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    1. BIG-BANG
      by Ramiro Conceição
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      Construímos casas,
      condomínios, partidos,
      vielas, fábricas e favelas.
      Construímos casamentos,
      tormentos, fortalezas,
      igrejas e testamentos.
      Construímos aldeias,
      ideias e cadeias.
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      Construímos o mundo…
      Contudo tudo é nômade
      qual o canto profundo
      do Big-Bang ao fundo…
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      Saber pouco é danoso,
      mas muito é perigoso!
      Então o que saber
      do quê que não se vê?
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      Ora, a vida revelada!
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      Quem nasceu? Quem morreu?
      Quem sofre? Quem ama? Quem clama?

      Quem dorme com as flores na cama?
      Quem faz metralhadoras à noite nas ramas?
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      Quem brilha? Quem cintila? Quem brinca?
      Quem está ensolarado – num dia nublado?
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      Quem sabe que nunca saberá
      pois sempre existirá um “mas”
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      que muda tudo? Quem, mesmo
      com medo…, inventa o lúdico?

    2. Taí, Ramiro. Nisso concordamos. Eu adoro esse álbum.

      Abraços para você, manguaceiro-mor, deste em fase de embebedamento que te fala aqui do centro do país (aguardando uma tempestade nietzscheana que se anuncia no céu).

      1. NIETZSCHEANAS
        by Ramiro Conceição
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        VIDRO
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        À frente do bêbado a cair,
        sinto uma vontade de rir,
        pois ele sempre se levanta.
        Porém morro de medo;
        se cair estarei perdido.
        Sou inteiro… de vidro.
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        FILOSOFIA & POESIA
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        Disse o filósofo ao poeta:
        “suas palavras precisam de ritmo,
        são incapazes de andar sozinhas”.
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        Disse o poeta ao filósofo:
        “suas ideias arrastam correntes,
        não têm a leveza das dançarinas”.
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        PS.: Charlles, espero de coração que seu esmero gere um livro… Eu?
        Prometo, desde já, serei seu leitor com inocência…

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