Bom dia, Celso Juarez Roth (ontem como Mr. Hyde)

celsoTodos vocês conhecem O Estranho Caso do Dr. Jekyll e Mr. Hyde, certo?Não? Bem, trata-se de um romance gótico do grande Roberto Louis Stevenson, com elementos de ficção científica e terror, publicado em 1886. Uma obra-prima. Na narrativa, um advogado londrino chamado Utterson investiga estranhas ocorrências relativas a seu velho amigo, o tranquilo Dr. Henry Jekyll, descobrindo que ele às vezes transformava-se no malvado assassino Edward Hyde. Tudo coisa das experiências de laboratório de Jekyll, personagem que antecipa a montanha de “cientistas loucos” que vieram depois. Só que Hyde, predador selvagem e inconsequente, vai tomando conta, vai se tornando uma necessidade, vai seduzindo Jekyll. A obra é conhecida por sua representação do fenômeno de múltiplas personalidades, quando em uma mesma pessoa existem tanto uma personalidade boa quanto uma má.

Juarez
Juarez

O mesmo acontece com o técnico do Internacional Celso Juarez Roth. Em alguns dias ele aparece como Celso, em outros como Juarez. E, meus sete leitores, garanto-lhes que Juarez é burro, destrutivo, contraditório, dança na cara da lógica, limpa a boca suja de molho de tomate na toalha de linho do mais fino restaurante, conta piadas de peido na frente de senhoras e fala alto expelindo gotas de saliva.

Mas há algo pior, pode ocorrer de Celso ser invadido por Juarez em meio ao jogo. E foi o que ocorreu ontem à tarde após as inéditas falhas de nosso goleiro Danilo Fernandes. Quando a câmara focou em Celso logo no início do segundo tempo, vimos o esgar malvado de Juarez e, sim, ele tornou impossível qualquer reação nossa. Ele queria nos foder, entendem?

Tudo para ficar assim. Celso Juarez Roth: 5 jogos 5 pontos, 33% de aproveitamento. 5% de 666.

Bem, não sou Utterson, mas vou tentar explicar a ocorrência antes de preencher a B.O.

O jogo mal tinha iniciado e já ganhávamos por 1 x 0. Gol de Valdívia em jogada ensaiada. E, bá, jogávamos bem. Era só ir pra cima e liquidar o jogo. O juiz nos sacaneou num pênalti claro sobre Nico López. Mas era só pressionar que estava fácil. Então, Danilo Fernandes resolveu ter suas primeiras falhas. Teve duas, uma no final do primeiro tempo, outra nos primeiros segundos do segundo, dando dois gols para os paranaenses, que agradeceram. Foi o momento em que vimos Celso á beira do campo. Seu rosto indicava  claramente. Ele já virara Juarez.

Imaginem que ele tirou Seijas — o melhor em campo, o único que acertava passes –, Valdívia e Eduardo Henrique para colocar Ceará, Vitinho e Anderson. Hahahahaha, como dizem no Facebook. Improvisou William Chutinho — nosso lateral que perde um gol feito por jogo há dois anos — no meio! Ora, William de armador…

E colocar Vitinho e Anderson da forma como Juarez os colocou é, na verdade, a receita ideal para acabar com eles. Juarez os deixou de fora até não poderem mais e lembrou deles justo quando o jogo estava complicado. “Vão lá e resolvam!”. Hahahahaha!

No Beira-Rio, ele coloca Alex…

A retirada de Seijas desmontou o time, impediu qualquer reação. É que, gente, Juarez erra as substituições de propósito. E time e torcida ficam nervosos, sem entender e perdendo. Agora, vemos o fantasma da Segundona crescer novamente.

Fica difícil de comentar. O time vinha bem, dominava o Atlético-PR. Aí, nosso goleiro cometeu duas falhas e o técnico derrubou o time. Comento como jogamos bem o primeiro tempo e mal o segundo ou apenas fico embasbacado pela mudança de Celso para Juarez? Pensem nisso enquanto reviso o texto.

Obs.: Esta ideia de Celso virar Juarez não é minha. Nasceu lá no Impedimento.

https://youtu.be/NE2MHChhJLQ

4 comments / Add your comment below

  1. É, nosso “metamorfético” comandante de orelhas grandes tira um jogador de articulação e um que dava dinamismo ao jogo e coloca um com freio de mão puxado (desde que chegou) e outro que sempre foi displicente. Que jogo ele estava vendo? Não temos banco, isso é verdade, mas, porquê mudar? E, se fosse o caso, acho que se alterasse posicionamento seria o mais adequado, não poderia sacar os dois melhores do time!
    E, viva o Mazembe!!!

  2. Meu caro (hoje não tem superlativo) Milton. Quando o Valdívia fez aquele gol no início, pensei, vamos perder. Qualquer vantagem no início do jogo é motivo para recuar o time inteiro. Só que não esperava que aqueles jogadores que todos pedem para entrar no time, fossem os que entregariam o jogo. Primeiro e acima de todos, o Danilo Fernandes. O Batista Filho (não sei se o conhece) tinha me dito há uma semana que o nosso goleiro não era confiável porque rebate todas as bolas e não sabe sair do gol. Foi o que se viu. Depois o Seijas, que entregou a bola para o primeiro gol do Atlético. Finalmente, o Nico. Aquele gol que ele perdeu, com toda a modéstia que me caracteriza, eu faria de olhos fechados e com uma perna só. Depois, tem o Roth. Como o acusam de retranqueiro, ele virou o tal ofensivista. Pelo menos tenta isso, escalando um meio de campo em que ninguém defende. O Dourado não fica no lugar e aquele molengão, Eduardo Henrique, (com nome de galã de novela) não marca, nem defende. Aí no final, entra o Roth com aquelas mudanças malucas no time. É sacanagem, tirar o Anderson da soneca que ele devia estar tirando no banco para botar no jogo sem avisá-lo para que lado estávamos atacando. E o “seo” Arthur? A cada jogo, a gente pode escolher sempre. Vi depois o grêmio contra o Palmeiras. Parece tão fácil organizar um time de futebol, mesmo com o velho Douglas e três ou quarto pernas de pau, tipo Jailson, Ramiro e aqueles dois laterais. Não há de ser nada, Milton. Na quinta tem de novo, contra o poderoso Vitória, que nunca fez jus ao nome, mas deve tentar se justificar aqui no Beira Rio. A boa notícia é que o Arthur levou o terceiro amarelo e não joga. Chance para o Alex, hein Roth?

  3. Texto sensacional. Felizmente o jogo foi por ppv e nao vi. Sou pobre de prata mas rico de sorte. se eu o visse tirar o seijas haveria de se temer pela incolumidade da minha amada e carissima tv de lsd, onde as cores saem distorcidas e a realidade também, e até coisas impossiveis como alguem tirar seijas de campo podem acontecer. Juarez mazembe voltou com tudo. Minha esperança é que tragam Máguio Ségjio. Ou logo, d´uma vez, Fernando Miranda e Zé Mário. É tempo de downsizing. De administrar crise. De fugir do rebaixamento. E com celso e piffero… Não tenho muita fé não…

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