito. Jael abrindo o placar de cabeça mostra bem o papel que vem exercendo: centroavante de atitude, agita o ataque, bagunça a defesa adversária e cria chance de gols. Eventualmente, deixa o seu também, como hoje.

O show à parte ficou por conta de Everton Cebolinha. O guri está jogando muita bola, Renato! É muito bom ver esse crescimento dele, que já era um bom jogador e contribuía bastante com o time quando entrava, e agora vem se mostrando titular absoluto e uma peça fundamental da equipe. Se continuar nesse ritmo, esperamos que ele possa ficar para além de alguma famigerada janela de transferências.

Falando em peças fundamentais, coisa boa ver Arthur e Maicon se entrosando no meio campo. O Rei, que nos deixará ano que vem para conquistar o Velho Mundo com a camisa Blaugrana, deu uma belíssima assistência para o outro Rei, o da América. Luan, mesmo quando não é protagonista, mostra sua qualidade e sua importância. E até Cícero, que vinha devendo – principalmente pela tua aposta em escalá-lo como titular em alguns jogos –, deixou o seu gol hoje.

Quatro a zero e torcida feliz, apesar do horário ruim, da chuva, da Voz do Brasil, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal que levam mais tempo para proferir um voto do que o coirmão para sair da crise. Pelo menos até a tua entrevista na coletiva, né, Renato?! Esperávamos que tu fosses colocar um ponto final nessa boataria de que tu poderias ir para o Flamengo. E tu preferiste deixar no ar.

Olha só, eu sei que a orla do Guaíba não é Ipanema, que o Morro Santa Teresa pode não ser tão bonito quanto o Corcovado, que a Cidade Baixa fique devendo um pouco à Lapa, mas as coisas estão bem por aqui, não?! Não Porto Alegre em si, claro! Essa tem seus vários problemas (e eu não estou a fim de escrever um “Bom dia, Marchezan!” para conversar sobre todos eles). Eu falo do Grêmio! Tudo bem, não temos a Barra da Tijuca, mas Xangri-Lá é logo ali também. O que tem de bom por aqui é o nosso Imortal!

Sei o quanto tu amas o Rio (bom, e não és só tu que achas uma boa ideia morar na Zona Sul carioca, sejamos francos), mas tu vais ter que ajeitar a casa lá no Flamengo, né?! E tu sabes como é a torcida deles. É “Deixou chegar, fudeu! Entreguem as taças! Rumo a Tóquio!” na primeira vitória suada no Campeonato Carioca; e revolta, terra arrasada e “Muda tudo! Que rolem cabeças!” na primeira eliminação. Aqui nós estamos em lua de mel, Renato! Por que trocar?

Agora, se a tua ideia é só fazer um pouco de joguinho midiático, querer se valorizar um pouco mais, ouvir o torcedor clamar por ti, então deixa eu ser bem claro contigo: FICA, MEU QUERIDO! O GRÊMIO É TUA CASA, TEU CLUBE, TEU LAR! NÓS TE AMAMOS E TE REVERENCIAMOS! Está bem, também não vou ser hipócrita de dizer que, a depender do número preenchido no cheque que me apresentassem, eu não cogitaria em trabalhar até trabalhar até vestindo a camisa do coirmão – OK, exagerei , mas só quis dizer que também entendo o lado financeiro-profissional.

Salvo os mais altruístas (que nas redes sociais tem aos montes, mas nas ruas é difícil de encontrá-los), todo mundo gostaria de garantir uma rica aposentadoria. Eu apenas espero que a proposta do time carioca, se realmente existir, não seja boa a ponto de te convencer a se mudar com tudo que já foi conquistado e construído por aqui neste último ano e meio. Sim, sou metade coração de torcedor apaixonado, metade cérebro burocrático. Só a cerveja para unir isso tudo.

Que na segunda-feira, quando eu voltar a conversar contigo aqui (e falar um pouco sobre o Gauchão, o que eu não fiz DELIBERADAMENTE até agora), a decisão tenha sido por Porto Alegre. Que venha a taça que tu queres no teu currículo de técnico lá de Pelotas, junto com o nosso Dia do Fico. De qualquer forma, Renato, continue não te esquecendo: tu vais ser sempre o cara!

Saudações Tricolores!

Segue o baile…