OK, eu abandonei a lista de filmes que mantenho no blog. Esqueci dela, assim como esqueci de declarar o melhor filme do ano passado, em minha humilde opinião. Claro, o mundo não mudará se eu não declinar minha lista, mas eu costumo encher o saco dele todos os anos.
Não foi um ano tão fraco quanto os anteriores. A Fita Branca, de Michael Haneke, foi DISPARADO o melhor filme de 2010. Outros bons filmes foram o argentino O Segredo dos seus Olhos, de Juan José Campanella, o italiano Vincere, de Marco Bellocchio — fui convencido por amigos de que se tratava de um bom filme, apesar de não aprovar seu estilo tonitruante — , O Escritor Fantasma, de Roman Polanski, Tudo pode dar certo, de Woody Allen e O que resta do tempo, de Elia Suleiman.
só não vi esse vincere… a ver…
gostei de todos os outros, especialmente da fita, do argentino e do w.allen. o do woody allen é hilário.
menciono tbm A origem (C. Nolan) e Ilha do Medo (Scorsese). gostei de ambos, surpreendentemente, ou talvez por isso mesmo, esperava menos. tinham me falado bem mal desse Ilha do medo, mas, olha, não é ruim não, achei um bom suspense.
último por ora: no fim, viste o Além da Vida do Clint Eastwood?
Vi. Achei médio, mas muito charmoso.
Caro Milton (gosto muito do seu nome já agora, por me fazer lembrar um outro Milton),
Por acaso, o A Fita Branca foi também um dos filmes que mais gostei em 2010. A opção pelo preto e branco resultou esplêndida, a narrativa bastante interessante, e tem planos belíssimos. Além disso, vi-o numa sessão de cinema em que estava só eu, a minha mulher, mais outro gajo. Parecendo que não, uma sessão assim (sem pipocas, telemóveis a tocar, gente a comentar o filme no banco da frente, etc.) não tem preço.
Mas há outro filme que, apesar de ter sido rodado em 2009 só estreou no ano seguinte, ocupa um lugar de destaque em 2010.
É um filme belga, ou melhor, da Flandres (que eles não gostam de confusões), de Felix Van Groeningen, e tem por título “De helaasheid der dingen”. Em francês ficou-se pelo sugestivo “La merditude des choses”.
Não sei o Milton o viu, mas se não o viu, aconselho vivamente porque tenho quase a certeza que vai gostar.
Cumprimentos, directamente de Portugal,
Ega