Os 10 (ou 13) Melhores Discos Brasileiros

Estou ocupadíssimo, então vamos a uma listinha irritante com a qual ninguém vai concordar.

1. João Gilberto – Chega de Saudade, sem comentários.
2. Elis Regina e Tom Jobim – Elis e Tom, idem.
3. Heitor Villa-Lobos – Bachianas Brasileiras com a Orquestra da Rádio Teledifusão Francesa, regência de Villa-Lobos, idem.
4. Edu Lobo – Edu Lobo (1973), o que tem Vento Bravo, Viola Fora de Moda, etc.
5. Chico Buarque – Meus Caros Amigos, acho que é o melhor do Chico. Há aquele de 1966, com A Banda, Olê, olá, Pedro Pedreiro, A Rita, Você não ouviu, etc., mas fico com este, snif.
6. Tom Jobim – Matita Perê, vocês conhecem? É um Tom curioso, muito diferente e experimental. Uma joia.
7. Egberto Gismonti – Dança das Cabeças, quem está melhor? Egberto ou Naná Vasconcelos?
8. Paulinho da Viola – Nervos de Aço, a mulher abandona Paulinho e ele passa a cometer obras-primas.
9. Milton Nascimento – Clube da Esquina 2, mas poderia ser o “1”, ou quem sabe Geraes.
10. Elis Regina – Elis Regina (1966), aquele que tem Lunik 9, Carinhoso, Tem mais samba…
11. Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Elizete Cardoso – Canção do Amor Demais, impossível ficar de fora, mas aí já são onze e…
12. Mutantes (1968) e Mutantes (1969) – Os Mutantes, é quase um álbum duplo e ainda…
13. Hermeto Paschoal – Slaves Mass.

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  1. Lista é um troço chato; pior ainda quando o primeiro colocado é, sob qualquer rubrica, João Gilberto e suas musiquinhas irritantes, a batidinha de violão, a vozinha, argh. Tirando a turma da Zona Sul do Rio, que acha que a Bossa Nova é patrimônio cultural local (isto é, da Zona Sul, especificamente de Ipanema, Leblon, Gávea, e um pedacinho minúsculo de Copacabana), no restante do Rio ninguém mais aguenta ou já aguentou essa coisa. Nos shows do gênero, aqui no Rio, só zonasulescos e turistas. Bossa Nova? Descanse em paz. Chega de saudade.

    1. Cara, com esse comentário tu só deixou bem claro que o nível cultural do pessoal da Zona Sul do Rio é, como todo mundo já sabe, realmente mais alto do que o do pessoal da Zona Norte. Esse pessoal criou a bossa nova para se expressar, enquanto o pessoal da Zona Norte criou o funk carioca e o pagode. É claro que esse pessoal não vai mesmo freqüentar shows de bossa nova e MPB, não tem cultura pra isso. E nem dinheiro, porque os ingressos são caros. Fora que esses shows nem são divulgados na Zona Norte, Baixada e arredores. Outra coisa que tu deixou bem clara é que tu queria muito morar na Zona Sul. Não gosta de MPB e bossa nova? Beleza, nada contra. Vai ouvir teu pagode e teu funk, cheio de musicalidade e poesia, não enche o saco.

  2. lista é que nem cobertor de pobre, sempre falta cobrir uma parte. e alguem sempre vai reclamar…
    mas a tua, de dez, com 13 discos, tá muito boa. eu gosto muito do clube da esquina 1, com milton e lô borges.
    do joao gilberto eu tinha o vinil original de o amor o sorriso e a flor, que acho obrigatório.
    tbem acho meus caros amigos o melhor do chico… e o cinema transcendental do caetano, o realce do gil… fruto proibido da rita lee, os discos da fase soul do roberto… minha lista vai longe!!!!!

  3. Faltou o primeiro disco do Raimundos, um forrocore que faz dele o rock mais brasileiro e mais bem feito no Brasil desde os Mutantes.
    Mas a lista já se justifica antes, então não vou alimentar a coisarada de “faltou” embora já o fiz (mas aí me justifico em mim também – o mesmo recursinho da lista).

    Grando abraço

  4. O do Chico acho que talvez estivesse na minha lista. Ele ou o “Construção”. Não gosto da Elis, mas “Elis e Tom” é um puta disco. “Nervos de Aço” também é sensacional. Clube da Esquina estaria com certeza entre os dez, acho que prefiro o 1.

    Dos Mutantes, prefiro o Jardim Elétrico.

    Colocaria com certeza o “Acabou Chorare”. O “Transa” do Caetano possivelmente. “Refazenda”, do Gil. “Tábua de Esmeraldas”, do Jorge Ben.

    E também sou muuuuuuito fã de Gonzagão e Jackson do Pandeiro, além de Tião Carreiro e Pardinho.

  5. O problema de fazer listas é o que se exclui. Como fazer uma lista dessa sem Elomar, Tom Zé e Quinteto Violado, por exemplo? Nem tento. Mas concordaria com os nomes citados se a lista fosse muito maior.

  6. Lista é lista, claro; não vi nada de irritante aqui, com dois ou três (ou talvez quatro) deles entre os meus discos preferidos. Qualquer dia, farei a minha (mais uma vez), com a presença garantida de ‘Vibrações’ (Jacob do Bandolim), além de Pixinguinha e Luiz Gonzaga. Deixaria o querido Heitor de fora para não misturar muito as coisas. Um abração.

  7. A lista me agrada, tanto pelas escolhas quanto por um sentimento de identificação à “nossa ” geração (entre os 40 e os 60, presumo). Impossível não ter Milton, Chico, bossa nova, Gil e Caetano como background de nossa cultura musical. Abraços saudosos.

  8. Que tal uma lista de gravações antológicas? Uma lista de dez discos contém mais ou menos umas cem músicas, das quais descartaríamos, no mínimo, a metade. Melhor seria uma lista com maior número, mas apenas das faixas preferidas, contemplando as gravações definitivas. Uma lista das 100 faixas que poderíamos ficar ouvindo pelo resto da vida. E misturando todos os gêneros.

  9. Lista de melhores discos é particular, cada um tem a sua, concordo com alguma coisa nesta lista do Milton Ribeiro, mas na minha João Gilberto (aaaarrrggghhhh) jamais entraria, tambem não gosto dos Mutantes, acrescentaria nesta lista, o impecável “O Samba Pede Passagem” da magnífica Aracy de Almeida, Elizeth Cardoso, Carmem Costa e alguma coisa de Tim Maia.

  10. Excelente lista! Algumas observações altamente subjetivas:

    – Do Chico eu prefiro “Construção”, com “Caros Amigos” em segundo lugar.
    – Estaria na minha lista mais um disco do Paulinho da Viola, o maravilhoso “Memórias chorando”.
    – Colocaria também algo da primeira fase do João Bosco (época da parceria com o Aldir Blanc). “Caça à raposa” ou “Galos de briga”.

    Quanto às críticas que alguns comentaristas fizeram ao João Gilberto, eu diria que o baiano é como John Coltrane ou Glenn Gould: ou se ama com uma devoção religiosa ou se odeia.

  11. Eu pertenço à minoria que aprecia “listas”. Não preciso concordar ou discordar. Sou bem grandinho para entender que listas tem sempre particularidades e servem justamente para isso: expor gostos pessoais! Não me sinto nem um pouco incomodado mesmo quando não concordo com tudo. O que me incomoda mesmo são as pessoas que acham que as listas dos outros deveriam refletir as escolhas delas. Tenha dó.

  12. A única coisa certa em listas é que ninguém concorda com ninguém. A gente concorda com isso e aquilo, tem um apreço diferente por esse e acha que aquele deveria ter entrado no lugar daquele outro, que é horrível. Mas nós concordamos em alguns pontos, sobretudo a excelência da década de 70.

    Aproveitei e fiz minha lista:

    01. Chico Buarque – 1971 – Construção
    02. Gil, Caetano, Mutantes, Nara Leão, Gal Costa – 1968 – Tropicália
    03. Belchior – 1976 – Alucinação
    04. Caetano Veloso – 1977 – Bicho
    05. Toquinho e Vinicius – 1972 – São demais os perigos desta vida
    06. Milton Nascimento – 1976 – Geraes
    07. Zé Ramalho – 1978 – Zé Ramalho
    08. Marisa Monte – 1991 – Mais
    09. Djavan – 1992 – Coisa de acender
    10. Zeca Baleiro – 2000 – Líricas

    É difícil deixar fora da lista Tango (Vitor Ramil, 1987), Caça à raposa (João Bosco, 1977), Carecas da Jamaica (Nei Lisboa, 1987) e os Roberto Carlos de 1971 e 1974. Mas listas são assim. E o certo seria separar discos autorias e discos interpretativos para abrir espaço para Bethânia, Zizi Possi, Ney e Gal. De qualquer forma, os dez acima são todos maravilhosos.

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