Preguiça

Por mim, se eu tivesse possibilidade de mandar no meu tempo, hoje ia passear na Redenção com a Juno. Ia ficar lá no local dos cachorreiros falando sobre Nietzsche, ops, sobre cachorros, é claro. Adoro. Levaria um monte de saquinhos para limpar os cocôs e ia dividir o mate de alguém, pois não sei montar aquela merda e aliás, nem tenho bomba e cuia. Mas fazer o quê? Acordei na maior correria. Tinha que levar um amigo com malas para o trabalho — ele ia para Buenos Aires para uma reunião de seu partido, o PD — e a Bárbara para o colégio. No fim-de-semana, tenho que ler dois livros para fazer uma resenha comparativa, mas… Não poderia lê-los numa praça com cachorro? É raríssima em mim esta vontade de fotossíntese. Acho que é o resultado de tanta chuva.

Hoje, recebi um convite para participar de uma Marcha pelo Sedentarismo. Sensacional. O evento se daria na Plataforma de Pesca de Cidreira no dia 7 de setembro. Confirmei minha presença no Facebook. Talvez haja cerveja lá, quem sabe? Vou tratar de esconder dos caras que corro 8 Km para vir aquela endorfina legal e ainda faço academia e regime. Pegaria mal pra caralho.

Parque da Redenção | Foto Ricardo Stricher/SMAM

14 comments / Add your comment below

  1. Eu não chamaria de preguiça, ao contrário… e acrescentaria um volume razoável de bergamotas para acompanhar a não-atividade. risos
    Mas olha só, volta e meia lembro do retorno que me destes acerca de um conto onde “havia o mundo todo”, ou seja, excesso… aquele texto foi revisado umas trocentas vezes e ganhou forma final com mais clareza, embora ainda abarque um certo entreleçamento de muitas coisas. Mas tua opinião sincera, ainda que muito cuidadosa, foi útil pacas! Lembrei mais ainda disso lendo o Laub no Blog da Companhia e com isso tudo, quis pedir mais do teu tempo para caso queira palpitar nesse texto aqui: http://www.li3.com.br/clientes/euamoescrever/contos.php?jasmins-e-alfaces&p=1092
    Beijão! (e sem comentários sobre futebol por uns dias… preciso me recuperar).

    1. Caminhante, o parque é lindíssimo…
      Quando da minha visita a Porto Alegre, junto ao Isaac (que começava a andar…) e à Angela, andei por toda a Redenção.
      Sabe quem me sugeriu o tal passeio, Caminhante? Isso mesmo, o narigudo daltônico.

        1. Caminhante,
          outra coisa me chamou a atenção: a gauchada vai preparada ao parque: erva-mate, cuia, bomba, garrafatérmica com água quente e – um LIVRO! Foi impressionante a quantidade de leitores que vi no parque. Cheguei à conclusão que, além da viadagem costumeira, os gaúchos são intelectuais.

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