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  1. CAVALOS
    by Ramiro Conceição
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    É… Não há um poema único:
    ao simples se junta o múltiplo;
    cada verso de muitas línguas é fruto
    vivo, morto ou escrito agora… novo.
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    É… Não existe um único soneto,
    um único beijo ou ritmo, mas muitos
    que foram feitos, desfeitos e outros
    que na inocência serão bem-vindos.
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    Que fique, então, a vez que vi o seu olhar
    e o amar dos cavalos naquela rua repleta
    de bípedes tais qual a mim: quadrúpedes.
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    Ser múltiplo é a única forma sadia
    de não se deformar a cada instante
    a alma inacabada a cada amálgama.

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