O fotógrafo do Sul21, Filipe Castilhos, demonstra como agem as mães no inferno insular comunista.
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Mary Poppins canta Death Metal
Oscar 2015: Direto do tapete vermelho
Depois de uma noite consagradora para… mim, já que acertei 100% dos oscares principais (confira aqui), volto ao tapete vermelho para escolher as mais elegantes da noite.
Cate Blanchett recebe a medalha de bronze:
Scarlett Johansson recebe a de prata.
And the Oscar goes to… Naomi Watts!
Em outro nível, Emma Stone tenta esganar Jennifer Aniston. A luta pelo Oscar foi duríssima:
Não pensem que entendo de moda ou que deixei de ser daltônico, tá? Para que as mulheres não reclamem, deixo aqui uma foto do apresentador Neil Patrick Harris na noite de ontem.
Carnaval em Salvador: dez minutos é o tempo para uma rapidinha privê nas alturas
Vocês querem dar uma “rapidinha” no carnaval baiano? Isso será possível no Camarote Salvador. A marca de camisinhas Durex montará uma cápsula privê suspensa a 15 metros do chão onde os casais, quaisquer duplas, poderão entrar. A cápsula estará bem em cima do povão. Lá, será possível fazer de tudo, mas em 10 minutos. Esse é o tempo que cada casal terá dentro da cápsula. Melhor entrar preparado para não ser expulso no seco.
Camisinhas e lubrificantes estarão à disposição dos usuários, dentro da cápsula. Ela já foi testada no Rio em fevereiro de 2014, no Aterro do Flamengo, mas acabou sendo cancelada por falta de alvará.
A coisa começa nessa quinta-feira (12). O blog abstém-se de emitir opinião.
Como sair de Repente para Kagar
Sempre no intuito de informar a nossos sete leitores a respeito dos estranhos caminhos pelos quais a vida nos leva, hoje explicaremos como deve ser realizada a saída de Repente para Kagar. O mapa abaixo, da região do Rheinsberg, Alemanha, foi retirado do Google Earth com a finalidade de dar maior clareza a nossa explicação. Ele demonstra como se faz, tornando desnecessário o excesso de palavras.
Gostaríamos de alertar sobre o perigo da pressa. Não vá um de nossos leitores cair no Kagarsee, perigosíssimo lago que, se tem poder potencial de aliviar o viajante, não é apropriado para o banho.
O percurso a pé para Kagar, saindo de Repente, é extremamente aprazível e demora quase duas horas e meia, como informa o Google Earth.
Então, talvez seja mais adequado aos idosos e apressados fazê-lo de carro em 20 minutos.
Este é mais um serviço que este blog traz a seus sete resistentes e insistentes leitores. Obrigado pela atenta leitura.
Tornar-se um Robinson Crusoe, uma boa ideia para jornalistas
As Ilhas Seychelles estão perdidas no meio do Oceano Índico. Antigamente, eram muito visitadas por piratas. Não há nada próximo. A Moyenne é uma pequena ilha do arquipélago. Tem 9 hectares e fica ao lado da maior das ilhas. De 1915 até os anos 70, o local ficou abandonado, até sua compra por parte de Brendon Grimshaw, um bem-sucedido editor de um jornal de Yorkshire, Inglaterra. O que havia na ilha? Nada nem ninguém.
Até sua morte, em julho de 2012, aos 87 anos, Grimshaw foi o único habitante da Moyenne. Ele comprou a ilha por £8.000 em 1962 e, poucos anos depois, começou a fazê-la habitável. A obra foi feita pelo ex-editor com a ajuda de um local, Rene Antoine Lafortune. Após a primeira ajeitada, eles passaram a cobrar o correspondente a 12 euros por visita, o que daria aos visitantes a chance de vagar pela ilha, jantar com Brendon e relaxar na praia.
Enquanto isso, Grimshaw e seu amigo plantavam dezesseis mil árvores, abriam 3 Km de trilhas naturais, traziam e criavam tartarugas gigantes. Fizeram tudo sozinhos. Também deram respeitosa direção à incrível variedade de vida vegetal e de pássaros naturais da região. A tartaruga mais velha das atuais 120 chama-se Desmond e tinha 76 anos de idade, de acordo com Grimshaw em 2012. Ele a chamava de seu afiliado.
Hoje, a ilha vale 34 milhões de euros. Para melhorar, Grimshaw fez duas grandes escavações e encontrou indícios de esconderijos de piratas, mas nada de ouro. Atualmente, a Moyenne é um Parque Nacional e pode ser visitada como parte de viagens organizadas.
Pois é, após 20 anos de persistência, Grimshaw e seu assistente alcançaram seu objetivo de fazer Moyenne um Parque Nacional, agora conhecido como o Parque Nacional de Ilha Moyenne. Ele abriga mais espécies por metro quadrado do que qualquer outra parte do mundo. A ilha está a 4,5 quilômetros de distância da principal ilha.
Dizia Grimshaw: “Lentamente, as árvores cresceram e consegui água, luz e um cabo de telefone. No começo, nós não estávamos fazendo isso para tornar a ilha em um parque nacional ou qualquer coisa assim. Nós estávamos fazendo isso para torná-lo habitável para mim. Desde o momento em que pus os pés na ilha, sabia que era o lugar certo para eu morar”.
Brendon não foi um recluso. Ele adorava os visitantes e lamentava não ter casado. “Como eu poderia pedir a alguém para viver aqui? Nós não tivemos água corrente durante anos!”.
Revelado pobre blogueiro recalcado
Pra confessar que andei sambando errado
Talvez precise até tomar na cara
Chico Buarque — CORRENTE
Nunca vi tamanha pertinácia quanto à demonstrada por Tiago Flores em seu pedido de resposta a este desqualificado e recalcado… bem, blogueiro. E, nossa, que monte impressionante de títulos. E que trajetória! Que retórica! Como duelar com um homem desses? E quantos amigos no Facebook! Pois ele e seus amigos têm razão, sou um invejoso! A inveja é um sentimento difícil de lidar, é um sentimento que nos destrói e estraga por dentro. É quando vemos que outra pessoa é melhor ou possui algo que não possuímos. E isso acaba conosco. O invejoso é um ser que sofre, meus amigos. Parafraseando Roland Barthes, digo que, como invejoso, sofro quatro vezes: sofro por sê-lo, sofro porque me reprovo de sê-lo, sofro porque tenho medo de magoar o objeto de minha adoração e, finalmente, porque me deixo dominar por algo banal.
Direi a verdade, meus sete leitores, e a verdade é que invejo os cabelos de Tiago Flores. Eles são magníficos.
Cada vez que ele entra num palco, eu penso: que quantidade, que cor, que brilho, que hidratação! E, imaginando sua sedosidade, coço desconsolado meu crânio ralo, quase calvo. Sei que os cabelos são a continuação do cérebro. Que inveja. As volutas dos violinos nada são quando comparadas às mil concavidades, convexidades e espirais dos magníficos cabelos do maestro. Todos aplaudem seus cabelos. Toda a vez que ele para na frente da plateia, as pessoas não resistem e prorrompem em entusiástica vibração. Ele poderia reger nu, como num pesadelo, que seria ovacionado. Que cabelos magníficos!
Eu não desejo uma Ferrari, não desejo a glória, esnobo a megasena, não quero títulos — os do Inter me bastam –, não desejo as mais lindas mulheres, desistiria até da Juliette Binoche e da Elena se me fossem dados os magníficos cabelos de Tiago Flores. Trocaria tudo por eles. Por eles, esqueceria Pasárgada. Me mordo e emagreço só pensando neles. Não adiantam os condicionadores, os shampoos anti-queda, os creminhos, não adiantaria nada eu me tornar um metrossexual se não obtivesse os cabelos magníficos do maestro. Sim, confesso, sou como a bruxa má dos contos de fada. Quero aqueles cabelos para mim!
É este o meu problema. Recalque. Sou pior que Adorno falando sobre jazz. Não tenho a educação de Aury Hilário, a carreira de Juarez Fonseca, nem os cabelos de Tiago Flores. Que são magníficos. Como os de Dudamel. Como os de Sansão. Eu? Para que falar de mim? Sou apenas um invejoso.
Milton Ribeiro
Crítico submergente
Recalcado
Sem trajetória, talento ou carreira
Blogueiro
Estudo mostra que os homens são imbecis
via El Pais, na editoria de Ciência
Muitos estudos sustentam que os homens são mais propensos a comportamentos arriscados que as mulheres. O que não fica tão claro é que pratiquem também mais atos temerários e estúpidos que não lhes tragam nenhum benefício. Um estudo publicado nesta sexta-feira traz uma das primeiras provas a favor dessa hipótese, que os autores batizaram de teoria da imbecilidade masculina, ou MIT, na sigla em inglês. O trabalho, assinado por vários médicos do Reino Unido, é publicado nesta sexta-feira no número especial de Natal da prestigiosa revista British Medical Journal, que contém estudos que seguem os padrões de qualidade científica e revisão por pares, mas com um enfoque mais livre.
Os autores buscaram provas de imbecilidade nos arquivos do prêmio Darwin. Essa sardônica distinção é dada a indivíduos que deram uma contribuição à humanidade ao morrer de forma absurda, o que em princípio evita que seus genes passem para gerações posteriores. Para dar ideia do que seja um prêmio Darwin, seu site destaca a história de um terrorista que enviou uma carta bomba sem os selos suficientes para chegar ao destinatário. Quando a carta foi devolvida, o terrorista a abriu e morreu despedaçado.
É provável que a história seja falsa, mas o prêmio coleta há anos demonstrações similares de estupidez no mundo real. Uma delas é de três homens no Camboja que jogavam num bar uma espécie de roleta russa. Eles tomavam um gole e pisavam numa mina antitanque colocada embaixo da mesa. Os três foram pelos ares, junto com o resto do bar, relato o estudo, que não informa se eles tinham tido filhos. O site do prêmio também lista dez agraciados no Brasil.
O estudo, encabeçado por John Isaacs, diretor do Instituto de Medicina Celular da Universidade de Newcastle (Reino Unido), analisou todos os premiados entre 1995 e 2014, separando-os por sexo. Dos 318 casos confirmados e válidos para a análise estatística, 282 eram homens e 36, mulheres. Os homens protagonizaram mais de 88% dos casos, o que, dizem os autores, é um resultado “estatisticamente muito significativo”.
“Esses resultados são totalmente consistentes com a teoria da imbecilidade masculina e fundamentam a hipótese de que os homens são imbecis, e os imbecis fazem idiotices”, concluem os autores. Só que eles identificam muitas ressalvas. O prêmio Darwin é dado por votação anônima, e é possível que as mulheres votem mais em homens que em mulheres. Talvez também haja influência do sexo da criadora e coordenadora do prêmio, a bióloga molecular Wendy Northcutt, e parte da diferença pode ser explicada pelo maior consumo de álcool por homens que por mulheres. Em todo caso, especulam os autores, os homens premiados com um Darwin podem ter uma vantagem evolutiva sobre os outros, caso consigam sobreviver a seus atos estúpidos, embora isso ainda precise ser comprovado.
Seis drops ou citações para meus sete leitores
1. Virginia Woolf:
As mulheres, durante séculos, serviram de espelho aos homens por possuírem o poder mágico e delicioso de refletirem uma imagem do homem duas vezes maior que o natural.
Não é isso mesmo? É assim que me sinto quando Elena me observa, me dá atenção ou revela alguma admiração. Um gigante. Os homens são BOBOS.
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2. A estátua de Davi foi levada a diversos museus norte-americanos por um período de três meses, mas agora está de volta à Florença.
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3. Mia Couto:
O tempo é, como diz um provérbio de minha terra, um ovo: se não se segura bem, cai; se se aperta com força, quebra.
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4. Pablo Picasso:
Eu estou sempre trabalhando. Assim, quando a inspiração chegar, vou estar trabalhando.
Bach disse quase o mesmo. Comprovadamente, ambos trabalharam muito.
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5. Ontem, num restaurante onde sempre vou, o garçom me ofereceu a cerveja Coruja de sempre. Rejeitei-a, pois estava dirigindo. Ele respondeu que é o fim do mundo.
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6. Orhan Pamuk:
A pergunta que, com maior frequência, é dirigida a nós, escritores, a pergunta favorita, é: por que vocês escrevem? Escrevo porque tenho uma necessidade inata de escrever. Escrevo porque não posso ter um trabalho normal como as outras pessoas. Escrevo porque quero ler livros iguais aos que eu escrevo. Escrevo porque estou irritado com todo mundo. Escrevo porque adoro ficar sentado numa sala, escrevendo o dia todo. Escrevo porque só consigo tomar parte da vida real transformando-a. Escrevo porque quero que os outros, o mundo inteiro saiba que tipo de vida nós vivíamos e continuamos a viver, em Istambul, na Turquia. Escrevo porque amo o cheiro de papel, caneta e tinta. Escrevo porque acredito na literatura, na arte do romance, mais do que em qualquer outra coisa. Escrevo porque é um hábito, uma paixão. Escrevo porque tenho medo de ser esquecido. Escrevo porque gosto da glória e do interesse gerados pelo ato de escrever. Escrevo para ficar sozinho. Talvez eu escreva porque espero entender porque estou tão, tão irritado com todo mundo. Escrevo porque gosto de ser lido. Escrevo porque, tendo começado um romance, um ensaio, uma página, eu quero terminar. Escrevo porque todo mundo espera que eu escreva. Escrevo porque tenho uma crença pueril na imortalidade das bibliotecas e na maneira como meus livros ficam na estante. Escrevo porque é instigante transformar todas as belezas e riquezas da vida em palavras. Escrevo, não para contar uma estória, mas para compor uma estória. Escrevo porque desejo escapar do mau presságio de que há um lugar aonde eu devo ir, mas aonde – como num sonho – não posso chegar por completo. Escrevo porque nunca consegui ser feliz. Escrevo para ser feliz.
O Iluminado Reloaded (e mais apavorante ainda)
Sartori, meu amigo, venha debater os problemas do estado
Eu sei que vocês não vão votar no Sartori, nem no Aécio
Jornalista vota em jornalista: versão Apocalipse Now
Deputado Estadual: Paulo Borges (DEM)
Deputado Federal: Bibo Nunes (PSD)
Senador: Lasier Martins (PDT)
Governador: Ana Amélia (PP)
Presidente: Levy Fidelix (PRTB)
Colaborou o jornalista Caio Venâncio.
Jamie Oliver ameaça a soberania nacional ao criticar nossos quindins
O amigo Ubiratan Leal escreveu em seu perfil do Facebook:
A única coisa que me incomodou na polêmica do Jamie Oliver é que as pessoas se doeram todas por causa de brigadeiro. Convenhamos, brigadeiro é superestimado. Eu entenderia uma revolta popular pela crítica do cara ao quindim. Aí é comprar briga!
Poucas vezes li palavras de mais meridiano bom senso. Quando Jamie Oliver fala mal do sublime quindim, ele faz com que eu lembre automaticamente do English Breakfast, verdadeira nojeira, festa da gordura e do mau gosto com a qual os ingleses se refestelam toda manhã. Vou poupá-los até das fotos da iguaria britânica, mas jamais deixaria de colocar uma foto de quindins. Afinal, além de lindos, são gostosos.
OK, quando ele fala mal do brigadeiro. Eu até o compreendo. Mas criticar o quindim é como dizer que Machado de Assis era mau escritor, que Tom Jobim era desafinado e que Cândido Portinari era um pintor de rodapés, tudo junto somado. Ou seja, é atacar o pouco que temos de indiscutível.
O quindim é o príncipe dos nossos doces. Mordê-lo é segunda forma mais perfeita de lambuzar os bigodes. Poucas coisas são mais sensuais do que observar o belo espelho amarelo para depois deixar que nossos dentes penetrem lenta e empoderadamente na essência adocicada feita de ovos, até encontrar o bendito coco da base, que diminui a doçura e justifica nossa existência neste mundo.
Assim como o anão escritor que vos escreve, o poeta Mario Quintana (1906-1994) era um grande admirador do quindim. Ele o consumia ritualmente com um café sem açúcar. O nome quindim é de origem africana e significa dengo ou encanto. Tem como ingredientes gema de ovo, açúcar e coco ralado. A receita que utiliza o coco ralado é originária do nordeste brasileiro, diferente da receita portuguesa.
Jamie Oliver, com todo o respeito, vá emagrecer no raio que o parta.
Algumas maravilhas da língua portuguesa
… o correto é MUÇARELA e não mussarela?
… que À-TOA (com hífen) é sem-vergonha, puta, essas coisas, enquanto que À TOA significa sem rumo, como o Chico de A Banda?
… que INCIPIENTE é iniciante, enquanto INSIPIENTE é ignorante?
… que CERRAÇÃO é com C, vem de cerrar, fechar, e não vem de serra?
… que ESTADA é permanência de alguém, enquanto ESTADIA é a permanência paga de um navio no porto?
… que EM PRINCÍPIO é em tese e A PRINCÍPIO é no início?
… que ACERCA DE é a respeito de, A CERCA DE é a alguma distância e HÁ CERCA DE é faz aproximadamente (em sentido de tempo)?
… que soprano e contralto, apesar de cantoras, são substantivos masculinos?
… que o correto é PRETENSIOSO e não as suas variantes tão utilizadas por aí?
… que você deixa seus livros na ESTANTE e os deixa em exposição ou feira num ESTANDE?
… que, segundo a Nova Ortografia, tanto faz escrever GRÊMIO ou GRÉMIO, pois os dois estão corretos, têm a mesma pronúncia e referenciam o mesmo time do bairro Uma e tá?
Pessoal, eis o cartaz de meu novo filme, “Não fechem minhas abas!”.
A obra é do amigaço Carlos Latuff, como não seria? Obrigado.
Latuff invade minha mesa de trabalho
Eu gosto de manter as 12 abas de meu Google Chrome organizadinhas… Elas sempre estão na ordem que segue: as 4 primeiras são as do Sul21 (post que está sendo trabalhado, capa, geração da capa, Sul21), depois vêm as dos blogs Milton Ribeiro e PQP Bach, PqpShare, Gmail, Feedly, Facebook, Gmail do PQP Bach e Google Calendar. Posso trabalhar com mais, mas estas 12 primeiras são fixas.
Só que frequentemente aparecia um xarope que, depois de meu horário de saída, esculhambava esta ordem de comprovada eficácia, apagando parte das abas ou todas. Então, coloquei um post-it no meu monitor ameaçando os invasores. Ele dizia: EU MATO QUEM APAGAR (EXCLUIR) AS ABAS DO GOOGLE CHROME!
Ontem, na minha ausência, meu pequeno post-it ganhou um desenho do Latuff. Ficou sensacional.
O sucesso estrondoso dos shows do Monty Python mostra que o humor ainda é feito de inteligência
Por Harold Von Kursk | No Diário do Centro do Mundo | A escolha dos esquetes foi do blogueiro
Nos anos 70, a série Monty Python Flying Circus ofereceu uma visão distorcida e absurda sobre o estado das coisas e rapidamente tornou-se um clássico cult. Os Pythons elaboraram um fluxo de consciência que criou momentos inesquecíveis de êxtase cômico. Qualquer busca rápida no YouTube vai encontrar clipes sublimes de seus melhores esquetes — a Loja de Queijos, o Ministério das Caminhadas Idiotas, a Canção do Lenhador, o Papagaio Morto etc.
Os Pythons são deuses imortais do riso. Eles levaram o humor a um estado de arte da mesma maneira que Jackson Pollock evoluiu do “gotejamento” para o expressionismo abstrato. Monty Python tornou-se um ponto de referência cultural, da mesma forma que iconoclastas como RD Laing, Louis Althusser, Albert Camus, Ali Farka Touré, Nina Simone, Andy Warhol, Pete Seeger. Ainda estão na vanguarda da nossa consciência depois de se separarem. O Monty Python foi originalmente concebido como um ataque frontal completo ao que era então conhecido, naquela era, como o “establishment”.
Como Timothy Leary, o professor de Harvard que se tornou um guru do LSD e aconselhou as pessoas a “se ligar, sintonizar e cair fora”, a gangue Python convidou-nos a olhar para a sociedade moderna como uma espécie de gigantesco hospício onde é difícil explicar por que é que nós fazemos o que fazemos. Tudo com inteligência e sem a vontade primeira de ofender, praga de 99% dos comediantes de hoje, que escondem sua falta de talento atrás do politicamente incorreto.
Este mês, os cinco Pythons restantes – John Cleese, Eric Idle, Terry Jones, Michael Palin e Terry Gilliam – estão se reunindo no palco da O2 Arena, em Londres, realizando seus primeiros shows ao vivo em mais de 40 anos. As cinco apresentações iniciais lotaram. Eles tiveram de marcar mais cinco (15, 16, 18, 19 e 20 de julho). O show do dia 20 será transmitido ao vivo para mais de 400 cinemas.
Os Pythons estão até mesmo invocando o fantasma de Graham Chapman (o rei Arthur de “Em Busca do Santo Graal”) através da holografia e convidaram a atriz Carol Cleveland, veterana do programa de TV, para a briga.
Há algo esplendidamente original sobre a marca Python na comédia. Em vez de tornar-se advogados, banqueiros ou burgueses gordos, o bando formado em Cambridge (Cleese, Chapman e Idle) e Oxford (Jones e Palin) desenvolveu uma filosofia em quadrinhos não ortodoxa e irreverente. Terry Gilliam foi o último a se unir ao grupo, um artista gráfico americano que criou o famoso pé roxo que esmagava as coisas na telinha e cujas imagens pop / psicodélicas acrescentaram uma dimensão extra à série (Gilliam viria a se tornar um diretor de cinema conhecido por “Brasil” e “Medo e Delírio em Las Vegas”).
O “Monty Python Flying Circus” passou na BBC entre 1969 e 1974. Seu humor era era tão surreal para os padrões normalmente sisudos que foi quase um milagre que eles atingissem um público de massa.
Os Pythons estavam à frente de seu tempo e ainda hoje o seu humor ressoa. Ninguém foi capaz de imitar ou capturar seu brilho. O Saturday Night Live chegou mais perto durante os anos dourados com Dan Aykroyd, John Belushi, Gilda Radner, Eddie Murphy e Bill Murray, mas não alçava vôos nas mesmas alturas.
O Monty Python capturou a desumanidade e a indecência da sociedade moderna. Odiavam a burocracia, a intolerância, o conformismo, o conservadorismo, a pompa, e o rolo compressor estéril de uma sociedade ocidental decadente que atropelava os valores humanos em prol do expansionismo corporativo. Em sua incursão no cinema, os Pythons amplificaram suas paródias macabras.
Quem pode esquecer quando o rei Arthur e seus seguidores se aproximam de um castelo para ser insultados, atormentados e perseguidos por guardas franceses arrogantes no filme “Em Busca do Santo Graal”? Pode haver algo mais insano do que a idéia de uma turma de cavaleiros gays desonestos e gigantes que habitam a floresta e que dizem “Ni”?
“A Vida de Brian”, que em seu lançamento foi denunciado por direitistas e teólogos, na verdade apresentou um retrato bastante preciso dos movimentos políticos da época. O filme segue um personagem fictício infeliz chamado Brian, que nasceu ao mesmo tempo em que Jesus e está, inadvertidamente, destinado a ser o messias. Recentemente, o Reverendo Professor Burridge, decano do King’s College de Londres, a quem o papa Francisco deu um prêmio por seus estudos, declarou que “a representação de movimentos messiânicos no filme, na Judeia do século I, ofereceu provavelmente um retrato mais preciso do contexto histórico do que muitos filmes de Hollywood sobre Jesus “.
Quem mais poderia encerrar o filme num clímax em que os revolucionários crucificados cantam e pedem para “sempre olhar para o lado mais alegre da vida?”
O mundo ama o Monty Python, tanto por sua capacidade de desafiar formas ortodoxas de pensar e de se comportar como por sua capacidade inigualável para celebrar as contradições fundamentais da existência. Com precisão cirúrgica, eles continuaram martelando nossos ossos até vermos como boa parte do que aceitamos como normal diariamente é de fato lixo absoluto.
Ao vivo, o Monty Python representa seus números clássicos com ajuda de telões e outros recursos modernos. Cantam e dançam. Está lá até o jogo de futebol de filósofos. A rigor, não há novidade. Mas essa é a sabedoria da trupe. Quem vai aos shows dos Rolling Stones esperando ouvir as canções do novo disco está no lugar errado. “O nosso grande problema agora é que a plateia conhece os scripts muito melhor do que nós”, disse John Cleese. No dia 20, o Monty Python estará definitivamente morto. Enterrado. Terá deixado de existir. Longa vida ao Monty Python.
A novela Meu Pedacinho de Chão deixa estarrecida a família brasileira
Os telespectadores da — adivinho — maravilhosa novela chamada Meu Pedacinho de Chão (ou seria Meu Pedacinho de Seio?) vêm movimentando as redes sociais nas últimas horas. No capítulo de segunda-feira (30) da novela das seis da Rede Globo, a professora Juliana, interpretada pela atriz Bruna Linzmeyer, abusou do decote e mostrou algo chocante, aquilo que parece ser parte de sua aréola direita.
Os admiradores da Mulata Globeleza ficaram ruborizados, certamente.
Casal perde chance de ver Holanda e Espanha após confundir Salvador com El Salvador
Do R7
Na tarde de sexta-feira (13), a Fonte Nova, em Salvador, recebeu um dos jogos mais esperados da primeira fase da Copa do Mundo: Espanha x Holanda. A partida terminou uma inacreditável goleada de 5 a 1 para Robben e cia, e com muitos torcedores lamentando por não ter presenciado essa grande partida.
Porém, ninguém lamentou tanto quanto o casal Orin e Melissa van Lingen. Os dois tinham ingressos para o duelo, mas uma confusão na agência de turismo fez com que eles fossem parar em El Salvador em vez de desembarcar na capital baiana.
— Partimos do pressuposto de que haveria alguma escala, mas quando chegamos no aeroporto, não teve outros voos, afirmou Melissa em entrevista Sunday Territorian.
O casal economizava dinheiro para a viagem desde o casamento em julho do ano passado e sonhava com esse momento desde a Eurocopa de 2008.
De acordo com Melissa, o momento mais difícil foi ver a cara do marido, que estava com “ o coração partido” por ter perdido o jogo.
Os dois ainda aguardam ajuda da agência de viagem, que promete reembolsar o prejuízo e conseguir colocá-los em um voo para o Brasil em breve.