E Borges venceu Calvino…

Por 4 x 2 ou 4 x 3, não lembro bem. Acho que o jogo estava 4 x 2 mas, quando li os últimos parágrafos de As Cidades Invisíveis, o italiano descontou.

Olha, foi uma ótima partida. Mas antes quero agradecer aos comentaristas deste post pelos belos textos que me deixaram (lá também está a explicação sobre o que estou falando). Imprimi tudo, levei todos comigo e, algumas horas antes da palestra, dei uma olhada. Gostei muito de conhecer o “Luiz Penetra”. Mas foi meio apavorante, porque a conclusão a que cheguei foi a de que houve pouca concordância. Fiquei pensando se plateia também não teria suas opiniões pessoais sobre Ficções e o livro de Calvino. Tinham, claro. O resultado foi uma boa discussão sobre os livros. E o legal foi como  todos sabiam muito bem do que estavam falando e suas disposições para defender suas teses: por exemplo, o Luiz Paulo Faccioli parece saber de cor até a ordem dos contos de Ficções; a Cíntia Moscovich, muito veemente, deu um show; um arquiteto defendeu Calvino invocando As Cidades Delgadas 1; Lu Thomé defendeu-o com absoluta paixão; enquanto eu e a Tatiana Tavares estávamos dispostos a fazer Borges vencer…

Foi a primeira vez que as pessoas pediram o microfone para discordar, concordar, opinar, acrescentar, etc.

O grande diferencial desta edição do Sport Club Literatura foi a participação intensa do público. Borges x Calvino trouxeram as pessoas para a discussão. Não deixa de ser um grande elogio à Feira do Livro.

Na manhã de sábado, soubemos que nossa iniciativa tinha vencido o Prêmio Fato Literário 2011 no juri popular. Agora vamos ver o que decidirá o outro juri. Parece que vai ter festa se vencermos.

4 comments / Add your comment below

  1. Com todo respeito a Borges, penso que Calvino nunca perde. Só empata com outro argentino, o Cortázar. Mas aí já é outro jogo. Enfim… parabéns pelo Prêmio Fato Literário. E esse negócio aí de Sport Club tá colorado demais… hehehe… Sugiro trocar o nome para Literatura Football Portoalegrense… 🙂

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