Como jogadores de futebol, Pelé e Maradona são difíceis de comparar. Vi ambos ao vivo em campo. Não apenas eram muito diferentes, como preferiam jogar em posições distintas no ataque. Um é de uma geração, outro de outra e o futebol mudou muito entre os anos fim dos anos 50 e o início dos 70 — período de Pelé — e os anos 80 e 90 — período de Maradona. Como se não bastasse, Pelé gostava de ser medido pela quantidade de seus gols, Maradona nunca fez isso.
Uma coisa dá para dizer: há pouco ou nenhum sangue europeu em ambos.
Mais fácil de comparar são Messi e Cristiano Ronaldo. Hoje, um tem 33 e o outro 35 anos, jogaram na Espanha em times quase análogos e começaram a disputar quem fazia mais gols, quem dava mais assistências e quem ganhava mais títulos para seus times. Fica mais fácil de comparar.
São mais como os tenistas Djokovic e Nadal, que têm diferença de um ano e estão sempre disputando um contra o outro. Está 29 a 27 para o sérvio.
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Ontem, vi um cara ficar visivelmente contrariado pelo nível de informação futebolística de uma mulher que falava sobre Maradona. Eu só ri.
Imagina só, inteligente e ainda falando de futebol como um homem!