Do El País de hoje

Essa não é do El Roto, mas é genial. Foi enviada pela amiga Helen Osório. A mesma lembra que a Portugal e Irlanda já foram modelos para muitos jornalistas brasileiros que criticavam a política econômica do governo Lula. Hoje, o debate lá é ir ou não ir ao FMI.

10 comments / Add your comment below

  1. Sempre bom mantermos um comportamento solícito e humilde: o Pan Americano pode ser só o destampe do ralo, e o Brasil de hoje conta com 17% de inadimplência. Só espero, francamente, que o cenário imobiliário de há três anos dos EUA não reflita por aqui nos setores de crédito, e que no futuro não se use nenhum jargão pré-formado estilo “A Bolha de Crédito Dilma Rousseff”. E que o professor municipal vizinho meu, que deve ter um salário beirando 2000 reais, tenha uma visão otimista superior a meus temores hobbeianos sobre a estabilidade do Estado, ao decidir vender seu Fiesta 2005, que custou 33 mil reais, pelos avaliados 18 mil e 500, para comprar um mesmo modelo zero km por 40 mil.

  2. É necessário um movimento consistente no sentido de acabar com os paradigmas do capitalismo financeiro, recombinando as matrizes produtivas e administrando a partir do universo produtivo sem gerar derivativos financeiros que inventam lastros imaginários em cadeia. Nós continuamos a debater as questões sob os ditames desse sistema, de onde não há saída, mas somente crises cíclicas e as chantagens de enxugamento de liquidez sempre beneficiando a parasitagem rentista internacional.

    Quanto ao Brasil, estou há 8 anos ouvindo que no próximo mês a gente vai para o buraco. Acredito até que um dia vá. Por enquanto, estou procurando me acostumar com a circulação da dinheirama como nunca houve na história desse país; se haverá um preço a pagar, como admoestam os apólogos do país pequeno que sempre foi, a reboque das migalhas dos EUA, os pequenos burgueses podem ficar tranquilos: esse preço será pago, como na Irlanda, Portugal, Espanha, etc., pelos trabalhadores. Os gerentes da crise ganharão com ela.

      1. Tudo depende, no final das contas, da leitura de números. 1 + 1 pode ser- 5 ou + 7.

        Exemplo: hoje, na FSP:

        “23/11/2010 – 10h49
        Investimento estrangeiro no setor produtivo é o maior desde dezembro de 2008

        EDUARDO CUCOLO, DE BRASÍLIA

        Os investimentos estrangeiros diretos (no setor produtivo) cresceram pelo segundo mês seguido e atingiram em outubro o maior valor desde dezembro de 2008.

        Segundo dados do Banco Central, entraram no país US$ 6,8 bilhões no mês passado. O dinheiro foi mais que suficiente para financiar o deficit de US$ 3,7 bilhões nas transações do Brasil com o exterior no mesmo mês”

        Diante do que, qual a distância do caos da teoria?

  3. Leia esses parágrafos de um texto do Frei Betto, publicado no Sul 21:

    “No governo Lula, aumentou o número de casas com abastecimento de água, coleta de lixo e energia elétrica. Mas recuou o índice das que são servidas por rede de esgoto (saneamento): de 59,3% (2008) caiu para 59,1% (2009). À falta de saneamentos são atribuídos 68% dos casos de enfermidades.”

    “Quem se deu muito bem na gestão Lula foram os bancos. Os lucros dos três maiores – Banco do Brasil, Itaú e Bradesco – somam R$ 167 bilhões na era Lula, alta de 420% comparada à era FHC (quando o lucro foi de R$ 32,262 bilhões).”

    “…o desemprego teve alta de 18,5%. Em 2008, o índice foi de 7,1 milhões de desempregados. Em 2009, 8,4 milhões, acréscimo de 1,3 milhão de pessoas fora do mercado de trabalho.”

    “Embora o rendimento real médio do trabalho tenha se elevado de R$ 1.082 (2008) para R$ 1.106 (2009) – alta de 2,2% -, esta variação ainda é inferior à da década de 1990, quando subiu, entre 1995 e 1998, de R$ 1.113 para R$ 1.121. Em 2009, a renda per capita dos 10% mais pobres cresceu apenas 1,5%, enquanto a média nacional foi de 2,4%.”

    “As mazelas do Brasil têm razões estruturais. Nenhum governo, desde o fim da ditadura, em 1985, ousou promover reformas como a agrária, a tributária, a política, nem dos sistemas de saúde e educação. Enquanto não se mexer nessas estruturas e serviços, o país estará, como diz Jesus, pondo remendo novo em pano velho.”

    Ou seja, a interpretação dos Brasis é ainda mais difícil de fazer no nível da retórica do que saber se a Capitú traiu ou não traiu Betinho.

  4. Ainda estou tentando entender a charge. O mais próximo que consegui chegar foi que o bicho da charge seria o monstro do Lago Ness.
    Nesse caso, o personagem mudou de endereço, pois vivia na Escócia e não na Irlanda.

    Me corrija caso eu não tenha entendido nada.

Deixe uma resposta