O PUM fala sobre o pragmatismo da política real

O PUM fala sobre o pragmatismo da política real

Estou lendo muita gente dizer que faltam só 2 anos e Bolsonaro sai. Não, senhoras e senhores. Se a coisa seguir assim, faltam 6 anos para ele sair.

Por isso o movimento que Tarso faz em direção a Doria é tão importante. É hora de abraçar o inimigo para não permanecer internado com o diabo.

Se não surgir um oposição ampla, com gente de várias colorações, adeus, ele vem de novo com sua vulgaridade, bravatas, filharada e um imenso etc.

Sei que há léguas a nos separar e egos a aplainar. Mas sei também quanto é preciso, pá, navegar.

Não é hora para veleidades ideológicas. O processo de retorno a um governo progressista vai demorar muitos anos.

 

Kapusta e algumas anotações sobre música que ficam por aí

Kapusta e algumas anotações sobre música que ficam por aí

Zupa kapusta é uma sopa polonesa de carne de porco, salsicha, chucrute e repolho. Há variações, claro. Quem vem de tão longe cria histórias pelo caminho. É deliciosa e salvou a noite de ontem de tal maneira e com pessoas tão agradáveis que quase não vim trabalhar hoje.

(Bocejo).

Ontem, fiz algumas anotações muito iniciais sobre algumas peças do repertório sinfônico. Ficariam perdidas por aí. Sei lá, podem ser úteis a alguém que queira ou tenha que escrever sobre as peças.

Ludwig van Beethoven, Concerto para piano nº 5, Op.73 (Imperador): O Concerto Nº 5 de Beethoven é de tal modo grandioso que acabou sendo chamado de Imperador. Imperador dos concertos foi o “nome comercial” arranjado pelo editor da obra. Beethoven não gostava do apelido. Foi composto em 1809 e é uma verdadeira sinfonia para piano. O primeiro movimento alterna belos momentos com um heroísmo de relativa vulgaridade. Lembro do clássico A Fazenda Africana, de Isak Dinesen (Karen Christence, baronesa de Blixen-Finecke), quando Karen e seu amante Denis discutem acerca de possíveis vulgaridades nos Concertos para Piano de Beethoven. Dou-lhes razão. O legal deste primeiro movimento é que foi algo revolucionário para a época: não há a introdução de temas pela orquestra e a repetição e desenvolvimento dos mesmos pelo piano. Orquestra e piano saem batendo de frente. A orquestra larga um acorde decidido e o piano lhe responde na lata com um poderoso arpejo. O adágio e o rondó são impecáveis. No adágio, o piano é simples e tocante, transando com violas e flauta. O rondó é luminoso e autenticamente triunfante, esquecido do encantamento jubilosamente bobo do primeiro movimento.

Beethoven, do pintor surrealista Alois Kolb (1900)
Beethoven, do pintor surrealista Alois Kolb (1900) | British Museum

Jean Sibelius, Sinfonia Nº 7, Op. 105: Pouco mais de um ano separa duas das maiores obras sinfônicas de Sibelius: a Sétima Sinfonia e o poema sinfônico Tapiola. Ambas estão muito próximas em construção, contenção e estilo. A Sinfonia foi planejada inicialmente como uma “Fantasia Sinfônica” e, ao que se sabe, ocupou Sibelius no início de 1924. Quando a composição foi terminada, em março daquele ano, o que Sibelius viu — tal como o Pestana de Machado de Assis e suas polcas — foi uma nova sinfonia. O clima sonoro dela é quase sempre de sombria contemplação, resultante da célula trágica com que o compositor inicia a obra. Mas antes de chegar a seu clímax, a sinfonia vai exprimir até mesmo certa descontração, através de alguns esforços e alongamentos para alcançar a felicidade. O débil sorriso esboçado, porém, não encontra amparo no soturno ambiente que tenta mudar. É uma música comovente que possui dois solos dilacerantes e nostálgicos de trombone, verdadeiras janelas que se abrem. Na opinião deste pequeno comentarista, é a melhor das sinfonias de Sibelius.

Jean Sibelius
Jean Sibelius: feliz com seu charuto

Com implacável pragmatismo, Inter humilha União Frederiquense

Com implacável pragmatismo, Inter humilha União Frederiquense
Paulão e a bola: uma relação difícil
Paulão e a bola: uma relação conturbada

Após vencer os perigosos Veranópolis e Avenida pelo elástico placar de 1 a 0, o Inter repetiu a façanha contra a terrível União Frederiquense no Estádio Ecológico Vermelhão da Colina. Todos os adversários que o Inter humilhou — vencendo-os sem jogar futebol, só para lhes mostrar quão ruins são — estão ou na zona de rebaixamento ou quase lá. Testemunhas do excelente e pragmático futebol apresentado pelo Inter, as árvores e os pássaros do outro lado das câmeras de TV não falaram a nossos repórteres.

O Inter tem colecionado um ramalhete de lesões musculares neste ano de 2015. Até agora foram Cláudio Winck (2 vezes), D`Alessandro, Nilmar, Bertotto, Alisson, Aránguiz, Juan, Anderson e Taiberson. (Lisandro López e Léo sofreram problemas articulares). Pois agora, para este jogo avassalador de Frederico Westphalen, Diego Aguirre ganhou mais uma rosa vermelha para seu buquê: as fibras rompidas dos músculos de Alan Costa.

Esta é nossa preparação para a Libertadores. Entrar em detalhes do jogo de ontem? Para quê?

O jogo não existiu. O Inter apenas demonstrou novamente como se vence sem jogar. Os destaques do antifutebol foram os craques Luque e Paulão. Luque demonstrou todo o seu desprezo e asco ao adversário ao escolher não jogar. Já Paulão, brindou-nos com uma colorida coleção de roscas, maus passes e hesitações. Não obstante, saímos de lá com os três pontos.

Fiel ao novo estilo colorado, Aránguiz não fez nada contra o Brasil, em Londres.

Parabéns, Diego Aguirre.

https://youtu.be/jr4qAWDB40o