3 providências que caem de maduras para que a cidade não sofra tanto com os temporais

1. Geradores de emergência nas estações do Dmae.

Esse negócio de faltar água em razão da ausência da eletricidade é de última. É um problema conhecido há vários carnavais. Nenhuma estação de tratamento de água do Dmae tem gerador de emergência, dependendo inteiramente da eletricidade para bombear água. Assim, a falta de luz sempre antecede a de água. O problema é conhecido, ocorreu repetidas vezes e é urgente. Dizem que tais geradores são caríssimos, mas pensem no que deixa de faturar o Dmae no período de, por exemplo, dez anos, com todas as faltas d`água somadas. E, sobretudo, pensem na Santa Casa operando com carros pipa, no Hospital de Clínicas fechando o atendimento, no consumo de garrafões de água nos supermercados… E ontem alguns não tinham nem garrafões, nem velas, nem fósforos!

Todo mundo no Zaffari recarregando o celular. Eles têm geradores Dmae! | Foto: Lipsen Lipsen
Todo mundo no Zaffari recarregando seu celular. Dmae, é que eles têm geradores! | Foto: Lipsen Lipsen

2. SMAM de olho nas árvores.

Bem, querida Smam. Eu acho que é muito simples identificar as árvores mortas. Basta andar pelas ruas e observar as que não têm folhas. Então, quando uma dessas for encontrada — hoje corri pela Redenção e vi várias — basta cortá-la e substituí-la por uma muda novinha. Isto é constrangedoramente simples. Se quisermos maior sofisticação, podemos retirar os parasitas que via de regra envolvem os troncos das árvores velhas e podar algumas das mais “perigosas” em razão da proximidade com os fios de luz. E, por falar em fios de luz…

3. Rede elétrica subterrânea.

Viver sem luz já é complicado. Muita gente depende dela para fazer nebulizações ou para descer em elevadores. Ontem, uma senhora estava sozinha em seu apartamento no oitavo andar. Tinha o fêmur fraturado e só poderia descer de elevador… Ligava para as rádios pedindo ajuda… É perfeitamente possível a instalação de uma rede subterrânea em lugar desses postes cheios de fios. Só não é feito em razão do alto custo. Sim, deve ser caro. E não precisamos ir à Europa ou aos EUA para ver lugares onde os fios estão enterrados. Há cidades brasileiras assim. Boa parte do Rio de Janeiro já é assim. Em Gramado a fiação está sob o solo. Sim, em nossa querida Bavária de Plástico! E o custo do que ocorreu neste fim de semana em Porto Alegre? Além dos doentes, isto é, do custo humano, há o custo dos alimentos estragados nas geladeiras e mais uma lista de problemas. Imagina um dono de um restaurante vendo impotente sua comida apodrecer? O negócio, CEEE, é começar a rede elétrica subterrânea aos poucos. Quando se refizer o asfalto de uma rua, por exemplo, pode-se examinar a possibilidade de retirar os fios aéreos. Que tal?

6 comments / Add your comment below

  1. E os geradores comprados pela Prefeitura de Porto Alegre para usar nas estruturas provisórias da Copa (foram gastos 5 milhões pelo Município), onde estão?? Deveriam estar a serviço da população, mas ninguém sabe, ninguém viu, nenhuma autoridade competente cobra!

    1. Eu estava em um evento em Porto Alegre e o pessoal que trazia óleo para o geradores demorou porque tinha que priorizar os lugares mais importantes, como hospitais, postos, etc…

  2. Absolutamente de acordo com o comentario de Simoni Bampi. Onde estão os geradores comprados para a Copa do Mundo. Alooou Ministério Publico… aliás onde está o Ministério Publico gaúcho? Nenhuma investigaçãozinha de corrupção (exceto a do Jardel – mas tbem, se não investigassem essa, poderiam fechar!). Na última 6a feira, o pseudo celebridade, radialista da RBS, tal de fetter, além de ofender o ex-presidente Lula, ainda exortou seus ouvintes a “cuspirem no Lula”, numa solar incitação à violência e por conseguinte incitação ao crime. Pergunto o MP se interessou? Tomou alguma providência?

  3. Infra-estrutura vagabunda e custo altíssimo. Sempre me pergunto porque a CEEE não enterrou os cabos de energia ao longo da Av. Beira Rio quando fez a reforma da avenida. A CEEE é uma piada de mau gosto que o Estado insiste em sustentar.

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