Nos EUA, livrarias se vestem para a guerra contra a Amazon

Campanha lançada pela Associação Americana de Livrarias quer alertar para o perigo que a gigante de Seattle representa para o setor

Da PublishNews

Fachada da McNally Jackson, de Nova York, adesivada para a campanha | © Redes Sociais da ABA

Nesta semana, quando a Amazon realizou o seu “Prime Day”, campanha de altos descontos para os clientes que pagam pelo serviço de fidelidade da gigante de Seattle, seis livrarias independentes nos EUA surgiram vestidas para a guerra como parte da campanha #BoxedOut, encabeçada pela American Booksellers Association (ABA).

As vitrines das livrarias foram adesivadas com dizeres como “Books curated by real people not a creepy algorithm” (“Livros curados por pessoas reais e não por algoritmos assustadores”); “Buy books from people who want to sell books, not colonize the moon” (“Compre livros de pessoas que querem vender livros, não colonizar a lua”) ou, indo mais direto ao ponto, “Amazon, please, leave the dystopia to Orwell” (Amazon, por favor, deixe a distopia para Orwell”).

Em comunicado, Allisson K Hill, CEO da ABA, disse que as pessoas podem não entender os custos e as consequências das conveniências da Amazon, mas “Mais de uma livraria independente foi fechada por semana desde o início da crise provocada pela pandemia do covid-19, ao mesmo tempo, um relatório prevê que a Amazon vai gerar US$ 10 bilhões em receitas durante o ‘Prime Day’”. “Ligando os pontos, está claro que essa ‘conveniência’ tem um custo e uma consequência. O fechamento de livrarias independentes representa perda de empregos, de impostos locais e de oportunidades para que leitores descubram livros e se conectem com outros leitores”, completou.

As seis livrarias que serviram de piloto da campanha estão localizadas em Washington, Nova York e Los Angeles, mas a ideia é que mais associados usem as peças publicitárias em suas lojas e redes sociais.

© Redes Sociais da ABA

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