A sinuca de bico em que se encontra o Inter

A sinuca de bico em que se encontra o Inter

Não, não há nenhuma desgraça em curso. O problema com que o novo presidente Alessandro Barcellos se depara antes da posse — que ocorrerá na próxima segunda-feira, 4 de janeiro de 2021 — é o fato de que, aparentemente, ele acertou com o técnico Miguel Angel Ramírez quando Abel estreava mal no Covidão 2020 e agora Abel está franca recuperação, tendo vencido seus 3 últimos jogos após um bom empate contra o Atlético-MG fora de casa.

Tirar Abel agora parece sacanagem, mas acho que não é. Ou os novos dirigentes têm convicção sobre o caminho que desejam para sua Comissão Técnica ou vão para a praia e deixem tudo como está.

A comparação entre as campanhas de Abel e Coudet não ajuda muito. Abel é inferior em tudo, mas não o suficiente. Temos que considerar que ele, Abel, foi o técnico Campeão Mundial pelo clube em 2006, mas que foi com ele que fomos eliminados na Libertadores e na Copa do Brasil de 2020.

Abaixo copio e atualizo um comparativo entre as campanhas de Coudet e Abel que encontrei por aí.

Coudet x Abel no Covidão 2020:

Eduardo Coudet:
20 jogos
36 pontos
10 vitórias
6 empates
4 derrotas
Aproveitamento de: 60%
Gols feitos: 32
Gols sofridos: 18
Saldo: 14

Abel Braga:
7 jogos
11 pontos
3 vitórias
2 empates
2 derrotas
Aproveitamento de: 52,3%
Gols feitos: 9
Gols sofridos: 8
Saldo: 1.

A coisa é muito parecida, mesmo que Abel tenha menor aproveitamento, menor média de gols feitos, maior média de gols sofridos e menor saldo. E há que considerar o fato de que há uma tendência de melhora, a ver pelos últimos jogos.

Bem, Barcellos foi eleito para resolver este tipo de problema. Boa sorte!

O melhor seria se Abel Braga ficasse no Inter até o final do Brasileirão, conforme propôs Barcellos.

Isso serviria para demonstrar o respeito pelo ídolo (real) que Abel é, mas que a ideia do Departamento de Futebol é a de um trabalho a longo prazo com o espanhol.

.oOo.

Eu prometi não escrever sobre os jogos do Inter enquanto Marcelo Medeiros fosse o presidente. Por isso, deixo de lado o Bahia 1 x 2 Inter de ontem à tarde.

Vai embora Rodrigo Caetano, depois de dois anos de trabalho, deixando como maior legado a destruição completa do trabalho feito pelo melhor treinador que esteve no Inter nos últimos 10 anos, única e exclusivamente por questões de ego e de má gerência.

Vai embora Marcelo Medeiros, depois de quatro anos de trabalho, deixando como maiores legados nenhum título conquistado — nem Gauchão! — e uma enorme dívida.

Vão embora Dale e Musto e nada pode ser mais antitético. É triste a saída do primeiro e é ótima a do segundo.

Espero que haja a tal Estratégia Anual, Barcellos…

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Boa tarde, Coudet (com os gols de Inter 2 x 2 Flamengo)

Boa tarde, Coudet (com os gols de Inter 2 x 2 Flamengo)

Paulo Cobos escreveu:

Escrevo esse texto minutos depois de Internacional e Flamengo fazerem o jogo do ano. E faço isso sem olhar as estatísticas. Não importa posse de bola, finalizações, etc. Elas podem até traduzir o que aconteceu no Beira Rio (ou não).

Mas o que importa é a aula de futebol que dois técnicos estrangeiros deram para seus colegas brasileiros.

Aleluia! Marcos Guilherme jogou bem! | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

O VT do empate de 2 a 2 deveria ser aula obrigatória para todos os treinadores nacionais. Se pelo menos um terço de todos os jogos realizados no Brasil fossem como este muito mais gente gostaria de futebol.

E não é por que foi um jogo em que todo mundo atacou. Coudet, com um elenco muito mais modesto, mostrou que é muito mais completo que Jorge Sampaoli. Seu Internacional sabe atacar, e defender (nesse ponto o Atlético-MG é bem fraco).

O espanhol Domènec Torrent mostrou de novo que tem personalidade. Não faz mal que ele herdou a máquina mais azeitada do futebol brasileiro. Seu Flamengo promete ser tão bom quanto o de Jorge Jesus.

Que sonho se todo domingo de futebol brasileiro fosse assim.

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Pois é. E a gente reclama das entradas de Pottker, Musto e Moisés… E talvez tenhamos razão, pois são umas nabas. Só que Rodrigo Caetano afirmou ontem, com ar de defunto, que é quase certo que o Inter atrasará os salários de outubro. Nas trocas, tínhamos que colocar Johnny, Leo Borges, Praxedes, Nonato, Peglow… Nunca os coitados que entraram ontem. E mais, hoje não era jogo para D’Alessandro entrar. A partida necessitava de força e nosso velhinho não conseguiu acompanhar.

Bem, quanto mais leio críticas a jogadores do Inter mais valorizo o trabalho de Coudet. Quase no final do 1º turno (18 jogos), ainda somos líderes.

Foi um mesmo um jogão. O time titular do Inter realmente sabe o que faz, mas quando entram os reservas escolhidos por Coudet parece o fim do mundo. Jogamos bem e deveríamos contratar, mas não há como. Os jogos da semana são fora de casa e viáveis de vencer. Resta saber como reduzir os danos de tantos jogos com um grupo tão reduzido.

Importante dizer que — além das habituais boas atuações dos conformados — Heitor, Abel e Marcos Guilherme jogaram muito bem, com destaque para o primeiro.

Sempre às 19h e fora de casa, pegaremos o Atlético-GO e o Corinthians — nunca esqueçamos dos árbitros que amam o Coringão — na quarta e sábado. É semana de jogar fora e de ver como Coudet irá usar o pequeno grupo do qual dispõe. Mas o homem é um baita técnico.

Fizemos um grande primeiro tempo. Eles tiveram melhor a bola no segundo. Muitas situações pelos dois lados. Com um rival desta hierarquia, necessitava concretizar as chances. É um rival com muito talento, é um timaço. Tivemos que mudar à medida do jogo. Trocamos a estratégia. Repito: não temos a sorte de contar com jogadores das mesmas características de quem inicia. Sabemos nossas limitações, mas que podemos dar um pouco mais. Temos feito um grande torneio. Não é fácil somar 35 pontos. É difícil falar agora. Estamos com a dor de escapar dois pontos no final, mas reconhecer que o Flamengo tem um grande time, com jogadores de muita qualidade. Quando troca, segue entrando jogadores muito bons. Os dois queriam os três pontos“.

Eduardo Coudet

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Boa tarde, Coudet (com os lances de La U 2 x 1 Inter)

Boa tarde, Coudet (com os lances de La U 2 x 1 Inter)

Após uma classificação sem brilho, jogando fora bisonhamente a possibilidade de um primeiro lugar e com os entregadores Musto e Cuesta mexendo no placar contra nós, pegamos o Boca Juniors nas oitavas. O sorteio foi horrível para nós e muito bom para o Grêmio. Nossa única chance de chegar às quartas-de-final era o sorteio nos brindar com o Nacional de Montevideo, o equatoriano Delfim ou o Guaraní do Paraguai nas oitavas. Veio o Boca, com o segundo jogo em La Bombonera. O Guaraní foi para o Grêmio. Parabéns, Inter. Parabéns, Coudet. Deu tudo errado.

Musto preparando um contra-ataque, contra nós, certamente | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

Ou seja, entrar com Pottker e Musto custou-nos muito caro. Caríssimo. E com isso falo sobre valores financeiros e de continuidade na Covidadores 2020. Se tivéssemos ganho o jogo de ontem, estaríamos no confortável lugar do Grêmio. Mas o Inter é assim mesmo: administra suas coisas burramente e mereceu a derrota de ontem para a fraca La U.

Desta forma, vamos sair logo da Covidadores. Espero que possamos dar uma atenção decente ao Covidão 2020 e a Copa do Brasil. E que Pottker vá para o Cruzeiro. Felipão gosta, nós não.

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Bom dia, Coudet (com os lances de Inter 2 x 0 Vasco)

Bom dia, Coudet (com os lances de Inter 2 x 0 Vasco)

No último domingo, vencemos o Vasco por 2 x 0. Vencemos um time que não ganhava há sete rodadas e que nem tinha treinador efetivado. Vencemos podendo assumir a liderança e estreávamos um novo uniforme. Foi deste modo que Coudet rasgou o Estatuto do clube. E, vajem bem, somos líderes jogando com as nabas Rodinei, Uendel, Lindoso e Marcos Guilherme. Uma coisa de louco, considerando-se nosso histórico.

“Não faço intencionalmente, é minha maneira de sentir o futebol, fazer parte do grupo, tirar o melhor de cada jogador. Infelizmente, eles (jogadores) têm que me aguentar, como aguentaram os outros grupos que dirigi. Sou intenso, insuportável, mas quero o melhor para eles”, disse Coudet na coletiva pós-jogo.

Galhardo parece não saber errar pênaltis | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

Fizemos um belo primeiro tempo, abrimos 2 x 0 e tivemos um segundo tempo “de Minelli” — só para garantir o resultado, mas sem dar chances ao adversário. Não apertamos o ritmo pensando no jogo de quinta-feira, quando precisamos de um empate para nos classificarmos na segunda colocação do Grupo E da Libertadores. O adversário é a Universidade Católica, em Santiago do Chile. E domingo teremos o jogo contra o vice-líder e favorito para levar o Covidão 2020, o atual campeão Flamengo. Não vai ser fácil.

Mas estamos bem e alcançamos tudo isso tendo o fraquíssimo Marcelo Medeiros na presidência e um departamento de futebol desestruturado pela recente saída do diretor Alessandro Barcellos.

Tomara que os candidatos à presidência do clube — haverá eleições em dezembro — tenham a lucidez de dar continuidade ao trabalho do Coudet.

Aliás, teremos dez dias agitados pela frente.

Na quinta-feira, como disse, definiremos a classificação à próxima fase da Libertadores contra o já eliminado Universidad. A vaga está praticamente garantida. O desastre teria que passar por derrota no Chile, combinada com uma goleada do América sobre o Grêmio em Canoas. Sempre esperamos o pior do tricolor e raramente nos decepcionamos.

Na volta, o time nem terá tempo de treinar. Enfrentaremos o Flamengo em um confronto que vale a liderança do Brasileirão.

Para completar, passados os dias de Libertadores e Brasileirão, o Inter tem um terceiro campeonato. Vai na quarta-feira seguinte a Goiânia para o início dos jogos em mata-mata contra o Atlético Goianiense, pelas oitavas da Copa do Brasil. É jogo para seguir seguir sonhando e mais: há uma cota generosa envolvida. Pensem na crise…

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Bom dia, Coudet (com os lances daquilo de ontem)

Bom dia, Coudet (com os lances daquilo de ontem)

Meu caro Coudet. Acho que tu tens boas ideias e gostaria que permanecesses no clube, mas as boas ideias têm de ser acompanhadas de bons resultado. Se não for assim, o treinador dança. Estamos no Brasil e aqui os ignorantes parecem ter calma só com o governo. O romantismo da agressão vale apenas para o futebol, de resto, somos uma comunidade pacífica de indignados, como escreveu o grande Miguel Torga.

Foto: Ricardo Duarte | SC Internacional

O fato é que, apesar da segunda colocação no Brasileiro e da liderança na Libertadores, tu estás nocauteado pelos fatos e o que tens feito não te ajuda em nada. E tem Gre-Nal no próximo sábado, depois do jogo contra o América em Cali pela Libertadores.

Sim, tens pouco time, mas escalar Musto e Lindoso juntos… Insistir com Marcos Guilherme… Colocar Moisés em campo… Às vezes, tu escalas Rodinei… E, pior, insistes com o tal do Zé Gabriel…

Só falta tu entrares com Musto, Zé Gabriel e Marcos Guilherme em Cali.

Sim, há uma campanha para te derrubar. Ela parte da imprensa e de uma boa fatia da torcida. Virá um merda para o teu lugar, claro. Depois eles colocam a culpa no Guerrinha (outro incompetente) e nos diretores. Lembro do que foi feito com o Aguirre, lembro das consequências. Tudo começou naquele 5 x 0 e acabou na Série B. Mas a maioria é burra e não liga fatos.

Os dirigentes também são péssimos. Tu tens um presidente que está fechando 4 anos de gestão sem nenhum título. Nem Gauchão ele conseguiu! Marcelo Medeiros é patético. Tinhas um cara razoável do teu lado — Alessandro Barcellos –, mas o presidente não suportou ficar ao lado de quem será candidato a presidente, mesmo que ele não possa mais ser reeleito graças a deus.

Agora, leio que Dale não viajou para Cali por problemas particulares. Sei… Entendi… Num time que conta com um presidente tão fraco e ainda bolsonarista tudo pode acontecer, né? Vai ver o gringo foi franco.

E assim vamos em queda livre.

Faça algo pela vida, Coudet. Tens pouco tempo!

E aprenda:

(1) Com bons resultados, com treinador e grupo fechados, a direção não consegue demitir.

(2) Vocês são profissionais, é diferente, mas saiba que colorados mesmo só na torcida… Hoje, na gestão do clube, só temos gente interessada em dinheiro e manutenção de poder.

Boa sorte na terça!

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Bom dia, Coudet

Bom dia, Coudet

Coudet, tu deste 4 belas entrevistas na semana passada. Mas estavas também treinando o time. Podemos não chegar a título nenhum, mas dá gosto ver o Inter jogando sem medo e com inteligência tática. Há quanto tempo eu não via isso? Há mais de dez anos, certamente.

Este é um dos melhores começos de campeonato brasileiro da história colorada. Só em 1978 (6 vitórias), 1975 e 1979 (5 vitórias e um empate) começamos melhor. E em 1974 e 1976 tivemos o mesmo começo (5 vitórias e uma derrota).

Ademais, os acertos são incríveis. A colocação de Thiago Galhardo como centroavante e a sequência de boas atuações do Zé Gabriel na zaga são coisas sensacionais.

Mesmo com a inacreditável sequência de lesões e covids, o time demonstra perfeito conhecimento do esquema adotado, sempre de agressividade e postura propositiva. Afinal, temos 4 atacantes fora: Guerrero, Peglow (covid), Yuri e Pottker, considerando que o último seja jogador de futebol e atacante. Sobram apenas Galhardo, Marcos Guilherme e Dale, que se faz de atacante às vezes. Mas os caras entram e fazem o que se espera deles.

Dentre as indicações de Coudet, Saravia é um monstro — resolveu o problema secular da lateral direita que vem mal desde Edson Madureira (hoje com 76 anos), Cláudio Duarte (hoje com 69) e Edevaldo (hoje com 62), com um tímido voto de louvor a William (hoje no Wolfsburg). E não há exagero no que digo.

Bem, aos poucos vamos voltando aos nossos “Bom dia”. Este foi apenas um aquecimento.

Só a calça cai com Coudet | Ricardo Duarte / SC Internacional

 

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Bom dia, Coudet (com o melhor de Inter 3 x 0 Católica)

Bom dia, Coudet (com o melhor de Inter 3 x 0 Católica)

Coudet tem a enorme tarefa de limpar da cabeça dos jogadores do Inter os anos em que marcávamos um gol e íamos “proteger nossa casinha”. E, ao menos ontem, essa nojeira implantada por Fernando Carvalho, Roth, Argel, Odair e outros menos votados não apareceu no Beira-Rio.

A personalidade do SC Internacional é vermelha, viva e alegre. Fica mal calcular. Não nos cai bem. Enfiem a calculadora onde quiserem, porque agora, com Coudet, a gente joga 90 minutos do mesmo jeito, dentro e fora de casa.

Alívio | Foto: Ricardo Duarte (Divulgação / SC Internacional)

Dia desses, estava com saudades de Minelli — até lembrei de seus 91 anos — ou seja, estava com saudades de um técnico que não parecesse um inimigo na casamata.

Escrevam: acho que Coudet acabará sendo muito amado pela torcida. Enquanto isso acontece, nos últimos dias, parte da imprensa dedicava seu desconhecimento futebolístico a atacar Coudet.

Por exemplo, ontem, ficou claro para mim que Musto (ou quem jogar naquela função) é um líbero, mas quantos da imprensa gaúcha sabem sobre como jogavam Giacinto Facchetti ou Franz Beckenbauer, que faziam funções atrás, ao lado e à frente da zaga? Não, minha gente, ele não joga de volante, joga como LÍBERO. Quantos viram Figueroa fazendo o mesmo com Minelli?

Só que no passado havia o volante. O volante de Coudet avança conforme o líbero avança. O líbero o empurra à frente. E vou contar um segredo pra vocês: daqui algumas semanas esse cara — o volante móvel — será Praxedes, OK?

Bem, ontem foi um jogo muito enervante. Juca Kfouri disse que a partida deveria ter sido 9 x 0. Pois é. Poderíamos ter feito uns 3 já no primeiro tempo, mas a bola não entrava ou não caía no pé de quem tem intimidade com as redes. Falta-nos artilheiros. Marcos Guilherme é bom jogador, mas me parece exímio em perder gols.

E então, após 60 minutos de massacre, com as nuvens da desgraça do 0 x 0 se aproximando do Beira-Rio, finalmente Guerrero marcou. E poderíamos ter feito mais 5, tal o volume de jogo e a surpresa dos chilenos, que nunca viram atacantes marcando como se fossem defensores. Não, não fomos proteger a casinha. Ganhávamos o jogo, atacávamos e marcávamos na área do adversário. Lembro que no Gre-Nal que perdemos também pressionamos. Com 10 jogadores, pressionamos e atacamos.  É outro treinador.

A atuação de Thiago Galhardo fará Coudet coçar a cabeça em dúvida. Ele pressionou a defesa, armou, correu, chutou, foi inteligente e me pareceu uma boa alternativa a nosso craque D`Alessandro. Essa tem toda a pinta de ser a nova “crise” a ser adubada por jornalistas com pouca farinha no saco: Galhardo ou Dale? Dale no banco? Oh, meu deus!

Na verdade, bom era quando Parede substituía Dale… Não achas, Roberto Melo?

Para terminar, digo que Coudet sabe lançar os guris da base. Faltavam 15 minutos, o jogo era importante e estava ganho. Quem entra? O menino Praxedes. Lembram de como Odair queimava os guris? Colocando-os nos minutos finais a fim de virar jogos. Quantas vezes Papito lançou Sarrafiore e outros no crematório? Pois é.

Até Rodinei jogou bem. O único senão foi Bruno Fuchs. Ele estava nervoso, hesitante e errando passes. Mas nada que não possa ser corrigido. Ele não é Bruno Silva.

Desculpem as referências a treinadores anteriores. É que aguentei anos essas pragas. É natural que lembre do holocausto.

Abaixo, os melhores lances de ontem à noite:

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Resumo do início de Coudet

Resumo do início de Coudet

O ranço de parte da imprensa a respeito da presença de Eduardo Coudet na casamata do Inter — e que é amplificado pela parte toda da torcida — é incompreensível.

OK, também acho que a retirada de Moledo foi precipitada, Bruno Fuchs ainda não é melhor que Moledão, mas a postura do time, hoje, está muito mais próxima daquela esperada em um time grande.

Vejamos quais foram os treinadores desde o último título importante do Inter: Fernandão (2012), Dunga (2013), Clemer (2013), Abel Braga (2014), Diego Aguirre (2015), Argel (2015-2016), Falcão (2016), Celso Roth (2016), Lisca (2016), Zago (2017), Guto Ferreira (2017), Odair (2017-2019) e Zé Ricardo (2019).

Destes, quem é realmente do tamanho do clube? Abel, certamente. Aguirre, quem sabe. Os outros eram um bando de medrosos que davam entrevistas falando em “proteger a casinha”.

Ademais, Coudet sofreu zero gols na pré-Libertadores e teve o melhor início de treinador desde Dunga, considerando estes dez primeiros jogos. Só que Dunga jogava apenas o Gaúcho em 2013.

E Coudet está modernizando — na verdade, está alterando radicalmente — o modelo tático do clube. Hoje, estamos jogando no campo adversário, projetados à frente. Nada de “time reativo” como o de Odair. Estamos marcando forte no campo adversário, sem recuar. Em quase todos os jogos tivemos mais posse de bola e oportunidades de gol.

O planejamento é claro e objetivo. Há um conceito por trás de cada ação. Quem não vê… Olha, só lamento, porque quem não vê… Tem problemas de observação no futebol e talvez fora dele.

Há falhas? Sim! Os laterais não foram bem, o armador central não funcionou, mas dizer que Coudet está no caminho errado é uma completa tolice.

Com o grupo em formação, com jogadores que preocupam por sua idade e implantando uma mentalidade de time grande num grupo acostumado a fazer um gol e recuar ou a apenas especular fora de casa, acho que Coudet vai muito bem, obrigado.

Vejamos hoje.

.oOo.

Alexandre Ernst, no Twitter:

Coudet rasga elogios ao Praxedes, que passará por um processo de fortalecimento muscular e não arregou quando perguntado se jogaria uma Libertadores com a camisa do #Inter. Acaba, ainda, com a questão Musto-Lindoso: quando o time engrenar, será UM ou OUTRO!

Coudet é DE LONGE o treinador com maior entendimento do “novo futebol” que o #Inter contrata desde Tite. Vou seguir dizendo e fazendo voz por aqui: DEIXEM O CARA TRABALHAR!!!! De Argel a Odair temos MUITO a corrigir e trabalhar, principalmente na questão TÁTICA! Vai funcionar!!!

Eduardo Coudet, implantando inédita intensidade nesta década | Ricardo Duarte (SC Internacional)

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Coudet e deus

Coudet e deus

Incrivelmente, parte da imprensa está pressionando Coudet. É que o argentino não tem a aprovação de deus FC, em razão de sua independência. Coudet escala quem quer e ponto.

FC é a maior desgraça do Inter pós-2006.

Já li gente que gosta de futebol ofensivo falar com saudades de Odair…

Acho que tem muita coisa rolando por lá. Há mais coisas entre o céu e a terra além dos aviões de carreira.

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Bom dia, Coudet (com os lances de Inter 3 x 1 Pelotas)

Bom dia, Coudet (com os lances de Inter 3 x 1 Pelotas)

O Inter entrou com teu time deste inicio de trabalho: Rodinei e Moisés nas laterais, Johnny como um dos armadores, Dale na frente e, bem, Patrick. O esquema-base é o teu habitual: 4-1-3-2.

Desde o começo do jogo ficou claro que há muito a ser treinado. O time foi lento. Gostei das arrancadas de Rodinei, ele fez boas trocas de passes, mas errou todos os cruzamentos. Todos. Já Moisés foi melhor, se impôs mais, apesar de também ter errado bastante. Gosto dele desde a época do Botafogo e espero confirmar minhas impressões. Johnny foi muito discreto, só que é um garoto em dia de estreia.

No primeiro tempo, o goleiro do Pelotas não fez nenhuma defesa. A única bola chutada foi o gol de Edenílson após sensacional passe de Dale. Tivemos sempre a bola, mas nada de pressão ou agressividade. Um time lento, repito.

Edenílson recebendo o passe genial de D`Alessandro para marcar o primeiro gol | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

Patrick foi Patrick, só ficou se enrolando e atrapalhando Moisés. Deve ser um bom sujeito, boa praça. O pessoa de lá gosta de ter ele por perto.

No segundo tempo, coisa foi igualzinha, até no aparecimento da genialidade de Dale, que marcou o segundo gol. De falta em falta sofrida por ele. Dependemos de um cara que fará 39 anos em 15 de abril. Se somos inteligentes em manter D`Alessandro, somos muito burros em não trabalhar um substituto.

Depois, sabem o que houve? Novamente Dale. Ele bateu um escanteio na cabeça de Guerrero para fazer 3 x 0. No final, o Pelotas descontou numa saída em falso de Lomba. Moisés, que é alto, também não pulou. Resultado: gol do Pelotas. Acabou 3 x 1.

Sempre, sempre Dale | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

Tem gente falando em show do Inter. Não vi nada disso. Achei tudo muito normal, uma continuação melhorada do ano passado. Os laterais são superiores, mas a armação segue pouca e lenta. Johnny foi discreto; Patrick, confuso; Rodinei, estranho.

Bem, sigamos.

O compacto do jogo começa aos 30 segundos.

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