Anotações bestas de um bom fim de semana

1. Revi A Conversação, espécie de Blow-up norte-americano, escrito e dirigido por Francis Ford Coppola. The Conversation é um tremendo filme. Fez valer a noite de domingo.

2. Assim como fez valer a de sexta-feira o filme O Grupo Baader-Meinhof. Obra tipicamente alemã, dura e séria, apesar do ritmo vertiginoso. Sensacional grupo de atores, grandes as cenas do tribunal. Este filme provocou um belo post de Diego Viana: No tempo em que a polícia batia. Foi escrito em janeiro, antes da polícia do Serra entrar na USP.

3. Acho melhor não falar sobre o Inter. Não é mais um time de futebol, é claramente um balcão de negócios. Nosso técnico Tits usa jogadores inteiramente sem condições apenas para colocá-los na vitrine. A política e o lucro mandam. Sempre foi assim? Talvez, mas nunca vi nada tão claro.

4. Obina, Obina, Obina.

5. Ser pai de uma menina de 14 anos é ser taxista de fim de semana. Quantos quilômetros não andei pela cidade levando e trazendo a Babi? Não quero nem olhar para o carro. Enchi o saco.

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  1. Vimos O Grupo Baader-Meinhof também. Uma aula curta sobre como o terrorismo de Estado pode utilizar o terrorismo revolucionário e reduzi-lo ao absurdo, enquanto estende o seu próprio ao infinito. Rachel ficou de escrever algo sobre o assunto.

    Não vi nenhuma boa partida neste final de semana. O problema é que os times todos padecem dos mesmos males: muita faltinha besta, muito passe errado, muita disposição que esbarra nas próprias limitações técnicas… A coisa está feia. De vez em quando, algumas boas soluções, movimentações táticas e milagres técnicos salvam a coisa, e nos permitem sonhar comos os cristãos, no sentido “A salvação está próxima”. O que muito tem a ver com as questões políticas, práticas e teóricas, aludidas no filme alemão.

    Encheu o saco do carro ou da filha? Como não tenho ambos, fiquei pensando: como é possível que eu não me sinta no paraíso? Talvez me falte uma filha…

  2. Enchi o saco do carro. Da filha é impossível. Mesmo. A Bárbara é um doce que só fica mal-humorado, por uma hora, se é acordado. Como está de férias está aqui perto, lendo.

    Os jogos… Não vi nada depois de Botafogo x Inter. Se evitei ver? Claro que sim!

    Eu gostei demais do Baader-Meinhof filme. O terrorismo de estado venceu mais uma vez, como não? Aguardo pelo post da Rachel.

    Abraço.

    1. O mais interessante é o que ele coloca subtextualmente, isto é, se a esquerda continuar pela via revolucionária alimentando teoristas de foquismo, será aniquilada; se for pela via institucional, presa na tríade Executivo/Legislativo/Judiciário, vira refém da democracia, condenando-se a só mudar para manter tudo como está. A única saída revolucionária possível depende de adesões de consciências livres que, de regra, não aderem a movimentos de massa, pois supõe, acertadamente, recaídas no totalitarismo, como demonstrado historicamente. Ficamos, assim, na espada de Dâmocles, mas esta só cai na nossa cabeça…

  3. Além da polícia do Serra invadir a USP e bater em estudantes, coisa que não acontecia desde 1969 (pelo menos dentro do Campus), teve outro serrista, o diretor da Faculdade de Direito da mesma USP, vulgo Rodas, que há quase dois anos chamou a mesma polícia e a colocou dentro da São Francisco, crime que nem a ditadura ousou. E entraram sem vestibuar!

  4. 1 – caramba, sou fãzaço de carteirinha do Coppola, mas nunca vi A Conversação. uma falha que pretendo sanar.
    2 – estou querendo ver tbem Baader Meinhof.
    3 – o Inter tá ruim – e meu time começa a reagir…
    4 – ê ô, Obina é melhor que Ronaldo!
    5 – como o Guga, tbem sou motorista de um guri, só que de 14 anos.

    1. Quando:

      1) A polícia investe contra manifestação pública legítima e mata pelas costas um dos manifestantes isso é terrorismo de Estado;

      2) Quando um Estado mantém bases militares de treinamento de tropas para ações no exterior visando manter controle das matérias-primas indispensáveis ao seu desenvolvimento econômico isso é terrorismo de Estado;

      3) Quando é montado um departamento cuja única função é combater grupos políticos contrários à ação terrorista de Estado, utilizando métodos ilegais, como tortura e sequestro de cidadãos, isso é terrorismo de Estado.

      As cenas retro especificadas estão no filme, e outras mais, constatando práticas de terrorismo de Estado da “democracia” alemã. Wow, Tonto!

  5. Quando o Obina estava no Vitória eu já achava que ele era ideal pro Inter, depois foi pro Flalido e caiu na gandaia junto com o arremedo de time (e de clube) que hoje é o Flamengo. Eu tinha razão, bastou sair do Rio prá voltar a ser um ótimo centro-avante.

    Ah como eu queria ele no Inter ….

  6. Olá
    Já vi alguns filmes citados por você, gostei muito de alguns, acho que como suigestão ,pela qualidade dos filmes, deveria ter na sua lista estes :

    1. Frozen River (Rio Congelado) , EUA/Canadá.
    2. Territorio Restrito ( Crossing Over)
    3. O Visitante (The Visitor)

    Abraços

    Legal o teu blog!

    Edgar

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