No final da semana passada, alguns nova-iorquinos lançaram uma petição exigindo que o Metropolitan Museum of Art removesse uma pintura de 1938 do famoso pintor francês Balthus (pseudônimo de Balthasar Klossowski) onde é mostrada uma jovem púbere com a roupa interior exposta. O motivo seria o “clima hoje instalado em torno do tema do assédio sexual”. Porém, o Met se recusou a retirar a obra.
Thérèse Dreaming, de Balthus (1908-2001), “sexualizaria” a menina, mostrando sua calcinha sob uma saia. A petição diz que a posição do pé e do joelho esquerdo da menina seriam “provocantes”.
“O artista desta pintura, Balthus, sempre teve uma grande atração por meninas adolescentes e esta pintura está inegavelmente romantizando a sexualização de uma criança”, escreve Mia Merrill, 30, a empresária de Nova York que criou a petição. “Dado o clima atual em torno do assédio sexual, o Met não deveria romantizar o voyeurismo e a objetivação das crianças. O Met é uma instituição de renome, deveria se preservar. Eu estou apenas solicitando ao Museu que examine mais cuidadosamente a arte em suas paredes e entender determinados quadro insinuam”.
A petição, que foi lançada na sexta-feira, havia coletado quase 7.000 assinaturas no domingo à noite. Pouco.
Porém, como toda razão, um representante do museu disse que não removerá a pintura porque a arte deve refletir muitos períodos de tempo – não apenas o atual. “Nossa missão é colecionar, estudar, conservar e apresentar obras de arte importantes em todos os tempos e culturas, a fim de conectar pessoas com criatividade, conhecimento e ideias”, disse o porta-voz Kenneth Weine.
“Momentos como este fornecem uma oportunidade para o diálogo, e a arte visual é um dos meios mais significativos que temos para refletir sobre o passado e o presente”.
Em 2013, o Met realizou uma exposição de pinturas de Balthus intitulada Balthus: Cats and Girls – Paintings and Provocations.
excelente nossa gostei muito