Paris, 25 de fevereiro de 2014: Museu Rodin (II – parte interna) e primeira ida à Shakespeare & Company

Cabe uma explicação, creio. É que deixei pela metade o registro da viagem que eu e a Elena realizamos há quase um ano e havia certa pressão de uma de meus sete leitores para que eu terminasse a série. Como esta leitora é especialíssima, q u e r i d a como nenhuma outra, acho melhor atendê-la. E correndo!

Na última parte publicada, tínhamos visitado a parte externa, ao ar livre, do Museu Rodin de Paris. Agora, entramos na parte interna. Vamos lá?

Logo na entrada vemos a Jovem Mulher com o Chapéu Florido. Como se nota, é uma obra da juventude de Rodin, lá de 1865.

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Modernizando pero no mucho, temos Bellona, bronze de 1870.

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Pode ser frescura minha, mas achei tocante a figura de O órfão alsaciano (1871).

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A famosíssima O Beijo (1888-89).

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Por outro ângulo.

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Ainda outro ângulo.

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As fofoqueiras, obra de de 1897, de Camille Claudel.

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A Onda (1897), também de Claudel.

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A Idade da Maturidade (1899), também de Camille Claudel.

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Por outro ângulo.

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Um detalhe.

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Mais uma das dezenas de cabeças de Balzac que Rodin produziu.

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Máscara de Camille Claude e mão esquerda (depois de 1900), de Rodin.

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A Catedral (1907), de Auguste Rodin.

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Depois disso, saímos novamente caminhando como loucos pela cidade. À noitinha, acabamos na Shakespeare and Company. Sim, é proibido tirar fotos dentro da livraria, mas nós somos brasileiros — ao menos eu sou — e não desistimos nunca… de burlar as regras.

A Shakespeare sempre mantém uma gata branca chamada Kitty. Há décadas que há uma gata branca chamada Kitty. Outras livrarias francesas também possuem gatos. Nas outras visitas, não a tinha visto, mas imagine se um gato evitaria a Elena, adoradora destes bichanos.

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Enquanto eu olhava os livros, a Elena ficava com o gato, pensando com saudades em seu porto-alegrense Vassily Kandinsky.

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Depois, ela foi brincar no micro-escritório onde os escritores residentes da livraria escreviam seus livros.

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Ela não estava inspirada naquela noite.

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E aqui uma das camas da Shakespeare.

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Explico: a livraria, aberta em 1951, serve de abrigo a escritores em início de carreira para que tenham teto e/ou trabalho até que terminem seus livros. Ou seja, há não apenas o escritório mas também camas. Voltaremos.

1 comment / Add your comment below

  1. Não conhecia “A Catedral”… Na referida, Rodin fez com que o tema “dedos” convergisse em amplidão à parte superior da escultura; por outro lado, na Catedral de Brasília, Niemeyer, com uma simples linha curva, fez com que a amplidão desconvergisse à parte inferior do templo… Sem dúvida, são duas visões antagônicas associadas ao conceito social de “templo”…

    Quem foi o mais correto, o mais próximo do “Belo”? Ora, estéticas perguntas éticas e estúpidas!… Pois Rodin e Niemeyer tentaram, cada um a seu modo, representar um mistério (na compreensão do escultor autoritário…: procure saber o que ele aprontou com Rilke…) e um espaço social (na compreensão do arquiteto comunista, que nunca claramente negou Stalin…).

    Sem dúvida, a Humanidade aprendeu com ambos…

    PS.: em 1979, fiz um quadro no qual o tema era uma árvore e todos os seus galhos eram expressões de mãos humanas… (desconhecia a escutura de Rodin…).

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