Sight & Sound atualiza sua lista dos melhores filmes da história

Sight & Sound atualiza sua lista dos melhores filmes da história

Como faz a cada dez anos, o veículo britânico Sight & Sound publicou, recentemente, uma atualização da lista de melhores filmes de todos os tempos. A revista tem distribuição feita pela BFI (British Film Institute), e o ranking é definido por um grupo internacional de profissionais do cinema. Eles são 1.639 críticos, programadores, curadores, arquivistas e acadêmicos, mais 480 diretores e cineastas.

Na mais recente atualização, o primeiro lugar da lista ficou com “Jeanne Dielman”, filme franco-belga de 1975, dirigido por Chantal Akerman. Essa é a primeira produção de direção feminina a figurar no topo do tradicional ranking.

Entre as entradas mais recentes da lista, estão “Parasita” e “Retrato de Uma Jovem Em Chamas”, de 2019. “Corra!”, de 2017 e “Moonlight: Sob a Luz do Luar”, de 2016 também são alguns dos títulos mais atuais.

Confira a lista completa abaixo.

Os 100 melhores filmes de todos os tempos, de acordo com a Sight & Sound:

Veja o Top 100 da Sight & Sound, que é publicada pelo instituto britânico de cinema (BFI), abaixo:

1. “Jeanne Dielman, 23, quai du Commerce, 1080 Bruxel” (Chantal Akerman, 1975)
2. “Um Corpo Que Cai” (Alfred Hitchcock, 1958)
3. “Cidadão Kane” (Orson Welles, 1941)
4. “Era Uma Vez em Tóquio (Ozu Yasujiro, 1953)
5. “Amor à Flor da Pele, Wong Kar-wai, 2001)
6. “2001: Uma Odisseia no Espaço” (Stanley Kubrick, 1968)
7. “Bom Trabalho” (Claire Denis, 1998)
8. “Cidade dos Sonhos.” (David Lynch, 2001)
9. “Man with a Movie Camera” (Dziga Vertov, 1929)
10. “Cantando na Chuva” (Stanley Donen e Gene Kelly, 1951)
11. “Sunrise: A Song of Two Humans” (F.W. Murnau, 1927)
12. “O Poderoso Chefão” (Francis Ford Coppola, 1972)
13. “A Regra do Jogo (Jean Renoir, 1939)
14. “Cléo de 5 às 7” (Agnès Varda, 1962)
15. “Rastros de Ódio” (John Ford, 1956)
16. “Tramas do Entardecer” (Maya Deren e Alexander Hammid, 1943)
17. “Close-Up” (Abbas Kiarostami, 1989)
18. “Quando Duas Mulheres Pecam” (Ingmar Bergman, 1966)
19. “Apocalypse Now” (Francis Ford Coppola, 1979)
20. “Sete Samurai” (Akira Kurosawa, 1954)
21. (EMPATE) “A Paixão de Joana D’Arc” (Carl Theodor Dreyer, 1927)
21. (EMPATE) “Late Spring” (Ozu Yasujiro, 1949)
23. “Playtime” (Jacques Tati, 1967)
24. “Faça a Coisa Certa” (Spike Lee, 1989)
25. (EMPATE) “Au Hasard Balthazar” (Robert Bresson, 1966)
25. (EMPATE) The Night of the Hunter” (Charles Laughton, 1955)
27. “Shoah” (Claude Lanzmann, 1985)
28. “Daisies” (Věra Chytilová, 1966)
29. “Taxi Driver” (Martin Scorsese, 1976)
30. “Retrato de Uma Jovem em Chamas” (Céline Sciamma, 2019)
31. (EMPATE) “O Espelho” (Andrei Tarkovsky, 1975)
31. (EMPATE) “8½” (Federico Fellini, 1963)
31. (EMPATE) “Psicose” (Alfred Hitchcock, 1960)
34. “L’Atalante” (Jean Vigo, 1934)
35. “Pather Panchali” (Satyajit Ray, 1955)
36. (EMPATE) “City Lights” (Charlie Chaplin, 1931)
36. (EMPATE) “M – O Vampiro de Dusseldord” (Fritz Lang, 1931)
38. (EMPATE) “Acossado” (Jean-Luc Godard, 1960)
38. (EMPATE) “Some Like It Hot” (Billy Wilder, 1959)
38. (EMPATE) “Janela Indiscreta” (Alfred Hitchcock, 1954)
41. (EMPATE) “Ladrões de Bicicleta” (Vittorio De Sica, 1948)
41. (EMPATE) “Rashomon” (Akira Kurosawa, 1950)
43. (EMPATE) “Stalker” (Andrei Tarkovsky, 1979)
43. (EMPATE) “Killer of Sheep” (Charles Burnett, 1977)
45. (EMPATE) “Intriga Internacional” (Alfred Hitchcock, 1959)
45. (EMPATE) “The Battle of Algiers” (Gillo Pontecorvo, 1966)
45. (EMPATE) “Barry Lyndon” (Stanley Kubrick, 1975)
48. (EMPATE) “Wanda” (Barbara Loden, 1970)
48. (EMPATE) “Ordet” (Carl Theodor Dreyer, 1955)
50. (EMPATE) “Os Incompreendidos” (François Truffaut, 1959)
50. (EMPATE) “O Piano” (Jane Campion, 1992)
52. (EMPATE) “News from Home” (Chantal Akerman, 1976)
52. (EMPATE) “Fear Eats the Soul” (Rainer Werner Fassbinder, 1974)
54. (EMPATE) “O Apartamento” (Billy Wilder, 1960)
54. (EMPATE) “Battleship Potemkin” (Sergei Eisenstein, 1925)
54. (EMPATE) “Sherlock Jr.” (Buster Keaton, 1924)
54. (EMPATE) “Le Mépris” (Jean-Luc Godard 1963)
54. (EMPATE) “Blade Runner” (Ridley Scott 1982)
59. “Sans soleil” (Chris Marker 1982)
60. (EMPATE) “Daughters of the Dust” (Julie Dash 1991)
60. (EMPATE) “La dolce vita” (Federico Fellini 1960)
60. (EMPATE) “Moonlight – Sob a Luz do Luar” (Barry Jenkins 2016)
63. (EMPATE) “Casablanca” (Michael Curtiz 1942)
63. (EMPATE) “Os Bons Companheiros” (Martin Scorsese 1990)
63. (EMPATE) “O Terceiro Homem” (Carol Reed 1949)
66. “Touki Bouki (Djibril Diop Mambéty 1973)
67. (EMPATE) “The Gleaners and I” (Agnès Varda 2000)
67. (EMPATE) “Metropolis” (Fritz Lang 1927)
67. (EMPATE) “Andrei Rublev” (Andrei Tarkovsky 1966)
67. (EMPATE) “The Red Shoes” (Michael Powell & Emeric Pressburger 1948)
67. (EMPATE) “La Jetée” (Chris Marker 1962)
72. (EMPATE) “Meu Amigo Totoro” (Miyazaki Hayao 1988)
72. (EMPATE) “Journey to Italy” (Roberto Rossellini 1954)
72. (EMPATE) “L’avventura” (Michelangelo Antonioni 1960)
75. (EMPATE) “Imitation of Life” (Douglas Sirk 1959)
75. (EMPATE) “Sansho the Bailiff” (Mizoguchi Kenji 1954)
75. (EMPATE) “A Viagem de Chihiro” (Miyazaki Hayao 2001)
78. (EMPATE) “A Brighter Summer Day” (Edward Yang 1991)
78. (EMPATE) “Sátántangó” (Béla Tarr 1994)
78. (EMPATE) “Céline and Julie Go Boating” (Jacques Rivette 1974)
78. (EMPATE) “Tempos Modernos “(Charlie Chaplin 1936)
78. (EMPATE) “Crepúsculo dos Deuses” (Billy Wilder 1950)
78. (EMPATE) “A Matter of Life and Death” (Michael Powell & Emeric Pressburger 1946)
84. (EMPATE) “Veludo Azul” (David Lynch 1986)
84. (EMPATE) “Pierrot le fou” (Jean-Luc Godard 1965)
84. (EMPATE) “Histoire(s) du cinéma” (Jean-Luc Godard 1988-1998)
84. (EMPATE) “The Spirit of the Beehive” (Victor Erice, 1973)
88. (EMPATE) “O Iluminado” (Stanley Kubrick, 1980)
88. (EMPATE) “Amores Expressos” (Wong Kar Wai, 1994)
90. (EMPATE) “Madame de…” (Max Ophüls, 1953)
90. (EMPATE) “The Leopard” (Luchino Visconti, 1962)
90. (EMPATE) “Contos da Lua Vaga” (Mizoguchi Kenji, 1953)
90. (EMPATE) “Parasita” (Bong Joon Ho, 2019)
90. (EMPATE) “Yi Yi” (Edward Yang, 1999)
95. (EMPATE) “A Man Escaped” (Robert Bresson, 1956)
95. (EMPATE) “O General” (Buster Keaton, 1926)
95. (EMPATE) “Era Uma Vez no Oeste” (Sergio Leone, 1968)
95. (EMPATE) “Corra!” (Jordan Peele, 2017)
95. (EMPATE) “Black Girl” (Ousmane Sembène, 1965)
95. (EMPATE) “Tropical Malady” (Apichatpong Weerasethakul, 2004)

Uma lista dos melhores filmes de 2011

Juliette Binoche em Cópia Fiel | Foto: Divulgação

Adaptado do Sul21.

Uma lista é uma lista é uma lista, talvez dissesse Gertrude Stein. Elas pipocam por todo lado nos finais de ano e não vou me furtar a publicar a minha nesta virada de ano. Afinal, para alguns é quase impossível não lê-las, nem que seja para discordar ou para lembrar daquele filme que viu ou que deixou de ver e vai pegar numa locadora de vídeos. O mesmo vale para os livros.

Os 10 Melhores Filmes de 2011:

Aqui houve certa facilidade. Não foi nada difícil deixar de fora A Árvore de Vida, de Terrence Malick; Um pouco mais complicado foi alijar Cisne Negro dos dez mais, mas o grande problema foi a retirada de Medianeras da lista para deixar entrar Vincere, uma concessão da casa.

1. Submarino, de Thomas Vinterberg: o melhor filme do ano com alguma distância. Grande história de dois irmãos abusados e negligenciados pela mãe alcoólatra. Destaque absoluto para a dupla de atores que fazem os irmãos adultos. Imperdível.

2. Cópia Fiel, de Abbas Kiarostami: o público de Porto Alegre deixou este jogo de espelhos oito meses em cartaz. Tinha razão.
3. Melancolia, de Lars von Trier: um incompreensível ataque secular acompanhou este Grande Filme Doente (definição aqui) de von Trier. Filme menor em sua obra, mas suficiente. Ficou fora de Cannes, o que é cômico, mas levou o European Film Award.
4. Diário de uma Busca, de Flávia Castro: documentário político e íntimo no qual a diretora conta a trajetória de seu pai, marcada pela militância política, pelo exílio e por um assassinato sem investigação policial.
5. Um Lugar Qualquer, de Sofia Coppola: um ator famoso, rico e vazio tem sua vida preenchida pela filha. Esqueça, não há clichês aqui. A vida vazia é descrita com rigor…
6. Um Conto Chinês, de Sebastián Borensztein: o público de Porto Alegre está deixando este filme sete meses em cartaz. Tem  razão.
7. Em um Mundo Melhor, de Susanne Bier: tantos temas entrelaçados que torna complicado caracterizar o filme numa frase. Vamos a uma palavra: arrebatador.
8. Poesia, de Lee Chang-dong: a velha Mija matricula-se num curso de poesia, algo totalmente inatigível para ela, que vê o Alzheimer desconetá-la do mundo.
9. Os Nomes do Amor, de Michel Leclerc: irresistível comédia política francesa. Uma tremenda gozação com os arquétipos de gente de esquerda como…. nós (?).
10. Vincere, de Marco Bellocchio: um grande filme, um grande tema meio perdido no tom grandiloquente escolhido por Bellocchio.

A Fita Branca, de Michael Haneke, foi o melhor filme de 2010

OK, eu abandonei a lista de filmes que mantenho no blog. Esqueci dela, assim como esqueci de declarar o melhor filme do ano passado, em minha humilde opinião. Claro, o mundo não mudará se eu não declinar minha lista, mas eu costumo encher o saco dele todos os anos.

Não foi um ano tão fraco quanto os anteriores. A Fita Branca, de Michael Haneke, foi DISPARADO o melhor filme de 2010. Outros bons filmes foram o argentino O Segredo dos seus Olhos, de Juan José Campanella, o italiano Vincere, de Marco Bellocchio — fui convencido por amigos de que se tratava de um bom filme, apesar de não aprovar seu estilo tonitruante — , O Escritor Fantasma, de Roman Polanski, Tudo pode dar certo, de Woody Allen e O que resta do tempo, de Elia Suleiman.