O Questionário de Proust (VI) – Responde Cynthia Feitosa

Publicado em 27 de fevereiro de 2007

Até aceito que um homem seja burro; mas uma mulher, nunca! Não, não precisam ter doutorados, PhDs e nem sequer universidade – conheço algumas muito “formadas” que são imbecilíssimas, provando que titulação está longe de ser conhecimento ou cultura e que educação de direito é uma coisa, educação de fato é outra -, basta que sejam surpreendentes e que sua inteligência se derrame pelos olhos (fato fundamental). Detesto as mulheres que trabalham a favor do marasmo, adoro as cheias de respostas imprevistas e pertinentes e se ainda forem gentis e sorridentes… Credo!

A Cynthia é assim. Há nela algo de transbordante que capta nossa atenção quando estamos em sua presença. Nunca se sabe o que virá dali. Pode ser uma ironia risonha, uma frase sorridente e educada ou uma acolhedoramente solidária, mas pode vir também outra prazenteira e destruidora… Ela é o máximo. O Nelson Rogério tem razão.

Cynthia Feitosa:

Qual é o defeito que você mais deplora nas outras pessoas?

A burrice arrogante.

Como gostaria de morrer?

Velha, até então saudável, de forma rápida e indolor.

Qual é seu estado mental mais comum?

Irritada.

Qual é o seu personagem de ficção preferido?

Emília, do Monteiro Lobato.

Qual é ou foi sua maior extravagância?

Não sou extravagante.

Qual é a pessoa viva que mais despreza?

George W. Bush.

Qual é a pessoa viva que mais admira?

Gabriel García Márquez.

Se depois de morto tivesse de voltar, em que pessoa ou coisa retornaria?

Num gato de estimação, amado e bem-tratado.

Em quais ocasiões costuma mentir?

Quando a verdade pode ferir os sentimentos dos outros.

Qual é sua idéia de felicidade perfeita?

Ter saúde, amor, dinheiro suficiente e um interesse/causa/paixão/talento a que se dedicar.

Qual é seu maior medo?

Doenças degenerativas.

Qual é seu maior ressentimento?

Ter levado muito tempo para aprender coisas sobre o mundo e sobre mim.

Que talento desejaria ter?

Musical.

Qual é seu passatempo favorito?

Ler.

Se pudesse, o que mudaria em sua família?

A mania de guardar e ruminar mágoas.

Qual é a manifestação mais abjeta de miséria?

Material, intelectual ou moral? Sei lá, o Brasil.

Onde desejaria viver?

Num lugar um pouco mais frio e um bocado mais civilizado.

Qual a virtude mais exagerada socialmente?

A “simpatia”.

Qual é qualidade que mais admira num ser humano?

A capacidade de se colocar no lugar dos outros.

Quando e onde você foi mais feliz?

Depois de descobrir quem eu era e o que queria, e antes da saúde começar a se deteriorar.

Próximo: Branco Leone.

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