Bamboletras ensina a como remover um presidente e recomenda Tokarczuk e Schroeder

A newsletter de amanhã da Bamboletras.

Olá!

Escrever este “Olá” é sempre um desafio. Como encontrar pontos em comum entre os livros sugeridos? Bem, desta vez a gente não conseguiu, mas leia as sinopses abaixo porque não há nada que não seja excelente em nossas sugestões!

Boa semana com boas leituras!

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Como remover um presidente, de Rafael Mafei (Cia. das Letras, 450 páginas, R$ 64,90)

Este é um completo e aprofundado estudo das dimensões políticas e jurídicas do impeachment e sua aplicação na lei brasileira. Desde os anos 1990, raramente a América Latina viveu um ano sem um impeachment consumado, ou ao menos sem a ameaça de um. Só no Brasil, houve mais de 250 denúncias de crimes de responsabilidade e o afastamento de dois presidentes. Em Como remover um presidente , o jurista Rafael Mafei reconstitui o desenvolvimento histórico do impeachment — seu surgimento na Inglaterra, sua importância para a Constituição americana e utilização no Brasil —, para então examinar a fundo não apenas os casos de Collor e Dilma, que marcaram o país após a redemocratização, mas também as tentativas contra Vargas, FHC, Lula e Bolsonaro. Um assunto muito atual e que retorna a cada governo, infelizmente.

Correntes, de Olga Tokarczuk (Todavia, 400 páginas, R$ 74,90)

Quem leu Sobre os ossos dos mortos sabe da alta qualidade da ganhadora do Prêmio Nobel de 2018 Olga Tokarczuk. Em Correntes, ela mescla vida pessoal com ficção num livro cheio de surpresas, que inclui relatos vários, comentários e contos que formam um movimentado diário de viagem. Olga é uma das escritoras que melhor explora a autoficção, em que vivências pessoais e ficções se fundem. O livro é composto de 116 pequenos capítulos. O roteiro passa por diferentes museus de anatomia da Europa e nos Estados Unidos. A narrativa é intercalada de observações sobre o ato de viajar, pessoas que a autora encontra no caminho, perrengues, pequenas histórias e imprevistos. Quando ela enviou os originais para seu editor, o caráter fragmentário da narrativa suscitou dúvidas e ele pensou que se tratava de um rascunho vitimado por confusões de “Ctrl C” e “Ctrl V”. A leitura atenta, porém, revela a óbvia concatenação entre os textos. Este é um dos méritos de Tokarczuk: conseguir misturar temas aparentemente isolados (como filosofia, higiene pessoal e Borges, por exemplo) de uma maneira inventiva, inteligente e cativante. E ela recebeu o Nobel, né?

As partes nuas, de Claudia Schroeder (Francisco Alves, 128 páginas, R$ 35,00)

Claudia Schroeder reúne poemas produzidos ao longo dos últimos quatro anos no livro As partes nuas, lançado pela Francisco Alves. Para montar o conjunto, a poetisa contou com a curadoria do poeta Pedro Gonzaga. Dividida em sete partes, a obra traz uma voz que se expressa sem medo, entre a ironia e a ternura, em versos que exploram as facetas de ser mãe, mulher e ser humano — com todos seus sentimentos e pulsões. De acordo com o português José Luís Peixoto, trata-se de um “livro-corpo”. Publicitária há 28 anos, Claudia Schroeder estreou na poesia com Leia-me toda (2010), faz parte da coletânea portuguesa A poesia é para comer (2011) e publicou o infantil A menina que descobriu o sol (2018).

Exemplares autografados pela autora.

1 comment / Add your comment below

  1. Os livros têm uma coisa em comum: problemas nas capas. Os dois primeiros são assustadores. As capas convidam a desistir, o que é uma pena no caso de boas obras. Já a terceira capa não é ruim, mas o espaçamento entre as letras sugere que alguém trabalhava bêbado naquele dia.

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