Uma nova perspectiva sobre o ataque do Inter

A verdade é que o ataque do Inter era bonito demais. Palacios chegou para representar a classe dos menos favorecidos.

Fonte: @lnterDados.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Times de esquerda / Times de direita

Times de esquerda / Times de direita

Fazendo um resumo de algumas colunas do jornalista Rafael Reis, do Uol.

Times de esquerda:
— ST. PAULI (ALE)
— LIVORNO (ITA)
— LIVERPOOL (ING)
— BARCELONA (ESP)
— BORUSSIA DORTMUND (ALE)
— OLYMPIQUE DE MARSELHA (FRA)
— AEK ATENAS (GRE)
— RAYO VALLECANO (ESP)
— CELTIC (ESC)

Torcida do St. Pauli, da Alemanha, em dia de protesto em favor do movimento LGBTQ+

Times de direita:
— LAZIO (ITA)
— LEGIA VARSÓVIA (POL)
— REAL MADRID (ESP)
— ZENIT SÃO PETERSBURGO (RUS)
— BEITAR JERUSALÉM (ISR)
— PARTIZAN BELGRADO (SER)
— RANGERS (ESC)
— PARIS SAINT-GERMAIN (FRA)
— CHELSEA (ING)
— HANSA ROSTOCK (ALE)
— SCHALKE 04 (ALE)

Torcedores da Lazio fazem ato em homenagem a Mussolini, ex-ditador italiano

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Da ignorância do próprio o ofício

É inadmissível que um jornalista que trabalhe com futebol diga não saber o que significa “jogo de posição”. Há pouca bibliografia futebolística no Brasil e é fácil conhecer as principais obras. Incrível que Pedro Ernesto desconheça coisas tão bem explicadas nos livros de Guardiola.

Em minha ingenuidade, achei que todos os jornalistas esportivos liam as matérias de seu ofício. Mas eles preferem a xenofobia.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

VAR, cafezinho e profissionalização dos árbitros (por Alessandro Barcellos, presidente do Inter)

VAR, cafezinho e profissionalização dos árbitros (por Alessandro Barcellos, presidente do Inter)

A cena se tornou corriqueira nos corredores da Confederação Brasileira de Futebol: toda semana, rodada a rodada, presidentes de clubes largam seus afazeres para reclamar, em vão, da performance de árbitros no torneio mais importante do calendário nacional.

Para além do clubismo, o Sport Club Internacional entende que é hora de discutir profunda e seriamente como mudar este quadro que afasta torcedores e patrocinadores do futebol. Que coloca em xeque permanente a credibilidade de nossa maior paixão. Que dá asas a teorias conspiratórias. Que serve como cortina de fumaça para justificar erros técnicos e táticos de atletas e treinadores. E que pune, aleatoriamente, clubes que fazem um trabalho sério – e premia o jogo sujo dos bastidores.

Não, não se trata de choradeira após o dolorido desfecho que deixou a torcida colorada e, nós, dirigentes, com a sensação de que nos tiraram algo que nos pertencia. Trata-se de discutir até quando um esporte que, segundo a EY, movimenta R$ 52,9 bilhões por ano será decidido por árbitros que não têm dedicação exclusiva ao futebol.

Trata-se de levar a sério a paixão dos nossos consumidores. Ou fazemos isso ou o futebol irá por um caminho sem volta de esvaziamento, o que já se nota entre os mais jovens.

É incompreensível que a CBF, as federações e as agremiações não se movimentem fortemente no sentido de cuidar com zelo das equipes de arbitragem e tenhamos um quadro de profissionais que estude, treine e respire futebol 24 horas por dia.

Hoje, temos fuzileiros navais, dentistas, médicos legistas, vendedores, personal trainers e assistentes administrativos trabalhando em suas profissões em horário comercial e decidindo o destino e a alegria de milhões de torcedores como juízes.

Os dados estão à mesa. Não enxerga quem não quer. Nada menos que 16 dos 20 participantes da Série A de 2020 reclamaram formalmente do departamento comandado por Leonardo Gaciba. São incontáveis lances com falta de padronização de critérios, com falhas de interpretação, com intervenção clara e comprovadamente erradas nas decisões de campo.

O VAR, que foi vendido como panaceia para a arbitragem, virou instrumento para colocar ainda mais sombra sobre a credibilidade do nosso futebol.

Aqui não está em discussão apenas o pênalti claro contra o Corinthians, que tirou nosso tetracampeonato nacional, a falha grotesca na marcação de um pênalti fantasma para o Vasco – que nos rendeu a absurda suspensão de Cuesta – ou da intervenção externa que praticamente obrigou o juiz de campo a expulsar Rodinei contra o Flamengo.

Sem a camisa vermelha, meu propósito trabalhar incessantemente ao lado de outros presidentes de clubes e agir para garantir um espetáculo mais limpo.

A era do amadorismo acabou entre os jogadores há quase cem anos. Se a CBF não se mexer espontaneamente para mudar este cenário, os times precisam atuar em bloco no sentido de proteger a integridade do esporte. A mudança, está cada vez mais claro, terá de ser feita de fora para dentro, sem casuísmo.

Chega de cafezinho, coletivas irascíveis, desculpas esfarrapadas e notas oficiais. Chega de só reclamar quando há um erro contra seu time e de falar que faz parte do jogo quando se é beneficiado. É hora de os clubes arregaçarem as mangas, estudarem o que se faz lá fora, padronizarem critérios e trabalharem, juntos, para que o VAR nunca mais seja o craque do Brasileirão.

Alessandro Barcellos

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Efeito Casablanca — Prejudiquem os trouxas de sempre, por Juremir Machado da Silva

Efeito Casablanca — Prejudiquem os trouxas de sempre, por Juremir Machado da Silva

No Correio do Povo

Cada vez mais vejo o futebol com uma boa metáfora da vida. Há relações de causa e efeito. Há situações que se repetem. Há dominantes e dominados. Há desconfianças. De repente, no meio da pandemia, fico até constrangido de falar de futebol. Se o faço é por ver no futebol atualmente uma fresta de respiro ao meio ao caos para que pessoas se distraiam do horror que nos cerca.

No clássico filme “Casablanca” há uma frase que ficou famosa pelo seu delicioso cinismo: “Prendam os suspeitos de sempre”. No Brasil, em confrontos com cariocas e paulistas, vale o efeito Casablanca: prejudiquem os trouxas de sempre. O Internacional foi “operado” em 2005 em favor do Corinthians. Em 2021, 0 VAR, tecnologia criada para eliminar todas as polêmicas e já consagrada por só produzir confusão, entrou em campo e ajudou o Flamengo. Dá vontade de disputar o campeonato uruguaio. O bairrismo de cariocas e paulistas não tem limites. É preciso que ganhem sempre. São o centro do mundo (do nosso).

Nos últimos quatro jogos, o Inter, que vinha de nove vitórias seguidas, foi atropelado pelo VAR. Em Curitiba, contra o Athlético-PR, não foi dado um pênalti ao final do jogo. Contra o Sport, em Porto Alegre, o VAR não opinou sobre uma bola que saiu e resultou no segundo gol dos visitantes. Contra o Vasco, no Rio, o árbitro deu um pênalti claramente inexistente para os cariocas. Em consequência, tirou, com um amarelo, Cuesta do jogo contra o Flamengo. O cobrador, talvez envergonhado, errou o chute. Contra o Flamengo, numa decisão, em lance sem intenção, Rodinei pisou o pé de Filipe Luis. O árbitro nada deu. O próprio jogador do Flamengo reconheceu em campo que foi acidente. O VAR chamou o árbitro e o lateral do Inter foi expulso. Caminho aberto para a vitória do Flamengo e para a mitologia global: hegemonia. O mesmo árbitro, em lances iguais, em outras partidas não havia dado um só cartão vermelho.

O encadeamento de fatos, se a palavra não soar pomposa ou trágica, revolta. Internacional e Vasco era jogo decisivo. Não veio em televisão aberta para o Rio Grande do Sul. Falaram que era negócio. Vender jogo fechado. Passaram Corinthians e Flamengo. Curiosamente, neste domingo, paulistas não viram a “final” entre Flamengo e Inter, mas Corinthians e Vasco. Critério: paulista quer ver paulistas. Gaúcho tem de ver paulista e carioca dentro da ideia vira-lata de espanholizar o Brasil fazendo de Flamengo e Corinthians especiais. Talvez por isso os títulos tenham de ser reservados a eles. Isso revela uma visão de mundo. E assim vai: 2005, 2009, 2021. Neotáticos – deslumbrados por esquemas táticos e tecnologia –, Globo, CBE, cariocas e paulistas estão felizes. Uma vitória de Abel, considerado velho e ultrapassado, estraga o roteiro.

O efeito Casablanca acontece em muitas outras áreas. Quase todas. No futebol, o VAR se omite quando convém, interfere quando necessário e dá o óbvio para se mostrar neutro e técnico. Não falta nunca aos seus senhores. Claro que tudo isso pode ser enquadrado na categoria paranoia ou em teorias da conspiração. As coincidências são tantas que o inverossímil se torna factível. O campeonato ainda tem uma rodada. O Inter enfrenta o Corinthians em casa. O Flamengo pega o São Paulo fora. Pode acontecer um milagre. Parar Corinthians e Flamengo num mesmo dia, em que o primeiro pode ajudar o segundo e ambos fortaleceram o bairrismo Ri de Janeiro – São Paulo, seria uma façanha. Derrubaria o efeito Casablanca. O VAR permitiria algo assim?

Metáfora da vida, o futebol nos faz pensar: que lugar ocupamos em nosso lugar?

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

O Inter e seu fiapo de esperança

O Inter e seu fiapo de esperança

Foi um jogo de dois times esbodegados e que para mim foi perdendo a graça não apenas porque o Flamengo virou, mas em razão de sua ruindade como jogo de futebol.

Como (quase) todo mundo sabia, provavelmente perdemos o Covidão 2020 naquele jogo contra o Sport.

Ironicamente, o cara de um milhão de reais foi expulso no começo do segundo tempo e foi um dos causadores da derrota. Terá um bom ambiente ao retornar ao Flamengo… Será que não dá para pedir um desconto por motivo de utilização parcial?

Claro que a expulsão foi um exagero e jamais ocorreria sem o VAR. A gente vê em câmara lenta e parece grave. Vê em ritmo normal e dá a falta simples. E o Filipe Luís permaneceu em campo normalmente.

Ficamos com o quê? Um fiapinho de esperança ainda, um monte de bons jogadores jovens e ninguém diria que chegaríamos onde chegamos lá no início do campeonato.

Espero que o Miguel Ángel Ramírez esteja de olho no time.

Caio é apenas uma aposta e acho que podemos colocar Praxedes na mesma categoria, Rodinei e Lomba são muito fracos, Cuesta merece um companheiro melhor até o retorno de Moledo. Moisés é esquisito, mas estamos num país onde não se encontram laterais esquerdos bons. Guerrero e Boschilia têm que voltar anteontem, porque Peglow entra sempre apavorado.

A verdade é que falta futebol ao time do Inter. Jogávamos pouco com Odair, jogamos pouco nas decisões com Coudet, jogamos pouco com Abel. Eu estou cansado desse futebol operário, eu quero que a gente entre para jogar. Que Miguel Ángel chegue logo e melhore nossa postura. Vejam bem, quando o Patrick — que é bom jogador, gosto dele — vira craque, há algo errado.

E vamos lá. Nem estou tão triste porque comecei a cortar a madeira para meu caixão naquela noite contra o Sport. Foi aquilo ali o que decidiu. A noite de horror de Marcelo Lomba.

.oOo.

Eu não sei se há uma conspiração para o pró-Flamengo. Porém, é claro, o passado de Flamengo e Corinthians os condenam. Curiosamente, o corintiano Neto já tinha escrito em seu twitter lá por quarta-feira:

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

O camaleão contra o favorito, de Fabrício Carpinejar

O Inter foi o time mais camaleão do campeonato brasileiro. Além de liderar por dezesseis rodadas, merece ganhar porque se adaptou a uma competição sem torcida, no meio de uma pandemia, com limitações no elenco.

Não ficou reclamando da arbitragem ou das lesões. A cada queda, refez o seu elenco. Encarnou a salamandra mexicana, o axolotle, capaz de reconstituir por completo partes do corpo, como espinha e olhos.

Perdeu o goleador peruano Guerrero no início do campeonato, improvisou com Thiago Galhardo, que se consagrou o artilheiro da competição. Galhardo se machucou durante um mês, abriu vaga para o Yuri, que tomou conta do recado com dez gols.

Um dos destaques da lateral, o argentino Saravia, rompeu o ligamento. Surpreendentemente, Rodinei assumiu a posição com competência.

Quando experimentava alta performance, Boschilia enfrentou a mesma lesão, Praxedes subiu da base com brilho.

O xerife da zaga, Moledo, no seu momento de maior invencibilidade, sofreu comprometimento no joelho e perdeu o resto da temporada. O desacreditado Lucas Ribeiro cumpriu a função.

Nossas grandes contratações ficaram no departamento médico. Esperanças vieram imediatamente preenchendo o vácuo.

Das ausências, surgiu espaço também para os atacantes Caio Vidal e Peglow.

Dourado voltou aos gramados depois de dois anos de inatividade.

Moisés superou a desconfiança e assumiu a titularidade da lateral esquerda.

Patrick e Edenilson voaram sobre as mudanças, com o diferencial do drible e da assistência.

E ainda choramos com a despedida do ídolo D’Alessandro, depois de 11 anos no clube,

Inter tinha motivos de sobra para dar errado neste ano, mas se reconstruiu como nunca. Não é uma zebra, mas uma salamandra avançando em sua milagrosa regeneração, com a fome de um título que busca há 41 anos.

Acabou com a abstinência do Gre-Nal em partida heroica, aplicou a maior goleada da história do São Paulo no Morumbi, Abel Braga tornou-se o técnico com o maior número de partidas dirigindo o colorado (337), enganou as estatísticas e venceu nove partidas consecutivas, o novo recorde dos pontos corridos.

Tudo aconteceu neste Brasileirão, o mais sobrenatural do manto vermelho, o mais supersticioso, o mais inacreditável.

Pelas adversidades somadas, o grupo está fechado, compacto, motivado. Já havia sido descartado por todos os comentaristas como eventual vencedor.

Não há, então, nenhum medo para enfrentar o elenco multimilionário do Flamengo no Maracanã. Não temos nada a perder. O pior já nos aconteceu várias vezes na temporada. Já tombamos, já levantamos. Enfrentamos o desmonte como nenhum de nossos adversários. Qualquer substituto joga pela sua vida.

Não existe como cair, porque jamais saímos do chão, jamais tiramos os pés do chão, da humildade da nossa humanidade. O chão é o céu da salamandra.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Sobre os empates e de como eles matam em competições de pontos corridos

Sobre os empates e de como eles matam em competições de pontos corridos

Sergio Theodosio faz uma observação muito interessante sobre os 17 empates do Grêmio.

Imaginem se, em lugar de empatar 17, o humaitano (expressão minha) tivesse perdido 8 e ganho 9. Estaria com 10 pontos a mais. Ficaria com 63, a 3 pontos do líder.

Esse negócio ganhar 3 pontos por vitória obriga a tentar vencer, mas tem gente que não se deu conta. Por exemplo, no lugar de dois empates, é melhor perder uma e ganhar outra.

Mais: como escreveu o Marcelo Corsetti abaixo, no lugar de 3 empates é melhor perder duas e ganhar uma, pois vitória é critério de desempate.

.oOo.

José Fernando Cardoso: É sintomático que entre os quatro principais centros futebolísticos do País, só o Rio Grande do Sul ainda não teve Campeão no BRASILEIRO de pontos corridos. Até o Fluminense (!) ganhou e duas vezes (!!), como bem lembrou um amigo COLORADO com quem conversava hoje. Se dependêssemos da mentalidade da turma do Fernando Carvalho (herdeiro da ideia de futebol retranqueiro do Ibsen) ou de treinadores como o Odair, seguiríamos sem ganhar por toda a eternidade. Felizmente parece que no BEIRA-RIO o pessoal ultimamente tem percebido esse velho equívoco que é o amor pelo futebol cagão. Ok, o cara passa uns sustos com o TIME do ABEL, mas quando tem a bola o INTER procura agredir e ter objetividade e eficiência.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Boa tarde, Abel (com os lances de Athlético-PR 0 x 0 Inter)

Boa tarde, Abel (com os lances de Athlético-PR 0 x 0 Inter)

Abel, apesar de todos os teus enormes méritos neste campeonato e do recorde de nove vitórias consecutivas, conseguiste tornar nosso time pior ontem à noite. Se sem Dourado — fora pelo 3º cartão amarelo — o time já perde muito, a colocação de Marcos Guilherme botou uma pá de cal em nosso ataque.

Dourado facilita a vida da defesa e de todos. Praxedes, Edenílson e Patrick jogam mais com ele em campo. Ainda pior, deixaste Yuri sozinho lá na frente, como se fôssemos uma equipe que tivesse ido ao Paraná apenas para segurar um empate. O Athlético-PR veio pra cima e poderia ter nos ganhado o jogo. Depois OK, equilibramos a partida, que foi péssima de ver.

Espero que Caio Vidal, que ao menos é esforçado e tem cacoetes de atacante, possa voltar contra o Sport na próxima quarta-feira. Ou Galhardo, quem sabe. Porque Marcos Guilherme não tem condições e Peglow ainda não desabrochou. Entra sempre apavorado.

Nossos atacantes confiáveis são Yuri, Caio, Galhardo e Abel. E Guerrero, mas este não conta ainda.

Infelizmente, falta qualidade ao nosso time. Mas estamos vivos no campeonato. Precisamos contar com tropeços do Flamengo para poder levar o Brasileiro. A briga é contra uma verdadeira seleção que, teoricamente, é favorita em todos os 38 jogos do campeonato.

É óbvio que aconteceu um pênalti não marcado a nosso favor nos descontos. Mas é da vida. Os juízes acertam e erram.

Eu gostaria que esta fosse a última vez de Marcos Guilherme | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

.oOo.

A situação é esta:

Inter — 66 pts (19v e 26 gols de saldo)
Fla — 64 pts (19v e 19 gols de saldo)

Diferença de saldo de gols: 7

Faltam 4 jogos — 12 pontos em disputa

Jogos do Inter: Sport (c); Vasco (f); Flamengo (f) e Corinthians (c)
Jogos do Flamengo: Bragantino (f); Corinthians (c); Inter (c); São Paulo (f)

O Inter é campeão:

a) ganhando as 4, inclusive do Fla no RJ;
b) ganhando 3 e perdendo pro Fla no RJ, com a condição que Fla empate 1 dos outros 3 jogos (1e e 3v);
c) ganhando 2 e empatando 2 (entre elas o Fla no RJ); considerando que o Fla empate ainda mais 1 nas outras 3 (2e e 2v);
d) conquistando 1 ponto a menos que o Fla nos restantes 12 pontos em disputa;
e) conquistando 2 pontos a menos que o Fla nos restantes 12 pontos, condicionados de que o Fla não ultrapasse o Inter em quantidade de vitórias ou que Fla consiga tirar a vantagem atual do saldo de gols que é de 7.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Fuimos campeones

Fuimos campeones

Lembrei hoje de um extraordinário livro do jornalista argentino Ricardo Gotta. O livro é Fuimos Campeones. Gotta foi o cara que descobriu como o Peru entregou o jogo para a Argentina em 1978. São 300 páginas de história do futebol e de investigação, tendo por pano de fundo a ditadura militar argentina.

O livro é uma joia. Pouco a pouco, vamos montando o cenário até que o zagueiro peruano Rodolfo Manzo confessa, mais de 20 anos depois dos fatos.

Manzo era o principal suspeito. Afinal, logo após a Copa, ele assinou um lindo contrato com o Velez Sarsfield e depois com futebol italiano. Logo ele, um zagueiro modesto. Inexplicável. Ele mora até hoje na Itália, pois, em qualquer lugar que vá no Peru, as pessoas lhe dizem:

– Eres tu que te vendiste.

Ele e mais cinco. Só. Ninguém mais. Não lembro mais o motivo, só que Manzo ficou mais marcado. Seu companheiro de zaga, Velásquez, acusava o sexteto desde 1978.

Revendo os gols da partida, nota-se como Manzo abandona a marcação dos atacantes argentinos. Como escorrega no momento de enfrentar Kempes num dos gols, cai, pula em branco, uma doidice só.

Na época do lançamento do livro, fiquei amigo de Gotta, pois fiz uma pequena correção sobre um detalhe do futebol brasileiro em seu texto. Passamos a conversar por e-mail e ficamos de “charlar” um dia, coisa que nunca aconteceu. Em Fuimos, Ricardo também conta casos espetaculares de subornos, entregas e vendas em Copas do Mundo. O caso mais sensacional é o que segue.

1974. Final da primeira fase da Copa da Alemanha. A Argentina precisava imperiosamente vencer de goleada o Haiti, mas a Polônia, já classificada em primeiro lugar, tinha que ganhar da Itália. Para que, se já era a campeã do grupo? Um empresário argentino com negócios na Polônia foi escalado para abordar alguém da delegação polonesa. O escolhido foi Gadocha, outro bom negociante. O argentino perguntou a Gadocha se “Polonia iba salir a ganar”.

Ouviu o a seguinte resposta: “Isso dependerá dos argentinos”. Como a AFA não tinha cash, cada jogador argentino deu US$ 1.000,00, uma fortuna para jogadores que atuavam atrás do Muro. Sim, fizeram uma vaquinha. Os polacos foram com tudo e ganharam da Itália, enquanto a Argentina fazia 4 x 1 no Haiti. Tudo certo. No dia seguinte, Gadocha avisou a seus companheiros que a grana viria quando a Copa finalizasse para eles, antes da viagem de volta, para não dar na vista. Após vencerem o Brasil por 1 x 0 e de conquistarem o terceiro lugar, Gadocha simplesmente desapareceu. Com o dinheiro.

Saudades do amigo Gotta.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Renato, o mitinho

Renato, o mitinho

Renato Gaúcho, o bolsonarista, deu uma coletiva do seu tamanho. Li agora o monte de bobagens que ele disse ontem. São dignas do mito.

Lançando uma cortina de fumaça sobre a incapacidade de seu time, ameaçou jornalistas e incitou a torcida contra a imprensa. Como faz o Genocida.

Eu não tenho medo de vocês da imprensa, não tenho. Se vocês continuarem falando besteira durante a semana, vou começar a falar o nome de vocês. Aí vocês se resolvem com a torcida do Grêmio.

Ontem, ele falou mais do Inter do que do Grêmio.

E confessou a entrega.

Se aquele jogo (o Gre-Nal) tivesse sido diferente, o jogo de hoje poderia ter sido diferente também.

Como disse meu filho Bernardo, ter ídolos como Renato e Peninha deve ser um tipo de penitência.

Que permaneçam onde estão. Só falta o Romildo não renovar com o mitinho.

P. S. — Não gostaria que o Inter vingasse a atitude de ontem. Isso é colocar o interesse alheio acima do seu. Se fosse dirigente, mandaria vencer sempre. Acho que quem manda perder não tem moral para mandar vencer.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Eduardo Bueno, o tolo (uma curta consideração)

Eduardo Bueno, o tolo (uma curta consideração)

Vou deixar de lado a fala racista de domingo e me focar em outra característica do Peninha.

Lembram do grande goleiro Chilavert? Pois bem, era um jogo decisivo no qual o Paraguai poderia eliminar o Brasil da Copa de 2002 e ele era vaiadíssimo ao se dirigir para o gol de sua seleção no início da partida. Então, ele fez um gesto para a torcida, um gesto cujo significado era inequívoco: “Vocês estão com medo de mim”.

Pois é, ninguém perde tempo vaiando os ruins, quem é vaiado são Danrlei e Falcão, Fernandão e Geromel, não os adversários incompetentes. Ninguém vaia Isaque, Kannemann ou Churín, mas sim Ronaldinho, Maicon e Pepê. Ninguém vaia Guilherme Parede, mas sim D`Alessandro. Por quê? Ora, por medo, porque os caras bons de bola são a ameaça. Vaia-se a quem se respeita a capacidade.

Sempre rio quando Eduardo Bueno faz caras e bocas e cospe para demonstrar seu ódio e nojo ao Inter — aquilo é respeito e medo. Só que ele não nota a homenagem que nos faz. É tolinho. Se nos desprezasse mesmo, não falaria em nós.

É como fez André Lima quando comemorou o primeiro gol do Grêmio na Arena. Ele imitou o goleiro do Mazembe, fazendo uma grande e inadvertida homenagem ao Inter. Medo. Daqui 30 anos, as pessoas vão olhar aquilo e pensar somente na estranheza do movimento. Parecerá algo mezzo sexual, sei lá.

Quando os gremistas reclamam que eu falo no Grêmio, deveriam pensar antes que eu os respeito e temo. E terão razão.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

DENÚNCIA !!!!

Acabei de passar por uma situação embaraçosa num supermercado aqui de Porto Alegre, que não vem ao caso citar o nome, mas que todo mundo conhece.

Achei que isso só acontecia com algumas pessoas, mas pelo visto está generalizado.

Já na entrada, notei um olhar um pouco estranho dos seguranças.

Fui na parte das cervejas e quando me dou por conta, estava um dos seguranças me seguindo, fui pegar umas bolachas e quando olho, tinha outro me seguindo. Quando fui ao caixa, ele continuou a me seguir. Fui obrigado a comparecer à gerência a fim de relatar a situação.

Ele chamou um dos seguranças pra saber o que estava acontecendo.

E eis o que ele responde: “Nós notamos a camisa do Inter que o moço vestia e apenas seguimos o líder”.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Boa tarde, Abel (com os gols do Inter 2 x 1 Grêmio de ontem e projeções)

Boa tarde, Abel (com os gols do Inter 2 x 1 Grêmio de ontem e projeções)

Merecimento é tudo que não conta em futebol, mas o Inter jogou melhor. Quase perdeu o jogo numa bobagem de Lucas Ribeiro, porém virou com um gol aos 45 min do segundo tempo e outro nos descontos. Houve um pênalti em Ferreira que não foi marcado e logo depois Kannemann cometeu outro e o juiz deu. (Aliás, Kannemann faz uns dois pênaltis por jogo, todo jogo e sempre).

E foi este pênalti bem assinalado que resultou na virada. Renato chorou feia e longamente, mas tive frouxos de riso foi com o Bolzan. Os dois tiveram uma súbita Síndrome de Bartleby — um desistiu do campeonato, o outro de reclamar da arbitragem, apesar de ter feito isso por dez minutos sem parar. “Não reclamo mais pra Comissão de Arbitragem, não falo mais em juiz, porém, no Gre-Nal de hoje fomos roubados blá-blá-blá…”. Conheço o gênero. Bastaria ver o gol que tomamos no Gre-Nal do primeiro turno para fazê-lo calar.

Abel Hernández aproveitou a falha de Kannemann para marcar | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

E que bom que dois jogadores negros marcaram. O que alguns poucos e barulhentos torcedores gremistas disseram nas redes após o jogo, contra o Inter e o árbitro, justifica este parágrafo e não mais do que ele.

Achei legal o fato de Sarrafiore ter imitado Yuri ao marcar contra o São Paulo, mas muito mais incrível foi Rafael Moura, um ex-jogador do clube e atualmente sem vínculo, que pulou como um saci logo após marcar um golaço contra o Santos. Poucos são os atletas que saem do Inter e não se tornam colorados. É a simples questão de ser delicioso, atraente, cativante, deleitável.

Para rimar, digo que está tudo favorável, é só manter a regularidade que outros times não conseguem sustentar. Mas há o Flamengo com seu supergrupo de jogadores. Sim, tenho medo deles.

.oOo.

O professor e estatístico Tristão Garcia calculou que o Inter tem 75% de chances de se tornar Campeão Brasileiro de 2020. Ora, professor, não me venha com essa, é muito menos. São 6 jogos, 18 pontos e o Grêmio ameaça entregar seus jogos contra Flamengo e São Paulo, o que é bem crível, pois fatos que tais já ocorreram na nem sempre digna história da dupla Gre-Nal.

Na minha opinião, o grande adversário do Inter é o Flamengo. Se o Inter tem 62 pontos e 6 jogos por jogar, o Fla tem 55 e 7 pendentes. Ou 58 pontos e 6 pendentes, porque o Grêmio vai entregar o jogo de quinta-feira contra o Fla, conforme anunciou seu técnico.

Os jogos do Inter:

Inter x Bragantino
Athletico-PR x Inter
Inter x Sport
Vasco x Inter
Flamengo x Inter
Inter x Corinthians

Os do Flamengo:

Grêmio x Flamengo
Sport x Flamengo
Flamengo x Vasco
Bragantino x Flamengo
Flamengo x Corinthians
Flamengo x Inter
São Paulo x Flamengo

Mas há o São Paulo, que tem 58 pontos e 6 jogos pela frente. Está em severa decadência, mas sabe-se lá:

Atlético-GO x São Paulo
São Paulo x Palmeiras
São Paulo x Ceará
Grêmio x São Paulo
Botafogo x São Paulo
São Paulo x Flamengo

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Inter e Flamengo tem os mesmos jogos até o final do Brasileiro 2020

Inter e Flamengo tem os mesmos jogos até o final do Brasileiro 2020

Uma incrível coincidência: Inter e Flamengo jogarão contra os mesmos adversários até o final do campeonato.

Faltam 7 jogos para o Inter (59p, 17v) e 8 para o Flamengo (55p, 16v). O jogo a mais do Flamengo é contra o São Paulo.

Dito de outra forma: os dois jogam contra os mesmos times, à exceção do SP que já jogou contra o Inter, OK?

A diferença a nosso favor é que jogamos 5 em casa e 3 fora.

A diferença em favor deles é que o Grêmio vai entregar pra eles e que o confronto direto é no Rio.

Temos que torcer pro Vasco estar livre do rebaixamento e facilitar pra nós também. Ou estar rebeixado definitivamente.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Bom dia, Abel (com os gols da demolição de ontem)

Bom dia, Abel (com os gols da demolição de ontem)

O Inter demoliu o velho Morumbi ontem à noite. Li por aí que nós tínhamos o melhor atacante do Brasil e ele se lesionou, então entrou o melhor atacante do Brasil e ele se lesionou, então entrou o melhor atacante do Brasil. Espero que este não se machuque. 5 x 1 no São Paulo, chegando à liderança após 7 vitórias consecutivas, não é todo dia.

Agora, vamos enfrentar nosso grande problema de 2020: o Grêmio. O tradicional adversário não é vencido há 11 Gre-Nais e nos ganhou a maioria destes. Para piorar, eles são Os Reis dos Empates. Dos 30 jogos que fizeram no Brasileiro, empataram 15. É tanto empate que eles perderam só 3 das 30. Ou seja, dá pra dizer que o Grêmio não perde e tem dificuldades para ganhar. Mas de nós eles ganham.

Abel arrumou o Inter. Mesmo sem Guerrero, Saravia, Boschilia, Moledo e Galhardo — todos jogadores fundamentais –, o time tem mantido um padrão muito alto. Para tanto, houve um espetacular crescimento de jovens como Yuri, Praxedes e Lucas Ribeiro, de experientes como Edenílson, Patrick, Moisés e Cuesta, de ascendentes como os eficientes Caio Vidal e Peglow e de craques como Dourado.

Sorte? Não! Capacidade de observação de Abel que, irritado pelas críticas que recebeu de só usar medalhões, olhou atentamente os jovens e a base.

Não me incomodo com a vingança de Abel. Ela é doce e não queria estar na pele do Alessandro Barcellos. Eu também contrataria Miguel Angel Ramírez. Afinal, o início de Abel foi uma tragédia e tudo indicava que ele morreria melancolicamente abraçado no sem-título Marcelo Medeiros. Mas o espanhol está contratado e a competência de Abel colocou todo mundo numa sinuca de bico.

Bem, eu não fui eleito presidente, minha função é de pagar em dia a mensalidade de sócio — e ela está em dia. Desta forma, apenas digo: “Resolve da melhor maneira, Barcellos! Pior é resolver perrengue de time que não ganha.”

E um brinde ao Spica!

E, Abel, que beleza! Bom Gre-Nal pra nós! Nem precisa golear, tá?

O que Abel disse ontem após o jogo:

“Quem está dando a virada são os jogadores do Inter. Eu faço parte de uma engrenagem. Eu sempre aprendi na vida a não me entregar. A cair e levantar. Sem nenhum orgulho, orgulho eu tenho dos meus jogadores. Mas ninguém ganha tantos títulos por acaso. O que aconteceu hoje não vai se repetir em 20 anos. Nós soubemos sofrer, controlamos o São Paulo e chegamos à vitória. Muita coisa foi treinada. Isso dá uma grande satisfação. É aquele negócio: os jogadores estão acreditando no trabalho, naquilo que se faz. Nós nos colocamos no bolo, na confusão. A vitória não nos transforma em favoritos. Goleada assim não se repete. Não vamos ter ou sentir qualquer tipo de soberba. Uma coisa é certa, o time jogou muito com a cabeça. Todas as decisões foram assim. Não vou dizer que foi uma atuação de campeão, mas teve a sorte que o campeão sempre tem. Espero que continue”.

O Gre-Nal:

Vamos conversar muito porque o lado anímico em um clássico decide. O Grêmio entra com um retrospecto favorável (11 clássicos sem derrota) e isso dá vantagem. Temos de trabalhar este lado. Assisti a pelo menos seis ou sete dos últimos Gre-Nais. O que eu senti? Um Inter intranquilo diante de um adversário calmo. Então, não podemos deixar o adversário em uma zona de conforto. Você não ter tanta ansiedade, não pode ser afoito diante de um time como o do Grêmio“.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Ainda o Spica…

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Marinho, Cruzeiro, Bolsonaro e o gerenciamento de crises

Marinho, Cruzeiro, Bolsonaro e o gerenciamento de crises

O Santos elimina o Boca Juniors da #Libertadores2020. Ao final da partida, seus jogadores cercam o diretor de futebol e, felizes, comemorando a vitória, pedem um pix. Eles se esforçaram muito no jogo, foram brilhantes. Os salários estão atrasados há dois meses.

Corta.

Após perderem para o último colocado Oeste, os jogadores do Cruzeiro saem irritados de campo. Jogaram mal, alguns foram displicentes. Vão ficar na Série B. E deram entrevistas falando mal do clube e dizendo que ninguém imagina o que é o ambiente onde têm que viver. Os salários estão atrasados há dois meses.

O prefeito Sebastião Melo compra 25 mil doses preventivas de cloroquina do governo federal. É o PMDB. Deve ser pagamento de um favor, algo assim.

Falta oxigênio em Manaus. Pacientes com Covid são mandados para outras cidades, que não querem recebê -los. Belém está agitada com a provável chegada de manauaras doentes.

E Bolsonaro, o palhaço idiota, o grosseiro e nojento pilantra cretino eleito democraticamente por milhões de ignaros? É tanta coisa que teria a dizer do genocida que nem sei por onde começar. Gerenciamento de crise…

Me faz um pix?

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Quais serão as últimas rodadas dos líderes do Brasileiro

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

O segredo das vitórias consecutivas do Inter

O segredo das vitórias consecutivas do Inter

Vou contar um segredo pra vocês.

Sabem por que o Inter ganha? Por causa do Spica. Sim, eu mandei arrumar o velho rádio de pilha de meu pai — fabricado lá em 1965. Esse rádio sempre deu sorte e vocês imaginam a data na qual o Daniel Morales da Silveira me devolveu o rádio em perfeito funcionamento?

Pois é, no dia do jogo contra o Boca. Depois daquele dia, foram 6 jogos e 6 vitórias. Todas ouvidas no Spica.

Não é o Abelão. É ele.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!