Esplendorosa Emmanuelle Riva, o Oscar é o que menos importa

Roubo e adaptação a partir de post de O homem que sabia demasiado.

O nome da atriz Emmanuelle Riva há de ficar nos anais da história do cinema com uma característica muito especial: a de ser lembrada para sempre pelos dois filmes notáveis que iniciaram e finalizaram a sua carreira: Hiroshima mon amour (1959) de Alain Resnais e Amor (2012) de Michael Haneke.

53 anos separam estes dois filmes, dois filmes que têm a palavra amor no título, dois filmes que abordam questões essenciais sobre a ascensão e o declínio do amor. É como se Emmanuelle Riva não tivesse feito mais filmes no intervalo entre estas duas películas. Fez, alguns até importantes. Mas serão Hiroshima mon amour e Amor os títulos que ficarão para sempre na memória de qualquer cinéfilo.

No filme de Alain Resnais, Riva tinha 32 anos, surgia no auge da sua esplendorosa sensualidade; no filme de Haneke, a atriz apresentou-se com respeitáveis 85 anos de idade. Mas é como se a mesma sensualidade, carisma e intensidade não se tivessem esfumado por um único segundo através dos anos. Não importa que Riva possa não ganhar o Oscar de melhor atriz. O seu legado é maior do que qualquer estatueta dourada.

Não sei como Riva, Haneke, Huppert e Trintignant cabem em 500px.

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