Inter 2 x 3 Olimpia: a mais doída das derrotas

Inter 2 x 3 Olimpia: a mais doída das derrotas

Hoje à noite, às 21h30, no Beira-Rio vazio pela pandemia, o Inter enfrentará o Olimpia do Paraguai por uma vaga nas quartas-de-final da Libertadores da América. Há 32 anos, um Beira-Rio lotado viu a mesma decisão, só que ela valia uma vaga na final. Daquela vez, tínhamos vencido o primeiro jogo em Assunção por 1 x 0. Desta vez, o primeiro jogo foi 0 x 0. Pois bem, aquele dia decisivo de 1989, mais exatamente o 17 de maio de 1989, foi o dia mais triste de minha vida do ponto de vista futebolístico.

Eu assisti ao jogo pela TV. Estava trabalhando no interior do estado e vi a partida sozinho, num quarto do Rigo Hotel, em Santa Rosa. Só não chorei porque não sou disso, mas, nossa, que tristeza!

Podíamos empatar e estivemos duas vezes com o empate na mão, em 1 x 1 e em 2 x 2. Para piorar, quando do 2 x 2, houve um pênalti a nosso favor. Nilson, que era perfeito batendo pênaltis, mudou seu estilo de cobrança e errou. Logo o Olimpia fez 2 x 3 e a decisão foi para os pênaltis. Não lembro de jogo mais cruel. E  sensacional, também. Tivemos várias vezes a classificação à disposição e a vimos escapar.

Nunca vi colorados tão tristes, arrasados mesmo. Em Santa Rosa, no dia seguinte, parecíamos uns atropelados. E eu tendo que me concentrar no trabalho. 0 x 0, classificado; 0 x 1, pênaltis, 1 x 1, classificado; 1 x 2, pênaltis; 2 x 2, classificado; pênalti a nosso favor, erramos; 2 x 3, pênaltis.  O jogo foi um carrossel de emoções e, nos pênaltis…

E, nos pênaltis, tínhamos infinitamente o melhor goleiro — Tafffarel, um especialista em pegá-los. Almeida, o goleiro do time paraguaio, era uma piada. Mas eles bateram 5 cobranças perfeitas — uma delas executada pelo próprio Almeida — e Leomir, até hoje bruxo e auxiliar de Abel, naquela época um volante reserva, errou a sua.

Não houve roubo. Eles nos venceram com lisura. Só que foi um rigoroso, violento e inesquecível massacre psicológico. Algo para não esquecer nunca mais. Abaixo, coloco o compacto do jogo. Depois, um texto do jornalista Carlos Corrêa sobre aquele dia. Sofram vocês agora!

E hoje, nada de pênaltis, tá? Vamos ganhar nos 90, pelamor.

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Por Carlos Corrêa, no Correio do Povo

Jogadores do Inter ficaram inconsoláveis após eliminação na Libertadores de 1989 | Foto: Roberto Santos / CP Memória

Já era madrugada. Em uma churrascaria no bairro Menino Deus, Abel Braga e Luiz Fernando Záchia haviam chegado há pouco para um dos piores jantares de suas vidas. Ambos mal comeram. Ninguém deu um pio na mesa. Horas antes, ambos haviam participado da pior derrota da história do Beira-Rio. Em questão de 90 minutos, uma noite que tinha tudo para ser festiva transformou-se em uma das memórias mais dolorosas dos 50 anos do estádio, uma procissão silenciosa de mais de 70 mil colorados nos arredores da avenida Padre Cacique. Não foi apenas uma derrota, foram duas em uma. Pelas semifinais da Copa Libertadores de 1989, o Inter recebia o Olimpia com a vantagem de ter vencido o jogo de ida por 1 a 0, com um gol de bicicleta de Luís Fernando. Bastava empatar em casa para ir à final. Mas a noite de 17 de maio de 1989 era uma daquelas em que nada daria certo para os colorados. Derrota por 3 a 2 no tempo normal. Derrota por 5 a 3 nos pênaltis. Eliminação. Frustração. Dor.

Há, inegavelmente, mérito dos paraguaios na classificação. Para quem vivenciou aquela partida, no entanto, a derrota começou muito antes do árbitro chileno Hernan Silva apitar o início. Mais precisamente, assim que terminou a partida no Paraguai. “Talvez fosse melhor se tivéssemos perdido a partida lá. Porque entre os jogadores, os dirigentes, a imprensa, a confiança era altíssima. O jogo lá poderia ter sido mais, era para ter sido 2 a 0 ou 3 a 0. Já estávamos pensando no Mundial. Não era nem na final da Libertadores, com o Nacional de Medellín, a gente já estava pensando no Milan”, admite o ex-centroavante Nilson.

Os relatos neste sentido não são isolados e comprovam que o clima de festa era incontrolável. Por mais que o discurso oficial fosse de respeito ao adversário, o jogo da volta era tratado no Beira-Rio como uma mera burocracia antes de encarar os colombianos na decisão. “Teve um dia, antes da partida, em que eu estava subindo a escadaria, indo para a concentração e passa por mim outro dirigente, me dizendo: ‘Estou fretando o avião para a Colômbia’. Ali eu senti medo, porque esse tipo de coisa chega aos jogadores”, relata Záchia, à época vice de futebol. De fato, chegou, por mais tentativas que o técnico Abel Braga tenha feito para que o clima de soberba não tomasse conta do vestiário. “Não tem como, a gente acabava pensando. Com todo aquele papo de Tóquio, chegou um momento em que eu me vi pensando: ‘Caramba, se a gente chegar lá, o Baresi vai me marcar’”, conta Nilson.

Nem o atacante e nem o Inter chegaram a Tóquio naquele ano. E não demorou muito a partir do início da partida para que jogadores e torcida percebessem que aquela noite ficaria para a história e por motivos nada felizes. Logo aos oito minutos, o Olimpia escapou em um contra-ataque e Mendoza fez 1 a 0. Tudo parecia não passar de um susto, afinal a reação veio rápida e aos 11 os anfitriões empatavam, com Dacroce. Só que o jogo colorado não encaixava. E os paraguaios, sem nada a perder, ameaçavam mais e mais. Até que aos 37, o zagueiro Aguirregaray errou na saída de jogo e Amarilla colocou os adversários novamente na frente. “São coisas do jogo. Parece que não era para ser”, resigna-se o ex-goleiro Taffarel. Mas ainda havia espaço para reação. E ela veio no começo do segundo tempo, quando aos sete minutos Luís Fernando, o mesmo que fez o gol no Paraguai, cabeceou para deixar tudo igual novamente.

O empate classificava o Inter e tudo ia bem. Na verdade, tudo ficaria ainda melhor quando Nilson foi derrubado aos 22 minutos e a arbitragem assinalou pênalti. Naqueles poucos instantes, a espera por Tóquio era só uma questão de tempo, um protocolo a ser cumprido. Cobrador oficial, o centroavante botou a bola embaixo do braço e se encaminhou para a marca da cal. “Eu estava bem. É curioso, porque nunca ninguém vinha falar comigo nessa hora. E aquele dia o Heider veio e falou: ‘Bate do jeito de sempre que não tem erro’. Eu sempre batia do lado esquerdo. Mas aquele dia era como se tivesse uma voz no meu ombro dizendo para eu mudar de canto. Bati cruzado e o goleiro pegou. Eu nunca batia cruzado. Se eu batesse como batia sempre, ele nem tinha aparecido na foto”, lembra o ex-jogador. Da frustração ao silêncio foram exatos 90 segundos, tempo para o Olimpia puxar outro contra-ataque, Neffa chutar, a bola desviar em Leomir, enganar Taffarel e ir para as redes: Olimpia 3 a 2. “Foi um troço sui generis. A gente perde o pênalti, tem um escanteio, eles lançam da defesa e fazem o gol. Aquilo ali derruba qualquer um”, observa Záchia.

Nilson x Almeida | Foto: Roberto Santos / CP Memória

Nem Taffarel salvou

Apesar da derrota no tempo normal, ainda restava a esperança dos pênaltis. E ela não era pouca por uma razão com nome e sobrenome: Cláudio Taffarel. Aquela semifinal da Libertadores de 1989 foi uma das raríssimas ocasiões em que o notório pegador de pênaltis não defendeu nenhuma cobrança. Não era para ser. “Sempre achei que a gente fosse passar. Eu só pensava que o Taffarel ia se consagrar”, conta Nilson. Por ter perdido a penalidade no tempo normal, o técnico Abel Braga preferiu preservar o centroavante e não escalou ele entre os cinco cobradores. “Eu me sentia bem, pedi para bater, mas o Abel disse que se eu errasse de novo, a torcida ia me matar. Ainda argumentei que se a gente não passasse, iam me matar igual. E aí ele disse: ‘Não vou fazer isso contigo, vai bater o Leomir’”. O Olimpia acertou suas cinco cobranças. O Inter não chegou à quinta, porque Leomir errou a sua. O Inter estava eliminado da Copa Libertadores.

Não por acaso, Záchia define aquela noite até hoje como um velório. Houve protestos no Portão 8, mas a decepção dos torcedores era muito mais evidente nos silêncios de quem da arquibancada olhava o gramado sem entender o que havia acontecido. “Quando terminou o jogo, caiu a ficha. Ficamos até muito tarde, muito tarde mesmo. E nem era para evitar a torcida ou alguma coisa assim, era tristeza mesmo. Você olhava o vestiário e era todo mundo jogado nas banheiras com uma cara horrível”, revela Taffarel. O trauma de ficar no quase na Copa Libertadores só viria a ser superado 17 anos depois, com o título de 2006. Ainda assim, aquele jogo com o Olimpia permanece como uma cicatriz. E como a pior derrota do Inter dentro do Beira-Rio.

Bom dia, Abel (com os gols de Ceará 0 x 2 Inter)

Bom dia, Abel (com os gols de Ceará 0 x 2 Inter)
A barriga de Guto Ferreira supera em muito a de Abel Braga — é o Gluto Ferreira… | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

O Inter fez um primeiro tempo simplesmente podre, com Marcelo Lomba e Rodinei comprometendo inteiramente e o resto do time parecendo perdido em campo. Não chutamos a gol, só o Ceará jogava. o Vozão perdeu 4 gols feitos…

Abel, tu tiveste sorte. Lomba também. Imaginei que nosso goleiro perdeu uma bola ao tentar driblar o centroavante do Ceará… Olha, Lomba está com o prazo de validade estourado. Nunca foi um grande goleiro e agora está mal. Enquanto isso, Rodinei era envolvido sistematicamente pelo lado esquerdo do ataque adversário.

Depois, no segundo tempo, o time voltou mais organizado e acabou por obter uma importante vitória. Vitória dos meninos do time, não dos medalhões (aqui façamos justiça e Edenílson, que esteve bem durante toda a partida).

Agora temos Goiás e Fortaleza no Beira Rio, depois pegamos o São Paulo fora de casa. Temos tudo para encostar antes de chegarmos à capital paulista. Claro temos que combinar com os russos. Pelas lesões dos dois goleiros, Daniel deverá será o titular contra o Goiás. Pois é, parece que os deuses estão ajudando. Mas temos que ganhar em casa da turma de baixo.

O São Paulo é o líder com 56 pontos em 28 jogos (próximos 3 jogos: Santos (c), Athlético (f) e Inter (c)).

O Inter é o vice-líder com 50 pontos em 28 jogos (próximos jogos: Goiás (c), Fortaleza (c) e São Paulo (f)).

Mas…

Os seguidores tem um jogo a menos e estão bem perto. São eles:

O Atlético-MG com 49 pontos em 27 jogos (próximos jogos: Bragantino (f), Atlético-GO (c) e Grêmio (f)),

o Flamengo com 49 pontos em 27 jogos (próximos jogos: Ceará (c), Goiás (f) e Palmeiras (c)) e

o Grêmio com 48 pontos em 27 jogos (próximos jogos: Fortaleza (f), Palmeiras (f) e Atlético-MG (c)).

O jogo atrasado de Grêmio e Flamengo é justamente um Grêmio x Flamengo em Porto Alegre e o do Atlético-MG eu não sei qual é…

Abel ficará até o final do Covidão 2020

Abel ficará até o final do Covidão 2020

Muita gente está histérica com o Dia do Fico de Abel, com a manutenção de Abel até o fim do Brasileiro. Falam em traição à modernização do clube… Menos, né?

Eu achei uma boa solução. Dentro deste calendário insano, o melhor período de adaptação é o Gaúcho e a primeira fase da Libertadores, que não costuma ser difícil. O fundamental agora é chegar à Libertadores, claro.

É óbvio que deixar o Pedro Ernesto, o Guerrinha e o Baldasso felizes é horrível e prejudicial ao clube e a uma vida saudável. Mas depois é só efetivar o Miguel Angel Ramírez que eles voltam a ser nosso inimigos.

Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação Colorada, digam ao povo que fico.

A sinuca de bico em que se encontra o Inter

A sinuca de bico em que se encontra o Inter

Não, não há nenhuma desgraça em curso. O problema com que o novo presidente Alessandro Barcellos se depara antes da posse — que ocorrerá na próxima segunda-feira, 4 de janeiro de 2021 — é o fato de que, aparentemente, ele acertou com o técnico Miguel Angel Ramírez quando Abel estreava mal no Covidão 2020 e agora Abel está franca recuperação, tendo vencido seus 3 últimos jogos após um bom empate contra o Atlético-MG fora de casa.

Tirar Abel agora parece sacanagem, mas acho que não é. Ou os novos dirigentes têm convicção sobre o caminho que desejam para sua Comissão Técnica ou vão para a praia e deixem tudo como está.

A comparação entre as campanhas de Abel e Coudet não ajuda muito. Abel é inferior em tudo, mas não o suficiente. Temos que considerar que ele, Abel, foi o técnico Campeão Mundial pelo clube em 2006, mas que foi com ele que fomos eliminados na Libertadores e na Copa do Brasil de 2020.

Abaixo copio e atualizo um comparativo entre as campanhas de Coudet e Abel que encontrei por aí.

Coudet x Abel no Covidão 2020:

Eduardo Coudet:
20 jogos
36 pontos
10 vitórias
6 empates
4 derrotas
Aproveitamento de: 60%
Gols feitos: 32
Gols sofridos: 18
Saldo: 14

Abel Braga:
7 jogos
11 pontos
3 vitórias
2 empates
2 derrotas
Aproveitamento de: 52,3%
Gols feitos: 9
Gols sofridos: 8
Saldo: 1.

A coisa é muito parecida, mesmo que Abel tenha menor aproveitamento, menor média de gols feitos, maior média de gols sofridos e menor saldo. E há que considerar o fato de que há uma tendência de melhora, a ver pelos últimos jogos.

Bem, Barcellos foi eleito para resolver este tipo de problema. Boa sorte!

O melhor seria se Abel Braga ficasse no Inter até o final do Brasileirão, conforme propôs Barcellos.

Isso serviria para demonstrar o respeito pelo ídolo (real) que Abel é, mas que a ideia do Departamento de Futebol é a de um trabalho a longo prazo com o espanhol.

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Eu prometi não escrever sobre os jogos do Inter enquanto Marcelo Medeiros fosse o presidente. Por isso, deixo de lado o Bahia 1 x 2 Inter de ontem à tarde.

Vai embora Rodrigo Caetano, depois de dois anos de trabalho, deixando como maior legado a destruição completa do trabalho feito pelo melhor treinador que esteve no Inter nos últimos 10 anos, única e exclusivamente por questões de ego e de má gerência.

Vai embora Marcelo Medeiros, depois de quatro anos de trabalho, deixando como maiores legados nenhum título conquistado — nem Gauchão! — e uma enorme dívida.

Vão embora Dale e Musto e nada pode ser mais antitético. É triste a saída do primeiro e é ótima a do segundo.

Espero que haja a tal Estratégia Anual, Barcellos…

Enquanto Marcelo Medeiros estiver presidente, eu não escrevo sobre futebol

Enquanto Marcelo Medeiros estiver presidente, eu não escrevo sobre futebol

Não tem tática e estratégia. Hoje era necessário jogadores experientes pela importância do jogo.
Braga, Abel

O Inter está melhorando, hoje já fez um gol.
Guerra Filho, Adroaldo.

Após ter fritado Eduardo Coudet, estava na cara que o MIG (Movimento Inter Grande) entraria em campo com as preferências de seu chefe, Fernando Carvalho. E seu factótum (*), Marcelo Medeiros, depois de ter feito a fritura, trouxe Abel.

Abel é um monumento do clube. Mas está desatualizado e a desgraça estava desenhada mesmo sem ele.

Tudo começou com a absurda saída do diretor de futebol Alessandro Barcellos. Mesmo candidato à presidência, deveria ter ficado. Homem que se relacionava bem com o técnico e os jogadores, sua saída perturbou o ambiente. E em futebol, ambiente é quase tudo. Uma vez quebrado, fica difícil de segurar. O nível cognitivo é muito baixo. Renato Portaluppi, por exemplo, não é um nenhum gênio, mas cuida do ambiente direitinho. Nosso ambiente se foi. A política tirou o diretor de futebol. O treinador foi fritado e explodiu. Os jogadores sentem-se à deriva.

O que havia balançado com a saída do Barcellos, foi derrubado com a fritura de Coudet. O torcedor já sabia que o boi já tinha ido com as cordas. Se nós, que somos simples torcedores, notamos a bagunça tática que o Abel proporcionou, imaginem o que está passando na cabeça dos jogadores. Sim, acabou a temporada. Vamos ver o time só cair até o final do ano. Mas a imprensa seguirá elogiando. Eles gostam de Carvalho, como vemos acima..

Não vi o Inter perder para o sub-20 do Santos e nem a eliminação de ontem. Só quero que o ano acabe e que Marcelo Medeiros e o MIG, representado pelos candidatos à presidência Spode e Aquino, sejam extirpados do clube.

Sigo pagando minha mensalidade de sócio só para votar e para não piorar a lambança que MM fez nas finanças, mas ninguém vai me obrigar a ver o Inter jogar hoje. Ontem, parei de ler a escalação em Rodinei. Fui ver quem estava no banco e lá estava Heitor!

Bah, isso me faz mal.

#ForaMIG #ForaMedeiros #ForaCaetano

(*) Indivíduo cuja função é ocupar-se de todos os afazeres de outrem.

Piffero e Marcelo Medeiros: dois factótuns do leque de Carvalho

Resumo do início de Coudet

Resumo do início de Coudet

O ranço de parte da imprensa a respeito da presença de Eduardo Coudet na casamata do Inter — e que é amplificado pela parte toda da torcida — é incompreensível.

OK, também acho que a retirada de Moledo foi precipitada, Bruno Fuchs ainda não é melhor que Moledão, mas a postura do time, hoje, está muito mais próxima daquela esperada em um time grande.

Vejamos quais foram os treinadores desde o último título importante do Inter: Fernandão (2012), Dunga (2013), Clemer (2013), Abel Braga (2014), Diego Aguirre (2015), Argel (2015-2016), Falcão (2016), Celso Roth (2016), Lisca (2016), Zago (2017), Guto Ferreira (2017), Odair (2017-2019) e Zé Ricardo (2019).

Destes, quem é realmente do tamanho do clube? Abel, certamente. Aguirre, quem sabe. Os outros eram um bando de medrosos que davam entrevistas falando em “proteger a casinha”.

Ademais, Coudet sofreu zero gols na pré-Libertadores e teve o melhor início de treinador desde Dunga, considerando estes dez primeiros jogos. Só que Dunga jogava apenas o Gaúcho em 2013.

E Coudet está modernizando — na verdade, está alterando radicalmente — o modelo tático do clube. Hoje, estamos jogando no campo adversário, projetados à frente. Nada de “time reativo” como o de Odair. Estamos marcando forte no campo adversário, sem recuar. Em quase todos os jogos tivemos mais posse de bola e oportunidades de gol.

O planejamento é claro e objetivo. Há um conceito por trás de cada ação. Quem não vê… Olha, só lamento, porque quem não vê… Tem problemas de observação no futebol e talvez fora dele.

Há falhas? Sim! Os laterais não foram bem, o armador central não funcionou, mas dizer que Coudet está no caminho errado é uma completa tolice.

Com o grupo em formação, com jogadores que preocupam por sua idade e implantando uma mentalidade de time grande num grupo acostumado a fazer um gol e recuar ou a apenas especular fora de casa, acho que Coudet vai muito bem, obrigado.

Vejamos hoje.

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Alexandre Ernst, no Twitter:

Coudet rasga elogios ao Praxedes, que passará por um processo de fortalecimento muscular e não arregou quando perguntado se jogaria uma Libertadores com a camisa do #Inter. Acaba, ainda, com a questão Musto-Lindoso: quando o time engrenar, será UM ou OUTRO!

Coudet é DE LONGE o treinador com maior entendimento do “novo futebol” que o #Inter contrata desde Tite. Vou seguir dizendo e fazendo voz por aqui: DEIXEM O CARA TRABALHAR!!!! De Argel a Odair temos MUITO a corrigir e trabalhar, principalmente na questão TÁTICA! Vai funcionar!!!

Eduardo Coudet, implantando inédita intensidade nesta década | Ricardo Duarte (SC Internacional)

Enquanto o Inter gasta, o Grêmio imita Sartori

Enquanto o Inter gasta, o Grêmio imita Sartori

distintivo-grenalO Grêmio vai cumprindo o que prometeu ao final de 2014. Sem dinheiro, examina jogadores na base e apenas contratará sem custos. Luiz Felipe, dando uma de manager do clube, já antecipara que o ano seria dureza. A estratégia é boa para um clube meio sem grana: avalia o que tem em casa durante o Gauchão — que não vale nada — e contrata depois, apenas para aquelas posições em que o futebol do campo indicar carências reais. O torcedor vai ter de apelar para a paciência e caldo de galinha.

O time perdeu Pará, Bressan, Riveros, Zé Roberto e Dudu, gente que jogou bastante em 2014. Chegou do Bahia o desconhecido Gallardo, emprestado por um ano.

Não sei o Inter tem dinheiro ou se é louco mesmo. Sei que há uma Libertadores e a pressa para acertar o time é maior do que a do Grêmio. O time dispensou dispensáveis como Gilberto e Wellington Silva e não deixou sair ninguém de peso. Hoje, Jorge Henrique foi colocado no mercado após fazer festa durante a pré-temporada. (O cara não sabe que tem sempre gente com câmeras na mão para qualquer eventualidade?)

Para o lugar de Abel, veio o uruguaio Diego Aguirre, o que não deixa de ser uma aposta, considerando-se o péssimo histórico de treinadores estrangeiros em nosso país. Abel vinha de mal a pior e só chegou a Libertadores em repetidas golfadas de sorte. Foi trazido um lateral-direito também desconhecido, Léo, além do volante Nilton e do zagueiro Réver. A direção acena com a jovem estrela De Arrascaeta e Vitinho, outro jovem que surgiu no Botafogo e sumiu nas estepes russas.

São duas posturas totalmente diferentes, indo em direções diversas em 180º. Mas ambas são muito perigosas. Já ouvi torcedores do Grêmio se exclamarem irritados com a lista de jogadores que subiu para a pré em Gramado e colorados achando que vão ver o Real Madrid deslizando no no Beira-Rio.

Observemos.

Uma espetacular vitória na despedida de Abel Braga e Alan Ruschel (veja os gols da façanha e a fuga alucinada do juiz)

Uma espetacular vitória na despedida de Abel Braga e Alan Ruschel (veja os gols da façanha e a fuga alucinada do juiz)
Valdívia engana e engana-se em Florianópolis
Valdívia engana e engana-se em Florianópolis

Não, infelizmente, Abel não se despediu, nem Alan Ruschel, trata-se apenas de um desejo deste comentarista que quase arrancou os cabelos restantes neste CRUENTO sábado à tarde. Incrível, Abel fez de tudo para ser DEVASTADO neste jogo e eu só o aceitaria em 2015 se ele garantir permanecer com a sorte incrível dos últimos jogos. O que foi a escalação de hoje? Para que três zagueiros? Nós só havíamos jogado (muito mal) contra o São Paulo neste esquema. Hoje, “amparado pela ausência de D`Alessandro”, Abel remontou o que não tinha funcionado e voltamos a fazer uma partida ABOMINÁVEL. Como viramos para 2 x 1, só a Nossa Senhora dos Últimos Minutos, citada por Luís Augusto Farinatti, pode explicar.

Como escreveu o Luís Felipe dos Santos no Facebook:

Resumo do torcedor do Inter em 2014:
– precisamos ganhar! ‪#‎vamointer‬
– nossa, que ataque ruim
– nossa, que zaga horrível
– não tem como ganhar com esse time
– GOL
– NOSSA, COMO ESSE TIME GANHOU DE NOVO?

Quem não viu o jogo, não acredita. Aos 49min59, PAULÃO fez um lançamento TODO TORTO em profundidade para WELLINGTON SILVA. É óbvio que isso só podia acabar em MERDA, mas não no Inter de Abel. Wellington Silva levou no peito como se fosse um jogador de futebol, mas concluiu como Wellington Silva mesmo. Saiu-lhe um chutinho CHOCHO, triste, sem graça. Tão chocho e sem graça que ILUDIU o goleiro, o qual saltou como se estivesse brincando em casa com seu gatinho. Logo depois a câmera mostrou Abel ao lado do campo. Ele parecia o ursinho Puff feliz, ROTUNDINHO, pulando com seus bracinhos no ar, um amor. Parecia até que tinha algum mérito. Nossa, Abel, tu tens muita sorte, és um amuleto, não um técnico de futebol.

Eu penso nesse jogo e… Como explicar o gol de empate do Inter? O pior jogador em campo, Alan Ruschel, deu um cruzamento perfeito num escanteio. Rafael Moura entrou na corrida e cabeceou consciente, no ângulo. Dá pra entender?

Ao final da partida, após o árbitro distribuir RAMALHETES de cartões vermelhos para quatro jogadores — 2 de cada time –, teve que fugir (ver o segundo vídeo) dos jogadores do Figueirense após receber um peitaço de Thiago Heleno. Foi muito engraçado. Demonstrando um talento insuspeitado, Rafael Moura foi seu LEÃO-DE-CHÁCARA durante todo o episódio. Jamais vi tanta ATITUDE nele.

Como comentar um jogo sem sentido? Não sei o que dizer. Só sei que o Inter está no Grupo 4 da Libertadores com Emelec-EQU, Universidad-CHI e o vencedor de Morelia-MEX e The Strongest-BOL. O outro caminho — o que ficou para o Corinthians — é terrível: São Paulo, San Lorenzo do Papa, atual campeão da Lib, e Defensor-URU. E os corintianos ainda terão que vencer um time colombiano antes.

Acabamos bem o ano. Fizemos um check-up cardíaco e ainda ganhamos uma boa vaga.

E viva o Inter!!!

Aqui, os gols e melhores lances:
http://youtu.be/QPrXsaT5Eq4

Aqui, a fuga do árbitro, protegido por Rafa Moura:
http://youtu.be/TLDo-VrUHQI

Boa noite, Abel Braga (veja os gols de Inter 3 x 1 Palmeiras)

Boa noite, Abel Braga (veja os gols de Inter 3 x 1 Palmeiras)
Taiberson comemora o primeiro gol do Inter sobre o Palmeiras
Taiberson comemora o primeiro gol do Inter sobre o Palmeiras

Foi uma vitória justa, apesar do sofrimento que houve com a apatia do time desde o gol de empate do Palmeiras até o gol de Fabrício, o qual tem um apelido, nome e sobrenome: Valdívia ou Wanderson Ferreira de Oliveira. Após o empate do Verdão — que está mais para Verdinho –, nós estávamos caindo em depressão, o Palmeiras tomava incompreensivelmente o controle da partida e a gente se enrolava nas próprias pernas.

O time do Palmeiras é realmente fraco e merece estar entre os quase rebaixados. Bruno César, jogador que entrou no segundo tempo, mostrava uma barriga de grávido. Parecia uma piada, sei lá. Foi só colocar um pouco de velocidade e acertar os passes, qualidades trazidas magicamente por Valdívia, que os gols recomeçaram a sair.

Agora com 66 pontos, o Inter chega ao domingo em terceiro, mas volta ao quarto lugar se o Corinthians vencer ou empatar com o Fluminense amanhã. Entrando em quarto, teremos que jogar a Pré-Libertadores em fevereiro. Puro estresse. Não acredito que acabemos em terceiro, mas seria excelente. Esse jogo extra para entrar na Libertadores é daquelas coisas são usadas pelos preparadores físicos para justificar todo um ano de lesões musculares. Ah, nós tivemos que acelerar a preparação para aquele jogo no início de fevereiro… Lamentável.

Mas estamos na Lib-2015. Isso é o que interessa!

http://youtu.be/9oRkR5rix7Y

Boa noite, Abel Braga (veja os melhores lances e a obra-prima de Paulão em Inter 1 x 0 Goiás)

Boa noite, Abel Braga (veja os melhores lances e a obra-prima de Paulão em Inter 1 x 0 Goiás)

Abel, parabéns pela vitória choradíssima. Teu time não foi nada brilhante, mas fez o que tinha que fazer jogando sem Aránguiz, Alex, Nilmar, Fabrício, Cláudio Winck, Juan, Wellington Martins e Sacha. São oito jogadores. O futebol apresentado hoje deu para o gasto, mas, se quisermos a vaga para a Libertadores, há que melhorar. Ah, e voltaremos à questão dos machucados.

Não sei por quê, eu e meu filho Bernardo chegamos ao Beira-Rio às 16h. Uma hora antes do jogo. Digo-te, Abel, que a atmosfera era do mais profundo ceticismo quanto a teu time. Não sei se cético ou não, tinha um fisioculturista sentado com sua filha na minha frente. Usava uma camiseta sem mangas a fim de impressionar quem se impressionasse. Na camiseta, estavam estampadas uma propagandas de suplementos alimentares. Fiquei pensando em como aquele cara faz para coçar a cabeça com tanto músculo sobrando. Mas enfim, cada um com seus dramas e obstinações.

Nosso primeiro tempo foi até bom. Perdemos gols. O goleiro do Goiás praticou uma defesa milagrosa e Ernando acertou o poste após driblar o mesmo Renan. No segundo tempo, começou aquele dramalhão. O time, meu caro Abel, novamente cansou. Enquanto isso, o Goiás só se defendia, sem a mínima pretensão de atacar. Até que, quando as coisas estavam dirigindo-se para um melancólico 0 x 0, eis que Paulão comete uma obra-prima, marcando um gol de bicicleta após um escanteio.

Paulão: saiu da reserva para marcar este golaço.
Paulão: saiu da reserva para marcar este golaço.

Ah, pois é. Paulão saiu da reserva para marcar um golaço. Acho que tens razão, Abel, Paulão é banco mesmo. Porém, o que apavora o torcedor é que o time está estropiado fisicamente mesmo tendo desistido da Copa Sul-Americana e da Copa do Brasil. E hoje, mantendo a tendência de morte física, tu fizeste duas substituições por lesões musculares. Ou seja, o que sobrava para o meu vizinho de arquibancada — se aquilo no Beira-Rio ainda pode ser chamado assim — faltava para os nossos jogadores. Que preparo físico de merda é esse, Abel? Alan Patrick e o excelente Alan Costa saíram de campo com problemas musculares a fim de darem lugar a Valdívia e Paulão. E Bertotto saiu por estar TONTO devido ao esforço. Repito: que preparo físico de merda é esse, Abel? Pois o preparador físico é teu contratado, da tua equipe.

Como acabaremos o Brasileiro? Com todos no Departamento Médico?

Espero que o time esteja um pouquinho mais inteiro no próximo sábado, 22. O adversário não será o Goiás, Abel, será o Atlético-MG no Beira-Rio. Será que eles virão com os reservas, preservando os titulares para a final da Copa do Brasil, dia 26, contra o Cruzeiro? Rezemos que sim.

P.S. — Devo dizer que Rafael Moura jogou bem, assim como Willians, D`Alessandro, Ernando e, ainda mais incrível, Jorge Henrique. Os laterais, ambos, tu deves mandá-los embora amanhã.

http://youtu.be/9Plcopj6pno

Bom dia, Abel Braga (com os melhores lances de SP 1 x 1 Inter)

Bom dia, Abel Braga (com os melhores lances de SP 1 x 1 Inter)
O único lúcido de um time siderado
Alex (fot0) e Alisson: os únicos lúcidos em um time siderado

O jogo de ontem foi um claro retrato do atual futebol brasileiro: uma péssima administração — representada pelo “árbitro” Héber Roberto Lopes –, um time cansado pelo calendário absurdo (São Paulo) e outro de níveis técnico e tático rasteiros (Internacional).

O Inter teve sorte. Tu entraste com um retrancão de três zagueiros e dois volantes, Abel, e o SP teve dificuldades para chegar próximo de nosso gol. Então, no meio daquela coisa de centenas de passes errados, rebatidas e tentativas de futebol, ganhamos um gol de presente. Paulão estava impedidíssimo ao marcar o 1 x 0. Foi constrangedor. Nem comemorei, apenas ri. Acho que o bandeira não viu o desvio de cabeça do Bertotto.

Nosso time estava desfalcado e tua opção pela retranca foi compreendida por este que te escreve. Alisson esteve genial. Nosso goleiro pegou bolas incríveis ontem, como meus sete leitores e tu podem ver no vídeo abaixo. E tem só 22 anos! Boa sacada tua a de tirar o Dida para colocar o rapaz. Acho melhor te tratar bem neste período crepuscular de tua gestão. Só não repita que vais deixar um legado! Legado o caralho!

Voltando a ontem: o gol do Luís Fabiano foi uma piada. Os caras levantam uma bola na área lá do outro lado e o cara aparece livre no meio de três zagueiros!

Bem, não sei como conseguiremos os nove pontos que nos faltam em quatro jogos para chegar à Libertadores, mas é o único jeito. E já vamos sem Fabrício para o próximo jogo… Que idiotice do Héber. Foi a mais comum das faltas. Aliás, talvez nem tenha sido falta, mas ele tocou o cara na rua com o segundo cartão.

Precisamos fazer retornar o D`Alessandro, seguir colando os cacos e torcer para o glorioso Alan Ruschel reencontre o futebol que deixou no vestiário da Arena Tricolor. Dê companhia para o Nilmar, Abel. O coitado está muito sozinho e vai acabar deprimido.

Até domingo contra o Goiás no Beira-Rio. Estarei lá sofrendo. Boa sorte.

http://youtu.be/yMGWQpgEq9k

A Ospa com Shinik Hahm

A Ospa com Shinik Hahm
Shinik Hahm, correto | Foto: Antonieta Pinheiro / Divulgação
Shinik Hahm, correto | Foto: Antonieta Pinheiro / Divulgação

O maestro sul-coreano Shinik Hahm é colorado. E suas boas escolhas ficaram comprovadas ao convocar sua conterrânea Hyejin Kim para interpretar o Concerto para piano e orquestra, Op. 16, de Edvard Grieg. É a segunda vez este ano que assisto a este concerto. A primeira vez foi com a Osesp no Theatro São Pedro, com Dmitry Mayboroda ao piano e regência de Marin Alsop. Como pianista, Kim me pareceu ainda melhor. Como estamos entre colorados, afirmo que ela também é melhor do que Wellington Silva como lateral, por exemplo. A moça deu uma interpretação de notável perfeição técnica e musicalidade para uma obra apenas OK. Uma pena que uma pianista de tamanha qualidade tivesse vindo ao RS apenas para tocar o concerto de Grieg. Merecia algo mais interessante. Como o seu bis, por exemplo, um esplêndido e jazzístico primeiro movimento de uma Sonata do ucraniano Nikolai Kapustin. Grieg é como a defesa do Inter, não tira o sono de ninguém. Sabiam que ele era parente distante de Glenn Gould? Pois é.

Retirado do palco o piano, o programa seguiu com a Sinfonias (assim mesmo, no plural) para instrumentos de sopro, de Igor Stravinsky. A peça foi dedicada à memória de Claude Debussy e inaugura o período neoclássico do compositor. Foi muito bom ouvir música com menos de 100 anos e fora da curva habitual da orquestra. Aliás, negando a frase anterior, em 2012 a Ospa já tinha tocado esta obra com o regente Dario Sotelo dançando as tortuosas melodias do talentoso nanico russo amante da grana. Foi um bom momento com os bons sopros da Ospa mandando bala na noite quente.

Depois veio o poema sinfônico As Fontes de Roma, de Ottorino Respighi. O bolonhês Respighi gostava da cidade e escreveu também Os Pinheiros de Roma e Festas Romanas, formando sua Trilogia Romana. Na primeira metade do século passado, Toscanini deixou as peças famosas, mas sua orquestra tinha certamente cordas mais afinadas do que as da Ospa. Há uma história curiosa sobre a de As Fontes: Arturo Toscanini tinha planejado estrear a obra em 1916, mas o compositor italiano se recusou a comparecer ao concerto por motivos políticos. Acontece que, na mesma noite, Tosco iria executar algumas peças de Wagner. Consequentemente, a estreia foi adiada, acontecendo só em 1917, com Antonio Guarnieri. Embora a desavença inicial, Toscanini foi o grande divulgador da obra, regendo-a diversas vezes com enorme sucesso.

Foi um bom concerto. O crescimento da Ospa em menos de sete dias de Hahm, faz-me pensar se ele não aceitaria o lugar de Abel Braga no Inter. Também precisamos de uma melhora súbita. Vai lá, Shinik! Aliás, a célebre Holanda de 74 tinha em seu meio de campo um grande jogador chamado Hahn, lembram? Vai que o coreano não aceita?

Bom dia, Abel Braga (com os gols de Grêmio 4 x 1 Inter)

Bom dia, Abel Braga (com os gols de Grêmio 4 x 1 Inter)
Gol de Luan após o Inter perder a bola bobamente no meio-de-campo
Gol de Luan após o Inter perder a bola bobamente no meio-de-campo

O Grêmio não fazia 4 gols num jogo desde janeiro, quando venceu o Aimoré por 4 x 0. Neste Brasileiro, o time não tinha feito três gols em nenhuma partida. Ontem, fez quatro. Parabéns, Abel, a justíssima vitória do Grêmio passa por ti, por cima de ti. Foi um banho de bola.

Sim, é complicado jogar contra um time que se utiliza preferencialmente do contra-ataque e que tem uma boa defesa. E nós fizemos aparecer as melhores características do Grêmio perdendo bolas fáceis no meio-de-campo. Se ninguém se aproxima de Willians para receber a bola, ele vai perdê-la e nossa defesa será pega de surpresa. Os primeiros dois gols nasceram assim, de nosso mau toque de bola. Compactar o time, fazer com que apareçam jogadores para receber a bola. Tarefa tua, Abel.

Para completar, fracassos pessoais minaram ainda mais o time. Alan Ruschel fez com que os detratores de Fabrício quase morressem de saudades do lateral titular. Na lateral direita, tu não aprendes que o melhor que temos é Cláudio Winck, seguido de Diogo e não do fraco Wellington Silva, um dos destaques negativos de ontem. Nilmar ainda está fora de forma, é um peso morto e, quanto a Alan Patrick… Melhor nem falar, pois não o vi em campo.

Quando estava 2 x 1 para o Grêmio. Observei um escanteio contra nós. Observei bem e vi que Geromel estava livre no segundo pau. Livre, livre, livre. Mas a bola foi batida no primeiro. Abel, o que tu fazes — tinha escrito “fezes” — durante a semana?

O site de estatísticas Infobola dá o Inter com 43% de chances de chegar à Libertadores. O Grêmio tem 40%. Mas isso é a estatística aplicada à dificuldade dos jogos que ambos têm pela frente. Nosso problema é motivacional e moral. E não tenho nenhuma confiança no teu poder de reagir e de motivar, Abel. Quanto ao esquema tático e erros de escalação, já cansei de te escrever a respeito.

http://youtu.be/CYm9Y041EZ4

Bom dia, Abel Braga (veja os gols de Santos 1 x 2 Inter)

Bom dia, Abel Braga (veja os gols de Santos 1 x 2 Inter)
Abel Braga: o bom jogo merecia três pontos
Abel Braga: vitória sem convencer

Na semana passada, atrapalhado pelas eleições, deixei passar em branco nossa vitória contra o Bahia por 2 x 0 no Beira-Rio. Gostaria de dizer que Alan Patrick, a quem detesto como jogador de futebol, jogou muito bem. Todo o time esteve bem no primeiro tempo, depois foi aquilo de novo, mas o Bahia era fraco e ganhamos.

Já ontem, Abel, a sorte nos sorriu desavergonhadamente. Teu time até que jogou bem após o primeiro gol de Aránguiz — por sinal, belíssimo, com um passe embasbacante de D`Alessandro e conclusão perfeita do chileno –, mas depois caiu lamentavelmente. Para manter a tradição, tu enfiaste os pés pelas mãos: como o time sempre piora no segundo tempo, após tua preleção, tiraste o Dale (?) para colocar Wellington Paulista (?) como armador pelo lado direito, mesmo tendo Valdívia no banco. Tu és um brincalhão, né? Teu humor canhestro voltou a se manifestar quando retiraste Alan Patrick para colocar mais um volante, Bertotto, chamando o Santos para o nosso campo. O Peixe empatou e cansou de perder gols antes e depois do segundo gol de Aránguiz. Viste a cobrança dele? Craque, enfiou bem onde a barreira abriu.

O jogo de ontem poderia ter tido qualquer resultado. Nossa vitória foi pura loteria. É inacreditável que estejamos em terceiro lugar no Brasileiro. O nível técnico de nosso maior campeonato é 7 x 1 para a Alemanha.

É essa minha esperança para o Gre-Nal: a qualidade de nossos jogadores. Espero que Dale, Aránguiz, Alex e Nilmar façam a diferença. Pois nossa defesa perdeu todas as bolas altas e é claro que Felipão tratará de passar a tarde do próximo domingo erguendo bolas sobre a nossa área. Mas confio nos jogadores, Abel.

Sabes? Acho tu estás ficando meio doido. Aquelas declarações sobre ganhar do Santos após 100 anos não apontam exatamente na direção da sanidade mental. Se somarmos isso as substituições malucas…

http://youtu.be/6DohEzi8d3Y

Bom dia, Abel Braga (veja os lances de Inter 1 x 2 Corinthians)

Bom dia, Abel Braga (veja os lances de Inter 1 x 2 Corinthians)
Rumo ao 8º ou 9º lugar novamente.
Rumo ao 8º ou 9º lugar novamente.

Bem, tenho pouco de novo a dizer para ti, Abelão. Entraste NOVAMENTE com teus três meias lentos, em casa, contra um time fechado. No intervalo, até os tijolos do Beira-Rio sabiam que tu irias colocar Valdívia no lugar de Alan Patrick e que o time melhoraria. Melhorou, mas aí já estava dois a zero pra eles.

Também há pouca novidade acerca da ruindade de Paulão. Parece que ele recebeu o terceiro cartão. Se o substituto não ficar assistindo as cabeçadas — na verdade, apenas torcendo para que errem — dos adversários em nossa área, já vai melhorar. Deu a Sindrome de Bolívar nele. Olha o segundo gol. E o primeiro? No que o Fabrício estava pensando enquanto o Guerrero cabeceava para cima? Quando a bola está caindo, ele se afasta para torcer pelo erro do atacante… E o famigerado Paulão espera pelo Fabrício… Céus!

Abel, teu time perdeu para o Corinthians sem intervenção do árbitro. Que vergonha! Os caras te dão o Nilmar, tu segues errando e teus zagueiros entregam lá atrás. Que beleza!

Bom dia, Abel Braga (veja os melhores lances de Inter x Fluminense)

Bom dia, Abel Braga (veja os melhores lances de Inter x Fluminense)
Abel tripudia sobre este comentarista: "Ganhei, viu seu putão?".
Abel tripudia sobre este comentarista: “Ganhei, viu seu putão?”.

Meu caro Abel Braga, como é difícil conviver contigo! Na quinta-feira, tu me tomas 5 x 0 da Chapecoense e no domingo tu ganhas do Fluminense por 2 x 1 jogando bom futebol? É óbvio que houve graves problemas no vestiário no jogo em Santa Catarina, além de tuas escalações malucas, né?

Pois ontem tu estiveste mais calmo, sem inventar muito. Puseste o ex-junior Diogo no lugar do péssimo Gilberto e não fizeste nenhuma outra improvisação. O único senão foi a reescalação de Alan Patrick, teu bruxo, como titular. Bota o Valdívia deste o início, Abel! O AP é muito deficiente e lento! O futebol é dos que fazem o máximo em menos tempo e o AP tem que pisar na bola, olhar, cada jogada dele é um parto.

Apesar de todas as merdas que fizemos no campeonato, temos, segundo o matemático Tristão Garcia, 81% de chances de chegar à Libertadores e 11% para sermos campeões. É uma campanha média superior. Só não me caga tudo de novo, tá? Aránguiz retorna como volante, Gilberto vai para o crematório, Valdívia entra na do Alan Patrick e nada de enfiar o Wellington Paulista ou no Rafael Moura no time ao lado do NIlmar, tá? Nilmar tem que jogar com quem sabe: Alex, D`Alessandro — que jogaram demais contra o Flu — Valdívia e Aránguiz.

Nada de inventar. Já chega, Abel.

http://youtu.be/H05z2rppzBo

Bom dia, Abel Braga (veja os gols do fiasco)

Bom dia, Abel Braga (veja os gols do fiasco)
Tira essa camisa e vai embora, Abel.
Tira essa camisa e vai embora, Abel.

Abel, eu tinha previsto. Olha só o que eu escrevi ontem ao meio dia no Facebook, horas antes de Chapecoense 5 x 0 Inter:

… acho que os erros e a entrega da partida para o Cruzeiro, no último sábado, desmotivaram todo o grupo de jogadores. Se o jóquei é cagão, o cavalo sente.

Sim, se o jóquei demonstra hesitação e medo, o cavalo toma conta e faz o que quer. Por exemplo, em vez de saltar sobre o próximo obstáculo, vê a porteira aberta e dirige-se para a sombra onde gosta de descansar. Na minha opinião, Abel, tu não és apenas cagão, tu estás certamente brigado com o grupo de jogadores. Pois nada explica o que segue:

1. Alex, protagonista absoluto do time nos últimos jogos, fica no banco contra o Cruzeiro.

2. D`Alessandro é retirado ontem no intervalo para dar entrada a Valdívia. Enquanto isso, Alan Patrick, uma das piores contratações nos últimos anos, permanece em campo.

3. Alan Patrick é escalado no lugar de Valdívia no jogo de ontem.

4. Paulão é titular, enquanto Ernando é reserva.

5. Aránguiz, um dos melhores jogadores sul-americanos, é colocado repetidamente fora de sua posição.

É óbvio que Abel está brigado com Dale e Alex e, provavelmente, em vias de ter um desentendimento com Aránguiz. Num mundo ideal, Giovanni Luigi se demitiria neste minuto e, num mundo que deseja corrigir-se, Luigi acabaria o ano e sua risível gestão sem Abel. Pois não dá mais.

O que Abel faz com seus jogadores comprova o que diz meu amigo Miguel Galbarino: ele não sabe porque estava vencendo e agora também não sabe o motivo das derrotas. Acho que nós não somos mais favoritos para o G-4. Ficaremos na TV, vendo o Grêmio divertir-se na Libertadores 2015, enquanto recebemos o Gauchão em nossa cama, de pernas abertas.

Ah, parabéns à Chapecoense, que viu e se aproveitou de nossas óbvias fraquezas. Foi 5 x 0 e poderia ter sido ainda mais.

http://youtu.be/1KmWuvxpYm0

Bom dia, Abel Braga, meu menino medroso (veja os gols e principais lances)

Bom dia, Abel Braga, meu menino medroso (veja os gols e principais lances)
Abel Braga: quem inventa é inventor.
Abel Braga: quem inventa é inventor.

Aprende Abel:

A obsessão de bloquear todos os caminhos do oponente também significa multiplicar o número de bolas de que ele vai dispor.

Marcelo Bielsa

Abel, agora leia o que o Igor Natusch escreveu ontem em resposta a uma postagem minha no Facebook:

Hoje o Abel foi, para usar o termo técnico, cagão. E burro. O Inter não é um time veloz, isso até os vazamentos do Gigantinho sabem. Um time lento não pode jogar atrás contra um adversário mais forte, porque vai acabar sendo encaixotado; tem que jogar mais à frente, mantendo o controle da bola do meio do campo para frente, sempre o mais longe da própria meta quanto possível. No primeiro tempo, o Inter ficava com a bola na defesa e TROTAVA em direção ao ataque, carregando a bola ao invés de fazê-la rodar em campo – nada mais natural, já que o time todo estava atrás da linha da bola e inexistiam jogadores capazes de ocuparem posições ofensivas com rapidez. Foi só botar Alex e o time melhorou: teve a bola mais tempo, carregou o jogo de forma mais produtiva. Perder para o Cruzeiro fora de casa é normal, mas Abel dificultou as coisas para si mesmo.

Ora, toda a América Latina sabe a posição correta de Aránguiz — um dos maiores jogadores do continente — num time de futebol. Tu, Abel, não sabes e insistes num erro que, aliás, já tinha cometido e corrigido. Com a repetição do erro, isto é, com a colocação de três volantes, tu chamaste o Cruzeiro para o teu campo, “multiplicando o número de bolas à disposição” do adversário. Tu deste a bola para o melhor time do Brasileiro, Abel. Desculpe, mas que burrice.

O mais incrível é que fizeste uma substituição correta — a de Sacha, machucado, por Valdívia –, porém, de graça, pela mais pura covardia, colocaste o volante Willians em campo no lugar de Alex, que vinha sendo o protagonista de várias vitórias recentes do Inter. Incrível! Quase saí da frente da TV quando vi tua novidade. Tu és inventor, inventor, inventor, tolo, cagão e burro.

Quando Alex entrou em campo no intervalo no lugar de um dos volantes… Que coisa, né? O time começou a enfrentar o Cruzeiro de igual para igual, marcando um gol e podendo até empatar. Posso te resumir? Abel, tu és um bom técnico, sabes dar dinâmica a um time, mas fazes péssimas alterações antes e durante os jogos, quando tua fantasia e teus medos desenfreados remexem teus intestinos. Tu precisas de um auxiliar mais corajoso ou, como dizemos um tanto preconceituosamente aqui no RS, mais macho.

Cara, desculpe, mas tu é muito frouxo.

Como escreveu o Emilio Carlos Baino, “acho que o campeonato [a luta pelo título] acabou. Inter, São Paulo, Atlético-MG, Grêmio e Corinthians disputarão as vagas remanescentes para a Libertadores. Do Bahia para baixo, haverá luta sangrenta para o rebaixamento. O Cruzeiro está em outro patamar futebolístico”. E, para piorar, ainda há técnicos vice-líderes que têm medinho da Raposa. Aí acabou mesmo.

http://youtu.be/8ZfNiLVbawE

Boa tarde, Abel Braga (veja os gols e melhores lances)

Boa tarde, Abel Braga (veja os gols e melhores lances)
Não pensa muito, por favor.
Não pensa muito, por favor.

Lembra, Abel? Tu eras o nosso técnico quando o Christian tirou a bola da mão do Alex para bater um pênalti. É que ele, no dia do aniversário do filho, queria fazer uma homenagem ao menino com um gol. Ou seja, em vez de ir a um shopping, ele queria dar um gol de presente pro filho. Só que ele não era o batedor e errou. Era um jogo importante do Campeonato Brasileiro de 2007. Acabou num empate em 1 x 1 com o Náutico de Recife.

Ontem não foi tão grave, mas o fato se repetiu. D`Alessandro abriu mão de bater um pênalti para dar chance ao centroavante Rafael Moura, alvo preferido do mau humor da torcida. O gringo queria que o He-Man brilhasse mais. Rafael jogava bem, até dera o passe para o gol de Sacha, o segundo do Inter na vitória por 3 x 0 contra o Criciúma. Só que Moura fez o mesmo que Christian: errou o pênalti e viu as vaias voltarem. Inteligente, né?

Essas decisões pessoais que colocam o clube em segundo plano são lamentáveis. Ganhamos o jogo, claro, mas o saldo de gols pode ser decisivo para a disputa de posições numa tabela tão renhida como a do Brasileiro. Na boa, D`Alessandro, tu erraste feio ao querer ser legal com o colega. melhor dar uma entrevista dizendo que Moura é um pobre injustiçado.

O Alex é que quase fica famoso. Se o Sacha não faz aquele gol, ele — que é um grande jogador — teria perdido o gol mais fácil do ano.

De resto, o time voltou a jogar bem. Tu esqueceste o negócio de botar o Aránguiz lá na frente. Parabéns, pedimos isso por semanas e semanas neste espaço. Para melhorar ainda mais, Sacha está jogando muito no antigo lugar do chileno. O filho da Xuxa é a boa surpresa de setembro e ainda temos Nilmar para acelerar a coisa em outubro. Abel, só não estraga tudo num desses ataques de Professor Pardal que tu tens. Com Rafael Moura suspenso e o Welligton Paulista lesionado, bota o Aylon ou o Maurides. Não inventa nada, tá? Centroavante se troca por centroavante, não por outra coisa. Por favor, não pensa muito.

http://youtu.be/8Kdic5xu0u8

Bom dia, Abel Braga (veja os “melhores lances” do jogo de ontem)

Bom dia, Abel Braga (veja os “melhores lances” do jogo de ontem)
Abel e Luigi analisando as substituições
Abel e Luigi analisando as substituições

Abel e Luigi, Moe and Larry. Para formar Os Três Patetas faltaria o terceiro ou talvez “ele sejam” tantos assessores que é impossível nomeá-los. Não sei o que está havendo contigo, Abel. O resultado de ontem era para ser de vitória. Mantiveste o Aránguiz em seu lugar e o Alex era o melhor em campo, tudo como contra o Botafogo. Mas aí, como o Alex poderia nos dar novamente a vitória, tu o tiraste do time aos 18 minutos do segundo tempo… Foi um momento inacreditável o da saída do Alex. As pessoas que estavam comigo no bar davam risadas como se estivessem vendo uma “sessão de bom humor e gargalhadas”, conforme os Três Patetas prometiam na abertura de seus programas.

Na entrevista de final do jogo, os repórteres vieram em cima de ti e tuas respostas tomaram contornos de alucinação. Disseste que Alex não estava criativo na noite de ontem e que havias pensado em retirá-lo já no intervalo… Deste mais uns minutos pra ele… Tu estavas vendo que jogo, Abel? O da TV mostrava o cara jogando muito bem. Depois retiraste o D`Alessandro para colocar o Rafael Moura. Bem, é mesmo caso para internação. Outra coisa estranha é esta insistência em reclamar do calendário. Ele é realmente terrível, mas é para todos. Tu tiveste muito tempo para treinar durante a Copa e agora reclamas da falta de tempo? Isso é para todos, meu amigo. (Ah, essa do Paulão como armador, nos remete à foto acima…).

O Sport é um bom time, mas nos deu todas as chances para vencê-lo. Poderíamos ter vencido com Alex e D`Alessandro em campo, mas é claro que sempre teremos menos chances de vitória quando estão em campo jogadores tão pouco afeitos ao gol quanto Rafael Moura, Wellington Paulista e Valdívia — este, contrariamente aos outros, é um bom jogador, mas não se liga muito nesse negócio de chutar a gol. Ou seja, tu fizeste tudo para virar o jogo em favor do Sport, Abel. Para completar, a entrevista do Luigi. Ele disse que foi decepcionante e que está de olho, vigilante, pronto a cobrar posturas em favor do clube.

Pois é, aparentemente, falava sério. O Moe também estava sempre indignado também.

Abaixo, os “melhores lances”. Atenção para o gol perdido por Wellington Paulista bem no início do vídeo. E WP ficou em campo até o final…

http://youtu.be/6lKBNAKHdDg