Um Congresso que soma ignorância e analfabetismo político

O que vimos ontem foi simplesmente a Democracia Brasileira atuar. Não foi um atentado à democracia porque aqueles caras ali foram colocados lá por nosso povo ignorante. No espetáculo deprimente e despudorado de ontem à noite, ficou claro como este Congresso eleito caga para a sociedade. Era todo mundo pensando apenas em si, num nível impar de vulgaridade e deselegância. O que era aquele “Tchau, querida”? Lá no Congresso, não chegou o feminismo e nem nada que seja moderno, com raras e honrosas exceções.

Impeachment 6

Há anos eu digo que o maior e mais nefasto dos movimentos sociais é o das igrejas neopentecostais. Acostumadas à corrupção de pastores hábeis em extirpar dinheiro da ignorância, tendo o conservadorismo e o (falso) moralismo no DNA e adubadas pelos governos — inclusive por este — vão levar esse país a um retrocesso abissal. Pobre Brasil, na mão desses caras.

Um país que não educa acaba somando ignorância a analfabetismo político, como bem disse Jean Wyllys. Infelizmente, o Congresso é a nossa cara. A cara de um país de baixo nível educacional. E estamos entregando o país a uma quadrilha chefiada pelo pilantra Eduardo Cunha. Qual é a primeira coisa que deve ser destruída pelo novo governo? Teus direitos trabalhistas, meu amigo. Sim, estes mesmo que foram conquistados palmo a palmo durante anos.

Alguém fez uma busca no registro escrito da sessão da Câmara dos Deputados de ontem, levando em consideração apenas as falas durante a votação. Foram encontrados os seguintes termos:

Deus: 61 citações
Família: 307 citações
Crime de responsabilidade: 29 citações
Pedaladas: 6 citações
Lei de Responsabilidade Fiscal: 1 ocorrência

Pois é. É hora de respirar, tentar manter a calma e pensar em como ir organizadamente para a rua, pois o Congresso está dominado por um bando de hipócritas que só falam em Deus e na família. E não pensem que amo o Governo Dilma, por favor.

Um belo e novo junho para todos!

19 comments / Add your comment below

  1. O custo do fracasso deste governo vai ser altíssimo.A inabilidade e a arrogância da Dilma empoderando o escroque do Cunha.Apenas não sei se ele tem força para escapar deste vez. Mas a cena mais ultrajante foi Bolsonaro cultuar aquele coronel torturador. Bolsonaro é o melhor argumento a favor do aborto. Não deveria ter nascido.

    1. Uma das consequências mais importantes dessa dita “inabilidade e arrogancia” da Dilma foi não aceitar dar suporte ao canalha do Cunha na comissão de ética, o que redundou na revanche do acatamento do pedido de impeachment.
      Acho que está na hora dos brasileiros decidirem se querem alguem “habilidoso” politicamente que faça acordos com a escumalha eternamente, ou passemos a dar suporte para governantes q não compactuem minimamente com essa escória.

      1. Também tenho essa impressão, LuisT. Notem que ela arrumou treta com todas as pessoas “erradas”, justamente os malandros que mamam na viúva há séculos. Se ela perder o cargo porque demitiu a quadrilha da Petrobrás em 2012 e limpou Furnas deixando Cunha e Aécio de mal, não acho que dá p’ra dizer que houve “inabilidade”. Esse é o caso em que estar do lado dos derrotados é motivo de orgulho.

  2. Ontem fiquei profundamente triste. Ainda estou. Nada a ver com partidarismos, mas reconheço que muita gente que estava apoiada em piadinhas e em críticas ao PT somente viu naquele momento a grande besteira que fez. Acho que bateu um gigantesco arrependimento em pessoas como o Idelber e etc. Nunca foi hora para exercícios de metalinguagem: que o PT mereceu o que teve, que a negligência e a conivência de Lula causou isso tudo, etc, etc, todos nós sabemos. Faltou a astúcia de lutar por causas a longo prazo para essa boa gente que se diz cerebral; faltou o maquiavelismo a nosso favor. Digo “nosso” me enquadrando entre os tantos e tantos milhões de brasileiros que serão profundamente prejudicados com esse retrocesso: profissionais liberais, professores, funcionários públicos, pequeno e médio empresários, e uma gama outra de pessoas. Ontem ouvi fogos de artifícios tímidos em minha cidade, e um silêncio que logo constrangeu. E então percebi que a ficha caiu para muita gente. É verdade que a natureza humana está condicionada a só ver certas obviedades somente quando toda a terrível suspeita se concretiza. Não vejo com nenhum sentimento de revanche, mas com a piedade comunitária de quem está no mesmo balaio. O que foi feito ontem? Que espetáculo de bizarrice. Nossa versão empobrecida e horrível de Hieronymus Bosch. Quanta podridão e hipocrisia. De novo me veio a lucides atordoante do pensamento: “nó brasileiros estamos absolutamente sozinhos”. Nós todos, de todos os lados e posições, vociferantes e hidrofóbicos, desamparadamente sozinhos. Não tem como evitar saber que muita coisa se acabou ontem. Agora vem nossa expiação.

    1. Compartilho do sentimento, misturado ainda com um constrangimento algo enraivado. O que mais me incomoda é a celebração vazia de alguns amigos bem inteligentes, afinal, mas que em nada diferem dos flamenguistas que faz uns dois anos declararam ter sido mais gostoso ter ganhado o carioca no roubo – eles dizem “ganhamos com Cunha, esse cano de esgoto, mas o importante é que ganhamos”.

      Charlles, posta isso no seu blog.

  3. Prezado Charlles, permita-me discordar, apesar da sua precisa imagem de um inferno de Bosch empobrecido.

    Não me arrependo de ter criticado o PT, e para ilustrar, recordo que o vice de Lula, José Alencar, foi um dos fundadores (em 2005) do PRB, um dos vários partidos que atuam como braços políticos de igrejas pentecostais, essas aí que o Milton chamou de mais nefasto movimento social… Não é por acaso que a política e a religião se misturaram mais e mais de 2003 pra cá: o PT teve nos evangélicos um aliado de longa data, mais antigo que o PMDB ou o PP de Maluf.

    Só pra exemplificar, um dos senadores do PRB, o fluminense Marcelo Crivella, é sobrinho de Edir Macedo e de R.R. Soares – combo!

    Sabe quantos votos o PRB deu ontem contra o impeachment? Nenhum.

    É óbvio que os grandes vilões são esses aí que nem fazem questão de se esconder, mas o PT tem muita responsabilidade pela presença massiva de Deus no congresso ontem.

    Finalizo citando texto do vereador carioca Renato Cinco:

    Domingo dos Ingratos
    Hoje o PT foi derrotado por aqueles a quem serviu, se aliou ou evitou enfrentar.
    Foi derrotado pelos banqueiros, apesar de nunca terem lucrado tanto na história.
    Foi derrotado pelo agronegócio, apesar do Código Florestal e de toda a submissão aos seus interesses.
    Foi derrotado pelo grande capital, apesar de nunca ter tentado fazer uma reforma tributária progressiva, com taxação das grandes fortunas por exemplo.
    Foi derrotado pelo oligopólio dos meios de comunicação ao qual serviu com verbas publicitárias bilionárias, com perseguição às rádios comunitárias e traição total à bandeira de democratização dos meios de comunicação.
    Foi derrotado pelos partidos de direita aos quais se aliou, como o PMDB e o PP.
    Foi derrotado pelos partidos de direita aos quais não se aliou, mas não combateu como devia no tempo certo. Nenhuma investigação sobre os crimes do PSDB e do DEM em nome de não serem acusados de revanchismo.
    O PT fez uma política de melhorias pontuais que atendeu a muitas aspirações e expectativas do nosso povo. Porém, não fez reformas estruturais que pudessem garantir realmente mudanças profundas na economia e na sociedade.
    E mais grave, ao namorar com fundamentalistas, apoiar políticas contra os direitos humanos (como as ocupações de favelas no Rio), abandonar bandeiras históricas da esquerda o PT desarmou a classe trabalhadora para as batalhas ideológicas com as classes dominantes.
    O resultado disso tudo foi a eleição do Congresso mais conservador desde 1986. Congresso que agora está derrubando o governo.

    1. Nós não estamos nos discordando, Martini. O PT cavou a sua própria cova, como se diz. Do ponto de vista de imoralidade e falha de planejamento, o PT merece tudo que vem sofrendo. Mas agora que a coisa acabou _só os muito sofredores ainda tem uma esperança_, sei que vem em mim e em muita gente a sensação de que, apesar de tudo, saímos infinitamente mais pobres e prejudicados ontem. Rever o naipe dos políticos desse país, naquele show de horrores de bandidos da sessão de ontem, é ter a certeza de que estamos sozinhos. Essa corja assassina, inescrupulosa, mafiosa, ególatra e criminosa em último e vasto grau, age por si só e só obedecendo interesses pessoais. Eu não aguentava ver aquelas caras espúrias que ficavam rondando o microfone, com os olhos grudados da tela gigante acima para verem o quanto estavam aparecendo em rede nacional, com seus sorrisos de machos no botequim contando piadas estúpidas e denegridoras, suas plásticas e implantes capilares. Fiquei no mesmo nível de compreensão dos fanáticos que atendem à comoção de medidas heterodoxas. Os políticos brasileiros são um muro indevassável, sãos as portas da lei para sempre fechadas do conto do Kafka.

    2. Caro Martini,
      Até entendo um pouco esse teu ponto de vista, mas olhando pra esse Congresso q se escancarou na frange de todos ontem, consegues vislumbrar alguém com quem o PT poderia ter se aliado pra aprovar alguma reforma das tantas que precisamos? E olha q na nos governos Lula a coisa não era muito melhor não. Lembra da eleição do Severino Cavalgante?
      Se pelo menos uma parcela significativa dos 54milhoes q votaram na Dilma tivessem tido um pouquinho mais de responsabilidade na hora de votar pra deputado, não teríamos esse descalabro todo. Na democracia o governo tem q compor com quem o povo coloca no congresso.

  4. A aprovação do processo de impeachment domingo foi grave, mas pior é o conflito inegociável, que tornará o país ingovernável para qualquer um.

    Acredito que Dilma permanecerá na presidência, mas que acordo ela poderá firmar com uma oposição que despreza a democracia?

    Não apenas a democracia, a Oposição despreza as leis. Ontem passaram recibo de que a cassação foi meramente resultante de uma luta de poder.

    Um a um, os golpistas votaram e representaram papéis ridículos, objetivando a deposição de Dilma por motivos alheios à razão processual.

    Pouquíssimos se ativeram à questão das chamadas “pedaladas fiscais”, por saberem que as mesmas não configuram crime de responsabilidade.

    Foi um espetáculo lastimável: “Por deus, pela família, para varrer o PT, para acabar com a corrupção, a favor de mudança, pelo crescimento …”

    Alto grau de hipocrisia, diante da crise provocada pelo conluio da Mídia/ Legislativo/Judiciário, mais a crise mundial e por último, governo Dilma.

    É impensável que tais figuras não são sabedoras que, em um eventual governo Temer, a crise se agravará e a contestação a Temer será grande.

    Que este eventual governo, entreguista, avesso às leis e aos trabalhadores, conseguirá se sustentar diante da convulsão social que provocará.

    Que o resultado da aplicação do retrocesso que configura seu “plano de governo”, conseguirá ser mascarado pela ação midiática e nada mais.

    E que a população esquecerá quem são as lideranças desse processo, quais seus objetivos e o quanto a ruptura deixará feridas insanáveis.

    Plantam o caos político/social sem qualquer base legal, movidos pela sede de poder e pelo resguardo da nunca negada impunidade aos canalhas.

    Falam dos muitos erros do atual governo, como se em seus governos anteriores, desde Sarney, tenham cometido nada além de erros sobre erros.

    Não demonstram que aprenderam com eles, mas sim que consideram-se verdadeiros reis em um país republicano, em uma democracia sem povo.

    Ratifica-se então que o conceito de democracia é engodo a serviço de uma condição de classe privilegiada pelo controle dos meios de produção

    Após anos de infrutífera luta para voltar ao poder usando táticas menos ilegais, rasgaram a máscara e partem para o Golpe de Estado.

    A Mídia procura esconder a ilegalidade através de discursos falaciosos, ocultando ainda os objetivos regressivos de uma elite com ódio do povo.

    Nunca constituíram uma classe provida de algum esclarecimento, disposta a construir um país para todos. Sempre lutaram pelos seus privilégios.

    Contaram mais uma vez com uma classe média posta na ignorância e sabuja, satisfeitas com eventuais migalhas postas em sua mesa.

    Essa classe média que, sobretudo, quer revanche diante do êxito dos mais pobres, hoje competidores no mercado de trabalho e universidades.

    A ascensão, ainda que limitada, das classes trabalhadoras, é a real motivação para o Golpe e todo retrocesso social que projetam no poder.

    Vencer este processo de impeachment, portanto, não se afigura sequer como o mais difícil. Me parece impossível conciliar com tal classe.

    Todo o esforço do governo desde a primeira eleição de lula, para manter a “governabilidade”, alimentou ressentimentos profundos.

    E este ressentimento foi cumulando nacos de poder ano após ano, até que se sentisse seguro para avançar através de um Golpe de Estado.

    Só podemos especular sobre os resultados de um primeiro governo Lula disposto a confrontar as velhas classes dominantes. Sobreviveria?

    Mas podemos afirmar que ele sobreviveu através da política de conciliação que preservou a corrupção como moeda de troca com os ladrões.

    Hoje os ladrões acumularam fortunas, cargos e poder. Não querem mais participar do jogo: querem a posição senhorial diante do povo.

    Como fazer, então, para manter a ordem democrática e ainda assim governar tendo como Oposição uma tríade irredutível de interesses malignos?

    É uma pergunta que eu não sei responder, mas creio que ninguém saiba: nem o governo atual, nem aqueles que o querem tomar à força.

      1. O Nunes sistematizou com acerto. Mas meu medo é: será que haverá reação? Postaram esse texto nos comentários em meu blog:

        “Querendo ou não, as criaturas que ontem subiram naquela espécie de púlpito e exibiram suas visões distorcidas, seu egoísmo patológico, suas falhas cognitivas e sua psicopatia, representam, sim, a maioria dos brasileiros. Não me assustei, por exemplo, quando alguns vizinhos aplaudiram a fala aterradora de Jair Bolsonaro, na qual saudou a memória de um torturador. Não me assustei com o buzinaço, com o panelaço, com os palavrões, com a “festa”. Isto também é o Brasil. Tal escuridade. Não há crise de representatividade, pois também somos aquilo, deslizamos todos pelos intestinos de um mesmo monstro, seguindo aos tropeços pela noite republicana, violentadores e violentados. O provável impeachment da sra. Rousseff, a possível cassação de Cunha e a almejada (por mim) ejeção de Temer não consertarão ou consertariam nada, pois carências tão fundamentais (mais do que políticas, educacionais; mais do que educacionais, anímicas) não podem ser supridas superficialmente. Em todo caso, e por mais que os sobreviventes da tormenta sejam quase todos tão ralé quanto os que agora rebolam na berlinda, não deixo de sentir algum alívio com as quedas prováveis, possíveis e almejadas. Há um reordenamento em curso. Dentro de algum tempo, sentiremos na pele o que nele será para o bem (pouco, e se tivermos sorte) e o que nele será para o mal. A noite persistirá” [André de Leones]

        1. Tem muitos blogueiros bons que diminuem a influência do Bolsonaro, dizendo que ele é histriônico e caótico demais para ter verdadeira expressão nas eleições de 2018. Percebo que fazem isso com um ressaibo de temor de terem de cogitar uma possibilidade tão espantosa. Eu já acho que Bolsonaro é uma ameaça concreta, prestes a se realizar. Alguém que deve ser combatido imediatamente, com urgência, dedicação, seriedade incansável. A gente precisa, infelizmente, ler a podridão das fortes tendências que permeiam a opinião das massas; por mais que me enoje, eu visito o máximo de minutos que aguento os facebooks de Olavo de Carvalho e uma série de outros atrasos do pensamento. É algo muitíssimo grave que gente como OC tenha tantos seguidores. Algo terrível está se formando agora e já há algum tempo na realidade brasileira. Vejo intelectuais do Facebook e das redes sociais relativizando o papel de formador de opinião da rede Globo, o que só atesta que estamos bastante incapacitados de reagir a isso tudo. Enquanto eles avançam, nós em desbaratino damos vários passos para trás.

          1. O texto de hoje do Idelber Avelar é uma demonstração da rua sem saída que os acadêmicos e ditos intelectuais nacionais também constroem no estancamento do país. O Idelber simplesmente faz uma apologia à poderosa coalizão da imprensa impressa e televisiva do Brasil, e ataca os “blogueiros governistas”. Desde um de seus textos anteriores, essa é a nova expressão da frente de ataque desse intelectual facebookiano: defender a mídia televisiva e os grandes jornalões e revistas, atribuindo, como sempre, à obtusidade conspirativa da ralé a tese de que esses veículos controlam a opinião pública. O Idelber perdeu muito de seu público desde aquele acontecimento que todos sabem (basta digitar seu nome no Google e ver os links que se aderiram inexoravelmente a seu nome), mas ainda há, entre as poucas dezenas de compartilhamento de seus textos, aqueles que recebem o que ele diz com uma falta de crítica canhestra. E aos que, como em seu último texto, discordam com ele, ele sempre responde da mesma forma simplória, desvalidando a capacidade de seu oponente em entender seus textos. A cada contestação, ele responde: “se você não consegue entender o que eu escrevi, não vejo porque continuar o diálogo”. O fato é que soa bastante estranho que ele, que escreveu durante muito tempo para a revista tida como iconográfica dos que acusam patrocínio governista, como a revista Forum, agora avaliza sem o mínimo pudor a pureza de intenções e a idoneidade da Globo e da Folha e da Veja (quanto à Veja ele só a repudia, nos comentários, mais tarde, dizendo que é tão óbvio que nem precisaria ter dito). Um amigo meu com quem comentei esse re-posicionamento do professor disse que só pode ser um evidente recalque, a reação raivosa que se tem quem sofreu uma grande perda. Mas sabe-se lá qual: eu sou muito ignorante para entender o Idelber.

          2. E se tem certo vexame ao vê-lo citar nomes como Renata Lo Prete e Merval, legando à primeira o selo de qualidade jornalística. Eis nosso pragmatismo do realismo fantástico.

        2. A percepção q eu tenho é q no circulo da classe média em que vivo fica-se com uma leitura de quase unanimidade contra esse governo ou qquer posição mais à esquerda. Mas a falha é assumir essa classe média como a população brasileira.
          Acho q a maior parte do povão ainda tá olhando tudo isso meio de longe, desconfiado (coisa de politico que é tudo igual e etc…), mas acho tbem q muitos já estão começando a perceber o pq essa gente quer dar o golpe e q como sempre é ele, povão q vai pagar o pato.
          Só não sei se terão anima pra se juntar à uma reação e se haverá tempo pra isso. Infelizmente nosso histórico não é muito alentador….

  5. A única certeza que se pode ter é que, por motivos mais que comentados, na mao dos políticos a crise nao caminha para uma solucao de longo prazo.
    Vao colocar panos quentes, empurrar o que for incoveniente para debaixo do tapete e continuar com as mesmas práticas de sempre.
    Se o povo nao for pra rua unido, com uma agenda muito bem definida, é isso que vai acontecer.
    E mais desalentador, na minha opiniao, nao existe mobilizacao suficiente pra provocar essa ruptura. Estamos afogados na ignorancia, essa é a verdade.

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