Uma foto interessante

Charles Chaplin e Albert Einstein (1931)

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Os 50 maiores livros (uma antologia pessoal): XVI – Esperando Godot, de Samuel Beckett

O ar está cheio de nossos gritos, mas o hábito é uma grande surdina.

Teatro vale? Mas é claro! No planejamento desta série, que não existe e que teria sido feito por mim enquanto caminhava pela rua, há também Macbeth ou A Tempestade, peças de estupenda qualidade literária escritas por Shakespeare. Beckett detestava aparecer e foi por este motivo que não foi receber o merecido Nobel em 1969. Ele preferiu ficar em casa. Uma frase atribuída a ele é a seguinte: “Eu nada tenho a dizer, mas só eu sei exprimi-lo”. Beckett teve o bom gosto de jamais explicar o significado simbólico de Esperando Godot, apenas veio à público para afirmar que Godot, não era deus (god).

Vladimir e Estragon são dois vagabundos de vaudeville que aguardam inutilmente a chega de Godot, uma coisa ou alguém que não se sabe o que ou quem é. Enquanto esperam, tagarelam a respeito de tudo, desde seus calçados, até a opção pelo suicídio e a existência de deus. Sem traços ideológicos, a peça não tem um enredo ou conflitos definidos e se passa ao lado de uma árvore. Pode-se dizer que se trata antes de um portal onde são vistos em sequência temas fundamentais da humanidade, vindo todos num ritmo alucinado de cinema mudo: o desejo de afeto, a necessidade de companhia, o ressentimento, o medo da velhice e da solidão, a salvação e o vazio. O destino em Beckett é um carro alegre e brincalhão que atropela indiferente (lembram da música?) personagens que procuram escapar dele divertindo-se de forma nada monótona. O que dizer da qualidade dos diálogos Allegro Scherzando do irlandês? Talvez devamos nos recolher como Beckett faria. Paremos aqui.

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Maior jornal de Manaus comete erro e chama Flamengo de 'Flamerda'

O jornal ‘A Crítica’, principal diário de Manaus, cometeu um grande equívoco na tabela de classificação do Campeonato Carioca. Após a vitória do Audax sobre o Flamengo, em partida realizada no último domingo, a publicação chamou a equipe rubro-negra de ‘Flamerda’.

Revoltados com o conteúdo, os torcedores do Flamengo no Amazonas ligaram para o escritório do jornal e exigiram uma retratação imediata. Em entrevista ao site do ‘Extra’, a diretora de redação do diário manauara, Aruana Brianezi, confirmou o erro e afirmou que um pedido de desculpas será feito.

A publicação ainda contava com outro erro. De acordo com o jornal, Resende e Fluminense, líderes do grupo B da Taça Rio, estariam classificados para a Libertadores da América, o que passa longe da realidade do segundo turno do Campeonato Carioca.

Fonte: Obrigado pela dica, Fernando Guimarães.

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All work and no play makes Jack a dull boy (*)

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Deputado defende blogues sujos e pede distribuição justa da publicidade

Vamos mudar finalmente essa porra? (Pergunta-pedido deste blogueiro).

Em discurso na tribuna da Câmara, nesta segunda-feira (1º), o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) criticou duramente as recorrentes condenações judiciais contra blogueiros não alinhados ao pensamento hegemônico da grande mídia.

Referindo-se ao caso do blog Vi o Mundo, recentemente condenado em primeira instância a pagar R$ 30 mil de indenização por danos morais ao diretor da Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel, o parlamentar comparou o contexto atual ao da ditadura civil-militar iniciada em 1964.

“Estamos a assistir no País hoje a um processo muito semelhante ao que foi feito na época da ditadura militar. Qualquer órgão de comunicação alternativo que tinha coragem de questionar o status quo ou chamar a sociedade brasileira para refletir de maneira crítica sobre os anos de chumbo era calado pela baioneta ou era sufocado, asfixiado pela dificuldade de buscar qualquer tipo de apoio publicitário”, afirmou Pimenta, que também é jornalista.

“Hoje estamos a assistir, infelizmente, a algo semelhante a um processo crescente de judicialização coordenado pelos grandes meios de comunicação, com empenho e apoio do Judiciário conservador”, complementou o deputado.

Para o parlamentar gaúcho, as seguidas condenações atentam contra a democracia e contra a liberdade de expressão e são representativas da postura autoritária dos grandes meios de comunicação. “Eles estão novamente mostrando sua determinação e sua força contra qualquer possibilidade de movimentação de qualquer setor da sociedade que atente contra os seus interesses”, disse Pimenta.

Publicidade e casos emblemáticos – O deputado também disse que pretende estimular esse debate na bancada do PT e defende a mudança da política de distribuição de verba publicitária do governo, que estaria asfixiando a diversidade de fontes de informação para a sociedade. “Estamos há mais de 10 anos com governos populares neste País, mas em praticamente nada se alterou a concentração das verbas publicitárias do governo federal para os grandes meios de comunicação, em detrimento de uma política de afirmação de uma mídia regional e de formas alternativas de informação”, apontou.

“O PT  deve protagonizar esse debate, que tem forte vínculo com a nossa história de luta pela democratização do País. Vou propor à bancada a realização de um seminário para discutirmos como a distribuição de verbas oficiais pode ser mais democrática. E também acredito que devemos realizar uma audiência pública sobre os casos emblemáticos de blogs e jornalistas condenados judicialmente por terem feito críticas ou sátiras aos grandes meios. Não podemos aceitar esse processo de judicialização que vem ferindo a liberdade de expressão”, disse Pimenta.

O deputado listou alguns casos de blogueiros e jornalistas condenados ou alvos de ações movidas por grandes meios, além do Vi o Mundo: Luís Nassif, Paulo Henrique Amorim (Conversa Afiada), Rodrigo Vianna (Escrevinhador), Marco Aurélio Mello (Do lado de lá), Falha de São Paulo, Cloaca News e o paraense Lucio Flávio Pinto (Jornal Pessoal) são alguns dos casos considerados emblemáticos.

Rogério Tomaz Jr (assessoria do PT na Câmara Federal)

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O prazer da leitura e o orgasmo: mulheres leem enquanto são estimuladas

Eu queria algo de primeiro de abril, mas, bem… O fotógrafo Clayton Cubitt montou uma interessante exploração da relação inter-prazeres. Mulheres foram filmadas lendo, enquanto um misterioso dispositivo estimulava-as ao orgasmo. Pensamos que o misterioso dispositivo atenda pelo nome de vibrador.

Tradicionalmente, o Ocidente, sob  a indiscutível e perniciosa influência católica, considera que a relação entre mente e corpo seja de conflito perpétuo, que um tentaria subjugar o outro. Nas pessoas religiosas e virtuosas, a mente dominaria o corpo e os desejos; os outros seriam perfeitamente felizes. O autocontrole — esta superestimada bobagem — seria a soberania da mente sobre os sentidos inferiores que aprisionariam nossas almas, se deixados livremente.

Com base nesta oposição, o fotógrafo estadunidense Clayton Cubitt realizou uma experiência única: colocou três mulheres lendo textos que são considerados sensuais ou francamente eróticos: Folhas da Relva, de Walt Whitman, Necrophilia Variations, de Supervert e Still Life with Woodpecker, de Tom Robbins. O tal misterioso mecanismo estimulava continuamente a área genital da leitora até que ela atingisse o orgasmo — o que marca o fim de cada experiência.

Entre outros fins, Cubitt procurou explorar as áreas limítrofes onde a mente não governa mais o corpo, apesar de todas as solicitações do superego pela compostura.

É muito interessante ouvir o que estavam lendo quando perdem a noção. Elas asseguraram que a experiência foi como um transe religioso e elas não lembraram da segunda metade do que leram.

Stoya — aqui, um depoimento — visita o estúdio e lê Necrophilia Variations de Supervert.

Alicia com Folhas da Relva, de Wait Whitman.

Danielle vai ao estúdio e lê Still Life With Woodpecker, de Tom Robbins.

E mais:

E ainda:

E, para terminar:

VIA

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