É, tiraria o chapéu, se eu usasse um. O que os caras não fazem para vender. Bem que os caras que fazem propaganda de cerveja poderiam ter um pouquinho nem que fosse dessa criatividade.
Apareça lá no blog, Milton, às vezes acho que vale a pena. Abraço.
É, já fiz cada quiproquó
que mereci levar no fiofó.
Já casei com fantasma.
Já fui até…um miasma.
Casar com um fantasma,
não teve problema algum,
aparentemente…
Trepei, dormi,
viajei e me habituei
ao sujo… dito-cujo.
O dilema foi que, por ser uma alma penada,
um grego presente mal falsificado sempre,
o fantasma – não veio desacompanhado;
mas junto à fantasmanada acorrentada ao
fantasmagórico…: uma monada de putas;
d’ estafetas; de piolhos e diplomas da USP;
um bando de estúpidos subordinados à besta,
que se diziam “do Bem”, mas eram do capeta;
uma geração duma única interjeição “Beleza!”
para qualquer fundamental questão humana.
Nunca souberam do Belo,
pois farejavam com focinhos!
Aí… quanto papo cabeça!
Quanta merda de esquerda!
Ainda bem que tudo terminou:
o fantasma… me abandonou!
Por isso, grato, estou aqui,
a finalizar – essa obra-bufa;
pois soube à boca pequena
que algumas almas penadas,
em solitárias, fétidas cloacas,
vestiram-se, com as gravatas
de suas línguas, enforcadas!
PS: este poema já havia sido apresentado aqui. Mas agora foi reescrito, espero, definitivamente…
Por ser hoje o dia dos namorados,
deixo um poema enamorado ao lúcido
amor que nasce, cresce e morre…
FLOR DE CASTELA
by Ramiro Conceição
Quando foi a última vez
que subi aquela escada
que dava ao terraço da casa
onde às vezes namorávamos
literalmente, a sós, a Vida?
Lembro-me das chuvas, dos sóis,
das flores do teu jardim suspenso.
Lembro-me do vento e do relento…
Éramos bonitos,
porque sinceros,
quando olhávamos
a cidade a crescer
em torno de nós,
debaixo da lua.
Eras infinita quando estendias
as tuas roupas qual bandeiras
finitas e limpas… sobre o varal.
Eras infinita…
porque se quisesses
poderias de memória
citar de repente,
em castelhano fluente,
uma página inteira de Cervantes.
Mas nunca quiseste, infelizmente.
Eras e és flor de Castela
a tilintar castanholas.
Eras e és espanhola.
Quando foi a última vez
que desci aquela escada,
atravessei a sala,
abri a porta e saí…
para nunca mais?
MATA DO MORRO
by Ramiro Conceição
De meu dentro,
saí do fúnebre.
Agora adentro
pela mata do morro
onde voo
para dentro do céu.
A Caminhante já tinha me mostrado esse vídeo, há alguns meses. Muito bom!
É, tiraria o chapéu, se eu usasse um. O que os caras não fazem para vender. Bem que os caras que fazem propaganda de cerveja poderiam ter um pouquinho nem que fosse dessa criatividade.
Apareça lá no blog, Milton, às vezes acho que vale a pena. Abraço.
Milton, se puder dar uma olhadinha no post de hoje do meu blog, agradeço.
deixei no Charlles…
ESQUERDA DE MERDA
by Ramiro Conceição
É, já fiz cada quiproquó
que mereci levar no fiofó.
Já casei com fantasma.
Já fui até…um miasma.
Casar com um fantasma,
não teve problema algum,
aparentemente…
Trepei, dormi,
viajei e me habituei
ao sujo… dito-cujo.
O dilema foi que, por ser uma alma penada,
um grego presente mal falsificado sempre,
o fantasma – não veio desacompanhado;
mas junto à fantasmanada acorrentada ao
fantasmagórico…: uma monada de putas;
d’ estafetas; de piolhos e diplomas da USP;
um bando de estúpidos subordinados à besta,
que se diziam “do Bem”, mas eram do capeta;
uma geração duma única interjeição “Beleza!”
para qualquer fundamental questão humana.
Nunca souberam do Belo,
pois farejavam com focinhos!
Aí… quanto papo cabeça!
Quanta merda de esquerda!
Ainda bem que tudo terminou:
o fantasma… me abandonou!
Por isso, grato, estou aqui,
a finalizar – essa obra-bufa;
pois soube à boca pequena
que algumas almas penadas,
em solitárias, fétidas cloacas,
vestiram-se, com as gravatas
de suas línguas, enforcadas!
PS: este poema já havia sido apresentado aqui. Mas agora foi reescrito, espero, definitivamente…
errata: é óbvio que é “Ai” e não “Aí”
errata: é óbvio que é “Ai” e não “Aí”
Toc, toc, toc….
Acho que foi o Bohm que montou esse negócio… Ta meio lenta essa versão rsrs.
Por ser hoje o dia dos namorados,
deixo um poema enamorado ao lúcido
amor que nasce, cresce e morre…
FLOR DE CASTELA
by Ramiro Conceição
Quando foi a última vez
que subi aquela escada
que dava ao terraço da casa
onde às vezes namorávamos
literalmente, a sós, a Vida?
Lembro-me das chuvas, dos sóis,
das flores do teu jardim suspenso.
Lembro-me do vento e do relento…
Éramos bonitos,
porque sinceros,
quando olhávamos
a cidade a crescer
em torno de nós,
debaixo da lua.
Eras infinita quando estendias
as tuas roupas qual bandeiras
finitas e limpas… sobre o varal.
Eras infinita…
porque se quisesses
poderias de memória
citar de repente,
em castelhano fluente,
uma página inteira de Cervantes.
Mas nunca quiseste, infelizmente.
Eras e és flor de Castela
a tilintar castanholas.
Eras e és espanhola.
Quando foi a última vez
que desci aquela escada,
atravessei a sala,
abri a porta e saí…
para nunca mais?