25 de setembro de 1994, 19h40, Bárbara

Te vi poucos segundos depois de apareceres
a médica passou a toda velocidade, estava sorrindo
o teu grito era imenso, um bocão de 2,5 Kg
ela te limpava, dizendo nossa ela é forte
e aí te peguei, tu estavas toda rígida,
ainda berrando, embrulhada em panos,
quem eras?

Cuidei muito de ti, tu eras pequena
e me enxergavas imenso
o que sempre me diminuía;
te acostumaste com minha falta de jeito
sempre bem escondida
sob a torrencial chuva de bobagens
das quais sou refém

A infância foi uma infância
e tu nem lembras mais que me pedias, rindo sedutora
na porta da creche
pai, me entrega daquele jeito?
e eu te entregava na porta, segura por um pé, de ponta cabeça
dizendo pelo amor de deus
fiquem com esta porcaria

E aí houve a separação
e deixei tudo para o dado e para ti

mas querias vir
eu cá dizendo que deixara tudo para ti lá
tu dizendo não
e vieste para cá
para mim
para nós

Confesso sem vontade nenhuma de dizer, que tua decisão me (nos) assustou
imaginava anos de despojamento vendo de longe tua formação
quando pediste e pediste e pediste por meses para vir
e, bobo que sou, quando quis ajustar a vida cá
recuperando algo que deixará lá
vi só egoísmo, ódio e cus-
tas

Mas
como foi bom;
quando penso no futuro
quando estou infeliz de dar dó
ou alegre porque houve alguma coisa legal
e a vida voltou a ser uma aventura boa e estamos os
três rindo na cama ou na mesa, penso em ti e o resto vira
lenda e o medo da vida vira medo do dia em que tudo acabará
— pois acabará, querendo ou não —
e que seja numa noite após um desses dias em que mal nos suportamos,
de tão debilóides

45 comments / Add your comment below

  1. Minha filhota
    que não é de sangue
    mas de coração e alma,
    melhor amiga de todas as horas
    e companheira de campereadas.

    FELIZ, FELIZ, FELIZ ANIVERSÁRIO!

  2. ” Gosto muito de crianças:
    Não tive um filho de meu.
    Um filho!… Não foi de jeito…
    Mas trago dentro do peito
    Meu filho que não nasceu.”

    – trecho de Testamento, de Manuel Bandeira

    O mundo tão imenso quando vim
    não se tornou menor, mesmo quando
    percebi nas pessoas uma enorme queda
    para a mesquinharia mais pueril, e
    a disposição bruta para as grandes maldades.

    Um mundo ainda maior me espera a cada dia
    a ponto de me sufocar com suas hipérboles
    e cá estou eu, pequeno, diante do mar
    do imaginário Netuno, catando minhas
    conchinhas de lembranças tristes e miúdas.

    – poemeto completo de Marcos Nunes

    P.S.: andar a cavalo deve ser, como detesta o Vargas Llosa, algo de muito telúrico, não?

    1. P.P.S.: é que ela não apenas anda como salta, ajuda a adestrar e é louca por eles. É uma antipatricinha muito feminina, uma urbana que sonha com fazendas, é bem original a moça.

      1. Minha irmã mais nova, antes de pirar de vez, também andava a cavalo; a mais velha saiu do Rio de Janeiro e foi para uma fazenda no interior de Minas, plantar café e… uvas. A fisionomia da Bárbara é limpa e alegre, acho que manteve a conexão com a bebezinha no colo. A tua cara de bobão babão é que tá ótima também sob aqueles horrendos óculos modelo 1980. Argh!

        1. Se não me engano, meu filho pegou esses óculos anos 70 para colocar lentes e seguir usando. Acho que não deu certo, o troço era velho pacas. Usei-os por uns vinte anos…

  3. Querida Bárbara: Meus parabéns por mais um ano de vida! Um grande beijo, muito sucesso, muita alegria, muito dinheiro no bolso pra você. Estou com saudades de você, do seu irmão, do seu pai e mãe — e dessa cidade linda. Sinta-se abraçada, aqui de New Orleans,

  4. Quando minha esposa me comunicou que estava grávida, por telefone, eu só tive uma reação: recorrer ao velho humor auto-depreciativo que havia desenvolvido na adolescência para desviar a atenção da graça involuntária de uma gagueira terrível (fe-fe-lizmente controlada), e lhe disse: “Bom, só me resta saber o horário e o preço!”; “Do que?”, ela pergunta; “O horário do próximo ônibus pro Pará, e o preço de uma passagem para a fuga.”Reconheço que não vai entrar para as dez mais do repertório do Charlles Campos, mas quando tive tempo de pensar sobre a situação, só me veio à mente que eu deveria, de agora em diante, rever meu sistema de valores e mudar_ ou inverter, por completo_ uma premissa que eu havia adotado: a de que se algum dia fosse detido pela polícia, para averiguações, eu nunca abaixaria a cabeça para o delegado, e na sequência em razão disto, o tapa na cara que me daria o agente de polícia, seria devidamente devolvido ou convertido em um cuspe na cara (caso eu estivesse algemado). E se me levassem diante o Excelentíssimo Excelso Juiz de Direito, que por calor de sua posição suprema e de sua bem formada opinião sobre si mesmo, me chamasse de “meliante”, “sujeito”, ou um “senhor” pejorativo, eu iria lhe dirigir equilibradamente todas as belas palavras da mesma maneira, o que na certa, nesse país onde os verdadeiros deuses cultuados pelo povo são os dos altos escalões do estado, iria piorar ainda mais minha situação. A evidência de minha nova condição de não ser mais eu mesmo apenas, mas um múltiplo onde o outro componente, pelos próximos 15 ou 20 anos, seria frágil, errático, afeito a um sem número de dúvidas e complexidades, e completamente dependente de mim, me fez modular minha voz, me acostumar a um novo ângulo de aprumo da cabeça ao andar_mais humilde e temeroso. Eu deveria parar de usar óculos escuros e fazer a barba, para que os vizinhos dos apartamentos ao lado parassem de pensar que os livros que continuamente me viam nas mãos eram manuais inacessíveis de severas técnicas de indisposição social e neurastenia pública. Me tornei, quase da noite para o dia, um protótipo de pai que criara para mim, um tanto trágico e fatalista; como todo ex-ga-gago, minha autocrítica era hiperatrofiada, e já tentava combater minha tendência de superproteção e carinho irredutível, para que meu filho não virasse viado (como suspeito que meu Dog Alemão, o Duke, seja, o que provavelmente é culpa minha!) E minha esposa estava com UM MÊS de gravidez, apenas. Mudei-me para o interior, parei com a dose lúdica de whisky de toda noite, passei a correr, além das obviedades de encher a casa com tudo que fosse azul, pequeno e caro (é um abuso 30 centímetros de pano serem 200% mais caro, só por ser para o bebê!), enquanto minha esposa fazia o mesmo, mas da cor rosa. Um dia, no segundo mês, no apartamento de minha mãe, a Dani, minha esposa, começa a sentir uma cólica fortíssima que se prolonga por mais um dia. Na internação, o médico recomenda repouso absoluto. A Dani, com o ultra-som das semanas felizes nas mãos, mostrando o pontinho pulsante colado no borrão de luzes e sombras de seu útero, ficou silenciosa, parecia a própria natureza averiguando suas forças internas pensando no risco da calma se tornar num tsunami descontrolado. Tive que viajar, e pelo telefone minha mãe me comunicou do aborto espontâneo, da curetagem, dos exames cujas esperas dos resultados das causas demoraria duas semanas. Minha mãe me consolou com a velha frase que, vindo da mãe, acaba por reaver por um momento a antiga fantasia já esquecida: “Deus quis assim!” Deus quis assim. Deus quis assim. Eu pensei, com um certo alívio (um alívio localizado abaixo, bem abaixo da resignação e da dor) que, enfim, Deus pelo menos tivera misericórdia de retirar a tempo uma das prováveis vítimas dos piores anos que surgiriam pela frente neste mundo o qual, somados todos os dados, não comportava mais esperança. Lembrei de um conto do Cortaźar, onde um parto acontece ao mesmo tempo em que é narrado uma guerra urbana nas ruas de fora da maternidade, e que o argentino encerra dizendo que então a criança nasce para esse mundo de aflições e dor. Lembrei do livro mais assustador que tinha lido, o apocalipse em tempo corrente chamado “Colapso”, do Jared Diamond, em que descreve como a sociedade moderna repete os ensaios finais da destruição absoluta de antigas civilizações desaparecidas para sempre.

    A vida correu, um ano depois conseguimos engravidar de novo e a poucos meses nasceu Eric_ perfeito, barulhento, com cara de joelho e uma capacidade de produzir uma bosta tão diabolicamente fedida que me fez valorizar mais a capacidade fisiológica do bebê. E, Milton e Farinatti, perdi qualquer chance de me tornar um filósofo ou um revolucionário; o que alimento agora para meu futuro é que possa haver espaço (literalmente) para uma velhice com um humor não alimentado pela auto-defesa ou pelo sarcasmo, mas por algo maior (que ainda não consegui adivinhar) e mais caloroso, e como o antipatricismo da Bárbara, não seja conformista. Me lembro de uma bela epígrafe da Doris Lessing:

    “E lá vão aqueles que um dia foram crianças calorosas.”

    1. Eu comi cada palavra, mas principalmente a questão da autoridade. Tu tens problemas com a autoridade, não? Eu também. E a bosta — não a do Eric, falo da bosta metafórica — não acaba nunca. Os caras estão sempre provocando reações que… nunca controlamos, não queremos controlar.

      De certa forma, deves ser filósofo e revolucionário. Mas estás muito apocalíptico hoje. Eu não.

      O antipatricismo da Babi conformista? Acho que não. Não!

    2. Excelente, Charles.
      Me senti muito, mas muito identificado com teu texto. Em várias passagens.
      Tive meu primeiro filho em março. Um dia conto a história toda, espero que com o lirismo que tu e o Milton conseguiram fazer, mas foi um sufoco indescritível.

      Agora, eu o acordo todas as manhãs, só para ver ele espreguiçando e depois rindo ou chorando alto, alto, alto.

      Ah… ele produz não apenas bosta, mas também gases de uma maneira inacreditável. Um mimo.

  5. parabens, Milton! tbem sou pai de um adolescente. Leozinho chega aos 15 ano que vem. comemora no dia do Índio, junto com o Roberto Carlos…

    tbem separei da mãe dele, mas estamos mantendo um bom contato – felizmente nao precisamos seguir à risca os tais horarios de visita determinados pela Justiça, etc e tal. nao consigo ficar muito tempo longe dele. 😉

      1. Ramiro, teu comentário foi cirúrgico. Ela fala no Egito E em Istambul.

        O Franciel esteve aqui em casa e sabia da fissura sobre o Egito, mas como tu sabias sobre Istambul… Olha, nem imagino como. Acho que Satanás está contigo.

  6. Sabe Bárbara, a vida me levou a sair um pouco fora da Internet, mas as vezes, às escondidas, venho até aqui, dar uma olhadinha em alguns poucos amigos eternos.
    E não é que hj dou com esta tripla surpresa; Seu aniversário, vc à cavalo ( tudo) e a sensibilidade do seu pai!
    Um milhão de beijos pra vc, tudo de bom e que seja sempre essa menina linda, inteligente e talentosa. Conheço bem este esporte – ele não é pra qq um. Felicidades querida!
    Milton aceita aí o meu beijo grande, parabéns pela Babi. Beijão pra vcs todos.
    PS pra Babi: Hoje seria um bom dia para vc pedir mais um cavalo pro papys, pense nisso…ele é loucoooooooo por vc!!

  7. de chorar
    “A infância foi uma infância
    e tu nem lembras mais que me pedias, rindo sedutora
    na porta da creche
    pai, me entrega daquele jeito?
    e eu te entregava na porta, segura por um pé, de ponta cabeça
    dizendo pelo amor de deus
    fiquem com esta porcaria”
    e rir

    parabéns, a ambos [a segunda foto é tudo por si só. e o bernardo deveria investir nesses óculos – coooool]

  8. A Bárbara passa me enchendo o saco, mas mesmo assim desejo um feliz aniversário para ela. Poderia acabar por aqui minha participação neste post, mas acho que seria indelicado e, apesar de ser correto, não seria completo…

    Essa menina é o típico caso da chata-querida. Ela vai passar o dia todo atrás de ti te incomodando. Vai de dar tapas, te cutucar, falar merda,… e quando tu quiser retrucar despertará nela duas reações, de acordo com a forma da tua manifestação. Se falar alguma coisa ela olhará para ti com uma careta e começará a debochar. Se partir para o confronto físico ela começará a gritar “não toca em mim”, mesmo quando é ela que está te agarrando…

    Até agora falei só do lado chata, mas tem o outro, o da querida, é esse que é o problema. Tu nunca vai conseguir ficar brabo com essa peste em forma de menina. Primeiro por ela ser linda, com aqueles cabelos cheio de cachinhos dourados e que para desespero dos mais próximos, ela insiste em alisar… e depois porque apesar dela estar sempre se fazendo de durona, todo mundo sabe que é só fachada, o negocio dela é viver amontoada em cima dos outros para ser afofada e receber atenção.

    Resumindo, ela é única pessoa no mundo que vai te mandar um torpedo com a frase “te odeio forever, um beijo”…

    Espero que agora que está fazendo 15 anos NÃO MUDE em nada, pois de outra forma não seria a Bárbara que adoro.

    FELIZ ANIVERSÁRIO, sua xaropona!!!!

    1. Não, há algo de muito errado aí: engenheiros não escrevem assim emocionando a gente.

      Que baita comentário, Natal; a Babi vai adorar quando ler (ela passou o dia fora, num trabalho da escola…)

      Muito obrigado!

  9. Bárbara e Milton, parabéns aos dois…
    Bárbara, pelo aniversário, mil felicidades, muitos cavalos, saltos e aventuras na tua vida.
    Milton, que linda declaração de amor eterno.

    na foto em que estão tu e a Bárbara (em perfeita sintonia e de bocas tãotãotão iguais e abertas) já pe podia antecipar o que o futuro reservava:uma moça linda, ela cresceu e ficou cada vez mais bonita, e os cabelos dela, então?(nem se fala, cada vez mais cacheados e maiores, balançantes ao vento enquanto ela cavalga e salta obstáculos da vida, por aí, livre, leve e solta). Já os teus, Milton, cada vez mais raros… porém tenha a certeza de que esta filha continuará no teu colo, recebendo o teu carinho, e o da Cláudia, seja nestes primeiros 15 anos ou nos demais 15 que estiverem por vir…
    …aí, Milton, mais tarde além de pai, talvez possas ser avô, oportunidade que a maravilhosa Bárbara poderá te oferecer. Já pensou em ver nascer uma filha da tua filha? tá bom, agora ainda é cedo, mas 10, 15 anos passam rápido, e quando tu fores olhar no espelho, cabelos brancos, bem brancos… tão poucos e de repente…ouvir o choro de bebê pela casa…..poder levar novamente uma menina na porta da sala de aula? Este é o ciclo da vida, vão ser os teus pedacinhos espalhados pelo mundo.
    Tudo di bom prá ti, para a Bárbara, o Bernardo e a Cláudia, uma família (re)construída com afeto, com coração, com alegria ao redor da mesa tão repleta de cheiros e sabores, com piadas e afagos, com “tiradas” sarcáticas e inteligentes do Milton, com os amigos privilegiados, como eu e o Augusto, que convivemos por vezes em momentos tão breves, mas tão agradáveis.
    Beijos no coração da libriana elegante. Astrid

    1. Muito obrigado, Astrid!

      Tua ausência foi hiper sentida no último almoço aqui em casa, com os guris do Augusto pondo fogo na casa — nem tanto, nem tanto. Mas como gostam de pegar para trabalhar em feriados, hein? Se eu fosse o Augusto, averiguaria…

      Beijo.

  10. Baby!!!!

    Aproveite muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito estas 15 primaveras!

    Hoje, uma linda menina faz 15 anos num lindo dia de primavera. 🙂

    FELIZ ANIVERSÁRIO E MUUUUUUUITAS PRIMAVERAS MAIS.

    Grande beijo da Dani

  11. Milton, seu filho da mãe.

    Isso não se faz.
    Acho que tu podes imaginar como o teu poema me tocou.

    Belíssimo.

    Muitos parabéns para a Bárbara.

  12. Bárbara,

    sentimos muito tua falta naquele dia da feijoada, em que Franciel estava aí e depois foram jogar bola. Queria ter palavras como as do Milton, da Astrid ou do Natal para te dizer, mas a sensibilidade deles me emudece. Quando meus filhos crescerem , quero que sejam como vocês. E também que nossa família seja como a de vocês, com quem adoramos estar.

    Grandes saltos e toda a felicidade.

    Augusto

  13. Bárbara,
    nós (Amélia & eu) conhecemos você quando seus pais (Milton e Cláudia) nos receberam. Você nos encantou com seu sorriso, inteligência e participação nas conversas.
    Parabéns pelos 15 anos, que sejam multiplicados por 15, por mais 15, por mais 15…
    Um grande abraço.
    Cláudio & Amélia (os de Minas).

  14. As vezes, a vida, nos coloca diante de situações em que nos perguntamos:
    e agora? Assim foi quando a Cláudia nos apresentou o MILTON LUIZ e seu pacote pronto( Bernardo e Bárbara); e não é que deu certo!
    Genro querido e palhaço e dois netos muito amados, de quem não tive o prazer de trocar fraldas mas tenho o de trocar ideias e carinhos. E a Bárbara, aquela menininha fofa, meiga e as vezes emburrada, cresceu e desabrochou.
    Parabéns querida neta,que era postiça e já não o é, muito sucesso, muitas realizações, muita felicidade e muiiiiiiiito amor.
    Beijo grande
    vó Alzira

  15. Babi,

    Faço das palavras da Cláudia minhas: apesar de não ser minha sobrinha de sangue é de coração com certeza.
    Adoro o teu jeitinho meigo e sorridente de ser, continua sempre assim.
    Parabéns e curte muitooooo o teu dia!!!
    Beijos da tia Bibi

  16. Milton sacaneou: Ah, peço desculpas, Lia, mas como não copiar aqui?

    Babica querida,

    Minha timidez faz com que eu mande por e-mail este comentário, e não o poste no blog do teu pai. Espero que não te importes com isto

    Hoje, enquanto esperava o Carlo na equitação, a Céia perguntava sobre a ti, Babi. Enquanto eu a atualizava, um outro pai perguntou de quem falávamos, ao que eu respondi :

    – “Da minha sobrinha, Barbara, que hoje faz 15 anos!”

    E é isto, ganhei da vida, já faz alguns anos, uma linda sobrinha, que me faz feliz comendo meu bolo de cenoura que não cresce como deveria ou os pães de queijo que freqüentemente ficam sem sal. Que me faz feliz quando propõe que jantemos todos juntos (mesmo quando eu acho que a Claudia não havia pensado nesta possibilidade). Que na 1ª vez que ficou comigo brincou de bonecas longamente, mesmo que logo depois eu tenha sabido que poucas vezes tu brincaras de boneca.

    Depois que vieste morar no condomínio, é um prazer te ver crescer. Na real, teu olhar reflete a diferença de cada período ou as tuas dúvidas e questionamentos sobre determinadas situações e/ou teorias. Eu me delicio. Adoro pessoas, e vê-las modificar, ter opinião, batalhar seu espaço é sempre um prazer impar..

    O Carlo sempre fala da sua prima grande, que o ensinou a fazer equitação, que é referência no trato com os animais e que é referência na arte de ser grande. Muitas vezes eu o vi dizer : “Ela é minha prima, mas é como se fosse minha irmã!” Isto não é pouco, e só ganha este reconhecimento, quem conquistou este carinho. Por tudo isto, Babica, é que te beijo, te faço um carinho, te dou um abraço, te dou um colo e ganho também tudo isto, ao teu modo.

    Com muito amor,

    Lia e Carlo

    Desejo entre tantas coisas: tua viagem para O Egito, que o Quadrívio pule muuuuuuuuuuuuuuuito e que, ao longo tu encontres muitos cursos legais; amigos com os quais tu possas ser exatamente da maneira como és e alguns grandes amores.

    + bjos

  17. Bárbara, que coisa boa é existirem moças originais. Parabéns por mais uma translação!

    Milton: QUER ME MATAR, MALDITO? “Medo de que tudo acabe numa destas noites em que nos detestamos o dia inteiro”, quer me matar de emoção? Desse jeito eu nunca mais brigo com a minha mãe. 😀

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