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  1. Sem saber o que estou escrevendo… Li seu post, Milton… Não dei muita bola, pois praticamente conhecia o conteúdo… Mas, sempre existe um “MAS” que vira tudo… De repente, sem qualquer planejamento, no canal BIS, creio que da Globo, deparei-me com Paul num cancioneiro norte-americano entre anos 40 e/ou 50… Sem qualquer instrumento… Sem qualquer conjunto… Paul… Uma orquestra… E sua voz…
    Se na política, na ciência e na religião não existe perfeição… Paul, naquele dia, 02/09/2012, comprovou o contrário… Qual foi o seu cachê? Altíssimo… acredito. Mas eu pergunto, a você, que lê, e que ainda acredita no amor sublime: há algo maior que macabro fuxico entre as almas? Creio que sim, meu amado e amada amiga (apesar da distância efetiva entre nossos teclados…).
    http://www.youtube.com/watch?v=6wxdtq1NpGI
    Complementando, meu poeta “me” disse…
    *
    A LESMA
    by ramiro conceição
    *
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    Sou lento… muito lento…
    pensando-sentindo tudo!
    Uma pedra para mim
    é um Pão de Açúcar,
    uma palavra, uma odisseia.
    Sim… sou uma lesma
    fantasiada de homem.
    *
    Não sei como fabrico poemas.
    Devo ser uma lesma encantada,
    um bicho-papão em mutação,
    uma espécie de dragão, muito gosmento,
    a ser colado na imaginação das crianças.
    *
    De início, fui uma lesma católica;
    depois, tornei-me uma marxista;
    freudiana; nietzscheana; reichana;
    e hoje sou uma lesma quase feliz,
    uma espécie de catassol aprendiz
    que ama navios perfumados a mar.
    *
    É, agora estou literalmente a ver navios
    que sabem…: a tristeza ou a felicidade
    são migratórios pássaros de passagem.
    *
    Embora lenta… a sabedoria da minha lesma
    ensinou-me que tudo é rápido, muito rápido,
    que o relevante não é a distância percorrida
    porém a profundidade e a altura do calado à
    geração de rastros, na busca de longínquos.
    *
    Melhor do que um milhão de beijos: um único dado.
    Melhor que um milhão de olhares: um único amado.
    Melhor que uma biblioteca inteira: um poema alado.
    *
    Sim,
    meu relógio são relâmpagos:
    a hora incerta dos vaga-lumes,
    das araras… e das maritacas.

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