Explicando o Campeonato Gaúcho de 2020

Explicando o Campeonato Gaúcho de 2020

Já que ninguém explica em termos claros, vou dar a morta pra vocês, esclarecendo como será o Picanhão (ou Vaziozão) 2020. O Campeonato Gaúcho de Futebol de 2020 – Série A, oficialmente denominado Gauchão Ipiranga 2020, será a 100ª edição da competição organizada anualmente pela Federação Gaúcha de Futebol e será disputada entre 22 de janeiro e 19 de abril em um máximo de 17 datas.

Pela primeira vez desde a edição de 2013, o Campeonato Gaúcho voltará a ser disputado no formato de dois turnos — Taça Ewandro Poeta e Taça Francisco Novelletto (hã?). No primeiro turno, as equipes, divididas em dois grupos, enfrentam-se dentro das chaves em jogos apenas de ida (5 datas). Os dois melhores colocados de cada chave avançam para a semifinal e os vencedores para a final do turno (2 datas). Já no segundo turno, as equipes dos grupos A e B enfrentam-se entre si em jogos apenas de ida (6 datas). Os dois melhores colocados de cada chave avançam para a semifinal e os vencedores para a final do turno (2 datas).

Os campeões de cada turno enfrentarão-se na grande final em jogos de ida e volta para definir o campeão do Campeonato Gaúcho de 2020 (mais duas datas). Caso a mesma equipe vença os dois turnos, será automaticamente declarada campeã do campeonato. Então, esses dois últimos jogos poderão não ocorrer.

Ao final do campeonato, o time melhor colocado, excetuando-se a dupla Gre-Nal, será declarado campeão do interior. Os três melhores colocados na classificação geral vão para a Copa do Brasil de Futebol de 2021, porém, caso estes times já tenham conquistado a vaga por outro método, a vaga será repassada ao time subsequente. Também será disponibilizada uma vaga para o Campeonato Brasileiro de Futebol de 2021 – Série D, que será distribuída para o melhor colocado que já não esteja classificado para alguma divisão do Campeonato Brasileiro de Futebol.

Os grupos:

Grupo A: Inter, Juventude, Novo Hamburgo, Pelotas, São Luiz e Ypiranga.
Grupo B: Grêmio, Aimoré, Brasil-Pel, Caxias, Esportivo e São José.

Fabrício e seu chilique contra a tribo (com vídeo)

Fabrício e seu chilique contra a tribo (com vídeo)
Fabrício: fim da linha
Fabrício: fim da linha

Para se entender o futebol, há que se considerar sua dimensão tribal e ritualística, seu lado irracional. Há valores infantis, mas muito sérios, envolvidos. A camiseta, as cores, o símbolo, o clube, a fidelidade à tribo. Quando Fabrício ouviu as vaias ontem à noite, ele desistiu da jogada e virou-se para a arquibancada mandando-a tomar no cu com os dois dedos médios erguidos. Foi uma ofensa grave, mas um descontrole até perdoável após punição, pedidos de desculpas e geladeira de algumas semanas. Mas depois, quando foi expulso, ele fez mais. Ele pegou a camisa do clube, o chamado manto sagrado, e o jogou no chão. Naquele momento, descumpriu vários acordos tácitos de amor à tribo e tornou impossível o caminho da volta.

Não fui ao jogo de ontem. Cheguei em casa cansado e repassei meu ingresso ao coloradíssimo zelador do prédio onde moro. Não falei com ele depois. Mais tarde saí até um restaurante. O taxista, outro colorado, estava louco de ódio. Disse que só um cheirado, com o cérebro carcomido pela cocaína poderia agir daquela maneira. Mais: disse que o contrato deveria ser suspenso por justa causa (?). É claro que Fabrício, com seu excelente desempenho físico em campo, não é um viciado em drogas, é apenas um pavio curto que atacou o lado sagrado e religioso do clube. Não é um bom jogador, mas é um cara esforçado e, certamente, autodestrutivo. Que clube terá coragem de contratar um sujeito que pode agir assim? Vi o site do Inter com as (belas) fotos de ontem. Fabrício não está em nenhuma delas. Ele deixou de existir. Adeus, Fabrício.

Abaixo, o chilique:

https://youtu.be/m5QEsjnoNBE

Aguirre demonstrou classe: “Vamos deixar passar as horas e ver o que vai acontecer. Poderíamos estar aqui falando de futebol ou de minha demissão”.

Ontem, parece até que jogamos melhor e assumimos pela primeira vez a liderança do Gaúcho. Isso é que desespera a tribo azul. Chega no final e a gente está lá. Foi a quarta vitória consecutiva por 1 x 0. Estamos virando um time chato, mas pontuador.

https://youtu.be/Q6cRAgZs0Hc