4 drops aleatórios de 5 de outubro

4 drops aleatórios de 5 de outubro

Se construírem aquelas torres ao lado do Beira-Rio, gostaria de ver a torcida invadir sem violência a torre que tivesse bandeiras do Grêmio. Isso me divertiria.

Por quê? Ora, pelas manchetes da RBS. O fato uniria duas coisas que eles detestam: ocupações e Inter.

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Dois dos autores mais citados por Karl Marx em todos os seus escritos são Miguel de Cervantes e William Shakespeare. Menos difundido, mas igualmente conhecido, é que ele falava quase todas as línguas europeias, que relia os clássicos gregos com gosto (uma vez por ano ele lia Ésquilo no grego original) e que recitava longas passagens de memória para sua família e amigos de A Divina Comédia, bem como versos de Heine e Goethe. Fora do alemão, seus favoritos eram o poeta escocês Robert Burns, Walter Scott e Honoré de Balzac. Certa vez, ele escreveu que, terminada sua obra econômica, escreveria uma obra crítica sobre A Comédia Humana. Sua filha mais nova, Eleanor, diz: “Para mim e minhas irmãs, ele lia o Homero inteiro, todo o Nibelungen, Dom Quixote, As Mil e Uma Noites , etc. Mas Shakespeare era a Bíblia de nosso lar, sempre na boca de alguém e nas mãos de todos. Quando eu tinha seis anos, sabia de cor todas as cenas de Shakespeare”.

Por Mario Goloboff, no Página 12

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Se a questão é tentar acertar o Nobel de Literatura de 2021 a ser anunciado quinta-feira pela manhã, o cara que fede a prêmios é Mia Couto. A russa Liudmila Ulítskaia pode vencer e a francesa Ernaux tb. Mas acho que ganhará alguém obscuro, como tantas vezes.

Ou Joni Mitchell, já que premiaram Dylan…

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Eu lembro que jamais ia nas palestras matinais da FLIP de Paraty em razão das cachaças ingeridas na noite anterior. Só voltava a funcionar ao meio-dia. E meio mal.

 

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50 anos de Blue, de Joni Mitchell

50 anos de Blue, de Joni Mitchell

Ontem, muita gente estava comemorando os 50 anos do disco Blue, de Joni Mitchell. O Robson Pereira até me mandou um link do Guardian onde uma série de artistas que foram inspirados pelo trabalho de Joni escolhiam sua canção preferida do álbum. Mais de 6 delas foram citadas. Blue tem 10.

Eu fiz questão de reouvir o disco para escolher a minha. Fiquei entre a comovente River e as harmonias de A Case of You. Eu não posso escolher só uma delas.

Conheci Blue lá por 1975 e acho que o ouço a cada dois ou três anos — o que é muito pra mim — e ele só melhora. Sou meio desligado da música popular, mas há coisas que vêm e ficam. Joni é uma grande compositora, letrista e contadora de histórias.

Aliás, que ano foi 1971! Construção (Chico), London London (Caetano), Who`s Next (The Who), Led Zeppelin IV, Fa-Tal (Gal), Ela (Elis Regina), Tapestry (Carole King), Ram (Paul McCartney), Imagine (John Lennon), Aqualung (Jethro Tull), All things must pass (George Harrison), o que mais?

(Aqui, o álbum completo).

Blue, uma das obras-primas de Joni

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1971, o melhor ano do Rock

1971, o melhor ano do Rock

Who`s NextHoje, minha praia são os eruditos, mas em 1971 tinha de 13 para 14 anos e estava atento a tudo o que acontecia na música que ouvia — a MPB e o rock. Dando uma olhada nos lançamentos daquele ano, vejo muito daquilo que é ouvido e reverenciado até hoje, mesmo que tenham passado 45 anos. A lista reduzida que deixo para vocês logo após a imagem da capa do Led Zeppelin IV é impressionante. É complicado vencer 1971, um ano acachapante em que — reduzindo ainda mais a lista — foram produzidas coisas como Led Zeppelin IV, Who`s Next?, Aqualung, Tapestry, L. A. Woman, American Pie e Fragile. Talvez Baba O’Reilly tenha sido a melhor gravação do melhor ano da história das gravações, não? Este post foi suscitado pelo lançamento de Never a Dull Moment: Rock’s Golden Year (Nenhum Momento Chato: o Ano de Ouro do Rock) do crítico inglês David Hepworth.

Abaixo, a lista reduzida, repito.

Led Zeppelin IVParanoid — Black Sabbath
Pearl — Janis Joplin
Tapestry — Carole King
Aqualung — Jethro Tull
Sticky Fingers — Rolling Stones
L.A. Woman — The Doors
Blue — Joni Mitchell
American Pie — Don McLean
Ram — Paul McCartney
Who’s Next — The Who
Tarkus — Emerson, Lake & Palmer
Meddle — Pink Floyd
At Fillmore East — The Allman Brothers
Nursery Crime, Genesis
Electric Warrior — T. Rex
Fireball — Deep Purple
Imagine — John Lennon
Led Zeppelin IV — Led Zeppelin
The Concert for Bangladesh — George Harrison, Eric Clapton e outros
Killer — Alice Cooper
Fragile — Yes
Hunky Dory — David Bowie

tapestry

 

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Joni Mitchell

Joni Mitchell

Vontade de ouvir um daqueles discos antigos da Joni Mitchell. Aquela coisa meio jazz, meio folk, meio rock.

joni Mitchell

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Hoje, os 70 anos de Joni Mitchell

Claro que hoje são os 100 de Camus, mas disso todo mundo falou. Já de Joni…

A música é The Dry Cleaner From Des Moines e o incrível baixista que a acompanha é, sim, Jaco Pastorius. No sax, Michael Brecker; Don Alias na bateria. A letra é de Joni, sobre a música monumental de Charlie Mingus. Excelente compositora, cantora maior.

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Goodbye Pork Pie Hat, de Charlie Mingus, com letra de e interpretado por Joni Mitchell (e mais)

Dica do Vinicius (sem acento).

Ou aqui. Um show bobinho de 1980 com Jaco Pastorius, Pat Metheny, Michael Brecker… Uf! Logo abaixo, repetida, a lindíssima letra escrita por Joni. E, lá embaixo, como extra, coloco o célebre solo de Pastorius que seguia Pork Pie no show.

Goodbye Pork Pie Hat

When Charlie speaks of Lester
You know someone great has gone
The sweetest swinging music man
Had a Porkie Pig hat on
A bright star
In a dark age
When the bandstands had a thousand ways
Of refusing a black man admission
Black musician
In those days they put him in an
Underdog position
Cellars and chittlins’

When Lester took him a wife
Arm and arm went black and white
And some saw red
And drove them from their hotel bed
Love is never easy
It’s short of the hope we have for happiness
Bright and sweet
Love is never easy street!
Now we are black and white
Embracing out in the lunatic New York night
It’s very unlikely we’ll be driven out of town
Or be hung in a tree
That’s unlikely!

Tonight these crowds
Are happy and loud
Children are up dancing in the streets
In the sticky middle of the night
Summer serenade
Of taxi horns and fun arcades
Where right or wrong
Under neon
Every feeling goes on!
For you and me
The sidewalk is a history book
And a circus
Dangerous clowns
Balancing dreadful and wonderful perceptions
They have been handed
Day by day
Generations on down

We came up from the subway
On the music midnight makes
To Charlie’s bass and Lester’s saxophone
In taxi horns and brakes
Now Charlie’s down in Mexico
With the healers
So the sidewalk leads us with music
To two little dancers
Dancing outside a black bar
There’s a sign up on the awning
It says “Pork Pie Hat Bar”
And there’s black babies dancing…
Tonight!

Ou aqui.

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