O PUM fala sobre o pragmatismo da política real

O PUM fala sobre o pragmatismo da política real

Estou lendo muita gente dizer que faltam só 2 anos e Bolsonaro sai. Não, senhoras e senhores. Se a coisa seguir assim, faltam 6 anos para ele sair.

Por isso o movimento que Tarso faz em direção a Doria é tão importante. É hora de abraçar o inimigo para não permanecer internado com o diabo.

Se não surgir um oposição ampla, com gente de várias colorações, adeus, ele vem de novo com sua vulgaridade, bravatas, filharada e um imenso etc.

Sei que há léguas a nos separar e egos a aplainar. Mas sei também quanto é preciso, pá, navegar.

Não é hora para veleidades ideológicas. O processo de retorno a um governo progressista vai demorar muitos anos.

 

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A cusparada de Jean Wyllys

A cusparada de Jean Wyllys

Samir Machado de Machado escreveu em seu perfil no Facebook e eu assino embaixo:

Bolsonaro, esse buraco negro da decência humana, que já disse que “nenhum pai tem orgulho de filho gay”, que “gay é falta de porrada”, que acaba de elogiar um torturador de mulheres e crianças e a própria ditadura em pleno regime democrático, recebeu uma cusparada que errou e acertou no deputado Heinze, aquele que declarou que “indios, quilombolas e gays são tudo o que não presta”.

Mas as pessoas estão indignadas com a cusparada.

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Por que o PSOL vota contra o impeachment (desenhado e em texto)

Por que o PSOL vota contra o impeachment (desenhado e em texto)

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Nota do partido:

Neste domingo (17), os seis deputados do PSOL – Ivan Valente, Chico Alencar, Jean Wyllys, Glauber Braga, Luiza Erundina e Edmilson Rodrigues – votarão contra a abertura de processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

O PSOL é e sempre foi de oposição, à esquerda, aos governos petistas – desde Lula, passando pelo primeiro e chegando a este segundo mandato da presidenta Dilma. O PSOL surgiu majoritariamente de um racha do próprio PT, durante a votação contra a Reforma da Previdência, em 2003, proposta pelo governo. Lançou candidatos contra as chapas petistas nas eleições de 2006, 2010 e em 2014 e não participou das coligações que elegeram a base parlamentar deste governo.

Os deputados do PSOL votaram apenas 47% das vezes junto com o governo Dilma, enquanto, por exemplo, Paulo Maluf (PP/SP) tem “taxa de governismo” de 80% e Jovair Arantes (PTB/GO), o mesmo que relatou a favor da cassação do mandato de Dilma, de 79% – esses números são do “Basômetro”, feito pelo Estadão Dados, que você pode acessar clicando aqui.

Nossos seis deputados votam na maioria das vezes contra o governo porque o PSOL e a sua bancada na Câmara consideram este governo politicamente indefensável. A aplicação de um duro ajuste fiscal nas costas dos trabalhadores, assumindo as pautas da direita derrotada, é inaceitável. A manutenção desse projeto econômico e de uma base política fundamentada em alianças com partidos dos mais tradicionais excluem qualquer possibilidade deste governo fazer uma política genuína para os trabalhadores e o povo pobre.

Como já dito, o PSOL não tem cargos no governo federal, não irá indicar ministros e não tem interesse em participar das negociatas de emendas parlamentares em troca de votos contra o impeachment. Condenamos essa prática, princípio de diversas práticas corruptas – contra as quais lutamos diariamente.

Leia mais: PSOL vota contra parecer na Comissão Especial do impeachment

Nosso voto será por convicção de que, da forma como está sendo conduzido o impeachment, ele se configura como um golpe institucional, injusto não só contra o governo, mas contra a população do país. O processo tem vícios de origem e pouca ou nenhuma consistência jurídica, além de significar um retrocesso político.

Pedaladas fiscais

Dilma não está sendo julgada por corrupção ou pelos erros de seu governo. Está sendo julgada por ter praticado as chamadas “pedaladas fiscais”, decretos de suplementação orçamentária que adiaram pagamentos a bancos públicos e privados. A argumentação dos advogados que protocolaram o pedido que vem sendo julgado alega que “as manobras fiscais criaram um ambiente ilusório que favoreceu a presidente na sua reeleição”.

Em primeiro lugar, “pedaladas fiscais” não caracterizam crime de responsabilidade – necessidade primeira para destituir um presidente eleito. A insuficiência jurídica aumenta quando o pedido é feito apenas para Dilma, como se seu vice, Michel Temer, não tivesse se “beneficiado” juntamente à presidenta.

A bancada do PSOL apresentou, na comissão do impeachment, um voto em separado argumentando sobre isso. Você pode ler a cobertura aqui e ver a íntegra do voto do PSOL aqui.

Condução

O segundo ponto é a própria condução do processo. Se há um setor da política brasileira sem legitimidade para tirar uma presidenta, em especial quando não há crime de responsabilidade e sobre a qual não pesam denúncias diretas de corrupção, é um Congresso dirigido por Eduardo Cunha e Renan Calheiros, ambos do PMDB.

Cunha faz do impeachment a sua vingança contra quem não quis defendê-lo das diversas denúncias de corrupção que pesam contra si. O presidente da Câmara dos Deputados deve, antes de tudo, explicações sobre suas contas secretas na Suíça, sobre os documentos dos “Panama Papers” que o colocam como dono de empresas offshores usadas para lavar dinheiro oriundo de corrupção e sobre as denúncias provenientes de pelo menos sete delações premiadas, no âmbito da Operação Lava-Jato, que o citam como beneficiário direto do escândalo da Petrobras.

Antes de tudo, para o PSOL, Cunha deve se retirar (ou ser retirado pela Justiça) do comando da maior casa legislativa do país. Um processo tão grave para o país como um impeachment não pode ser conduzido por um político como este.

Articulação golpista e midiática

Em si, impeachment não é golpe. É um instrumento de nossa Constituição. Porém, juntando os elementos já elencados acima (a falta de consistência jurídica, ausência de crime e condução vingativa de Cunha) com a grande articulação de acordos escusos que vem sendo construída para o pós-impeachment, ele se torna um processo de golpe institucional.

Os grandes operadores deste processo, além de Cunha, são a alta plumagem tucana, com Aécio Neves e José Serra à frente; Paulinho da Força (SD/SP) e a grande barca dos que esperam se safar das acusações de corrupção que se amontoam; e Michel Temer, o vice-presidente que espera ser o grande representante da tão falada “união nacional” em um suposto novo e ilegítimo governo – com mais ajuste fiscal, menos direitos trabalhistas e, especialmente, um grande acordão para silenciar os escândalos. Todos os citados acima, frise-se, têm grandes problemas com a Justiça.

Essa forte articulação tem como principal aliada a mídia brasileira, que, junto aos setores financeiros, abandonou a máscara da imparcialidade para se tornar porta-voz da campanha pelo impeachment.

Não é por ser de oposição que o PSOL se somará a este grupo e a essa articulação. Nossa construção política tem base na ética, no programa e, sempre, na democracia.

Nossas saídas

O PSOL é e continuará sendo oposição de esquerda. Nossas diferenças com o governo atual são programáticas: não acreditamos neste modelo de se fazer política. Somos contra o ajuste fiscal e a retirada de direitos dos trabalhadores. Votaremos contra a terceirização, a reforma da previdência e diversos outros projetos que contam com o apoio do governo.

Por isso, dizemos: a saída para a crise é pela esquerda. Além do combate a todos os retrocessos, apresentamos ao Brasil uma plataforma de virada na política econômica, priorizando o crescimento do setor produtivo ao invés da especulação financeira, com redução drástica das taxas de juros e grandes investimentos sociais.

Também acreditamos que um novo ciclo só pode ser iniciado com profundas reformas, como a democratização da mídia, para que a pluralidade de vozes não seja suprimida; a reforma política, para que o povo volte a participar das decisões do país; a tributária, para acabar com o modelo injusto de cobrança atual e taxar as grandes fortunas; entre outras.

Só iremos construir saídas reais com uma nova programação das formas e métodos de se construir a política brasileira, que deve ser feita para e com o povo. O PSOL está desse lado da batalha.

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É tudo verdade

Ontem, passei o dia acompanhando o cerco a Yeda Crusius. Não acredito em impeachment e nem o desejo. A entrada em cena de seu vice — que sempre fez-lhe oposição — como uma espécie de salvador e reserva moral do estado teria consequências desastrosas. Em pouco mais de um ano de governo, Paulo Feijó poderia tornar-se herói e novo candidato preferencial da mídia gaúcha. Melhor deixar assim. É bonito ver a louca espernear. É bonito ver Serra preocupado com uma governadora do PSDB comprovadamente ladra.

Mas encontrei esta coisa entre meus e-mails. Trata-se de uma mui truculenta troca de e-mails entre este blogueiro e um candidato a deputado estadual carioca. É tudo verdade, nada foi alterado. Claro que vocês sabem que eu não sou do TRE gaúcho e nem meu sobrenome é Rabelo. Ah, alterei meu e-mail trocando algumas letrinhas e o nome do candidato fazendo o mesmo. Tudo começou com um spam emitido por ele.

From: cesar penha
To: [email protected]
Sent: Wednesday, September 04, 2002 11:18 AM
Subject: cesar penha

Há mais de 30 anos, desempenho um trabalho em busca da Justiça Social. Como advogado, vendo a sociedade ruir com a total falta de amparo. Empenhei-me em auxiliar aos que clamavam por ajuda. Vereador do Município do Rio de Janeiro – 88/92, fui 2º vice-presidente da Câmara Municipal. Participei de forma atuante, na elaboração da Lei Orgânica do Município. Criei projetos para dependêntes quimicos; Banheiros em praças públicas e orla marítima; Regulamentei a atividade de professor de Educação Física no Município; Doaroes de sangue não pagam inscrição para concurso público municipal; Disponibilizei vale transporte para presidentes de associação de moradores e o mais importante trabalho de minha vida, a “justiça gratuita”. Quero dar continuidade a esse trabalho e conto com seu voto. Para Deputado Estadual Dr. Cesar Penha 12 678

—– Original Message —–
From: [email protected]
To: [email protected]
Sent: Wednesday, September 04, 2002 11:20 AM
Subject: Re: cesar penha

Notei que você tem dificuldades com a língua portuguesa. Quer auxílio? Presto consultoria!

—– Original Message —–
From: [email protected]
To: [email protected]
Sent: Wednesday, September 04, 2002 12:09 PM
Subject: Re: cesar penha

Va se fuder seu merda!!

—– Original Message —–
From: [email protected]
To: [email protected]
Sent: Wednesday, September 04, 2002 1:45 PM
Subject: Re: cesar penha

Amigo.

“Vá” tem acento; e revise seu texto, ele tem 6 erros!

O mesmo para você. Milton.

—– Original Message —–
From: [email protected]
To: [email protected]
Sent: Wednesday, September 04, 2002 1:53 PM
Subject: Fw: cesar penha

Desculpe, tem 7 erros. Encontrei mais um. Você é “doutor” por ter feito um doutorado ou é apenas mais um bacharelzinho do PDT?

Milton Rabelo – TRE Porto Alegre

—– Original Message —–
From: [email protected]
To: [email protected]
Sent: Wednesday, September 04, 2002 4:04 PM
Subject: Re: cesar penha

Desde quando vc eh do TRE ??
Pensa que me assuta ??
Mais uma vez,, Vá se fuder seu MERDA !!! Bacherelzinho é a pqp!!!

Meta seus acentos e aulas no rabo !!

—– Original Message —–
From: [email protected]
To: [email protected]
Sent: Thursday, September 05, 2002 2:22 PM
Subject: RE: cesar penha

Meu caro analfabeto.

Você fez duas perguntas. Vamos a elas.

1. Trabalho na área de sistemas do TRE gaúcho. Isto significa que, se desejar, comerei seu cuzinho carioca.

2. Em sua ponderada resposta, você cometeu três erros: “Assuta” e letra maiúscula após as vírgulas. A propósito, aquelas duas vírgulas consecutivas que você acaba de inventar, significam uma pausa um pouco mais longa?
Se for o caso, sugiro a utilização de um sinal já existente em nossa gramática: o ponto e vírgula (;). E o que é “bacherelzinho”?

Milton Rabelo, sempre a seu dispor para uma aulinha.

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