O outono de nossa desesperança

Eu discordo do Douglas Ceconello quando ele inocenta o líder tabagista Jorge Fossati e põe a culpa pelos insucessos sobre os jogadores. É óbvio que eu não ignoro a precariedade de nossa velha zaga e muito menos a de um ataque com Edu e Kléber Pereira, mas quem os escala? Edu está aqui faz 9 meses e nada de bom nasceu dele. O homem dá boas entrevistas, apenas. É um bom menino, talvez um bom partido. Ah, e fala perfeitamente o espanhol. Kléber Pereira chegou aqui com um histórico recente de fiascos no Santos; ou seja, também não faz um jogo decente há uns 9 meses. E nossa velha zaga: quem a contratou, quem a escala?

Repito, quem os escala? Ora, Jorge Fossati. Enquanto isso, vemos o Walter no banco, louco para jogar e produzindo mais que Edu e Kléber somados cada vez que entra. Depois, o guri se fecha de novo em casa e vão chamá-lo de Ab, Ab Normal. O mesmo vale para Leandro Damião. O problema é que se estabeleceu no Inter um organograma no qual os velhos têm sempre precedência sobre os jovens. Então, pobres dos Walter, Damião, Marquinhos e outros. Melhor emprestá-los ao Náutico.

Ontem, diverti-me ao anotar mentalmente nos pés de quem os ataques do Inter desfaleciam, ou, sendo mais claro, quem eram os maiores responsáveis por devolver a bola adversário. São sempre os mesmos:

1. Guiñazú;
2. Edu;
3. Kléber (lateral esquerdo).

Claro que Bruno Silva esforçou-se para chegar ao pódium, mas os outros não. Os outros conseguiam passar a bola, dar alguma continuidade às jogadas, nem que fosse dando passes seguros, para trás ou para os lados. Volto a afirmar que os treinamentos do Inter — que não vejo — só podem estar equivocados. Não há uma operação padrão a fim de desestabilizar o treinador, pois o time é esforçadíssimo; o que há é aquilo que Andrade diagnosticou brilhantemente com sua vasta experiência de (grande, imenso, sensacional) volante:

— Quem erra passes, corre em dobro.

(Agradeço ao leitor Rogério de Brum por lembrar esta frase.)

O Inter corre o dobro ou triplo, com resultados mínimos e, quando chega na frente do gol, erra o passe para as redes rivais…

Então, eu sugiro ao Comando Revolucionário Vermelho 4 de Abril o imediato sequestro de Edu, de Sandro ou Guiñazú (no caso de Fossati decretar os três zagueiros), de Bruno Silva, de dois de nossos zagueiros de mais de 30 anos (à livre escolha) e a entrega daquele livro que analisa as estratégias de treinamentos para fundamentos de Marcelo Bielsa aberto no capítulo “O Passe” para o líder tabagista.

R.I.P., Armando Nogueira!

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Inter sem criatividade, Porto demite-se do penta

O Inter apresenta um grave problema. Não temos o segundo atacante, aquele que acompanha o centroavante (ops!, rimou). Taison e Edu estão muito deficientes, toda bola que vai em suas direções logo passam ao adversário. Perdem todas e não devem ser recuperados dentro de campo, prejudicando o time. Walter parece ter, no mínimo, deficiências emocionais e merecerá a punição que receber por sua fuga. Talvez a solução seja adiantar Andrezinho ou usar Leandro Damião ao lado de Alecsandro, o único avante eficiente que temos, apesar da insistência da parte burra da torcida em vaiá-lo. É complicadíssimo enfiar na cabeça dos torcedores que o jogador que faz gols é fundamental.

Pato Abbondanzieri começou a jogar. Um cara nascido em 19 de agosto não pode dar errado. Simples assim.

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Alguns adeptos do FC Porto vieram a este blog discordar cortesmente de minha opinião sobre a impossibilidade do penta. Pois piorou. Se a matemática já indicava dificuldades na semana passada, o empate com o terrível Olhanense (sim, da conhecidíssima cidade de Olhão), combinado com a vitória do Benfica só fez piorar as coisas. Agora são 11 pontos de diferença para serem tirados em oito rodadas. Impossível. Só o Braga, que está a três pontos, pode tirar o título do Benfica, meu time.

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Serra desce ladeira abaixo, Eliseus sobem aos ceús, Walter fica em casa

Ontem, Marcelo Coelho deu palavras a algo que eu já tinha intuído de forma confusa. A candidatura de Serra está morrendo e não há nenhuma reação do PSDB ou da atrapalhada tartaruguinha. Como Serra ainda não é candidato oficial, fico preocupado. Queria que ele perdesse na eleição, não previamente. Será que ainda teremos Aécio?

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É surpreendente e anormal a divulgação de um certo Eliseu Pompeu Gomes como o assassino de Eliseu Santos, pois a polícia não costuma sair divulgando nomes quando nem efetuou a prisão. Hoje, ZH diz que “parece coisa de literatura” — para mim, é — um Eliseu matar outro e mostra fotos do suposto assassino. Pelo visto já decidiram pelo crime comum. Posso não ter razão, claro, mas não acredito na coincidência e queria saber notícias da tal Operação Pathos.

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Assim, como Eliseu Gomes permanece foragido, o jogador Walter segue em casa. Nega-se a treinar porque não gosta do treinador Jorge Fossati. Imagino o desespero de seus empresários. Walter, um bom jogador, tem mente infantil, perturbada e, hoje, nenhum valor de mercado… Quem investiu no moço devia ter pensado melhor quando o jogador jactava-se de só se alimentar de cheeseburger. Agora quer voltar para Recife, mas não tem dinheiro para a passagem…

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