Tolstói é engraçado?

Dickens, George Eliot, Jane Austen, Smollet, Fielding, they’re all funny. All the good ones are funny. Richardson isn’t, and he’s no good. Dostoyevsky is funny: The Double is a scream. Tolstoy is funny by being just so wonderfully true and pure. Gogol, funny. Flaubert, funny. Dickens. All the good ones are funny.

MARTIN AMIS

Será que Martin Amis estava brincando ou apenas forçando a barra para sua tese? Ele não parece ser nada primário… Esta entrevista é muito interessante e contém boas doses de razão, mas daí a considerar Tolstói um escritor cômico em função de sua verdade e pureza é um pouco demais… E a curta lista de Amis não possui Sterne (ver resenha de Tristram Shandy aqui) e Swift, mas ao menos ele lembrou de Fielding. Ignorando o restante da entrevista e fixando-me na citação dos engraçados e bons — ou da noção de que apenas os engraçados (ou divertidos ou estranhos) podem ser bons — , lembro sou das poucas pessoas que ri com Kafka e Bernhard. E Borges? Entra na acepção de “divertido” da palavra funny (= lots of fun) de Amis ou está fadado a ser ruim? Sei lá.

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A antiga imprensa, enfim, assume partido

Por Jorge Furtado

Quem estava prestando atenção já percebeu faz tempo: a antiga imprensa brasileira virou um partido político, incorporando as sessões paulistas do PSDB (Serra) e do PMDB (Quércia), e o DEM (ex-PFL, ex-Arena).

A boa novidade é que finalmente eles admitiram ser o que são, através das palavras sinceras de Maria Judith Brito, presidente da Associação Nacional dos Jornais e executiva do jornal Folha de S. Paulo, em declaração ao jornal O Globo:

“Obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada.”

A presidente da Associação Nacional dos Jornais constata, como ela mesma assinala, o óbvio: seus associados “estão fazendo de fato a posição oposicionista (sic) deste país”. Por que agem assim? Porque “a oposição está profundamente fragilizada”.

A presidente da associação/partido não esclarece porque a oposição “deste país” estaria “profundamente fragilizada”, apesar de ter, como ela mesma reconhece, o irrestrito apoio dos seus associados (os jornais).

A presidente da associação/partido não questiona a moralidade de seus filiados assumirem a “posição oposicionista deste país” enquanto, aos seus leitores, alegam praticar jornalismo. Também não questiona o fato de serem a oposição ao governo “deste país” mas não aos governos do seu estado (São Paulo).

Propriedades privadas, gozando de muitas isenções de impostos para que possam melhor prestar um serviço público fundamental, o de informar a sociedade com a liberdade e o equilíbrio que o bom jornalismo exige, os jornais proclamam-se um partido, isto é, uma “organização social que se fundamenta numa concepção política ou em interesses políticos e sociais comuns e que se propõe alcançar o poder”.

O partido da imprensa se propõe a alcançar o poder com o seu candidato, José Serra. Trata-se, na verdade, de uma retomada: Serra, FHC e seu partido, a imprensa, estiveram no poder por oito anos. Deixaram o governo com desemprego, juros, dívida pública, inflação e carga tributária em alta, crescimento econômico pífio e índices muito baixos de aprovação popular. No governo do partido da imprensa, a criminosa desigualdade social brasileira permaneceu inalterada e os índices de criminalidade (homicídios) tiveram forte crescimento, como mostra o gráfico abaixo:

O partido da imprensa assumiu a “posição oposicionista” a um governo que hoje conta com enorme aprovação popular. A comparação de desempenho entre os governos do Partido dos Trabalhadores (Lula, Dilma)  e do partido da imprensa (FHC, Serra), é extraordinariamente favorável ao primeiro: não há um único índice social ou econômico em que o governo Lula (Dilma) não seja muito superior ao governo FHC (Serra), a lista desta comparação chega a ser enfadonha. Abaixo, o gráfico com número de empregos formais criados:

Serra é, portanto, o candidato do partido da imprensa, que reúne os interesses da direita brasileira e faz oposição ao governo Lula. Dilma é a candidata da situação, da esquerda, representando vários partidos, defendendo a continuidade do governo Lula.

Agora que tudo ficou bem claro, você pode continuar (ou não) lendo seu jornal, sabendo que ele trabalha explicitamente a favor de uma candidatura e de um partido que, como todo partido, almeja o poder.

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Annita Dunn, diretora de Comunicações da Casa Branca, à rede de televisão CNN e aos repórteres do The New York Times:

“A rede Fox News opera, praticamente, ou como o setor de pesquisas ou como o setor de comunicações do Partido Republicano” (…) “não precisamos fingir que [a Fox] seria empresa comercial de comunicações do mesmo tipo que a CNN. A rede Fox está em guerra contra Barack Obama e a Casa Branca, [e] não precisamos fingir que o modo como essa organização trabalha seria o modo que dá legitimidade ao trabalho jornalístico. Quando o presidente [Barack Obama] fala à Fox, já sabe que não falará à imprensa, propriamente dita. O presidente já sabe que estará como num debate com o partido da oposição.”

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Chuva de Mulheres (e de Homens)

Fantásticas peças publicitárias. As duas primeiras são da loja dinamarquesa Fleggaard. Esta loja é uma espécie de atacadão que fica na fronteira com a Alemanha. Deve vender muito! Vejam a produção e o escracho das propagandas. As outras vão de brinde.

As loiras são estigmatizadas até na Dinamarca…

Sensacional peça kitsch… (atenção para as montanhas lá no final)

Argumento convincente…

Saboroso… (atenção para o final)

A Fita Branca

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Lembrança de um grande filme

Bem, no início de Deliverance (Amargo Pesadelo), filme de John Boorman lançado em 1972, há esta cena.

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Porque hoje é sábado, Bar Refaeli

Sempre desconfiei que, nesta minha prestigiada coluna semanal, a informação é secundária. É uma impressão que tenho e que sempre guardei para mim. No caso de hoje, por pura falta de tempo, a informação terá de ser secundária, até porque não há.

Bar Refaeli é uma modelo israelense.

Foi (ou é) namorada de Leonardo di Caprio.

OK, é linda e gostosa, mas tem aquela carinha de boneca …

… de seu ex (?) namorado.

Sabemos que as mulheres de verdade não gostam de Pitts, di Caprios e que tais.

Eles têm carinha de bebê.

Pitt está envelhecendo com dignidade, não penso o mesmo do galã de Titanic.

di Caprio quer ficar mais viril fazendo filmes de Scorsese, …

… mas o diretor o adotou em franca decadência.

Fiquemos com sua Barbie, então.

Ela gosta de piscina, né?

Há um monte de fotos suas de biquini, na piscina ou no mar.

Não sou muito de praia.

Mas, sei lá. Posso ser convencido.

E sou boa companhia, em minha opinião…

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A caixa de comentários do antepenúltimo post…

… está sensacional, não? Tenho o maior orgulho do meu grupo de leitores. Vocês me deixam maior do que sou. Ia dar seguimento àquele assunto agora, mas apareceu uma viagem de última hora. Não, nada de férias, volto amanhã à tarde. Alguma sugestão para o Porque Hoje é Sábado? Ando pouco inspirado. Ou fecho aquela coisa de vez?

O Inter? Estive lá ontem à noite. O Fossati simplificou o esquema e até os jogadores entenderam. O time estava organizado, mas é complicado ganhar com tantos erros. Tivemos sorte. There`s a long way, etc.

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