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Bom dia, Coudet (com o melhor de Inter 3 x 0 Católica)
Coudet tem a enorme tarefa de limpar da cabeça dos jogadores do Inter os anos em que marcávamos um gol e íamos “proteger nossa casinha”. E, ao menos ontem, essa nojeira implantada por Fernando Carvalho, Roth, Argel, Odair e outros menos votados não apareceu no Beira-Rio.
A personalidade do SC Internacional é vermelha, viva e alegre. Fica mal calcular. Não nos cai bem. Enfiem a calculadora onde quiserem, porque agora, com Coudet, a gente joga 90 minutos do mesmo jeito, dentro e fora de casa.
Dia desses, estava com saudades de Minelli — até lembrei de seus 91 anos — ou seja, estava com saudades de um técnico que não parecesse um inimigo na casamata.
Escrevam: acho que Coudet acabará sendo muito amado pela torcida. Enquanto isso acontece, nos últimos dias, parte da imprensa dedicava seu desconhecimento futebolístico a atacar Coudet.
Por exemplo, ontem, ficou claro para mim que Musto (ou quem jogar naquela função) é um líbero, mas quantos da imprensa gaúcha sabem sobre como jogavam Giacinto Facchetti ou Franz Beckenbauer, que faziam funções atrás, ao lado e à frente da zaga? Não, minha gente, ele não joga de volante, joga como LÍBERO. Quantos viram Figueroa fazendo o mesmo com Minelli?
Só que no passado havia o volante. O volante de Coudet avança conforme o líbero avança. O líbero o empurra à frente. E vou contar um segredo pra vocês: daqui algumas semanas esse cara — o volante móvel — será Praxedes, OK?
Bem, ontem foi um jogo muito enervante. Juca Kfouri disse que a partida deveria ter sido 9 x 0. Pois é. Poderíamos ter feito uns 3 já no primeiro tempo, mas a bola não entrava ou não caía no pé de quem tem intimidade com as redes. Falta-nos artilheiros. Marcos Guilherme é bom jogador, mas me parece exímio em perder gols.
E então, após 60 minutos de massacre, com as nuvens da desgraça do 0 x 0 se aproximando do Beira-Rio, finalmente Guerrero marcou. E poderíamos ter feito mais 5, tal o volume de jogo e a surpresa dos chilenos, que nunca viram atacantes marcando como se fossem defensores. Não, não fomos proteger a casinha. Ganhávamos o jogo, atacávamos e marcávamos na área do adversário. Lembro que no Gre-Nal que perdemos também pressionamos. Com 10 jogadores, pressionamos e atacamos. É outro treinador.
A atuação de Thiago Galhardo fará Coudet coçar a cabeça em dúvida. Ele pressionou a defesa, armou, correu, chutou, foi inteligente e me pareceu uma boa alternativa a nosso craque D`Alessandro. Essa tem toda a pinta de ser a nova “crise” a ser adubada por jornalistas com pouca farinha no saco: Galhardo ou Dale? Dale no banco? Oh, meu deus!
Na verdade, bom era quando Parede substituía Dale… Não achas, Roberto Melo?
Para terminar, digo que Coudet sabe lançar os guris da base. Faltavam 15 minutos, o jogo era importante e estava ganho. Quem entra? O menino Praxedes. Lembram de como Odair queimava os guris? Colocando-os nos minutos finais a fim de virar jogos. Quantas vezes Papito lançou Sarrafiore e outros no crematório? Pois é.
Até Rodinei jogou bem. O único senão foi Bruno Fuchs. Ele estava nervoso, hesitante e errando passes. Mas nada que não possa ser corrigido. Ele não é Bruno Silva.
Desculpem as referências a treinadores anteriores. É que aguentei anos essas pragas. É natural que lembre do holocausto.
Abaixo, os melhores lances de ontem à noite:
Bach é Deus, de Sheila Blanco
A letra de Bach es Dios — cantada sobre a Badinerie da Suíte para Orquestrs Nº 2 — é da própria cantora Sheila Blanco. Confiram aí:
Cuando se habla de composición,
hay muchos autores que merecen un programa:
Mozart, Beethoven, Chopin, Debussy,
todos ellos son irrepetibles.
Pero hay uno que es inigualable
porque su legado musical es colosal.
Es barroco, fastuoso, espiritual, indescriptible,
es la música de Dios, Johann Sebastian Bach.
Si tú te fueras a Marte a vivir,
llévate contigo la pasión de San Mateo.
Si necesitas relax y fluir,
escucha las variaciones Goldberg
y los conciertos de Brandenburgo.
No olvides la Suite número 2 menor en Si,
que te atrapa, te subyuga, te ilumina,
te sublima, te alucina, terminando este Badinerie.
¡Qué tío currante que fue Mister Bach!
todo el día compone que compone,
pero ahí no acaba la cosa ¡no, no!
Además de componer y 20 hijos tener,
fue cantor, clavecinista, violinista, organista y violista
y alemán y luterano.
Pero lo más loco de su historia
es que cuando murió J.S.
su inmenso legado
quedó sepultado
y tuvo que llegar Felix Mendelssohn
a hacer valer la obra de Juan Sebastián Bach
y construir casi de cero su reputación.
Hace ya más de tres siglos nació
y sus obras se escuchan cada día.
¡Qué habría hecho Bach con un buen Instagram!
Si en el XVII hubiera habido internet,
Bach tuiteando sus partitas, más retuits que Rosalía,
y con su peluca blanca de youtuber.
Si estás cansado del reguetón,
escucha a Bach y pon atención,
en sus corcheas
y semicorcheas
está la historia de nuestra Humanidad.
No pierdas el tiempo y vete a disfrutar,
si hubo alguna vez un Dios fue Juan Sebastian Bach.
Resumo do início de Coudet
O ranço de parte da imprensa a respeito da presença de Eduardo Coudet na casamata do Inter — e que é amplificado pela parte toda da torcida — é incompreensível.
OK, também acho que a retirada de Moledo foi precipitada, Bruno Fuchs ainda não é melhor que Moledão, mas a postura do time, hoje, está muito mais próxima daquela esperada em um time grande.
Vejamos quais foram os treinadores desde o último título importante do Inter: Fernandão (2012), Dunga (2013), Clemer (2013), Abel Braga (2014), Diego Aguirre (2015), Argel (2015-2016), Falcão (2016), Celso Roth (2016), Lisca (2016), Zago (2017), Guto Ferreira (2017), Odair (2017-2019) e Zé Ricardo (2019).
Destes, quem é realmente do tamanho do clube? Abel, certamente. Aguirre, quem sabe. Os outros eram um bando de medrosos que davam entrevistas falando em “proteger a casinha”.
Ademais, Coudet sofreu zero gols na pré-Libertadores e teve o melhor início de treinador desde Dunga, considerando estes dez primeiros jogos. Só que Dunga jogava apenas o Gaúcho em 2013.
E Coudet está modernizando — na verdade, está alterando radicalmente — o modelo tático do clube. Hoje, estamos jogando no campo adversário, projetados à frente. Nada de “time reativo” como o de Odair. Estamos marcando forte no campo adversário, sem recuar. Em quase todos os jogos tivemos mais posse de bola e oportunidades de gol.
O planejamento é claro e objetivo. Há um conceito por trás de cada ação. Quem não vê… Olha, só lamento, porque quem não vê… Tem problemas de observação no futebol e talvez fora dele.
Há falhas? Sim! Os laterais não foram bem, o armador central não funcionou, mas dizer que Coudet está no caminho errado é uma completa tolice.
Com o grupo em formação, com jogadores que preocupam por sua idade e implantando uma mentalidade de time grande num grupo acostumado a fazer um gol e recuar ou a apenas especular fora de casa, acho que Coudet vai muito bem, obrigado.
Vejamos hoje.
.oOo.
Alexandre Ernst, no Twitter:
Coudet rasga elogios ao Praxedes, que passará por um processo de fortalecimento muscular e não arregou quando perguntado se jogaria uma Libertadores com a camisa do #Inter. Acaba, ainda, com a questão Musto-Lindoso: quando o time engrenar, será UM ou OUTRO!
Coudet é DE LONGE o treinador com maior entendimento do “novo futebol” que o #Inter contrata desde Tite. Vou seguir dizendo e fazendo voz por aqui: DEIXEM O CARA TRABALHAR!!!! De Argel a Odair temos MUITO a corrigir e trabalhar, principalmente na questão TÁTICA! Vai funcionar!!!
A Facada no Mito — Documentário questiona facada em Bolsonaro
O documentário A Facada no Mito, postado pelo canal True Or Not, do YouTube, está se espalhando por meio das redes sociais. O trabalho, que não identifica seus autores, praticamente não traz imagens inéditas do episódio que vem sendo tratado como “atentado” contra o então candidato Jair Bolsonaro, em 6 de setembro. Mas traz apontamentos minuciosamente elaborados em torno das cenas que antecederam à facada desferida por Adélio Bispo de Oliveira.
Mostra o comportamento da equipe de segurança, levanta questões relacionadas à “logística” em torno do autor, relembra dúvidas em torno do atendimento e contradições em torno das reações de pessoas próximas a Bolsonaro. Adélio agiu sozinho mesmo para organizar e executar o atentado? Por que tinha tantos celulares e laptop se usava lan house? São coincidências as mortes de pessoas ligadas a sua hospedagem? E o fato de o escritório de advocacia que o defende atender também envolvidos em confronto entre policiais de Minas e de São Paulo? São listadas, enfim, muitas perguntas sem respostas, como qual teria sido o desempenho de Bolsonaro se não tivesse ocorrido o crime.
Os responsáveis observam que até o momento a Polícia Federal apresentou uma conclusão que “deixa de fora muitas questões”. “Questões que queremos dividir com o público para que possamos exigir as devidas respostas.”
Comendo em Londres e Barcelona
Uma distorção que sempre me incomodou é que no Brasil o supermercado é caro e os buffets baratos.
Já na Europa, come-se muito barato comprando coisas nos super e a comida pronta é que é cara. E a comida do super é sempre de alta qualidade. (Para nossos cafés da manhã, levamos uma moca e compramos café lá).
Então, a dica: quando se vai para a Europa, o negócio é alugar um apê no airbnb ou booking que tenha cozinha. A comida sai por quase nada.