Porque hoje é sábado, Natalie Imbruglia

Eu, Milton, sou um ET.

Passei anos consciente de que deveria evitar um cantor chamado Sandy Junior.

Há pouco tempo soube que era Sandy & Junior, trágico fato que talvez dobrasse as chances de um encontro.

O Junior, por sinal, tem uma inequívoca cara de babaca, né?

Juro que até hoje não os ouvi cantar. E não desejo para ninguém uma desdita dessas.

O mesmo vale para Natalie Imbruglia. Vejam que rosto tem esta mulher! Ela é perfeita! Linda!

Eu a descobri vendo um filme do Mr. Bean com meus filhos. Apaixonei-me na hora.

Desejei que ela tivesse uma longa carreira de grandes atuações, …

… e que fosse obrigado a ver todos os seus filmes, sofrendo cada vez mais com sua beleza – pois a beleza dói.

Soube depois que era seu filme de estréia. E que ela era uma famosa cantora australiana.

Desde então, dedico parte de minha vida a evitar quaisquer contatos com sua música.

Já pensaram? Uma cantora australiana!

Sabe-se que há diminutas chances de um australiano fazer algo que preste…

— sim, preconceito baseado em feedbacks; e daí, Priscilla? – e não desejo estragar a profunda…

… impressão de nosso primeiro encontro. Ela não faz mais filmes, fato que talvez a torne mais perigosa.

Ela pede que eu a procure numa MTV ou YouTube da vida e acho que vou acabar por aceitar.

Mas não sei se devo capitular após tantos anos, fico atrapalhado, na dúvida…

EUREKA! Já sei a solução! Farei como faço com o futebol na Globo do Galvão, assistirei sem som!

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Porque hoje é sábado, Charlotte Gainsbourg e Mélanie Laurent

Talvez o senso comum sugira que Charlotte Gainsbourg seja feia…

… e que Mélanie Laurent seja linda. Ok, eu até vejo isso.

Só que o tesão de algumas pessoas funciona de forma…

… talvez errática, talvez inesperada, quem sabe surpreendente…

… e elas passem a considerar tanto Charlotte como Mélanie …

… mulheres igualmente irresistíveis e altamente desejáveis.

Ontem, estávamos eu e o melhor blogueiro brasileiro em nossa habitual tertúlia literária no MSN.

Falávamos de mulheres, um assunto que atrapalha sistematicamente nossa erudita pauta.

E ele disse algo como: sou apaixonado ou sou fascinado ou fico mesmerizado ou …

… quero comer a Charlotte Gainsbourg. Não, minto, ele disse: …

com a Charlotte eu não penso em sacanagem. Penso primeiro em chamar pra tomar um vinho.

Depois é que vem a sacanagem. Claro, achar a Mélanie Laurent linda é fácil.

O problema é ver Anticristo e seguir achando Charlotte maravilhosa.

E nem é pela filiação. Garanto-lhes que nem eu nem o Ao Mirante pensamos …

… no pedigree quando olhamos para uma mulher. Para nós é tudo SRD, mesmo quando …

… a dona do queixão é filha de Jane Birkin. É que há o amor à perfeição …

… e o amor à imperfeição.

Vejam a foto acima e a foto abaixo.

Um vinho com a primeira e o despertar com a outra?

Ou as duas fazendo chuchotage uma em cada ouvido?

Ah, sei lá. Só sei que bebi algumas várias cervejas e são 1h25. Fico com ambas.

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Porque hoje é sábado, Anna Karina

Hanne Karin Blarke Bayer nasceu na Dinamarca. Aos 17 anos, após uma última briga com sua mãe…

… fugiu para Paris. Ela descreve sua infância como uma desesperada, constante e mal sucedida …

… tentativa de ser amada. Fugiu de casa muitas vezes, até fazê-lo definitivamente.

Em Paris, não tinha dinheiro nem falava francês. Vivia nas ruas.

Então, começa o conto de fadas. Uma publicitária cruza com ela na rua e lhe pede algumas fotos. Ela conhece …

… Coco Chanel e Pierre Cardin que a tomam como modelo. Cardin lhe batiza Anna (de Hanne, seu nome)…

Karina (de carina, bonita em italiano). Então, Jean-Luc Godard a vê numa série de propagandas…

… para o sabonete Palmolive e a convida para atuar num de seus primeiros filmes: Acossado.

Ela recusa o papel, mas ele a convida novamente para o seu filme seguinte: O pequeno soldado.

Em seu segundo filme com Godard, Uma Mulher É uma Mulher, já ganha o prêmio de melhor atriz do Festival de Berlim.

Chega ao ponto de casar com Godard, faz mais uma dúzia de filmes com ele, mesmo após o fim de seu casamento.

Hoje, Anna Karina é cultuada como a mais importante atriz da nouvelle vague

… e também símbolo de mulher elegante e talentosa. Escreveu roteiros de filmes…

… atuando dentro e fora da França, com diretores como Visconti, Rivette, Fassbinder e Cukor.

Particularmente, acho que o belíssimo rosto de Anna Karina encerra em si o próprio cinema.

O bom cinema. O realizado numa época em que nem tudo era resultado de exigências mercadológicas.

Ou, como diz minha filha, que digita este texto ditado por mim, EU A AMO!!!

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A Desejada das Gentes

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Porque hoje é sábado, Michelle Obama

Ontem, na reunião do G20, Michelle Obama mostrou como se faz para demonstrar privadamente repugnância ou desaprovação a alguém. É uma mulher de classe.

Beijou o primeiro-ministro inglês Gordon Brown.

Fez o mesmo com o holandês Balkenende.

Dançou a balalaica com o russo Medvedev.

Demonstrou à mulher do “This is the guy” o motivo pelo qual nunca seremos campeões no basquete feminino. E nem no masculino.

Seguiu cumprimentando efusivamente o japonês Hatoyama após beijá-lo — vi o beijo no YouTube.

Ouviu Sarkozy dizer ao seu ouvido: “Olha o safado do teu marido cheirando o pescoço da Carla!”.

Beijou também o vizinho canadense Stephen Harper.

Mas, e ainda assim para não ficar muito chato, apenas estendeu de longe a mão ao palhaço Silvio Berlusconi, que, burro, fez questão de deixar clara a rejeição.

O tratamento glacial apontado tolamente por Berlusca rendeu ao italiano um olhar bastante severo do maridão (engraçadíssimo…, vejam só)…

… e tornou a discreta desfeita notícia mundial. Concordo inteiramente com Michelle.

Afinal, não se deve obrigar nenhuma mulher a dar beijinhos num sujeito que paga publicamente prostitutas. Uma primeira dama, então, nem se fala.

E foi assim que Michelle Obama tornou-se a estrela de um Porque é Hoje é Sábado de peitos e bundas tapados. Ela foi perfeita.

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Porque hoje é sábado, Catherine Zeta-Jones

Tenho certeza de que, quando jovem, …

… jamais Catherine Zeta-Jones imaginaria casar com um ser tão repugnante como este:

Anyway, tudo o que a gente não quer presumir é que ela seja uma débil mental.

OK, ela não chegou ao absurdo de casar com Nicholas Cage, …

… mas sua escolha ficou próxima ao nível mais baixo da evolução humana (Cage).

Ela, que poderia fazer-se acompanhar de qualquer um de nós — todos belos espécimes…

… cheios de inteligência superior –, escolheu logo aquele ser.

Para completar minha incompreensão, acabo de saber que ela aniversaria no mesmo dia de Shostakovich e de minha filha.

A julgar pelos precedentes, é genial!

O País de Gales recebeu seu mais belo rebento em 25 de setembro de 1969, em Swansea.

Ela esteve intoleravelmente linda em Chicago, filme pelo qual ganhou um Oscar. Realizou excelente trabalho.

Fez o bom Traffic, onde teve pequena e inesquecível participação.

Depois, foi a única atração do ridículo O Terminal, ao lado do picolé de chuchu Tom Hanks.

Sempre as más companhias masculinas, Cathy.

Você é lindíssima, você merece muito mais que aquele nojento, querida.

Você merece alguém que esteja lendo 2666 e cuja mulher esteja na Argentina.

É minha opinião.

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Porque hoje ainda é sábado, revisitamos Scarlett Johansson

Os leitores sabatinos do blog (dizer leitores talvez seja forçar um pouco) preferem ignorar que Scarlett Johansson já figurou duas vezes no PHES.

E não param de pedir mais.

Ontem, ela aguardou o telefonema de Franciel Cruz em casa.

Insistiu em tentar um contato mesmo no cabeleireiro.

Pô, não enche o saco dela!

Percorreu bares.

Ouviu um forró para entrar no clima.

Testou roupas.

Mais roupas.

Menos roupas.

Decisão difícil.

E acabou por aparecer assim no Parangolé.

Sim, estava divertido.

Tanto que agora as pessoas rolam pela casa.

Um tanto alcoolizados.

Mas logo prontos para a próxima.

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A teus pés

Scarlett Johansson

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Porque hoje é sábado, Eva Mendes

Eva Mendes, essa linda filha de cubanos de Miami, tem dois problemas:

1. Não é muito de tirar a roupa;

2. Fica muito mais bonita quando se mexe. Suas fotos são apenas legais, em minha opinião.

Mas ela parece um furacão quando movimenta-se e fala.

Há mulheres assim. E há aquelas que só funcionam em fotos.

Vocês viram Gisele Bündchen em Táxi? Pois é.

É outro gênero de talento e expressão. Mas perco-me em rodeios.

Acho interessante a crescente lista de hispanos de sucesso nos EUA.

Vi Eva contracenando com Denzel Washington e Will Smith.

Os filmes eram uma bosta, mas vi até o fim …

… na desesperada esperança de que melhorassem. Mas não.

A única coisa boa eram as aparições de Eva e a dança do gordinho de Hitch.

O problema desses filmes é que, além de serem ruins, são masculinos, …

… enquanto nosso único foco de interesse fica em segundo plano.

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Porque hoje é sábado, Elisabeth Shue


Há atrizes que nem são tão conhecidas assim, mas de cuja existência…


… o público masculino não dá sinais de ignorar.


Elisabeth Shue está neste caso.


Esta americana nascida em 1963 mede apenas 1,55m e a conheci…


… acompanhando o insuportável Nicholas Cage…


… em Despedida em Las Vegas.


Sem dúvida, ela — e qualquer mulher — é bonitinha demais para o Cage, …


..que fazia o papel de alcoólatra de boa forma física.


Depois, ela reapareceu belíssima no notável Desconstruindo Harry lá da primeira foto, de Woody Allen.


Fez muitos outros filmes, mas nada comparável a sua atuação com Allen.


Estranhamente, o público norte-americano a considera o protótipo mais acabado da girl next door, ….

… expressão norte-americana para as mulheres nada fatais, amigas da gente e sem grande glamour, mas que nos atraem.


Sim, eles são otimistas. Afinal, as chances de nos depararmos com uma obesa na próxima porta americana são muito maiores.


Ademais, melhor que na porta é deixá-la na cozinha, fazendo um omelete desses pra gente.

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Porque hoje é sábado, Jessica Alba

Ontem era o Dia Internacional do Orgasmo (aprendi aqui). Aí, ela me chamou …

… e eu não fiz o Porque Hoje é Sábado. Porque uma coisa importante na vida de um homem é saber estabelecer prioridades, pô.

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Porque hoje é sábado, Claudia Lynx

No sábado passado, fui espinafrado pelo Eduardo Lunardelli. Ele reclamava do excesso de roupas.

Já tinha preparada uma resposta cheia de peitos e bundas.

Porém, de forma casual, deparei-me com o rosto da iraniana Shaghayegh Claudia Lynx.

E todos os peitos e bundas e púbis ficaram para outra oportunidade.

Nascida em Teerã em 1982, Claudia Lynx emigrou ainda bebê para a Noruega.

Aos três anos de idade fez seus primeiros comerciais: vendia fraldas na televisão européia.

É óbvio que é modelo, que tentou ser atriz e, como não devia ser das melhores, …

… acabou cantora — e modelo. As carreiras, sabemos, são previsíveis.

Na edição anterior do PHES, também fiquei contrariado com o comentário da Caminhante: …

… ela me acusava delicadamente de preferir as loiras.

Trata-se de uma blasfêmia que repudio veementemente.

A pele mais linda que conheço é aquela que os italianos chamam de olivastra.

É a pele que dá vontade de tocar, é aquele amorenado (natural, sem sol) de algumas mulheres …

… e que tende ao dourado. É olivastra. Não tem tradução, acho.

Bem, mas como é bonita esta iraniana, né? Nenhum aiatolá ousaria botar defeito.

Quantas dessas não haverá sob as burcas?

(*) Minha filha achou Claudia Lynx “plastificada” demais. Tudo bem, não interessa; vindo nesta ou naquela embalagem, tô fazendo negócio.

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Porque hoje é sábado, Marianne Faithfull

Escolha da modelo e das fotos: Bernardo Ribeiro, filho deste que vos escreve.

Se há algo que Mick Jagger sempre deixou claro para o mundo é que, …

… em sua Pasárgada, pode ter a mulher que quiser, na cama que escolher.

E a primeira beldade com a qual teve longo relacionamento foi Marianne Faithfull.

Misto de cantora — uma voz comum no ano em que tirou estas fotos, o de 1964; incomum depois — …

… e atriz, Marianne foi para mim o rosto da swinging London. Achava-a e ainda a acho …

… maravilhosamente sexy. A transformação que ocorreu na voz de Marianne após …

… seu longo período de viciada, é algo que as campanhas antidrogas não deve mostrar às crianças.

Nossa, os dez anos de tratamento para se livrar das drogas melhoraram muito sua voz!

Seu LP Strange Weather (1989) merece status de obra de arte.

Marianne Faithfull envelheceu com vaidade e dignidade. Não fez grandes plásticas, …

… apresentando hoje rugas, barriguinha e orgulhosos peitos erguidos sabe-se lá como.

Gosto das pessoas que envelhecem mantendo o pique iconoclasta e rebelde.

Vejo mil exemplos de gente que, ao chegar aos 50, parece não preservar a inteligência, …

… curvando-se a vagos ressentimentos e ao politicamente correto, nossa nova ditadura.

Tenho um exemplo claríssimo, mas hoje é sábado… Vejam Marianne Faithfull abaixo, trovejando num vídeo relativamente recente. A canção é a multigravada Working Class Hero, de John Lennon.

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Porque hoje é sábado, Gene Tierney

Eu até nem me importava muito quando ela aparecia com seu leopardo, …

… nem quando ela me confundia explicando que as paralelas só se encontram no infinito, …

… nem quando agia estranhamente, rezando para tornar-se uma melhor atriz, …

… o que irritava mesmo é que ela não sabia guardar e muito menos pegar meus discos de vinil.

Não que isso me faça muita falta – afinal, posso pegá-los – mas…

… é melhor deixá-la livre do mundo prático, …

… melhor deixá-la na sala apenas ouvindo música, pois …

Gene Tierney parece ter sido feita para nossos olhos.

Talvez o cinema nunca tenha visto algo mais próximo…

… da perfeição do que esta pintura nascida em 1920 na cidade de Nova Iorque.

Na minha opinião – talvez influenciada pelo filme Laura -, …

… ela está mais uma aparição do que para alguém deste mundo.

É uma demasia, quase um escândalo uma mulher de rosto tão perfeito.

Ela possui no mais alto grau aquele sopro que atrai nossos olhos para ela, …

… ao mesmo tempo que a reafirma como inatingível.

Era mesmo possível apalpá-la?

Sua imagem é imaterial, como se fosse uma representação.

Mesmo quando menina (abaixo), esta atriz morta em 1991 parece pairar sobre o mundo, rindo dele.

Esforcei-me para encontrar uma imagem comum de Gene.

O mais perto que cheguei foi a foto acima. Porque, na verdade, Gene Tierney nasceu deusa, …

… nasceu assim.

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Porque hoje é sábado, o Festival de Cannes 2009

Começou o Festival de Cannes de 2009. Achei belíssimo o cartaz.

As atrizes não deixaram barato.

Monica Bellucci e Sophie Marceau tomaram o mundo com suas fotos na Paris Match.

Bellucci tem 44 anos, Marceau, 42.

Escolher entre as duas seria como optar entre Bach e Beethoven …

… (pois, aqui, estamos no topo da evolução humana).

Mas, como se não bastasse, há mais em Cannes 2009.

Há a cinquentona Isabelle Huppert presidindo o júri.

Há a trintona Penélope Cruz, tornada loira por Almodóvar.

Há Charlotte Gainsboroug — a filha de Jane Birkin é uma feia na qual nosso olhar gruda –, …

… no Anticristo de von Trier.

Há Diane Kruger, …

… no último Tarantino.

Há o sorriso iluminado de Juliette, …

…. abaninhos de Giovanna, …

… glamour de Rachel, …

… carinhas de Audrey e, fundamentalmente, a presença da maior de todas as francesas: …

… Jeanne Moreau, linda aos 81 anos. Monica Bellucci, desculpe, mas és uma baranga perto de Jeanne.

Pffff…

Obs.: Eu sei que é demais pedir que haja três filmes efetivamente BONS abaixo, apesar da nominata impressionante dos concorrentes à Palma de Ouro. Confiram:

A L’ORIGINE, de Xavier Giannoli (FRANÇA) com Gérard Depardieu e Emmanuelle Devos
ANTICHRIST, de Lars Von Trier (DINAMARCA) com Willem Dafoe e Charlotte Gainsbourg
BAK-JWI (THIRST), de Chan-Wook Park (CORÉIA DO SUL) com Eriq Ebouaney
BRIGHT STAR, de Jane Campion (REINO UNIDO) com Abbie Cornish e Ben Whishaw
CHUN FENG CHEN ZUI DE YE WAN, de Lou Ye (CHINA)
DAS WEISSE BAND, de Michael Haneke (ÁUSTRIA) com Susanne Lothar e Ulrich Tukur
ENTER THE VOID, de Gaspar Noé (FRANÇA) com Nathaniel Brown e Paz de la Huerta
FISH TANK, de Andrea Arnold (REINO UNIDO) com Michael Fassbender
INGLOURIOUS BASTERDS, de Quentin Tarantino (ESTADOS UNIDOS) com Brad Pitt e Diane Kruger
KINATAY, de Brillante Mendoza (FILIPINAS)
LES HERBES FOLLES, de Alain Resnais (FRANÇA) com Sabine Azéma
LOOKING FOR ERIC, de Ken Loach (REINO UNIDO) com Steve Evets
LOS ABRAZOS ROTOS, de Pedro Almodóvar (ESPANHA) com Penélope Cruz
MAP OF THE SOUNDS OF TOKYO, de Isabel Coixet (ESPANHA) com Rinko Kikuchi
TAKING WOODSTOCK, de Ang Lee (ESTADOS UNIDOS) com Demetri Martin
THE TIME THAT REMAINS, de Elia Suleiman (PALESTINA) com Elia Suleiman
UN PROPHÈTE, de Jacques Audiard (FRANÇA) com Niels Arestrup
VENGEANCE, de Johnny To (HONG KONG) com Johnny Hallyday e Sylvie Testud
VINCERE, de Marco Bellocchio (ITÁLIA) com Giovanna Mezzogiorno e Filippo Timi
VISAGE, de Tsai Ming-Liang (FRANÇA) com Mathieu Amalric e Jeanne Moreau

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Porque hoje é sábado, X

Às vezes a coisa não dá certo. O WordPress ficou irritado com as imagens deste sábado. Deve ser religioso, mas não como o Lugo, nosso hot bispo.

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Porque hoje é sábado, Audrey Hepburn

As muito feias que me perdoem // Mas beleza é fundamental. É preciso

Que haja qualquer coisa de flor em tudo isso // Qualquer coisa de dança, qualquer coisa de haute couture

Em tudo isso (ou então // Que a mulher se socialize elegantemente em azul, como na República Popular Chinesa).

Não há meio-termo possível. É preciso // Que tudo isso seja belo. É preciso que súbito

Tenha-se a impressão de ver uma garça apenas pousada e que um rosto

Adquira de vez em quando essa cor só encontrável no terceiro minuto da aurora.

É preciso que tudo isso seja sem ser, mas que se reflita e desabroche

No olhar dos homens. É preciso, é absolutamente preciso

Que seja tudo belo e inesperado. É preciso que umas pálpebras cerradas

Lembrem um verso de Éluard e que se acaricie nuns braços

Alguma coisa além da carne: que se os toque // Como no âmbar de uma tarde. Ah, deixai-me dizer-vos

Que é preciso que a mulher que ali está como a corola ante o pássaro

Seja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre um templo e

Seja leve como um resto de nuvem: mas que seja uma nuvem

Com olhos e nádegas. Nádegas é importantíssimo. Olhos então

Nem se fala, que olhe com certa maldade inocente. Uma boca // Fresca (nunca úmida!) é também de extrema pertinência.

É preciso que as extremidades sejam magras; que uns ossos

Despontem, sobretudo a rótula no cruzar das pernas, e as pontas pélvicas

No enlaçar de uma cintura semovente. // Gravíssimo é porém o problema das saboneteiras: uma mulher sem saboneteiras

É como um rio sem pontes. Indispensável.

Texto: fragmento inicial do poema Receita de Mulher, de Vinícius de Moraes.

Dedicatória: Porque eu SEMPRE CONCORDO com o Cristóvão Feil, dedico este PHES ao notável blog Diário Gauche — talvez o único que leio TODOS OS DIAS –, que publicou em sua sempre mutante abertura a primeira foto deste post.

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Porque hoje é sábado, Kate Beckinsale

A belíssima atriz inglesa Kate Beckinsale cometeu um sério erro…

… ao viver Ava Gardner em O Aviador, equívoco de Martin Scorsese.

Desconsiderando a questão da beleza, Ava tinha aura, mistério, sinatra, fotos em preto e branco, …

… fama e mística invencíveis a uma simples mortal nascida em Londres no ano de 1973.

Quando assisti o esquecível filme de Scorsese, não notei Kate. Vi uma atriz fazendo-se de deusa.

Foi só numa comédia absolutamente idiota – Click, que assisti com meus filhos – …

… que notei como era bela a falsa Ava. Mas — sabe? — Kate Beckinsale, tal como eu, não é apenas mais um rostinho bonito, …

… ela possui um cérebro de respeito, parece. Durante a adolescência, ganhou dois prêmios de Young Writer, …

… uma vez na categoria “Contos” e outra na de “Poemas”, o que a faz muito superior à Luciana Gimenez.

Deve ter sido uma adolescente chatíssima: passou por períodos severos de anorexia, enquanto acendia um cigarro no outro.

Também estudou literatura francesa e russa em Oxford, mas nunca formou-se, pois Kenneth Branagh, …

… ao ver aquele “talento” perdendo-se nas letras, ofereceu-lhe um papel em seu filme shakespeareano …

Much Ado About Nothing e a moça virou atriz. Após estrelar Pearl Harbour, Kate permaneceu nos Estados Unidos …

… a fim de fazer aquela tradicional série de filmes ridículos que enchem os bolsos das mais talentosas beldades estrangeiras.

Intermezzo: Acho que Peter Greenaway aprovaria as fotos acima e abaixo. Não falta a mesa, os pratos e muito menos as frutas. Suponho que haja insetos.

Curiosamente e mesmo vivendo nos Estados Unidos, ela gosta de declarar-se fumante.

Detesto que fumem perto de mim, mas simpatizo com a postura desafiadora da minha homenageada …

… e acho que reveria meus conceitos, suportando seus eflúvios numa boa. Juro.

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Porque hoje é sábado, Aishwarya Rai

Se você pesquisar no Google “a mulher mais bela do mundo” …

… em português, inglês, italiano, espanhol e francês, não terá como resposta …

… uma maioria de Ingrid Bergmans ou Marilyn Monroes. A vencedora será …

Aishwarya Rai!!! Com 35 anos e conhecida no ocidente como Ash, esta indiana é a grande campeã.

Ela estudava arquitetura quando foi convidada para fazer um comercial da Pepsi.

Instantaneamente, tornou-se mania nacional indiana.

Depois foi chamada e chamada e chamada para estrelar filmes em Bollywood, …

mas continuou apenas fazendo comerciais.

Pois queria ser arquiteta. Demorou a parar com esta bobagem.

Ainda estudando, candidatou-se a Miss Índia e ganhou.

Depois ganhou o Miss Mundo e só então abraçou Bollywood.

O grosso da produção bollywoodiana é de matar.

São filmes que misturam dramalhão mexicano com vídeo-clipes românticos.

Está todo mundo chorando desesperadamente. Aí, entra a música e todos cantam e dançam.

Repugnante. Ah, e é aquela coisa pudica.

Mas talvez gostasse daqueles estrelados por ela.

Ai, Aishwarya Rai, Ash, por ti eu cantaria e dançaria, roubaria e mataria.

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Porque hoje é sábado, Grace Kelly (retomando aquele assunto)

Havia a janela por onde observávamos muitas formas de amor: …

… a do músico, a do jovem casal, a da mulher solitária, a de Lars Thorwald, etc.

Mas dentro do quarto havia Grace Kelly protagonizando o mais belo beijo…

… que vi até hoje no cinema.

Uma coisa arrepiante. Lembram como o cabelo dela cai sobre o rosto de James Stewart? Inesquecível.

Por um erro que depois foi corrigido, Grace Kelly não nasceu princesa.

Nasceu em Filadélfia em 1929, no seio de uma família rica.

Grace foi imortalizada por Alfred Hitchcock – que a caracterizava como um vulcão sob gelo – …

… em três filmes memoráveis:

Disque M para Matar (1954), Janela Indiscreta (1954) e Ladrão de Casaca (1955).

Hitch perdeu sua musa neste último filme…

…ao rodá-lo em Mônaco. Que mancada, gordinho.

Aliás, todos nós a perdemos para aquele Rainier III, soberano de 200 metros quadrados.

Tá, tá bom, de 2000 metros quadrados, mas onde ela acabou morrendo em 1982, …

… num reles acidente de carro, deixando-nos até hoje assim:

Nossa, que vontade de rever Janela Indiscreta!

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