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    1. Para quem ver o link acima, pesquisei pelas reportagens no Google. Por cada plantão esses “doutores” ganham, cada, 5 mil e 500 reais. Tomando como base que devam ser uma média de 8 plantões por mês_ em uma escala normal de 24 horas de trabalho por 72 h de descanso_, cada um ganha 40 mil reais por mês (são especialistas, por isso essa valorização maior). E, como está lá na notícia acima, eles acumulam 8 empregos, num total de 116 horas de trabalho semanal, ou seja, beiramos o montante absurdo de 320 mil reais por mês: um deles acumulam 5 hospitais públicos, ou seja, 200 mil reais de dinheiro do contribuinte, por mês, roubado, já que eles passam pelo ponto biométrico e vão embora. São ladrões e assassinos, quantas pessoas não morrem pela negligência deles? Isso é a merda do Brasil. Eu não consigo, mesmo, rir disso.

      1. E todo mundo sabe que esses médicos, “doutores”, como bem fala, sarcasticamente, o excelente repórter do SBT (“fico muito constrangido em fazer uma reportagem dessas”, ele diz, na cara de um “doutor”), estão espalhados pelo Brasil inteiro. Essa reportagem do SBT deveria ganhar um prêmio internacional, deveria ser passado em escolas públicas, em penitenciárias, em casa de internação para dependentes químicos, didaticamente.

        1. E uma repórter, destas repórteres tão conhecidas no país, escreve no twitter que os médicos cubanos tem cara de empregadas domésticas, que médicos tem que se imporem a partir de suas estampas físicas. Isso sobra para uma repórter dizer. Entre tantas grandes constatações oferecidas, como o heroísmo desses médicos importados, a prontidão e benevolência deles, e a mesquinhez e soberba vazia dos médicos nacionais, sobra para o raso intelecto dessa repórter a mensuração canhestra e laudatória do arianismo de classe dos doutores brasileiros.

          1. Milton e Charlles,

            fiquei chocadíssimo com o conteúdo do post. Fiz meu último comentário às pressas, pois necessitava buscar meu filhote da creche… Contudo, o que vi me dilacerou a alma – até este instante, em que teço esse comentário.

            Por ser, essencialmente, um advogado do diabo, revi a matéria do SBT…: sem dúvida, é uma matéria-denúncia; mas, então, por que em nenhuma das imagens aparece a data e o horário associado ao crime (tal qual acontece com aquelas câmaras, em vias públicas, que servem de prova, por exemplo, quando dum assassinato)?

            A pergunta acima é elementar…, pois não há como checar o horário de chegada, ou de saída, dos médicos com aquele registrado no sistema oficial do hospital. Tal erro jornalístico é imperdoável; pois, certamente, a defesa do acusados alegará que houve a possibilidade duma montagem – associada à matéria (com aquela já conhecida ladainha de “perseguição política”); e, aí, cair-se-á no conhecido labirinto de uma denúncia vazia…

            Volto a dizer: tal fato é imperdoável, jornalisticamente!!!!!

            Outra coisa, o Milton (isto é, creio, o Sul 21…) publicou a nota de desagravo (posteriormente ao post original), contudo, é estranho: ninguém assina o referido documento… Não sou jornalista, mas, se o fosse, não o publicaria.

            Em poucas palavras: a brincadeira inicial, da Caminhante, pareceu-me mais original e inocente. É isso.

  1. Estranho, Ramiro, essas suas observações. Montagem da reportagem?!? Não lhe passou pela cabeça que a matéria tenha sido promovida, inicialmente, pelos próprios funcionários do hospital, cansados de ver a situação do crime? Eles que devam ter chamado a televisão para o furo incontestável de reportagem. Enfermeiras, etc. Não viu a alegria do pessoal? E como você explica tantos médicos saindo escondidos nos porta-malas e cobertos por cobertores nos bancos de trás dos carros? Os guardas do estacionamentos avacalhando com a indignidade desses médicos se comportando como fugitivos da polícia. E o horário, meu caro, de entrada dos médicos estava evidente: pela manhã, já que o plantão é de 24 h. Pelamor né, Ramiro! Já basta de advogados do diabo nesse país, e agora vem você?

      1. Só uma coisa antes que eu vá dormir: a câmera que flagra os médicos com o dedão no contador de ponto, é uma CÂMERA ESCONDIDA, Ramiro, não é câmera do hospital nem nenhuma câmera oficial que traga horário em caracteres laterais. É uma câmera escondida. Não, Ramiro… chega. Vou dormir.

    1. “Estranho, Ramiro, essas suas observações. Montagem da reportagem?!? Não lhe passou pela cabeça que a matéria tenha sido promovida, inicialmente, pelos próprios funcionários do hospital, cansados de ver a situação do crime?”

      Querido Charlles, desculpe-me, mas você está a fazer uma ilação. A questão é a seguinte: estamos diante de um crime? Então, as provas têm de ser as mais concretas possíveis!!!!!!!!!!!!!!!!!!

      Como você bem sabe, Charlles, sou um poeta, então, de minha leitura semiótica sobre o CANALHA, aquele pseudomédico, filho-da-puta, que tenta justificar o injustificável, não TENHO QUALQUER DÚVIDA, mas… (sempre existe um “mas” que vira tudo), a semiótica é subjetiva, quer dizer, não pode servir de prova contra um sátrapa que vive às custas da morte de seu próprio povo.

      O DESEJO QUE ME POSSUI É DAR UM TIRO NA NUCA DO DESGRAÇADO E ENTERRÁ-LO NUMA COVA SOB CAL… PORÉM, CHARLLES, ISSO NÃO É JUSTIÇA NO SEIO DE UMA DEMOCRACIA. SACOU?

  2. Por que Cuba? Não há outros médicos na América do Sul? Qual a quantia que o Brasil repassará a Cuba? De quanto será a ‘caixinha’ que Cuba levantará e posteriormente devolverá ao Brasil para a campanha da Dilma? Em uma eventual falha desses médicos quem responderá judicialmente, Dilma, Castro Bros.? Por que os tais médicos, que possuem famílias e empregos, chegaram ao Brasil imediatamente após a edição da MP, decorrente do convênio com a Organização Pan-Americana de Saúde? Por acaso já estavam esperando? O que os médicos cubanos farão em locações que não possuem estrutura hospitalar? Usarão a criatividade cubana? Por que essa porra desse governo petista insiste em passar a mão nos pelos de ditadores stalinistas?

    1. Me dá vontade de rir quando ouço ou leio comentários como esse. Para os desmemoriados, gostaria de lembrar que contratar médicos cubanos não é “coisa de petista”, o ex-presidente Fernando Henrique também trouxe médicos cubanos para atuar no Tocantins. E eles só foram embora porque a nossa “brava” classe médica nacional conseguiu uma ordem judicial para expulsá-los.

  3. Pelo que sei, Walner, não são só médicos cubanos, mas vi entrevista com uma jovem médica argentina, ontem, em que ela se dizia radiante por estar participando do programa, e um médico português e um outro espanhol, idem. Já ouviu falar no Médicos Sem Fronteiras? Tá, meu nível de cinismo não me permite que eu escreva isso sem uma auto-imolação evidente, mas creio que estamos acostumados demais com o elitismo ególatra dos médicos brasileiros para considerarmos uma palavra que se tornou ridícula no linguajar médico pátrio: altruísmo. Mas vá que isso é ser romântico demais, já que tais médicos vão ganhar uma média salarial de 4 mil reais por mês, terão seus direitos de exercer a profissão aqui por um limite de 3 anos, e estarão atuando em lugares onde nenhum outro médico nacional se prontificou a ir (lembrando que há uma cidade no nordeste, que oferece 30 mil reais por mês a um médico brasileiro, e não apareceu nenhum candidato), será então a motivação meramente política? Será que os soldados ideológicos de Fidel estão num nível de obediência tão orwelliana que estão vindo para cá para cumprir algum sinistro plano de conquista promovida por um ditador nonagenário de uma ilha tão situada em um inofensivo passado que nem os humoristas se ocupam mais com ela, compactuado por nossa pérfida mandatária nacional? Que seja. É ingenuidade demais pensar que haja alguma coisa hoje que não tenha uma paranoiazinha política por detrás, mesmo a mais apiedante e ilusória delas. O que a Dilma pode capitalizar com isso, meu deus du céu? O que Cuba pode ganhar com tal artifício? Que a Dilma e o Fidel estejam passando noites em claro fazendo pacto com o capeta e rindo de nossa cara, seja qual diabólico plano eles estiverem tendo na cama redonda com espelho no teto, o único fato incontestável, é o ganho que essas populações desprezadas terão com a ida desses médicos para seus hospitais municipais e seus centros comunitários de atendimento. Que se foda se tais centros de atendimento se resumam a uma mesa com tampo de fórmica emprestada do espólio de alguma escola arruinada, sem estetoscópio e nem tão pouco desfibrilador: a presença de um médico, de um homem de jaleco branco, já exerce uma vantagem de 1000% de melhora; até o castelhano vai se reverter em um consolo charmoso para as pobres senhoras cardíacas, os pobres ribeirinhos com Chagas, as pobres crianças com o olhar atávico das verminoses. Nem que seja pelo efeito placebo da coisa. Nesse nosso paizinho em que deputados exercem seus mandatos de dentro de presídios, essa é a melhor notícia em anos.

      1. As chances de que esses médicos sejam legalmente expulsos do país é muitíssimo grande, Walner. O MPF só enxerga pela ótima dos que tem poder e grana. Não aposto, mesmo, que esses médicos continuarão no país. Sobre isso, você pode ficar o mais tranquilo possível, se você for médico ou tem algum interesse na manutenção maçônica do nicho da categoria no país. Eu já vivo no Brasil há 40 anos, desde que nasci, portanto, e aprendi a lição fundamental de conviver com o fracasso de toda e qualquer intenção.

        1. Todo reacionário de carteirinha, no final, enxerga a opção legalista como saída para suas dores. Sabe que o Judiciário é o feudo do atraso, garantia pára a manutenção do status quo. Quando falta razão, resta o Judiciário, mas desta vez confio que nem o MPF e seus canalhas de plantão conseguirão êxito em proteger essa reserva de mercado dos assassinos de branco.

          1. Tem tanta falcatrua nesse meio em que se promiscuem as relações do MPF e a corporação médica, Marcos, que eu não vejo a situação com muita esperança. Ainda bem que eu sou derrotado em muitas das minhas previsões pessimistas. Há um caso clássico dos arquivos policiais aqui em Goiás, ocorrido em Goiânia há 15 anos ou mais, sobre o assassinato encomendado de um casal de médicos, assassinato esse executado no estacionamento da rodoviária da capital. A história envolve extorsão, sequestro, uma gama de sujeira mal contada, que moveu o casal a esperar seus algozes de forma pacífica, como carneiros oferecendo o pescoço à faca. Há muitas evidências de que os mandantes são os sócios das vítimas, que eram majoritários em um conglomerado de grandes hospitais da cidade. E não se ouve falar mais nada, o MP está em completo e selado silêncio. Ouço alguns detalhes porque a tia-avó da minha esposa era babá de confiança do casal de filhos do casal morto, filhos estes que chegaram a ficar sob a guarda dessa babá por decreto judicial alguns meses. Imagine o quanto médicos que ganham quase meio milhão de salário mensal podem ter de indução da verdade para juízes e desembargadores faraônicos, acima das leis e imoláveis? E quanto os chefões das corporações hospitalares não podem induzir ainda mais esses excelentíssimos senhores à verdade?

            Só sei que hoje iniciou isso aqui:

            http://g1.globo.com/goias/noticia/2013/08/marcelo-caron-comeca-ser-julgado-por-morte-de-paciente-durante-lipo.html

  4. Realmente a escrotice da maioria da classe m´dica tem se revelado em todo seu esplendor. Os médicos estrangeiros que estão vindo ao país revelam uma formação muito distinta do brasileiro – põe à frente a assistência ao doente. No geral, se mostram satisfeitos com a remuneração. E ponto. Os críticos fincam pé na nacionalidade cubana, como se fossem apenas cubanos que vem ao Brasil; não, está vindo gente do mundo inteiro, mas principalmente da América Latina. No mais, colocam qualquer problema à frente na pretensão de barrar a entrada dos médicos e por fim ao programa, não conseguindo esconder o corporativismo mais tacanho, ao lado do racismo idem. Xenofobia? Não, isso não vejo. Só estupidez mesmo.

  5. Bom, é preciso saber se são médicos plantonistas. Também é preciso saber se recebem como hora efetivamente trabalhada ou como sobre-aviso. São coisas distintas e ambas com previsão na lei. Não há ilegalidade na dita “prontidão”, desde que o pagamento seja feito de acordo com a legislação. O que não pode ocorrer é prontidão e pagamento como se fosse hora efetivamente trabalhada.

  6. Conheço alguns médicos (inclusive um estrangeiro que teve o diploma reconhecido aqui, depois de uma difícil prova na UFMG). Também já providenciei visto de trabalho para muito estrangeiro e sei bem como é burocrático e fundamental para o país um controle rígido da entrada de tais pessoas.

    Há médicos que pensam uma coisa, outros que pensam outra, e por aí vai. Eu mesmo já não sei o que pensar a respeito disso. Ainda estou assimilando informações e refletindo a respeito.

    Mas vi duas coisas nisso tudo que tem me chamado atenção:

    1. Parecem que não estão respeitando a legislação trabalhista (tanto a CLT quanto várias portarias do MTE a respeito do trabalho estrangeiro). Se a Lei não é para ser cumprida, que seja revogada, pois, do contrário, constitui arbitrariedade do poder público;

    2. Não estão validando os diplomas desses médicos. Creio que seja o mínimo para garantir um pouco de legalidade à medida. Afinal de contas, se a saúde é de ordem pública, obrigação do Estado prevista na Constituição, o mínimo que se espera do governo é critério para que permita o exercício da profissão dentro dos parâmetros legais.

    Sei lá. Veja o problema como algo bem complicado. Não acho correto o Estado, em nome de um desejo por saúde, não se precaver de algumas formalidades. Não se esqueçam de que a “legalidade” é um dos princípios fundamentais da Administração Pública. Não se pode suprimi-lo em nome de interesses políticos, ainda que eles possam ser nobres. É possível atender tais interesses nobres sem que seja preciso desrespeitar a Constituição, creio eu.

    1. Você está certo, Doni, esses detalhes devem ser vistos, mas em ambos os lados da questão. No Brasil, uma das classes profissionais que mais desrespeitam as leis trabalhistas é a dos médicos, se não for a que mais desrespeita. Aqui na minha cidade mesmo, p. ex., o pediatra, que é um grande pediatra e um grande amigo meu, passou no concurso da prefeitura e assumiu o cargo. O edital reza que sua carga horária semanal deveria ser de 30 horas semanais, mas ele só trabalha 14 h semanais, todas as segundas e terças. Salário: 12 mil mensais. Ganha a metade que ganha um juiz de direito, que é o cargo mais bem pago do funcionarismo público, a diferença é que o juiz tem dedicação exclusiva ao cargo, enquanto esse meu amigo acumula não sei quantos mais empregos: ele atende na clínica particular da cidade, e vai a Goiânia umas três vezes por semana. Nada o impede de ter outro emprego público como médico, seja comissionado ou concursado. Eu tenho uma prima médica que assumiu, por concurso, um cargo no estado, e mais dois em prefeituras. Isso é, francamente, inconstitucional, mas é gerido por leis estaduais ou decretos ou liminar, o que seja. Se você assistiu à reportagem do SBT, que eu linkei acima, viu que todos os médicos denunciados na matéria tem, no mínimo, 8 empregos. Como eu disse, um deles tem 5 empregos públicos, e três particulares. A constituição deveria valer nos dois sentidos, não? Por que, diante um quadro de desmandos tão absurdos e bárbaros, a presidente não poderia criar um adendo na lei, uma espécie de lei de estado de sítio ou calamidade pública, uma lei de exceção, que possa comportar a vinda desses médicos? Porque a situação da saúde pública há muito transcendeu os conceitos da calamidade pública.

      E sobre o Revalida: é claro que não há controle oficial sobre essa prova aqui no Brasil. Quem a faz, seleciona as questões, dá a nota, etc, é uma nébula obscura e mal explicada em que todos os indícios apontam para cartéis dos médicos. Um dos últimos revalidas teve 600 candidatos e só 3 passaram, se não me foge a memória (ou algo assim). 3 médicos passaram! Não é estranho isso? Uma margem de aprovados que fica abaixo do 1%. E por que nunca houve uma lei que obrigasse os médicos nacionais e só ganharem o direito ao exercício da medicina mediante a aprovação em um teste de proficiência, como ocorre em vários países?

      1. Acredito que a iniciativa de colocar médicos nas localidades onde não se encontram estes profissionais muito importante. E aí não importa a nacionalidade, se os brasileiros não desejam atender nos confis do Brasil, não tem saída tem de trazer de estrangeiros, não importa de onde.
        Os cubanos são bem vindos, sabemos que receberam menos que os demais, mas mesmo assim demonstram um vocação e vontade de trabalho maior que os que não querem atender nestes locais.
        Agora vamos fazer um simples exercício de comparação com outras categorias: Uma empresa deseja construir um prédio para sua sede, contrata uma construtora que coloca seu pessoal para trabalhar: engenheiros e operários. Obviamente a empresa construtora recebe um valor superior ao que repassa aos seus empregados (desconta impostos, seus custos e seu lucro). Sei que isto é simplista, mas não é isto que Cuba faz com seus médicos ao pagar a eles um valor inferior ao que recebe, quanto um médico Cubano pagou pela faculdade que cursou? Isto não está incluso no valor reduzido que está recebendo?
        Outro assunto: Por que os médicos brasileiros não são obrigados a validar seu diploma em uma prova como este “Revalida”. Atualmente diversas categorias o fazem, como Advogados e Contadores. Apliquem a mesma prova a toda a categoria e concordo que quem quiser trabalhar aqui seja testado da mesma forma, caso contrário serve somente como reserva de mercado.
        Anos atrás quando os dentistas brasileiros passaram por situação parecida em Portugal todo mundo os defendeu, piada a forma como vão de um lado pro outro induzidos pelo medo de sermos dominados por Cuba.

        1. Sabe como é a Guerra Fria, Rogério; a qualquer momento seremos dominados por comunistas iniltrados no governo, e passaremos a ser um satélite da \União Soviética. Não tem mais? Então seremos de Cuba. Gente louca…

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