Isso eu nunca tinha visto — acho melhor o DoRival e o Bolívar se cuidarem…

Ontem, minha cara-metade me chamou para assistir uma matéria espantosa na RAI. Era o mais inusitado dos fatos. O capitão do Genoa recolhia as camisetas de seus companheiros, uma a uma, a pedido da torcida. Só que havia alguns detalhes a entender. O jogo estava no início do segundo tempo e a atitude apoiava-se num pedido da torcida, que, indignada, dizia que aqueles jogadores eram indignos de vestir a camisa do clube e pediam que eles entregassem as camisetas, uma por uma.

Tudo isso aconteceu em Gênova, no Estádio Luigi Ferraris. A manifestação das arquibancadas começou aos 8 do segundo tempo, quando o Genoa era goleado por 4 a 0  pelo Siena e o técnico Alberto Malesani, do Genoa, tinha cometido colocar o zagueiro Kaladze no lugar do atacante Sculli, certamente para não tomar ainda mais gols. Os “ultras” começaram a atirar fogos de artifício e rojões no gramado, causando a interrupção do jogo em razão da fumaça no gramado e do medo de alguns jogadores do Genoa de serem atingidos. O impasse durou 40 minutos. O capitão Rossi recolheu as camisas, mas o atacante Sculli subiu corajosamente as arquibancadas para dizer que não retiraria a sua e que o time deveria seguir jogando. Com medo, os outros jogadores entregaram suas camisas a Rossi, enquanto a torcida ameaçava invadir o campo.

Apesar da manifestação ter ocorrido bem acima da porta do visitante e do árbitro, os torcedores não incomodaram os jogadores do Siena, nem a arbitragem. Os torcedores estavam (devem estar ainda) nervosos e irritados com a ameaça de rebaixamento no Campeonato Italiano. Com os ânimos mais ou menos acalmados, o árbitro retomou a partida normalmente. O Genoa conseguiu fazer um golzinho no final, descontar para 4 x 1.

O gol, contudo, não mudou a situação perigosa do time na tabela. O Genoa soma apenas 36 pontos, um a mais que o Lecce, o primeiro na zona de rebaixamento, faltando apenas cinco rodadas para o fim do campeonato.

Acho que deveríamos fazer o mesmo para pedir a saída do técnico DoRival e de Bolívar, para começar.

Obs.: À noite, logo após a partida, o Genoa demitiu o técnico Alberto Malesani. O clube contratou Luigi De Canio para as últimas cinco rodadas no Campeonato Italiano.

4 comments / Add your comment below

  1. Ok. Vou fazer meu comentário de sempre. O mesmo que fiz quando se pedia a cabeça de Roth, Falcão, do Interino, etc. O DO RIVAL está mesmo cometendo vários erros, MAS não adianta ficar trocando de técnico a todo momento se temos apenas UM lateral-direito inscrito na Libertadores (e ele é o NEI) e apenas TRÊS zagueiros inscritos (e um é o BOLÌVAR). Nosso grupo não é forte. Junto com o novo técnico, têm que desembarcar, pelo menos, mais três jogadores.

  2. Nem sou muito a fim de demitir o Do Rival. Mas acho que ele poderia ser melhor assessorado. O Anápio é uma piada. Se eu fosse diretor daquela merda, mandaria inscrever o Jackson e esquecer pouco a pouco o Bolívar, mas o Do Rival acredita que ele é um esteio para sua própria posição como treinador… E o Fernandão é da catrefa do Bolívar e do Tinga. Sobre o Nei: a coisa é formar um lateral direito, pois não há muitos no mercado.

    Mas há mais: o Inter deveria já ter formado o consórcio de investidores para comprar definitivamente o Oscar ao São Paulo e acabar com a frescura, não?

    E mais: o que foi aquela provocação do Do Rival à torcida ao colocar o Bolívar em campo ontem?

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