Bom dia, Diego Aguirre

Bom dia, Diego Aguirre
A agonia de mais um treinador
A agonia de mais um treinador

Já tivemos o Bom dia, Dunga e o Bom dia, Abel Braga. Agora, tudo me diz que esta tua série, Aguirre, vai acabar logo. Afinal, não vou ficar te enviando textos após tua demissão. O mandato de um técnico de futebol costuma ser interrompido por mau desempenho e, neste momento, as deficiências não se mostram apenas no preparo físico, mas no teu time. Saída de bola confusa — nunca treinada, pelo que se pode notar –, uso de jogadores em posições inadequadas — Ernando na lateral esquerda e Anderson de volante –, Lisandro López como único atacante — mas jogando pelos lados… –, uma desanimadora falta de criatividade no ataque — que ronda, ronda e ronda, enquanto o goleiro adversário se entedia –, falta de marcação por parte dos atacantes e meio-campistas avançados, dando liberdade ao adversário… Ou seja, a coisa está muito abaixo do mínimo.

Às vezes, a gente se engana feio. Ao ver Tigres e River, quarta-feira passada, para mim ficou claro que os mexicanos não são tudo aquilo. Nós é que não soubemos marcá-los. O rigor do River fez aparecer falhas que não obtivemos provocar nem vislumbrar. Gignac seguiu fazendo jogadas brilhantes. Houve uma em que ele voou e deu de calcanhar na bola, deixando-a no peito de Sóbis. Só que Sóbis foi desarmado imediatamente e o passe do francês fora feito no grande círculo… Eles nunca estiveram sem marcação próximos da área do River e foram se desmanchando, perdendo o ímpeto. O terrível Tigres quase perdeu em casa, Aguirre.

De outra parte, qualquer Ponte Preta ou Chapecoense cresce contra nós. É uma lástima, Aguirre. Gosto de tuas posições e gostaria que ficasses anos por aqui, mas há o principal é a coisa dentro de campo. Talvez nem um bom resultado no Gre-Nal anime muito uma torcida que sente que não tem time para ser favorito a nada, mas tem para estar sempre no bolo. E para jogar bonito e ser competitivo.

Não acredito em bons resultados com a manutenção da estrutura de time atual. Essa mesmo que defendes em tuas entrevistas. Para começar, precisamos de um lateral esquerdo e de um segundo volante de ofício. Isso é só o começo, pra desentortar. Depois, há as questões de dinâmica de jogo, de treino e retreino. Só que estamos em agosto e os jogos serão quarta e domingo.

Já penso em 2016. Melhor seria trazer já o técnico do ano que vem e iniciar logo o planejamento.

Não, não, este é Marlon Brando
Não, não, este é Marlon Brando

Bartók e Martinů por Sara e Rauss em Montevidéu

Bartók e Martinů por Sara e Rauss em Montevidéu
Orquestra Filarmônica de Montevidéu com Nicolas Rauss e Sara
Orquestra Filarmônica de Montevidéu com Nicolas Rauss e Sara Davis Buechner

Há uma semana, logo após Martha Argerich e Daniel Barenboim reunirem-se no Colón em Buenos Aires, ocorria um concerto de primeira linha em Montevidéu, onde me encontrava. O programa era espetacular, totalmente fora do habitual:

Bélá Bartok: Concerto para Piano N°2
Bohuslav Martinů: Sinfonia N° 4

Nicolas Rauss
Sara Davis Buechner, piano

Além da presença do excelente maestro Nicolas Rauss, havia a solista Sara Davis Buechner. O convite a ela era um ato de justiça artística, pois trata-se de uma pianista de espetacular técnica e grande sensibilidade. Acontece que ela passou por uma cirurgia de mudança de sexo em 2002. Ela era David Buechner. Sara não gosta do termo “transexual”, e diz ficar “levemente irritada” quando referida como tal, afirmando que viver como mulher era a única maneira honesta de viver sua vida. Talvez em função do preconceito, tenha se dedicado mais ao ensino e às gravações do que aos palcos. Ela dá aulas na University of British Columbia, no Manhattan School of Music e na New York University e tem 16 CDs em sua discografia.. Sara escreveu sobre suas experiências em um artigo de 2013 no New York Times.

Sua presença no Concerto de Bartók foi luminosa e talvez seja importante dizer que eu nem sabia ainda da questão trans. Como o concerto é muito — muitíssimo — percussivo, Sara mandou bala fazendo os gestos largos e algo teatrais dos percussionistas (ver foto). Seus braços subiam e desciam em amplos movimentos, trovejando os acordes do sensacional concerto. Para interpretá-lo, Rauss mudou todas as posições da orquestra. No lugar dos primeiros violinos estavam as flautas com os clarinetes logo atrás. Do outro lado, no lugar onde estão normalmente os violoncelos, estavam os dois trompetistas com os trombones logo atrás.

Perguntei ao maestro — que regeu as duas obras de cor — sobre este posicionamento. Ele me disse que Ádám Fischer montou a Budapest Festival Orchestra desta forma para executar este concerto de Bartók, no que foi imitado por Simon Rattle em um concerto em Rotterdam. O motivo é simples, explicou Rauss: neste concerto os sopros dialogam com o piano e as cordas têm participação muito pequena. O resultado artístico foi grandioso. O acústico também foi interessante, com as cordas surgindo de forma fantasmagórica no movimento central.

Como bis, Sara Buechner interpretou de forma belíssima uma obra para piano do uruguaio Eduardo Fabini, que arrancou, literalmente, suspiros da plateia.

Divulgar Bohuslav Martinů é um apostolado de Nicolas Rauss. Antes de atacar a sinfonia Nº 4, o regente contou uma pequena história. Uma vez, perguntaram a um de seus professores na Suíça do que alguém precisaria ser dotado para ser músico. Precisaria ser dotado de ouvido? De ritmo? De grande habilidade? Não, segundo o professor, precisaria apenas ser dotado de prazer. E Rauss voltou-se para a orquestra e tratou de mostrar o que era esse tal de prazer. E mostrou! Sinfonista nato, o checo Martinů é realmente um compositor subestimado.

A sinfonia é muito interessante, prazerosa e bonita. Com os quatro movimentos clássicos, foi composta em Nova Iorque em abril de 1945, quase ao final da Segunda Guerra. É feliz e cresce a partir de um único motivo. O primeiro movimento flui natural e liricamente, apresentando variações. O segundo movimento é um Scherzo, marcado pelo perfume da Boêmia presente em algumas obras de Dvořák. O terceiro movimento, lento, é dominado pelas cordas e o finale é uma enérgica reformulação do material anterior. Dito assim, não dá a ideia da fluência e da beleza da sinfonia, né?

Assistir este concerto foi um dos melhores momentos de nossas férias de dez dias. Infelizmente, não conseguimos falar com Rauss antes do concerto devido a uma dor lombar que o maestro sentiu após o ensaio de sexta-feira e que o manteve no hotel durante o fim de semana. Não deve ter sido prazeroso, mas Bartók e Martinů deixaram-no rapidamente curado.

Quem criou a dívida do Rio Grande do Sul e um desabafo sobre a covardia de Sartori

Quem criou a dívida do Rio Grande do Sul e um desabafo sobre a covardia de Sartori

Vamos lá: de governador em governador, desde os anos 70.

Euclides Triches aumentou a dívida do RS em 194%, <—
Synval Guazzelli em 36%, <—
Amaral de Souza em 79%, <—
Jair Soares em 39%, <—
Pedro Simon em 0,1%,
Alceu Collares em 24%, <—
Antônio Britto em 122%, <—
Olívio Dutra em -0,3%,
Germano Rigotto em 1,8%,
Yeda Crusius em -1%
Tarso Genro em por volta de 10% (não encontrei o valor exato).

Desabafo do Procurador Geral do Estado aposentado, Paulo Roberto Thomsen Zietlow (publicado no Facebook):

Um desabafo de quem perdeu a saúde trabalhando. O Sr. Sartori merece críticas não por ser o responsável por esta situação. Merece críticas por sua covardia e vilania. Deixou para avisar aos servidores públicos do parcelamento no último dia e sequer publicou os contracheques, com o nítido propósito de não recorrermos ao Judiciário. Aliás, publicou o contracheque com valores integrais para tentar dar alguma defesa processual ao Estado. Pagou em dia CCs políticos da AL, que só servem para fazer campanhas para estes políticos inúteis. Borrou-se para nos dar explicações, deixando o Estado sem a voz de seu comandante. Deixou o Banrisul, um banco público, cobrar dos servidores estaduais todos os empréstimos e juros, sem observar o calendário de pagamento parcelado. Desrespeitou os servidores, acima de tudo. Tenta vender a imagem de que seus Secretários também serão afetados é uma mentira: A MAIORIA DE SEUS SECRETÁRIOS SÃO DEPUTADOS E GANHARAM DA ASSEMBLÉIA OU DA CÂMARA FEDERAL, EM DIA. Não é pela falta de dinheiro. É PELA FALTA DE RESPEITO COM OS SERVIDORES! Deixou velhos e inválidos como eu sem grana para sequer comprar os remédios. Não teve o mínimo critério humanitário em suas escolhas. Esconde-se como guri de colégio que fez merda! É tão incapaz, que nem à herança maldita atribui o caos. Quanto ao Secretário Feltes, EU NÃO SOU TEU “COLEGA SERVIDOR”! Eu fiz concurso público. Não entrei no Estado fazendo conchavos e demagogias eleitoreiras como Vossa Excelência! Eu estudei. Não entrei pela portas dos fundos! Se não tivesse estudado, talvez hoje eu fosse um político como o Senhor. Felizmente, não sou. Tenho dignidade na cara. Já vi muitos inúteis serem Secretários ou até Governador, mas como este pessoal aí, eu não tinha visto ainda. Meu Deus, o que o Rio Grande fez! Este é o Timoneiro que conduzirá o barco avariado até um porto seguro? Hoje é um dos dias mais tristes da minha vida como servidor do Estado do Rio Grande do Sul. Dia igual, só vivi quando me comunicaram de minha triste aposentadoria.

Foto: Ramiro Furquim / Sul21
Foto: Ramiro Furquim / Sul21

Porque hoje é sábado, Charlize Theron

Finalizando o que prometi ao Serbão, hoje é a vez da moça da direita.

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Dentre as três beldades acima, as fotos de Charlize Theron são as que chegam mais próximo ao erótico.

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Erótico pero no mucho, como sempre. As estrelas têm essa coisa chata de preservação de imagem, etc.

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Porém, os leitores sabatinos de meu blog apreciam as abordagens claras, francas e frontais.

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Desde que sem grandes exageros, Charlize! A excessiva verossimilhança às vezes atrapalha, sabe?

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Ah, melhor assim, muito melhor.

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Dizem que esta sul-africana de 1,77m, nascida em 1975, detestava ser modelo.

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Então, foi para Los Angeles tentar a sorte com o dinheiro de mamãe Gerda.

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Lá não conseguiu descontar um cheque de Gerda e teve um ataque histérico num banco.

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Como sói acontecer, um agente viu o ataque da moça e entregou-lhe um cartão… É o que diz a lenda.

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De verdade, sabe-se que, aos 15 anos, viu a mãe matar o pai em legítima defesa. Papai estava bêbado.

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Fez muitos filmes, mas eu gostei mesmo foi de Regras da vida (The Cider house rules).

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O filme é com o ator que depois virou Homem Aranha e com um Michel Caine perfeito.

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Fico lendo a relação de seus filmes e acho que outro de que gostei foi Terra Fria (North country).

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Vi uma parte de Monster – Desejo Assassino. Ela ganhou um Oscar ali, mas não …

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… me impressiono com as caracterizações suadas tão ao gosto da Academia de Cinema de Hollywood.

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Prefiro-a bem normal e bela, traindo o namorado com o Homem Aranha menino …

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… enquanto aquele estropia-se na guerra. Ela vê os negros descansarem sobre os telhados, …

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… cometerem incestos e Michel Caine drogar-se. Grande filme, grande filme de Lasse Hallström.

Post original de 13 de dezembro de 2008. Fotos recolocadas.

Porque hoje é sábado, Naomi Watts

Porque hoje é sábado, Naomi Watts

Então, conforme promessa feita ao Serbão, hoje é a vez da moça à esquerda.

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A inglesa Naomi Watts é filha de uma hippie que andava por todo o país atrás de “namorados”.

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Ela descreve sua mãe como passional-agressiva. Seu pai era mais interessante.

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Peter Watts, foi engenheiro de som do Pink Floyd até 1974, quando morreu.

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Ao menos teve a sorte de não ouvir os discos pós-Dark Side of the Moon.

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Em 1982, a mamãe maluquete acabou na Austrália com sua filha de 14 anos.

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Aos 18, nossa belíssima loirinha de 1,65m tentou ser modelo no Japão, mas não deu certo.

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Então voltou para a Austrália e trabalhou numa loja de departamentos enquanto estudava teatro.

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Finalmente livrou-se da Austrália e, em 2001, ainda desconhecida, foi escolhida por David Lynch para o papel principal …

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… do estupefaciente Mulholland Drive, cujo nome em português tenho preguiça de procurar.

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(Cidade dos Sonhos?) Olho clínico de Lynch. Era um grande filme e ela foi digna dele.

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Também foi extraordinária em 21 Gramas, de Alejandro González Iñárritu, …

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… e tratou de vingar-se dos japoneses nos remakes de O Chamado 1 e 2.

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King Kong também caiu de amores por Naomi e assim ela pode gritar em troca de uma baita grana …

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… no filme do medíocre Peter Jackson, o qual foi criticado por ela sem maiores cerimônias e carradas de razão.

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Minha filha, uma adolescente mais madura que os admiradores do cinema de Jackson, adorou sua …

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… atuação em no old fashioned O Despertar de uma Paixão (The Painted Veil), baseado no romance de Somerset Maugham.

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Mas aqui, o que menos interessa é sua biografia. (Nem vou falar que ela luta judô…)

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Aqui, o que interessa é o fato de Naomi provocar nossos instintos da mesma maneira como fez com o macaquinho do diretor dos anéis.

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Pois quem não urraria tendo-a, digamos, nas mãos?

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Hein?

Post original de 6 de dezembro de 2008. Fotos recolocadas.